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sexta-feira, 4 de agosto de 2023

Apontamento 156: Presente e Passado


Há, de facto, coincidências felizes, no encontro do presente com o passado.

Não há melhor que o livro em imagem acima, posto à venda e adquirido na semana passada, para assinalar a importância do conhecimento do passado para interpretar, com propriedade, o presente.

Como espectador meramente exterior da presente jornada do mundo cristão apostólico, de que me afastei por opção de consciência há várias décadas, reconheço-me em olhares críticos como este, tirado do livro acima:



Raul Rêgo, Para um Diálogo com o Sr. Cardeal Patriarca, Lisboa, Edição do Autor, 1968

Recomendo, então, a leitura do livro para saber mais sobre as consequências de uma voz crítica, nos idos de 1968, ou seja, há 55 anos. Tempo de História, embora insignificante, mas de factos iniludíveis.

Post de HMJ, dedicado a MR

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Uma vez espião, espião sempre


Não sei já quem disse que alguém que tenha sido espião, será sempre um espião. Ainda que em part-time. O meu amigo H. N. concorda com esta asserção, assim como eu, e muitas vezes, em amena cavaqueira bem disposta, pômo-nos a especular sobre alguns nomes portugueses, de várias profissões, entre comentaristas, jornalistas e até diplomatas, que o poderiam ter sido, sobretudo pela quantidade e qualidade de informação privilegiada que mostram possuir.
O jornal Le Monde, neste período ligeiro da silly season, tem vindo a publicar artigos de página inteira sobre escritores-espiões. Um dos primeiros, foi sobre John Le Carré. E são referidos, entre outros, Somerset Maugham e Frederick Forsyth. Graham Greene (1904-1991) é um dos últimos retratados, no jornal francês, que informa que o romancista católico inglês, trabalhou no MI6, directamente, com o célebre duplo espião Kim Philby.
Oficialmente, Greene terá abandonado o serviço de espionagem em 1944, mas um seu biógrafo (Michael Shelden) arrisca dizer que o romancista terá continuado a colaborar até finais dos anos 70, com os serviços de informação ingleses. Irónico ou não, numa entrevista ao Guardian, em 1971, Graham Green terá afirmado que: A Igreja católica é o melhor serviço de informações que eu conheço. Quem sabe, sabe...

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Por várias razões


Tirando João XXIII, que é o papa da "minha vida", eu que sou, intimamente, um exilado do catolicismo, sempre gostei de Bento XVI. Ao contrário do seu antecessor, que sempre puxou ao populismo, ao emocional, com aspectos finais - há que dizê-lo - quase grotescos, Bento XVI, embora talvez mais conservador, sempre nos levou a pensar e manteve, quotidianamente, uma postura de dignidade, racionalidade e justiça, ao reflectir sobre o nosso tempo.
Não sei, conscientemente, se o anúncio da sua resignação me surprende, até porque é uma rara decisão na chefia da Igreja de Roma. A falta de forças, para a exigência do cargo, terá sido uma das razões para o seu abandono de funções, a 28/2/13. Esta humildade quadra bem com o sucessor moderno de Pedro e reforça a extrema qualidade espiritual do percurso de um homem religioso. Que eu muito respeito.