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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Apontamento 27: Cavar o fosso



Infelizmente, vai sendo hábito que tanto o Presidente da Comissão Europeia, como os seus Comissários, proferem discursos impróprios, até contrários aos princípios e o espírito do Tratado da UE, ofendendo os povos da Europa que, pretensamente, julgam representar.
A figura, ou criatura, em epígrafe deve interpretar, como virtual, um dos considerandos preambulares do Tratado da UE, que reza assim:
"Desejando aprofundar a solidariedade entre os seus povos". [sic]
Certamente, não leu, ou já não se lembra, do artigo 3º do referido Tratado, nomeadamente quando se pronuncia, de forma ofensiva, sobre as "pensões generosas" atribuídas em Portugal. 
Contudo, tal ofensa ultrapassa o limite do tolerável, quando ele concede a um dos seus directores, Jürgen Kröger, uma reforma aos 61 anos de idade. E, ao que parece, o dito director sai já com um novo contrato de "prestação de serviços" na carteira. 


Ora, os restantes funcionários da CE como a generalidade dos trabalhadores europeus, sobretudo os Portugueses, devem lembrar-se bem da cara deste senhor, sobretudo a maioria que tem de trabalhar mais uns aninhos até chegar à idade de reforma. Nem sequer interessa, nesta questão de princípio, a "pensão generosa" que o Sr. Kröger vai auferir. 
Interessa, sim, que este tipo de "solidariedade" aprofundará ainda mais o fosso entre os actuais dirigentes de uma instituição, criada para defender a paz, e os cidadãos europeus.

Post de HMJ

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Em defesa da dignidade do ser humano



Em princípio, seria dispensável que um cidadão europeu se sentisse na obrigação de recordar aos seus Presidentes – da Comissão e do Conselho – o artigo primeiro da Carta dos Direitos Fundamentais da UE, que reza assim: “A dignidade do ser humano é inviolável. Deve ser respeitada e protegida.”
Ora, nas recentes Recomendações Anuais de Política Económica e, sobretudo, nas declarações subsequentes da Comissão Europeia sobre a necessidade de “baixar os salários em Portugal” deve ter havido em “esquecimento” relativamente ao princípio acima mencionado.


Traduzindo a revolta subjacente perante uma ofensa tão descarada, dir-se-ia que tanto o Presidente da Comissão como o seu Comissário Olli Rehn não sabem o que significa viver com o salário mínimo nacional em Portugal. 
Falar em reduzir ainda mais o sustento a uma larga parte da população portuguesa, é uma violação do direito à dignidade do ser humano. Não será, certamente, para aqueles que construíram a sua carreira política nacional e europeia à margem de um qualquer trabalho produtivo, ou para  os  “Kaufmänner" [= homens de compras, sic] que, como ontem, invadiram o país à procura das pérolas portuguesas para comprar.
Perante o exposto, e no pleno direito à liberdade de expressão, endereço ao Presidente e o Comissário uma Recomendação:
- em defesa da dignidade do ser humano, no espaço europeu, estabelecer, como pretende o Presidente da República Francesa, o máximo de 20 salários para os CEO’s;
- implementar uma “reforma estrutural” que impeça, de vez, a fuga de capitais, de impostos e o “negócio” obsceno dos especuladores que vivem da sangria dos cidadãos.
Remate final: não tenham receios, os CEO’s não emigram, porque não existem tantas vagas lá fora como dentro do país, por enquanto.

Post de HMJ