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quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Anotação das paisagens


Na zona outrabandista, desapareceram-me quase as andorinhas, substituidas, que foram, por pequenos grupos de estorninhos. Que eu nunca por lá tinha visto - valha-me isso!
E, na Avenida D. João V (Lisboa), o cocuruto dos jacarandás já se começa a tingir de lilás: vi-os hoje. Fiéis à sua memória brasílica, embora um pouco mais cedo do que o habitual.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Lembrete 28


Já começaram a florir ao cimo da rua Castilho, próximo da Penitenciária. No Largo do Rato, também. E em S. Pedro de Alcântara. Falta-me ver em que ponto estão os jacarandás da D. João V, da 24 de Julho e os do Largo do Carmo. Que estes últimos são sempre os mais tranquilos e repousados, para observar...

domingo, 18 de maio de 2014

Sardinhas, jacarandás e Alcochete


As sardinhas, apesar de ainda magras, estavam, as seis, plenas de mílharas, como os jacarandás, cheios de folhas, mas ainda sem flores que se vissem. Ao contrário dos da 24 de Julho, em Lisboa, já floridos, mas despidos de folhagem, talvez por causa da poluição automóvel da avenida, que com as obras, na Ribeira das Naus, ainda está pior de trânsito.
Ora, Alcochete (Al Caxete[árabe]= O Forno) tem aquele rara harmonia de algumas (muito poucas) terras ribeirinhas, em que as águas, o céu e as areias se casam, em aliança equilibrada, com os ventos que sopram, purificando o ar. Para aqui veio, em 1469, D. Beatriz, fugindo aos ares empestados de Lisboa. E aqui deu à luz o venturoso D. Manuel, no último dia do mês de Maio.
Para próximo daqui, Barroca de Alva, veio também Jácome Ratton, em 1767, não já por causa dos bons ares, mas para explorar umas salinas, e para melhor tratar desses negócios, que o Marquês apoiava. 
E eu que só queria falar das primeiras sardinhas que comi este ano... As palavras - dizem - são como as cerejas. E que boas que elas estão, neste ano da graça de 2014!...

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

À boca de um tempo feio


A Primavera, em grande parte do Brasil, deve estar visível e pujante, porque os migrantes jacarandás, no Rossio, já começaram a florir, timidamente, por entre a filigrana verde da intensa ramaria - não perderam a memória, que os faz florir por duas vezes, todos os anos, em Portugal. Abençoados sejam, na sua alegria!
Foi esta a minha visão mais feliz do dia, hoje. Que o resto é usura, sujeição, mediocridade, secura de pele e alma, pequenez, horizontes cerrados. Um "tempo feo", de que falava, a propósito de um quadro seu, o pintor espanhol Manolo Millares.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Os poetas esquecidos e a memória dos jacarandás


Na 24 de Julho, os jacarandás já começaram a florir como, lá para Outubro, se hão-de lembrar, como brasileiros de origem, de voltar a florescer, num destino de fidelidade genética imorredoura e fatal, de Primavera sul-americana.
Queixamo-nos, por vezes, do esquecimento que paira sobre alguns poetas, mais sóbrios e discretos que, talvez por sabedoria ou vontade própria, desapareceram sem ruido, na paisagem efémera do tempo. E eu penso que a única forma de os agarrarmos à vida é, no fundo,  trazê-los de cor (coração)  na nossa memória e, no silêncio mais íntimo, silabarmos caladamente os seus versos.
Discretos, esquecidos estarão Saúl Dias e João José Cochofel. Convoquemos este último:

Este nó na garganta
que nem os olhos molha
tem alguma parecença
com o cair da folha.

Despedem-se em silêncio
de coisas sem memória
levadas na poeira
da morte transitória.

domingo, 27 de maio de 2012

Os dois jacarandás


Nunca tinha dado por eles, ali. Mas vale a pena descer a Av. D. João V, só para os ver. Pouco antes de virar para o Largo do Rato, à direita, é uma aleluia de azúis e violetas, em dois copadíssimos e celestes jacarandás. Nem esperaram por Junho, e estão muito mais densos do que a foto, neste poste, deixa supor. Plenos de floração e beleza cromática. Há mais, depois, ao longo das ruas da Escola Politécnica e D.Pedro V, mas não são tão bonitos, nem tão densos.