Não valerá a pena iludirmo-nos sobre a independência dos orgãos de comunicação social portugueses. Neles predomina, por várias razões, o pensamento único, o célebre TINA de não há muitos anos. Que era apoiado, acéfala e fanaticamente, pela gentinha e jornalistas desta nossa terra sem imaginação, nem pensamento próprio. Longe vão os tempos em que havia possibilidade de escolha jornalística entre o Diário da Manhã, o DN, o DL e A República, por exemplo. Hoje, a diferença entre canais televisivos, ou entre jornais, não existe. Todos se regem pela mesma cartilha, todos se clonam, na babugem dos dias, pela mesma cruzada de uma nova gente (velha) mercenária e subserviente ao poder dominante ou oculto de interesses.
Daí, que é útil e refrescante, ler a crónica de Vicente Jorge Silva, hoje, no Público. Até por uma questão de sanidade mental e pelo sagrado direito à diferença. E para termos em conta a suja promiscuidade e os negócios que hoje se fazem entre os agentes do poder judicial, que vendem a informação, como, ontem, faziam os colaboradores da P. I. D. E.