Estás triste e abandonada,
Velha fonte do Pinheiro,
Tens uma sina desgraçada,
Que já dura um ano inteiro.
Não tens a água a correr.
Como dantes. Crueldade!
Quem te podia valer.
Não vê ou não tem vontade.
Turistas do além-mar.
Passam por ti dia a dia.
O que é que devem pensar.
Dessa nossa freguesia?
De olhar por ti não deixo.
Pró lado não assobio.
Nunca vi tanto desleixo.
E tanta falta de brio.
Aníbal Raposo