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quarta-feira, 29 de junho de 2016

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Quando eu era pequenino, lembro-me que praticamente só usava óculos de sol, na praia.
A meio da minha idade, alguém que vivera em África, onde eu nunca estivera, ensinou-me duas coisas: que os nativos raramente dispensavam o uso desse adereço, mesmo que chovesse; e que um negro de cabelos brancos era, forçosamente, muito velho - duas coisas que nunca mais esqueci. 
Com o tempo e a globalização, habituei-me a ver excessivamente as pessoas mais diversas a usarem óculos de sol, estivesse o tempo que estivesse. E dava-me a pensar comigo: devem ver o mundo ainda mais negro do que ele é, na realidade... Mas, por outro lado, dizia: isto é óptimo para as lojas de óptica! E para os ciganos que os vendem pela rua, contrafeitos.
Ora, logo pela manhãzinha, HMJ contou-me uma história divertida, que me pôs bem disposto. Como Lisboa, e embora há muito mais tempo, Colónia (Alemanha) tem muitos turistas. Que se dirigem, invariavelmente, para ver a Catedral, como, na capital portuguesa, têm de, obrigatoriamente, viajar no eléctrico 28 ou subir, em rebanho acarneirado, ao elevador de Sta. Justa. Todos lêem pela mesma cartilha, acefalamente. Quantos deles irão, em contrapartida, ao MNAA? Porque ao Museu dos Coches vão eles: reza da cartilha globalizante...
Pois bem, o Deão da Catedral de Colónia estava a receber muitas reclamações de turistas, sempre pelo mesmo motivo: que a Catedral estava muito mal iluminada. O Deão acabou por responder-lhes, em entrevista: "Quando entrarem na Catedral, tirem os óculos escuros!"