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sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Mercearias Finas 153



Não fora a propósito, falávamos que, às vezes, perante uma enorme qualidade artística se perdoa ou esquecem proselitismos políticos demasiado indesculpáveis. Em grau muito diferente citáramos Céline, em grau mais brando, Almada...
Eu abancava frente a três bons nacos de Leitão morno, com o competente acompanhamento e meia de Dão Cabriz, tinto (2016). Do meu lado direito, e noutra mesa também acompanhado, estava o dono da Herdade do Rico Homem e que já foi  senhor da PT. Também começara como empregado de Eanes. Achei-o macilento.
Entrou depois, com a mulher, a segunda figura da nação, desempenado e sorridente. Cruzámo-nos à saída, com simpatia. Campo de Ourique é um mundo...

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Os tempos do Tempo


A tendência, a partir de determinada altura da vida, é para pensar que já temos pouco tempo, à nossa frente, para tudo aquilo que gostaríamos de fazer.
Mas, em capítulos mais pequenos, pode também acontecer o contrário: sentirmos que temos tempo a mais, sem ocupação definida e para gastarmos, e não sabermos como o utilizar.
Aqui há muitos anos atrás, presidia à República o general Eanes, o primeiro-ministro indigitado Alfredo Nobre da Costa (1923-1996), que era um homem muito pontual e que ia tomar posse a Belém, verificou, já em andamento automóvel, de que iria chegar muito antes da hora marcada, quebrando assim, de algum modo, o protocolo e a etiqueta ortodoxa. Mandou, por isso, parar a caravana-automóvel, em Monsanto, para fazer um compasso de espera. Desentorpeceram as pernas, fumaram uns cigarros e continuaram, pouco depois; chegando ao Palácio de Belém à hora aprazada e conveniente.
Ontem, aconteceu-me algo de semelhante, mas muito mais comezinho, até porque não ia tomar posse, nem para Belém - sobrava-me hora e meia de tempo, até um encontro-compromisso. Por isso, optei por um café, no Square Café, e li o jornal de ponta a ponta. Além de ter feito as palavras cruzadas e os 2 sudoku... Cheguei em tempo protocolar.

terça-feira, 24 de julho de 2012

As declarações de desamor


Este gráfico estatístico, em imagem e bem expressivo, vem no jornal Público, de hoje.
Chamo a atenção que, dos nossos PR's eleitos, depois do 25 de Abril, apenas Ramalho Eanes foi vaiado 2 ou 3 vezes. E na época do PREC - o que explica tudo...
Porque deve ser muito trabalhoso e difícil conseguir ser cabeça de lista.


P. S.: já agora, quem é o Pedro Silva Martins?

domingo, 16 de janeiro de 2011

Eleições Presidenciais 1976 (V)


Nas Eleições Presidenciais de 1976 houve 4 candidatos. Ramalho Eanes que tinha o apoio dos principais partidos (CDS, PPD, PS), do PPM (Partido Popular Monárquico), do PCP-ml, e ainda do MRPP, cujo Secretário-geral era Arnaldo de Matos que tinha sido subordinado do General, na sua comissão de serviço militar, em Macau. O general Ramalho Eanes venceu as eleições, tendo obtido 61,59% dos votos expressos. Em 2º lugar, ficou Otelo Saraiva de Carvalho que teve o apoio da UDP e do PRP(BR), de Carlos Antunes e Isabel do Carmo. Otelo obteve 16,46% dos sufrágios, nas urnas. O almirante Pinheiro de Azevedo, independente e sem apoio partidário, fixou-se em 3º lugar, com 14,37%. Finalmente, em 4º lugar, ficou Octávio Pato, apoiado pelo Partido Comunista, com 7,59% dos votos, que foi o pior resultado, até hoje, deste partido, em eleições presidenciais. Otelo teria absorvido uma boa parte do eleitorado que, tradicionalmente, votava no PC.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Eleições Presidenciais 1976 (II)


As Eleições Presidenciais de 1976 foram muito acaloradas quer na pré-campanha, quer na própria campanha de propaganda eleitoral. Houve até alguns incidentes dramáticos que lhes emprestaram alguma tensão. O candidato General Ramalho Eanes concitou o apoio dos 3 principais partidos: PS, PPD e CDS. O General tinha sido o nome e o rosto do operacional militar mais visível dos confrontos "bélicos", de contornos "pré-guerra civil", desencadeados em 25 de Novembro de 1975. Os líderes políticos estão representados, na imagem de Vitor Péon, por Mário Soares, Francisco Sá Carneiro e Freitas do Amaral. A propaganda oficial da campanha do Almirante Pinheiro de Azevedo insinuava que, através dos "seus mandantes" políticos, Ramalho Eanes iria ser o chefe de uma nova democracia musculada, próxima de uma disfarçada ditadura.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Eleições Presidenciais 1976 (I)



As Eleições Presidenciais de 1976 foram as primeiras, democraticamente livres, realizadas em Portugal, desde há muito. No próximo dia 23 de Janeiro de 2011 realizar-se-ão as oitavas Eleições Presidenciais livres post-25 de Abril. Até lá iremos publicar umas folhas de propaganda originárias da campanha presidencial do candidato Almirante Pinheiro de Azevedo, que foi o 3º mais votado (14,37%). São muito pitorescas e, todas elas, foram executadas por Vitor Péon (1923-1991), grande desenhador de BD, e não só. Colaborou intensamente, por exemplo, no "Mundo de Aventuras". Para quem não se lembre, recordo que o vencedor das Eleições Presidenciais de 1976 foi o General Ramalho Eanes, que teve uma votação surpreendente de 61,59% dos eleitores, no conjunto dos 4 candidatos. Estas eleições tiveram lugar em 27 de Junho de 1976.

P.S.: para MR que, há algum tempo, falou destas folhas de propaganda.