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terça-feira, 13 de março de 2018

Pinacoteca Pessoal 133


É sabido e notório que os rostos humanos são assimétricos. Às vezes, de forma extravagante, o lado direito da face é muito diferente do esquerdo, o que provoca alguma incomodidade estética a quem vê ou o constata.
A primeira tentativa de dar um retrato de rosto tanto quanto possível completo, nas suas diversas perspectivas e posições, creio poder atribuir-se ao pintor italiano Lorenzo Lotto (1480-1557), que terá executado um retrato triplo, na mesma tela, de um joalheiro veneziano, no ano de 1530. O quadro encontra-se num museu de Viena.



Poucos anos depois, o flamengo Anthony van Dick (1599-1641), a convite da corte inglesa e, possivelmente, conhecedor da ousadia de Lorenzo Lotto, veio a retratar também o rei inglês Carlos I,  em três perspectivas, entre os anos de 1535 e 1536. A obra pertence à Royal Collection Trusts.



Cerca de 100 anos depois, o pintor francês Philippe de Champaigne (1602-1674) viria a executar um retrato tripartido do Cardeal Richelieu, por volta de 1642. Este obra integra, hoje, o acervo da National Gallery, em Londres.



Estamos, no entanto, ainda longe das decomposições de rostos a que Picasso (1881-1973) procedeu, a partir da tela Les demoiselles d'Avignon (1907) e que, de alguma forma, dariam origem ao Cubismo, segundo alguns estudiosos de Pintura.

domingo, 22 de maio de 2011

A resposta do Pintor


Morreu cedo este pintor flamengo, mas o seu talento foi precoce. Anthony van Dyck (1599-1641) nasceu em Antuérpia, mas a sua obra foi executada, sobretudo, na Inglaterra. Contou com o generoso patrocínio do rei Carlos I, que muito apreciava os seus trabalhos. Em contrapartida, van Dyck retratou-o várias vezes, bem como à mulher, Henriette Marie de França (1609-1669). Em relação à raínha, há um episódio curioso, passado entre os dois. Henriette não era bonita mas esperava ser embelezada, no retrato. Ao ver a obra final (do retrato, na imagem acima) observou que o Pintor lhe favorecera as mãos, mas não fizera o mesmo com o rosto e perguntou ao Artista o motivo. Ao que, van Dyck, prontamente retorquiu: "Não lisonjeei o Vosso rosto porque daí não esperava nada, favoreci as mãos, porque delas esperava alguma coisa!"