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27 de novembro de 2013
24 de julho de 2011
CSA convida: filme Farmer Jonh
A pedido da Luisa Jung Cassetari
(e escrito por ela):
"O Grupo do CSA convida a todos para assistir ao filme "Farmer John"
neste domingo (hoje!), 24 de julho, as 17:00 hs no instituto Elo.
O filme conta a história de um produtor norte americano que passou por muitas
tentativas fracassadas de produção, e que por fim, a convite de um grupo,
aceitou participar do CSA como produtor.
A princípio ele achou a idéia um pouco "esquisita" mas depois percebeu
que produzir para um grupo determinado seria algo inovador e produtivo.
O projeto iniciou-se com poucas pessoas, há mais ou
menos 10 anos e hoje é um projeto conhecido mundialmente.
O filme também foi vencedor de muitos premios mundiais em festivais de cinema.
Vale a pena conferir!!!!
Depois do filme haverá uma conversa, venham participar."
28 de junho de 2011
Sugestão de filme: A Fita Branca
Uma vez conversei com um jovem alemão sobre a segunda Guerra mundial e os motivos da ascensão no nazismo naquele país. Estávamos em uma mesa de bar, eu me encontrava de férias no nordeste, conosco havia outros europeus dentre eles noruegueses e suíços, o clima estava descontraído até entrarmos nesta discussão. Argumentei que a culpa para todo aquele terrível massacre não caía somente nas costas da alta cúpula nazista, mas também nas costas do povo alemão. Todos ficaram calados na mesa, com exceção de mim e do jovem alemão. Obviamente o clima se tornou pesado, ninguém tomou partido de nenhum dos dois lados e a discussão se concentrava entre eu e o jovem.
Uma questão sempre me deixou intrigado: Porque na Holanda a população não aceitava o nazismo imposto, tanto que todo o povo Holandês decretou greves e manifestações públicas em repúdio as atrocidades cometidas nos campos de concentração. É claro que a discussão não chegou a um consenso, mudamos de assunto e voltamos a beber.
Anos depois, acredito que o novo filme de Michel Haneke pode ser mais um argumento em que posso apoiar meu ponto de vista, “A Fita Branca” (Das Weisse Band, 2009), levanta a questão sobre a origem do que viria se tornar o anti-semitismo alemão na segunda grande guerra. O filme retrata o cotidiano de uma pequena aldeia alemã as vésperas do começo da primeira guerra, fazendo um panorama daquela sociedade, que era extremamente reprimida e que está quase sempre a beira da desgraça causada pela inveja, ódio e preconceito.
Essas reflexões começam a ocorrer a partir de um estranho acidente sofrido pelo médico da cidade, em seguida fatos estranhos como morte de pessoas, castigos e humilhações começam a ocorrer com certa freqüência, quase sempre encobertos pelos próprios cidadãos.
O filme lembra bastante A Vila do diretor indiano M. Night Shyamalan, tanto no que diz respeito ao próprio visual do filme quanto na retratação de uma sociedade dominada pelo medo. Entretanto o filme de Haneke não é ficcional como A Vila, acredito que os fatos retratados possam ter ocorrido em algum lugar da Alemanha, pois somente uma população como aquela apresentada em A Fita Branca poderia aceitar passivamente um governo como o de Adolph Hitler. Não quero generalizar de forma alguma a população alemã, acredito que nem todos aceitavam o que acontecia, mas grande parte dela era conivente e sabia o que estava acontecendo.
Além da excelente discussão o filme conta com grandes atuações como a do Pastor vivido por Burghart Klaubner de Adeus Lenin e O Leitor, assim como as performances extremamente assustadoras de todas as crianças do filme. A fotografia em preto e branco acentua o tom sinistro da trama, o negro quase sempre é intenso já o branco sempre é brilhante, representando de certa forma toda a obscuridade por trás daquela sociedade, que em primeira vista aparenta ser nobre e que guarda em seu interior uma terrível verdade.
Talvez A Fita Branca
Transcrito na íntegra de artigo escrito por Bruno Marques (meunomeebruno@bol.com.br) no site http://www.cinema10.com.br/
Saiba mais sobre o filme "A Fita Branca".
10 de junho de 2011
25 de maio de 2011
Procurando o Cinema
"O Tempo perguntou pro Tempo quanto tempo o Tempo tem. O Tempo respondeu pro Tempo que o Tempo tem tanto o tempo quanto o Tempo o
tempo tem."
Fui convidado de surpresa pra escrever sobre cinema/video para o blog, e vou ser sincero, tenho uma grande dificuldade para escrever. Costumo ser bem eloquente e seguro - as vezes arrogante - ao expor minhas ideias em uma conversa informal, principalmente quando há uma cerveja no meio, porém ao me deparar sozinho com minhas palavras o meu muro rui e minhas ideias se mostram frágeis, e eu vacilo... Ainda tenho que aprender a dialogar comigo mesmo, a duvidar do que penso e poder reafirmar sem entregar as rédeas. Acredito que a escrita pode me ajudar nesse caminho de desenlace. Por isso aceitei o desafio de escrever uma vez por semana aqui neste blog.
tempo tem."
Fui convidado de surpresa pra escrever sobre cinema/video para o blog, e vou ser sincero, tenho uma grande dificuldade para escrever. Costumo ser bem eloquente e seguro - as vezes arrogante - ao expor minhas ideias em uma conversa informal, principalmente quando há uma cerveja no meio, porém ao me deparar sozinho com minhas palavras o meu muro rui e minhas ideias se mostram frágeis, e eu vacilo... Ainda tenho que aprender a dialogar comigo mesmo, a duvidar do que penso e poder reafirmar sem entregar as rédeas. Acredito que a escrita pode me ajudar nesse caminho de desenlace. Por isso aceitei o desafio de escrever uma vez por semana aqui neste blog.
Já venho estudando a sétima arte faz algum tempo e alimento uma relação um tanto romântica com ela. Grande parte das coisas que me interessam hoje em dia se devem a minha aproximação com o cinema. Porém cinema pra mim não são os filmes da locadora ou do Cine Neli, não são os filmes da Nouvelle Vague Francesa ou do Cinema Novo Brasileiro... É uma espécie de eixo ao redor do qual eu vou e volto. No meu caso extrapola as telas. Não é que vivo uma vida de cinema. Mas essa ideia Cinema vai me levando e trazendo de diversos lugares, abrindo portas e janelas para o mundo e obviamente colocando muita pedra no caminho, deixando-o um pouco mais interessante.
Peço desculpas pelo tom pessoal do texto, mas creio que assumindo a primeira voz as ideias e impressões aqui expostas não soarão como verdades absolutas, o que me permite errar e depois me retratar, ou assumir meus paradoxos se for o caso. Desde já estendo o convite ao diálogo a todos que se sintam a vontade para participar através dos comentários.
Vou propor nesse primeiro post uma provocação simples que abarca não só o cinema mas todas as artes do tempo. Não sei se já se perguntaram ou
observaram a nossa reação ante as obras que se prolongam no tempo, que tem o tempo como matéria prima. A dança, o teatro, o cinema para ficar nos
mais clássicos, ou pensando nas video-instalações, nas performances, nos videos de museu ou em propostas mais "arriscadas". Cada uma dessas formas de expressão trabalha o tempo a sua maneira, seja ela ritual ou acidental, mas tem em comum que exigem de quem se dispõe a experimentá-las um pouco de tempo. Estamos dispostos a entregar nosso tempo? A participar da experiência? Ou esperamos ser tomados por algo que nos transporte para outra dimensão onde nos esquecemos do tempo e pouco depois esquecemos o que acabamos de presenciar? Ao entregar nosso tempo sem preconceitos estamos experimentando finalmente a obra de forma ativa. Ser ativo não quer dizer desvendar ou analisar a exaustão uma obra, mas sim se dispor a estar presente no transcurso da obra, vivendo esse tempo como um acontecimento da vida. A experiência transcende o tema e a forma, as vezes não se nota, mas fica sempre latente.
Gosto de pensar o cinema por exemplo como parte da minha vida, ao
contrario de me entregar a um universo paralelo, tento viver esse tempo
como parte da minha vida. Questão de postura, de consciência, já que o
tempo não é recuperado... E se volta de alguma maneira volta com filtros
em um novo tempo, volta como criação.
observaram a nossa reação ante as obras que se prolongam no tempo, que tem o tempo como matéria prima. A dança, o teatro, o cinema para ficar nos
mais clássicos, ou pensando nas video-instalações, nas performances, nos videos de museu ou em propostas mais "arriscadas". Cada uma dessas formas de expressão trabalha o tempo a sua maneira, seja ela ritual ou acidental, mas tem em comum que exigem de quem se dispõe a experimentá-las um pouco de tempo. Estamos dispostos a entregar nosso tempo? A participar da experiência? Ou esperamos ser tomados por algo que nos transporte para outra dimensão onde nos esquecemos do tempo e pouco depois esquecemos o que acabamos de presenciar? Ao entregar nosso tempo sem preconceitos estamos experimentando finalmente a obra de forma ativa. Ser ativo não quer dizer desvendar ou analisar a exaustão uma obra, mas sim se dispor a estar presente no transcurso da obra, vivendo esse tempo como um acontecimento da vida. A experiência transcende o tema e a forma, as vezes não se nota, mas fica sempre latente.
Gosto de pensar o cinema por exemplo como parte da minha vida, ao
contrario de me entregar a um universo paralelo, tento viver esse tempo
como parte da minha vida. Questão de postura, de consciência, já que o
tempo não é recuperado... E se volta de alguma maneira volta com filtros
em um novo tempo, volta como criação.
Deixo uns link de alguns videos no youtube se se sentem dispostos a dedicar um pouco de tempo talvez sejam de interesse:
Stan Brakhage _ Water for Maya (2003)
Walter Ruttman _ Opus I (1921)
Stan Brakhage _ Dog Star Man - Prelude (1961)
14 de maio de 2011
Uma homenagem ao "Maior Pintor" do Mundo
O nome do vídeo é A Montanha e foi feito no início de abril de 2011 em El Teide, a montanha mais alta da Espanha (3718m).
Cliquem no link abaixo para assistir e deixem a barra cinza ficar completa antes de apertar o player do filme.Dura 3 minutos.
http://vimeo.com/22439234
Créditos: TSO photography de Oslo. (facebook.com/TSOphotography)
The Mountain from TSO Photography on Vimeo.
Cliquem no link abaixo para assistir e deixem a barra cinza ficar completa antes de apertar o player do filme.Dura 3 minutos.
http://vimeo.com/22439234
Créditos: TSO photography de Oslo. (facebook.com/TSOphotography)
The Mountain from TSO Photography on Vimeo.
6 de abril de 2011
Paixão pela vida ... Amedeo Modigliani (parte 3)
...Ele começou a pintá-la, como se estivesse com os olhos fechados, e quando ela o questionou, ele lhe disse -" só pintarei os seus olhos quando conhecer a sua alma..."( Amadeo Modigliani à sua amada Jeanne Hébuterne.
Dica de filme:
Modigliani Paixão pela vida
Em Paris, no ano de 1919, pelo menos dois importantes pintores disputavam as atenções no mundo das artes: Amedeo Modigliani e Pablo Picasso. Este filme mostra a rivalidade entre eles, mas principalmente os últimos dias de vida de Modigliani ....
Dica de filme:
Modigliani Paixão pela vida
Em Paris, no ano de 1919, pelo menos dois importantes pintores disputavam as atenções no mundo das artes: Amedeo Modigliani e Pablo Picasso. Este filme mostra a rivalidade entre eles, mas principalmente os últimos dias de vida de Modigliani ....
17 de março de 2011
Sessão de cinema na Aitiara dia 25 de Março: "O Contador de Histórias" !
CINE 9º: Estréia sexta-feira dia 25 de março, às 19horas, na sala do 9º ano com o filme “O Contador de Histórias".
O filme de Luiz Villaça mostra a vida de Roberto Carlos Ramos, um pedagogo mineiro que é um dos grandes contadores de História da atualidade.
Interpretado por Cleiton Santos, de 23 anos, que tinha tudo para virar estatística da violência: viu o pai e o tio serem assassinados, envolveu-se com o tráfico de drogas, gerenciou boca de fumo e foi detido por tentativa de homicídio. Tudo isso antes dos 18 anos. Hoje, o mineiro é artista de cinema. Desbancou centenas de rapazes, arrematando um papel em "O contador de histórias", filme baseado na vida de Roberto Carlos Ramos, dono de uma história de vida que é exemplo de superação. Assim como Cleiton, seu intérprete na telona.
Compareçam! (CLASSIFICAÇÃO 12 ANOS)
Realização 9º ano da Escola Aitiara
O filme de Luiz Villaça mostra a vida de Roberto Carlos Ramos, um pedagogo mineiro que é um dos grandes contadores de História da atualidade.
Interpretado por Cleiton Santos, de 23 anos, que tinha tudo para virar estatística da violência: viu o pai e o tio serem assassinados, envolveu-se com o tráfico de drogas, gerenciou boca de fumo e foi detido por tentativa de homicídio. Tudo isso antes dos 18 anos. Hoje, o mineiro é artista de cinema. Desbancou centenas de rapazes, arrematando um papel em "O contador de histórias", filme baseado na vida de Roberto Carlos Ramos, dono de uma história de vida que é exemplo de superação. Assim como Cleiton, seu intérprete na telona.
Compareçam! (CLASSIFICAÇÃO 12 ANOS)
Realização 9º ano da Escola Aitiara
4 de março de 2011
O Unicórnio de Porcelana
Apenas 3 minutos!
Do americano Keegan Wilcox, decorre na 2ª Guerra Mundial numa Alemanha sob o Nazismo.
É uma pungente e sensível narrativa que mostra como um encontro traumático de guerra inspira um homem na vida adulta.
Esse curta foi o vencedor do Festival Parallel Lines que é uma iniciativa da Philips Cinema e da Associação Ridley Scott.
Do americano Keegan Wilcox, decorre na 2ª Guerra Mundial numa Alemanha sob o Nazismo.
É uma pungente e sensível narrativa que mostra como um encontro traumático de guerra inspira um homem na vida adulta.
Esse curta foi o vencedor do Festival Parallel Lines que é uma iniciativa da Philips Cinema e da Associação Ridley Scott.
8 de fevereiro de 2011
Lixo Extraordinário... Não percam!
Sinopse:
Filmado ao longo de dois anos (agosto de 2007 a maio de 2009), Lixo Extraordinário acompanha o trabalho do artista plástico Vik Muniz em um dos maiores aterros sanitários do mundo: o Jardim Gramacho, na periferia do Rio de Janeiro. Lá, ele fotografa um grupo de catadores de materiais recicláveis, com o objetivo inicial de retratá-los. No entanto, o trabalho com esses personagens revela a dignidade e o desespero que enfrentam quando sugeridos a reimaginar suas vidas fora daquele ambiente. A equipe tem acesso a todo o processo e, no final, revela o poder transformador da arte e da alquimia do espírito humano.
Dica da Pilar.
Filmado ao longo de dois anos (agosto de 2007 a maio de 2009), Lixo Extraordinário acompanha o trabalho do artista plástico Vik Muniz em um dos maiores aterros sanitários do mundo: o Jardim Gramacho, na periferia do Rio de Janeiro. Lá, ele fotografa um grupo de catadores de materiais recicláveis, com o objetivo inicial de retratá-los. No entanto, o trabalho com esses personagens revela a dignidade e o desespero que enfrentam quando sugeridos a reimaginar suas vidas fora daquele ambiente. A equipe tem acesso a todo o processo e, no final, revela o poder transformador da arte e da alquimia do espírito humano.
Dica da Pilar.
21 de janeiro de 2011
Duelo de Banjo
Colaboração do Luiz Pryzant, ex-morador do Aldeia e amigo do bairro Demétria.
Que maravilha!
O filme Amargo Pesadelo estava sendo rodado no interior dos Estados Unidos. O diretor fez a locação de um posto de gasolina nos confins do mundo, onde aconteceria uma cena entre vários atores contracenando com o proprietário do posto onde ele também morava com sua mulher e filho. Este último,autista e nunca saía do terreno da casa.
A equipe parou no posto de gasolina para abastecer e aconteceu a cena mais marcante que o diretor teve a felicidade de encaixar no filme.
Num dos cortes para refazer a cena do abastecimento, um dos atores que sendo músico sempre andava acompanhado do seu instrumento de cordas aproveitando o intervalo da gravação e já tendo percebido a presença de um garoto que dedilhava um banjo na varanda da casa aproximou-se e começou a repetir a sequência musical do garoto.
Como houve uma 'resposta musical" por parte do garoto, o diretor captou a importância da cena e mandou filmar. O restante vocês verão no vídeo.
Atentem para alguns detalhes:
- O garoto é verdadeiramente um autista;
- ele não estava nos planos do filme;
- A alegria do pai curtindo o duelo dos banjos... dançando
- A felicidade da mãe captada numa janela da casa;
- A reação autêntica de um autista quando o ator músico quer cumprimentá-lo.
Vale a pena o duelo, a beleza do momento e, mais que tudo, a alegria do garoto.
A sua expressão. No início está distante, mas, à medida que toca o seu banjo, ele cresce com a música e vai se deixando levar por ela, até transformar a sua expressão num sorriso contagiante, transmitindo a todos a sua alegria.
A alegria de um autista, que é resgatada por alguns momentos, graças a um violão forasteiro. O garoto brilha, cresce e exibe o sorriso preso nas dobras da sua deficiência, que a magia da música traz à superfície.
Depois, ele volta para dentro de si, deixando a sua parcela de beleza eternizada "por acaso" no filme "Amargo Pesadelo" (Ano: 1972).
Que maravilha!
O filme Amargo Pesadelo estava sendo rodado no interior dos Estados Unidos. O diretor fez a locação de um posto de gasolina nos confins do mundo, onde aconteceria uma cena entre vários atores contracenando com o proprietário do posto onde ele também morava com sua mulher e filho. Este último,autista e nunca saía do terreno da casa.
A equipe parou no posto de gasolina para abastecer e aconteceu a cena mais marcante que o diretor teve a felicidade de encaixar no filme.
Num dos cortes para refazer a cena do abastecimento, um dos atores que sendo músico sempre andava acompanhado do seu instrumento de cordas aproveitando o intervalo da gravação e já tendo percebido a presença de um garoto que dedilhava um banjo na varanda da casa aproximou-se e começou a repetir a sequência musical do garoto.
Como houve uma 'resposta musical" por parte do garoto, o diretor captou a importância da cena e mandou filmar. O restante vocês verão no vídeo.
Atentem para alguns detalhes:
- O garoto é verdadeiramente um autista;
- ele não estava nos planos do filme;
- A alegria do pai curtindo o duelo dos banjos... dançando
- A felicidade da mãe captada numa janela da casa;
- A reação autêntica de um autista quando o ator músico quer cumprimentá-lo.
Vale a pena o duelo, a beleza do momento e, mais que tudo, a alegria do garoto.
A sua expressão. No início está distante, mas, à medida que toca o seu banjo, ele cresce com a música e vai se deixando levar por ela, até transformar a sua expressão num sorriso contagiante, transmitindo a todos a sua alegria.
A alegria de um autista, que é resgatada por alguns momentos, graças a um violão forasteiro. O garoto brilha, cresce e exibe o sorriso preso nas dobras da sua deficiência, que a magia da música traz à superfície.
Depois, ele volta para dentro de si, deixando a sua parcela de beleza eternizada "por acaso" no filme "Amargo Pesadelo" (Ano: 1972).
(Dica do Amigo Santo Bedendo)
9 de janeiro de 2011
Magma Magia... Ou, "O Tempero da Vida"
A colaboradora do Blog Alô Bairro Demétria, Jane Baruki Ferreira, moradora do Condomínio Alvorada nos enviou essa linda poesia.Ela agora tem Blog próprio e convidamos a todos a também frequentá-lo: http://janocca.blogspot.com
Foto: Eduarda Mendes
Foto: Eduarda Mendes
Magma magia
Cada raça tem sua cor,
Também o seu sabor.
Com sal, alho, cebola e limão,
O árabe tempera o seu humor.
Cada tempero tem sua magia,
De atuar na alma minha.
A cebola me aquece,
O sal me enlouquece.
O alho me fortalece,
O limão me enobrece.
No uso das especiarias,
Devemos encontrar a equidade,
Para cozinhar com sabedoria,
Proporcionando saúde e harmonia.
Jane
Também o seu sabor.
Com sal, alho, cebola e limão,
O árabe tempera o seu humor.
Cada tempero tem sua magia,
De atuar na alma minha.
A cebola me aquece,
O sal me enlouquece.
O alho me fortalece,
O limão me enobrece.
No uso das especiarias,
Devemos encontrar a equidade,
Para cozinhar com sabedoria,
Proporcionando saúde e harmonia.
Jane
Ps: Essa poesia me lembrou um filme lindo, que recomendo a todos os leitores do Blog: O Tempero da Vida; Como diz o avô Vassilis no filme: “…a palavra astrônomo está contida na palavra gastrônomo!”
As filmagens ocorreram nas cidades de Atenas e Istambul;
As filmagens ocorreram nas cidades de Atenas e Istambul;
7 de janeiro de 2011
Dica de Filme: "Saneamento Básico, o Filme"
Uma comédia leve com direção e roteiro de Jorge Furtado.Qualquer semelhança não é mera coincidência...Nas locadoras.
Os moradores da fictícia Linha Cristal, uma pequena vila de descendentes de colonos italianos localizada na Serra Gaúcha, reúnem-se para tomar providências a respeito da construção de uma fossa para o tratamento do esgoto. Eles elegem uma comissão, que é responsável em fazer o pedido junto à sub-prefeitura. A secretária do prefeito reconhece a necessidade da obra, mas informa que não há verba para realizá-la. Entretanto, a prefeitura dispõe de quase R$10.000 para a produção de um filme. Este dinheiro foi dado pelo governo federal e, se não for usado, será devolvido em breve. Surge então a idéia de usar a quantia para realizar a obra e rodar um filme sobre a própria obra. Porém, a retirada da quantia depende da apresentação de um roteiro e de um projeto do filme, além de haver a exigência que ele seja de ficção. Desta forma os moradores se reúnem para elaborar um filme barato, que conta a história de um monstro que vive nas obras de construção de uma fossa.
Mais dicas de Filmes no assunto Cinema e Filmes
Os moradores da fictícia Linha Cristal, uma pequena vila de descendentes de colonos italianos localizada na Serra Gaúcha, reúnem-se para tomar providências a respeito da construção de uma fossa para o tratamento do esgoto. Eles elegem uma comissão, que é responsável em fazer o pedido junto à sub-prefeitura. A secretária do prefeito reconhece a necessidade da obra, mas informa que não há verba para realizá-la. Entretanto, a prefeitura dispõe de quase R$10.000 para a produção de um filme. Este dinheiro foi dado pelo governo federal e, se não for usado, será devolvido em breve. Surge então a idéia de usar a quantia para realizar a obra e rodar um filme sobre a própria obra. Porém, a retirada da quantia depende da apresentação de um roteiro e de um projeto do filme, além de haver a exigência que ele seja de ficção. Desta forma os moradores se reúnem para elaborar um filme barato, que conta a história de um monstro que vive nas obras de construção de uma fossa.
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2 de janeiro de 2011
Dica de Filme: Mary & Max, Uma Amizade Diferente
Filme de animação, australiano e mais indicado para adultos. Uma sensível amizade entre dois personagens que dura 20 anos. Menina solitária da Austrália se corresponde com um neurótico judeu de Nova York. Uma pequena jóia.Procure nas locadoras.
14 de dezembro de 2010
Dharma Cine: "Kundun"
Amigos e amigas,
Este mês teremos nosso segundo encontro para assistir a um filme que traz como tema o Budismo, nosso chamado "Dharma Cine".
Filme: Kundun (escrito por Melissa Mathison e dirigido por Martin Scorsese)
Data: 17 de dezembro de 2010
Hora: 20h
Local: Centro Budista Caminho do Diamante de Botucatu - Rua Pinheiro Machado, 8, Centro.
Fone: (14) 9109 2506 (Juliana)
Após assistirmos ao filme, continuamos com uma conversa reflexiva e uma confraternização.
Abraço Cordial
BUDISMO CAMINHO DO DIAMANTE
Linhagem Karma Kagyü - Botucatu/SP
Kundun é como os tibetanos chamam o Dalai-Lama, e significa A Presença.
Este mês teremos nosso segundo encontro para assistir a um filme que traz como tema o Budismo, nosso chamado "Dharma Cine".
Filme: Kundun (escrito por Melissa Mathison e dirigido por Martin Scorsese)
Data: 17 de dezembro de 2010
Hora: 20h
Local: Centro Budista Caminho do Diamante de Botucatu - Rua Pinheiro Machado, 8, Centro.
Fone: (14) 9109 2506 (Juliana)
Após assistirmos ao filme, continuamos com uma conversa reflexiva e uma confraternização.
Abraço Cordial
BUDISMO CAMINHO DO DIAMANTE
Linhagem Karma Kagyü - Botucatu/SP
Kundun é como os tibetanos chamam o Dalai-Lama, e significa A Presença.
11 de novembro de 2010
Dica de filme: A Vila
Com tantos mecanismos criados supondo proteção e segurança, A Vila é interessante para auto-reflexão e estranhamento de uma estrutura própria da nossa sociedade.
Marta Kanashiro
“Senhor cidadão, eu quero saber com quantos quilos de medo se faz uma tradição”. O filme A Vila (2004) poderia ser resumido nesta sonora frase de uma música de Tom Zé. Dirigido por Manoj Nelliattu Shyamalan, mais conhecido por M. Night Shyamalan, A Vila conta a estória de um grupo de pessoas que vive num vilarejo na Pennsylvania cercado por uma floresta. A primeira cena, que se inicia com um enterro, conta ao expectador que estamos no ano de 1897, mas como em outros filmes deste diretor, nada é o que de fato se apresenta a primeira vista.
E logo de início, o que se coloca é que na floresta vivem seres monstruosos e conhecidos por “aqueles de quem não podemos falar”. Assim, a floresta e seus monstros compõem o limite que os habitantes da vila não podem transpor. Limites dados pelo medo, que são reforçados por um rígido sistema de valores e crenças, disseminado entre os habitantes, e controlado pelos anciãos do lugar.
Há uma cor, por exemplo, que é proibida, pois atrai os monstros, e também existem atemorizantes estórias contadas para as crianças sobre eles, brincadeiras entre adolescentes que testam sua coragem, oferendas feitas para apaziguar uma possível ira desses seres. Enfim, toda a vida das pessoas é atravessada por essa relação tácita com os monstros. Aliás, isso que surge como um silêncio: aquilo do que não podemos falar, é de fato dito o tempo todo de mil outras formas. Os anciãos, como dirigentes do lugar, são consultados em reuniões rotineiras pelos mais diversos motivos. Eles são como uma lei viva deste lugar, manifestam-se sobre o que deve e o que não deve ser feito em todos os aspectos da vida cotidiana e, em prol da segurança de todos, proíbem os habitantes de entrar na floresta.
Enquanto estão no vilarejo, as pessoas estão potencialmente seguras. Em toda extensão do limite entre esse local e a floresta há bandeiras demarcando o território e, em alguns pontos, há guaritas e sentinelas que avisam caso a fronteira seja transposta. Dizem as estórias dos anciãos que há muito os monstros não adentram o vilarejo. Há uma espécie de pacto entre eles, a vila não é invadida e os habitantes não são aterrorizados, desde que não adentrem a floresta. E cada um permanece então dentro de seu próprio terreno.
Mas mais do que isso, é quase como se não houvesse porque sair de dentro do vilarejo, ali não há dinheiro, não há pobreza, os alimentos e bens são repartidos entre os habitantes, não há violência, não há crime, as pessoas vivem em completa harmonia, num ambiente bucólico, como numa utopia realizada. Mesmo a morte de um dos habitantes no início do filme, que poderia ter sido evitada caso atravessassem a floresta em busca de medicamentos, não é um motivo forte o suficiente para romper essa estrutura social, causar revolta ou uma tentativa de enfrentar “aqueles de quem não podemos falar”.
O cenário modifica-se quando o personagem Lucius Hunt começa a insistir com os anciãos para atravessar a floresta. Um série de eventos estranhos passam a ocorrer, como avisos permanentes do limite intransponível, da manutenção da ordem. Mas apesar disso, esse não é um filme de terror, e apesar de pecar pela banalidade, toca em características importantes da nossa atualidade.
Diferente tanto de Sinais, como de O sexto sentido, este filme não tem um grande segredo que seja a chave do filme, não há a existência de espíritos ou alienígenas, por exemplo. Os monstros estão ali nos discursos, nos rituais, nas estórias e na prática de cotidiana de tudo o que ocorre, guardam as fronteiras as quais não devem ser jamais ultrapassadas, marcando toda a vida social daquela comunidade. Mas de fato, os monstros são apenas representantes da manutenção e proteção da fronteira, eles são mais ou menos como as estórias ou músicas infantis, que amedrontam para conseguir um determinado resultado de comportamento.
Assim, se há algo que pode ser interessante nessa trama banal é questionar: Quais são os monstros que guardam hoje nossas fronteiras? Como nos relacionamos com o que é exterior e com o outro? Que preço pagamos pela manutenção de uma pretensa segurança?
No decorrer do filme, descobrimos que o ano é 1987 e que os anciãos que formaram aquela vila recolheram-se ali porque tinham em comum eventos trágicos e violentos típicos das grandes cidades. Vítimas de assaltos, ou próximos de pessoas que foram assassinadas, os anciãos estão no meio de uma reserva natural, a tal utopia não realizada, que não precisa mais conviver com tudo aquilo que pode representar os malefícios das metrópoles.
Assim, atemorizados pelo que seriam os monstros dessas grandes cidades, fecham-se num ambiente isolado, e passam a criar seus filhos numa tradição que não apenas provém do medo, mas mantém-se por meio dessa sensação. Na parte externa do vilarejo, o jogo não é muito diferente e um jipe da segurança do parque cuida para que ninguém adentre os limites da floresta. A cena em que ocorre o diálogo entre os guardas florestais dá então esse toque interessante ao filme, afinal é necessário pescar e cutucar o telespectador, que está muito mais próximo do lado externo da floresta.
Mesmo que a pretensão aqui não seja discutir a caracterização apressada de “cultura do medo”, argumentada pelo sociólogo norte-americano Barry Glassner, vale lembrar que sua idéia adquiriu muita visibilidade após Tiros em Columbine e Fahrenheit 11 de setembro, do documentarista e cineasta Michael Moore. A Vila parece tentar retomar esse tipo de discussão, mas traz ainda a possibilidade de que os monstros que guardam nossas fronteiras sociais, sejam algo construído, inventado para manutenção de determinados tipos de condutas.
O interessante do medo estar vinculado a algo considerado imaginário, como os monstros, é refletir não apenas sobre sua invenção, sobre os limites que postulam, mas sobre como passam a nos integrar, seja na forma daquilo de que não se fala, ou nesse outro estranho que passa a ser monstruosidade.
Em tempos em que as fronteiras são tão fluidas e ao mesmo tempo tão lembradas nas viagens internacionais, nas câmeras de vigilância nas cidades, nas cercas elétricas e alarmes A Vila torna-se interessante para auto-reflexão, questionamento e estranhamento de uma estrutura que já é própria da nossa sociedade. Numa época em que há tantos mecanismos criados supondo auto proteção e segurança, em que o medo é um sentimento constantemente acionado para produzir e legitimar tais mecanismos, até mesmo um filme banal como este, pode servir para nos tirar do torpor.
FONTE
Marta Kanashiro
“Senhor cidadão, eu quero saber com quantos quilos de medo se faz uma tradição”. O filme A Vila (2004) poderia ser resumido nesta sonora frase de uma música de Tom Zé. Dirigido por Manoj Nelliattu Shyamalan, mais conhecido por M. Night Shyamalan, A Vila conta a estória de um grupo de pessoas que vive num vilarejo na Pennsylvania cercado por uma floresta. A primeira cena, que se inicia com um enterro, conta ao expectador que estamos no ano de 1897, mas como em outros filmes deste diretor, nada é o que de fato se apresenta a primeira vista.
E logo de início, o que se coloca é que na floresta vivem seres monstruosos e conhecidos por “aqueles de quem não podemos falar”. Assim, a floresta e seus monstros compõem o limite que os habitantes da vila não podem transpor. Limites dados pelo medo, que são reforçados por um rígido sistema de valores e crenças, disseminado entre os habitantes, e controlado pelos anciãos do lugar.
Há uma cor, por exemplo, que é proibida, pois atrai os monstros, e também existem atemorizantes estórias contadas para as crianças sobre eles, brincadeiras entre adolescentes que testam sua coragem, oferendas feitas para apaziguar uma possível ira desses seres. Enfim, toda a vida das pessoas é atravessada por essa relação tácita com os monstros. Aliás, isso que surge como um silêncio: aquilo do que não podemos falar, é de fato dito o tempo todo de mil outras formas. Os anciãos, como dirigentes do lugar, são consultados em reuniões rotineiras pelos mais diversos motivos. Eles são como uma lei viva deste lugar, manifestam-se sobre o que deve e o que não deve ser feito em todos os aspectos da vida cotidiana e, em prol da segurança de todos, proíbem os habitantes de entrar na floresta.
Enquanto estão no vilarejo, as pessoas estão potencialmente seguras. Em toda extensão do limite entre esse local e a floresta há bandeiras demarcando o território e, em alguns pontos, há guaritas e sentinelas que avisam caso a fronteira seja transposta. Dizem as estórias dos anciãos que há muito os monstros não adentram o vilarejo. Há uma espécie de pacto entre eles, a vila não é invadida e os habitantes não são aterrorizados, desde que não adentrem a floresta. E cada um permanece então dentro de seu próprio terreno.
Mas mais do que isso, é quase como se não houvesse porque sair de dentro do vilarejo, ali não há dinheiro, não há pobreza, os alimentos e bens são repartidos entre os habitantes, não há violência, não há crime, as pessoas vivem em completa harmonia, num ambiente bucólico, como numa utopia realizada. Mesmo a morte de um dos habitantes no início do filme, que poderia ter sido evitada caso atravessassem a floresta em busca de medicamentos, não é um motivo forte o suficiente para romper essa estrutura social, causar revolta ou uma tentativa de enfrentar “aqueles de quem não podemos falar”.
O cenário modifica-se quando o personagem Lucius Hunt começa a insistir com os anciãos para atravessar a floresta. Um série de eventos estranhos passam a ocorrer, como avisos permanentes do limite intransponível, da manutenção da ordem. Mas apesar disso, esse não é um filme de terror, e apesar de pecar pela banalidade, toca em características importantes da nossa atualidade.
Diferente tanto de Sinais, como de O sexto sentido, este filme não tem um grande segredo que seja a chave do filme, não há a existência de espíritos ou alienígenas, por exemplo. Os monstros estão ali nos discursos, nos rituais, nas estórias e na prática de cotidiana de tudo o que ocorre, guardam as fronteiras as quais não devem ser jamais ultrapassadas, marcando toda a vida social daquela comunidade. Mas de fato, os monstros são apenas representantes da manutenção e proteção da fronteira, eles são mais ou menos como as estórias ou músicas infantis, que amedrontam para conseguir um determinado resultado de comportamento.
Assim, se há algo que pode ser interessante nessa trama banal é questionar: Quais são os monstros que guardam hoje nossas fronteiras? Como nos relacionamos com o que é exterior e com o outro? Que preço pagamos pela manutenção de uma pretensa segurança?
No decorrer do filme, descobrimos que o ano é 1987 e que os anciãos que formaram aquela vila recolheram-se ali porque tinham em comum eventos trágicos e violentos típicos das grandes cidades. Vítimas de assaltos, ou próximos de pessoas que foram assassinadas, os anciãos estão no meio de uma reserva natural, a tal utopia não realizada, que não precisa mais conviver com tudo aquilo que pode representar os malefícios das metrópoles.
Assim, atemorizados pelo que seriam os monstros dessas grandes cidades, fecham-se num ambiente isolado, e passam a criar seus filhos numa tradição que não apenas provém do medo, mas mantém-se por meio dessa sensação. Na parte externa do vilarejo, o jogo não é muito diferente e um jipe da segurança do parque cuida para que ninguém adentre os limites da floresta. A cena em que ocorre o diálogo entre os guardas florestais dá então esse toque interessante ao filme, afinal é necessário pescar e cutucar o telespectador, que está muito mais próximo do lado externo da floresta.
Mesmo que a pretensão aqui não seja discutir a caracterização apressada de “cultura do medo”, argumentada pelo sociólogo norte-americano Barry Glassner, vale lembrar que sua idéia adquiriu muita visibilidade após Tiros em Columbine e Fahrenheit 11 de setembro, do documentarista e cineasta Michael Moore. A Vila parece tentar retomar esse tipo de discussão, mas traz ainda a possibilidade de que os monstros que guardam nossas fronteiras sociais, sejam algo construído, inventado para manutenção de determinados tipos de condutas.
O interessante do medo estar vinculado a algo considerado imaginário, como os monstros, é refletir não apenas sobre sua invenção, sobre os limites que postulam, mas sobre como passam a nos integrar, seja na forma daquilo de que não se fala, ou nesse outro estranho que passa a ser monstruosidade.
Em tempos em que as fronteiras são tão fluidas e ao mesmo tempo tão lembradas nas viagens internacionais, nas câmeras de vigilância nas cidades, nas cercas elétricas e alarmes A Vila torna-se interessante para auto-reflexão, questionamento e estranhamento de uma estrutura que já é própria da nossa sociedade. Numa época em que há tantos mecanismos criados supondo auto proteção e segurança, em que o medo é um sentimento constantemente acionado para produzir e legitimar tais mecanismos, até mesmo um filme banal como este, pode servir para nos tirar do torpor.
FONTE
24 de outubro de 2010
"Kurosawa - Criando Imagens para o Cinema"
A exposição "Kurosawa - Criando Imagens para o Cinema" homenageia os 100 anos de Akira Kurosawa. O cineasta, que um dia sonhou em ser pintor, terá exibidos 80 storyboards de filmes clássicos, como "Kagemusha" (1980), "Ran" (1985), "Dreams" (1990), "Rhapsody in August" (1991), "Madadayo" (1993) e "The Sea Watches" (2002).
Com dificuldades para financiar "Kagemusha", no início da década de oitenta, Kurosawa resolveu ele mesmo desenhar o filme inteiro para não perder as ideias que tinha imaginado. "Ele tomou gosto pela coisa e fez isso em todos os longas seguintes", conta Ricardo Ohtake, diretor geral do Instituto Tomie Ohtake, que sediará a exposição.
Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo
Av. Faria Lima, 201 (entrada pela Rua Coropés)
Abertura no dia 22 de outubro, às 20h (convidados)
Até 28 de novembro de 2010
De terça a domingo, das 11h às 20h
Entrada franca
Informações: (11) 2245-1900
Av. Faria Lima, 201 (entrada pela Rua Coropés)
Abertura no dia 22 de outubro, às 20h (convidados)
Até 28 de novembro de 2010
De terça a domingo, das 11h às 20h
Entrada franca
Informações: (11) 2245-1900
23 de outubro de 2010
Sessão de Cinema no Bairro Demétria: Silence (Sokut) de Mohsen Makhmalbaf
Filmaço esse que o Pedrinho passou numa sessão aberta!
Fica aqui a dica para quem não foi lá assistir.
Fica aqui a dica para quem não foi lá assistir.
22 de outubro de 2010
Sessões de Cinema no Bairro Demétria: Sexta (22/10) e Sábado (23/10) !
Sexta-feira 22, e sábado 23 de outubro, às 20h, vou projetar dois filmes no espaço ao lado do Restaurante Celeiro (antigo Straat Burity).
Os filmes serão projetados no marco do Laboratorio Experimental de Cinema, Caos e Liberdade. Um projeto que estou desenvolvendo para pesquisar métodos de inclusão da potencia cinematográfica na educação formal.
Nesse caso gostaria de conversar sobre as idéias e formas desenvolvidas nesses filmes. Que dispositivos formais são utilizados para construir essas idéias. Como as idéias orientam a forma do filme.
Antes dos filmes serão apresentados curtas experimentais que apelam para um sentido mais perceptivo que cognitivo. Neste caso o objetivo é observar e perceber as estruturas e ritmos construidos pelas imagens. Conhecer e desfrutar de uma potencia do cinema que é pouco difundida e pouco entendida.
Pedro
Programação
Sexta, 22 as 20h - Crônica de um Verão (Chronique d'un Étè, França, 1960), de Jean Rouch e Edgar Morin
"Crônica de um Verão coloca em crise o documentário clássico-idealista, simulador de apreensão ou síntese do real, e reiventa a não ficção como linguagem e como conceito. (...)"
"(...)Tanto a arte como as ciências (não só humanas), quando conscientes de sua inserção na vida e despidas de ideais totalizantes-enganadores, têm compromisso com as dúvidas."
Cleber Eduardo
Sábado, 23 as 20h - O Silêncio (Sokut, Irã, 1998), de Mohsen Makhmalbaf
Mohsen Makhmalbaf
"O filme faz referência a minha infância. Minha avó que era muito religiosa sempre me dizia: “ Se você ouvir a música, você vai para o inferno”. Ela fazia eu colocar meus dedos no ouvido quando saía pela rua, para não escutar nenhuma música. Era para o meu próprio bem. A primeira música que escutei foi a 5ª sinfonia de Beethoven, e fui profundamente afetado pelo esplendor da peça. Desde então as quatro notas ficaram em minha mente, como um poder magnético da música. Um ferreiro que trabalhava para nós disse que um dia, enquanto estava no ônibus, ele tinha tentado seguir um dos passageiros pois se sentiu atraído pela música que ele estava a ouvir, e ele tinha se perdido. Foi assim que eu tive a idéia para o filme."
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