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domingo, 22 de dezembro de 2013

Da Janela do Aposento 41: Exorcismos, a montante 2




Considera-se este segundo “post” como complemento do anterior na medida em que “fecha a abóboda” com a manta de retalhos da formação pedagógica de docentes não universitários.
A nossa apreciação não tem nada a ver com a inabilidade, o populismo e a irresponsabilidade do actual detentor da pasta – da Educação e da Ciência (!) – Nuno Crato, cuja ignorância política perante o problema sistémico de ingresso na carreira docente, herdado da Ditadura, serve apenas para esconder opções ideológicas. Relembrando um soneto de Nicolau Tolentino, intitulado “Deitando um cavalo à margem” e publicado no ARPOSE de 10.7.2010, o que se pretende, no fundo, é despachar o “Despojo inútil do inconstante vento.”
Com efeito, enquanto a tutela precisou dos “cavalos”, delegou a sua formação inicial maioritariamente nas Instituições de Ensino Superior, públicas e privadas, criando, sob a responsabilidade dos diversos Ministros, e foram inúmeros, uma panóplia de “formações pedagógicas”. No entanto, se houve quem beneficiasse com “ingressos na carreira” mais rápidos e/ou benevolentes, os fautores e responsáveis têm o seu assento nos sucessivos Ministérios da Educação.

Convenhamos que, com Ministros como o actual ocupante da pasta, a Academia não precisa de defesa, ”porque quem não sabe a arte, não na estima.”

Post de HMJ

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Os erres na Educação


Muito provavelmente, a última grande tentativa europeia de reformulação do sistema educativo, terá sido projectada, em França, pelo primeiro-ministro Pierre Mauroy (1928-2013), durante o consulado Mittérrand. Mas o lobby do Ensino particular sempre foi poderosíssimo, em qualquer país. Quando Mauroy decidiu retirar subsídios ao Ensino privado francês, para reforçar o Ensino público, a contestação foi de tal ordem, que o seu Ministério caíu. Mitérrand perdeu a face, demitiu-o, mas manteve a Presidência, até ao fim. Florentinamente, que os políticos não podem ser ingénuos.
Em Portugal, quase ninguém demite ministros, depois de Salazar. Ou eles se demitem, ou então mantém-se até ao fim, mesmo que sejam mentirosos, desastrados nas declarações, corruptos, ou de uma mediocridade assustadora.
O Prior do Crato, ao que parece, teve uma educação esmerada, mas perdeu-se em Alcântara (onde também entra o erre). O matemático Crato (com erre, também) não é burro (mais 2 erres) e, por isso talvez, ao inverso de Mauroy, preferiu enfraquecer o Ensino público, para fortalecer o privado. Quem sabe se um reitorado (mais um erre), com mordomias muito compensadoras, não espera por ele, quando este inenarrável (mais 2 erres) governo acabar, de forma a retribuir-lhe este seu acto tão clarividente e generoso?...

com agradecimentos a AVP.