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quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Pequena história (52)


A morte toca, quase sempre, a rebate. Menos a nossa. Mas a daqueles que nos dizem alguma coisa. Ainda que a agonia se prolongue e nos anestesie, o súbito desenlace provoca-nos um frémito de emoção redobrada, inesperado.
O funeral de Victor Hugo teve uma multidão de acompanhantes. Por cá, o mesmo se passou com os cortejos fúnebres de Guerra Junqueiro e João de Deus. Mas não são só os poetas que despertam a comoção genuína dos povos.
Há um gesto bonito acontecido com os últimos dias de Verdi (1813-1901). O compositor estava hospedado em Milão, no Grande Hotel, quando sofreu um AVC, a 21 de Janeiro. Esteve acamado até 27/1, data em que faleceu. Os milaneses, logo que souberam e entretanto, instalaram-se na rua do hotel e avisavam todas as carruagens para que não buzinassem. E atapetaram o empedrado com palha, para que as patas ferradas dos cavalos, ao passar, não perturbassem o sossego do Compositor moribundo.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Uma fotografia, de vez em quando (60)


Uma boa parte do acervo fotográfico do italiano Federico Patellani (1911-1977) é constituído por fotos da II Grande Guerra. 
Mas o melhor do cinema italiano do século XX, bem como das suas personagens mais icónicas, também ficou fixado, para sempre, por este talentoso fotógrafo.