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quarta-feira, 11 de maio de 2016

To be or not to be


Só um grande amigo nos pode pôr perante tamanha perplexidade. Por entre as areias brancas e um delicioso Queijo de Azeitão, à sobremesa, apesar da chuva que caiu toda a manhã. Para além dos gatos, da vizinha abusiva, que se passeiam, soltos e insolentes, saltitando de varanda em varanda...
Face ao dilema shakespereano, bastou lembrar-me do dito minhoto ( "Antes faça mal, do que fique...") - acabámos todos a provar dos dois...




um cordial abraço a H. N.. Com múltiplos agradecimentos...

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Microclimas


Antes da criação do Mundo, era o silêncio e não o verbo. Deus deve, verdadeiramente, saber o que é isso. E a culpa do ruído é dele, talvez por necessidade de um contraditório. Ou porque se aborrecia imenso...
A Natureza fala por si, discretamente e sem estridências, mas nós, redundantes seres humanos, temos, quase sempre, a veleidade de lhe acrescentar qualquer coisa, de inútil - não resistimos a discretear sobre ela. Pouco acrescentando - diga-se de passagem.
Este ano, haverá por certo bom queijo de Azeitão, que os pastos verdes vão pródigos e grandes, em volta da Vila Fresca e Vila Nogueira, por onde andou, na simpreza dos seus últimos anos, o Zeca Afonso. Lembrei-me dele, quando por lá passei, e imaginei o quanto ele gostaria de ter vivido estes dias de agora, tão ricos e interessantes.
Estendem-se as ervas verdes tenras, por baixo dos olivais, vinhedos e pinhais, até muito perto de começarmos a subir para a Arrábida. Até aí, as ovelhas retouçam, felizes. Depois, é só vegetação rasteira, arbustiva e densa, pelas escarpas roqueiras. O mar limpo faz a sua aparição, no horizonte, e começa o seu duelo com o azul do céu. Assistimos, em silêncio, ao que parece um milagre.