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segunda-feira, 30 de maio de 2022

Esquecidos (10)


 

Imagens de um Inverno indocumentado

A vida tem lágrimas pesadas como árvores...
A sombra avança no atalho como um formigueiro.
Tuas pernas estão vermelhas de frio na paragem do eléctrico.

Felizmente existe a noite e a tua chegada.
O anjo estático não é mais do que um boneco de pedra.
O calor da tua boca reinventa o estio.


Egito Gonçalves (1920-2001), in O Pêndulo Afectivo (1991).

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Bibliofilia 158


Eram de grande apuro gráfico e muito bom gosto estético, as publicações da Editorial Inova (Porto), que se iam editando sob a batuta engenhosa de Cruz Santos. A colaboração de Pintores e bons Gráficos era constante, dando uma garantia de qualidade aos livros que a Inova foi publicando. Também os colaboradores literários asseguravam um contributo importante. A orientação artística era de Armando Alves.



Esta colecção Indícios de Oiro era  dirigida, do ponto de vista literário, pelo poeta Egito Gonçalves. O terceiro número da série foi dedicado a Eugénio de Andrade (1923-2005). Era uma edição bilingue, com os poemas traduzidos por Carlo Vittorio Cattaneo para a língua italiana. Os desenhos ficaram a cargo de Angelo de Sousa, em boa hora. E a obra publicou-se em Setembro de 1974.



O meu exemplar, assinado, é o nº 165 (como se pode ver pela terceira imagem do poste), dos apenas 310, que foram publicados. Apesar de ter sido comprada usada, a obra está como nova.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Bibliofilia 78 : curiosas raridades



Nada prometia que os dois livros, em imagem, viessem a ser raros. Mas o acaso proporcionou que sejam. Foram ambos retirados do mercado, por razões diferentes. O primeiro (Adolescente Agrilhoado, de José Marmelo e Silva), de 1986 (4ª edição), impresso pela Caminho, com prefácio de Maria Alzira Seixo, terá sido retirado do mercado, por litígio entre o Escritor e a Editora - segundo me disseram. O segundo (O Pêndulo Afectivo, de Egito Gonçalves), prefaciado por Óscar Lopes, a cargo da Afrontamento, para sair em 1991, nem sequer foi posto à venda. Tinha dois erros de impressão clamorosos: a bibliografia de Egito Gonçalves vinha com os livros publicados, até aí, pelo poeta António de Almeida Mattos; e, além disso, não continha a habitual ficha técnica. 
Os livros foram-me oferecidos por dois bons Amigos. Um deles, infelizmente, já falecido.