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quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Um Novo Ano Saudável e Cheio de Cor!

Novo ano, vida nova.
Novos caminhos, novas resoluções.
Como se se virasse a página de um livro.
Este ano é que vai ser bom! Vai ser "O" ano! Vou fazer isto e aquilo, conseguir tal e alcançar metas, muitas metas!!
Ai tantas esperanças e emoções se viveram de repente ao soar das doze badaladas!! As passas foram devoradas, os desejos avidamente conjurados e gritados pelas nossas alminhas sedentas de mudança! 
Pelo menos assim foi a minha meia noite. Chegou linda e cintilante cheia de promessas de desejos realizados e objetivos cumpridos... Por breves momentos o meu coraçãozinho acreditou que sim. Este é o ano. 
Mas se não for, há sempre o próximo que há-de chegar imponente e majestoso para renovar as energias gastas em mais 12 meses de vãs ilusões.

Desejo-vos um 2013 cheio de luz, cor e muitas alegrias! Com saúde, amor e uma boa dose de determinação, tudo o resto se arranja:)   

Creme de Beterraba Assada
A beterraba é uma excelente aliada para desintoxicar o corpo depois de todos os excessos cometidos nesta época de festas. Ajuda a tonificar e proteger o fígado, a reduzir o colesterol e a purificar o sangue. É pobre em calorias e rica em ácido fólico (essencial na gravidez), ferro, vitamina C e potássio. Mais informação aqui e aqui.

Ingredientes:
3 beterrabas pequenas com casca
1 cabeça de alhos com casca
1 cebola roxa grande descascada
a parte branca de 1 alho francês grande (ou de 2 pequenos)
1 cenoura grande (ou 2 pequenas) descascada
1 courgette pequena com a casca
sal q.b.
azeite q.b.
1 colher de sopa de vinagre de vinho tinto
água a ferver q.b. (ou caldo de galinha ou legumes)
1 colher de sopa de açúcar amarelo (opcional)
1 raminho de cebolinho fresco ou de endro para finalizar
crème fraîche ou iogurte natural para finalizar
Sementes de sésamo pretas para finalizar (opcional)


Ligue o forno a 200ºC.
Disponha as beterrabas com a casca sobre uma folha de papel de alumínio, borrife com um fio de azeite e feche como se fosse um embrulho.
Leve ao forno cerca de 1h30m.
Quando faltarem 30m minutos, coloque a cabeça de alhos com a casca também embrulhada em papel de alumínio no forno.
Findo o tempo de cozedura, retire e deixe repousar uns 10 minutos antes de abrir os embrulhos, o que deve ser feito com grande cuidado, uma vez que o vapor retido pode queimar as mãos. Deixe arrefecer um pouco as beterrabas, descasque-as e corte-as em cubinhos.

Numa panela grande, aqueça um fio de azeite e refogue a cebola picada. Quando começar a ficar translúcida, junte o alho francês cortado em rodelas, a courgette com a casca e a cenoura, ambas cortadas em triângulos. Deixe suar um pouco em lume brando até os legumes começarem a amolecer e regue com o vinagre de vinho tinto. Assim que este evapore um pouco, cubra os legumes com água a ferver (ou caldo), tempere de sal marinho a gosto e deixe cozer durante cerca de 10 minutos. Acrescente então os cubos de beterraba, corte a extremidade da cabeça de alhos e esprema os dentes assados para a panela.
Quando levantar fervura acrescente o açúcar, se gostar (isto vai cortar um pouco a acidez da beterraba) e deixe cozer mais 5 minutos, até todos os legumes estarem macios.
Retire a panela do lume e reduza tudo a puré com a varinha mágica. Acrescente mais água a ferver, conforme goste da sopa mais ou menos cremosa e deixe repousar uns 10 minutos.
Sirva em taças com um colher de sopa de crème fraîche ou de iogurte natural, polvilhado com cebolinho ou endro picado e com sementes de sésamo pretas, previamente tostadas.

Bom Apetite! :)


quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Penne de Legumes com Sementes de Sésamo

La bella Pasta!
A maravilhosa, fantástica e hiper versátil pasta!

Se há coisa que adoro são as massas, prestam-se a uma infinidade de possibilidades e combinações, têm um tempo de preparação rápido e estão disponíveis em mil e um formatos, cores e sabores à escolha do mais esquisito e complicado freguês.
Adoro examinar todas as embalagens disponíveis, render-me às novidades e explorar as diversas especialidades, tirando especial prazer em proferir os seus nomes com aquela musicalidade que só a língua italiana sabe imprimir - Linguini, Cappelletii, Rigatoni, Farfalle, Fusilli, Ravioli - Ma che bello!!!

Na minha infinita e interminável lista de coisas que quero fazer andam as massas frescas, pacientemente à espera que eu me decida a comprar a tal maquineta, a tal que eu namoro há anos via internet e que agora já se encontra tão acessível em lojas físicas. Sim, um dia trago-a para casa.
E quem sabe esse dia é hoje, em que se celebra o Dia Mundial das Massas? :)


Ingredientes (2 a 4 pessoas, conforme o apetite):
400g de cogumelos frescos
4 dentes de alho
1 folha de louro
1 cenoura grande ou 2 pequenas
1 boa mão cheia de feijão verde
azeite q.b.
sal e pimenta acabada de moer (moí uma mistura de branca e preta)
3 colheres de sopa de molho inglês
1 haste de alecrim fresco
1 raminho de tomilho fresco
tomate cereja q.b.
sementes de sésamo q.b.
fatias de queijo flamengo q.b.
250g de massa penne (ou outra à escolha)

Ligue o forno a 220º na função Grill.
Coza a massa em água temperada de sal conforme as instruções da embalagem.
Numa frigideira anti-aderente aqueça um fio de azeite. Descasque os dentes de alho, pique-os finamente com a ajuda de um esmagador de alhos e junte-os ao azeite, juntamente com uma folha de louro.
Acrescente os cogumelos arranjados e laminados, a cenoura ralada e o feijão verde cortado em losangos finos. Deixe tomar gosto por 2 ou 3 minutos.
Tempere com sal, pimenta e o molho inglês. Remova as folhas da haste do alecrim, pique-as finamente e junte-as ao preparado juntamente com as folhinhas de tomilho.
Quando o feijão verde estiver cozido, desligue o lume e reserve.
Escorra a massa cozida, reservando um pouco da água da cozedura e misture-a com o salteado de cogumelos. Se achar necessário, junte então um pouco da água da cozedura que reservou e envolva bem.
Transfira o preparado para um tabuleiro tipo pirex e cubra-o com fatias de queijo flamengo, metades de tomate cherry e polvilhe com sementes de sésamo.
Leve ao forno até o queijo estar derretido e sirva de imediato.

Bom Apetite!

sábado, 22 de setembro de 2012

Uma salada para acolher o outono


E eis que chega o outono, pé ante pé, a sorrir baixinho, como quem não quer a coisa.
Lá fora ainda se respira verão, embora a nova estação já se queira fazer sentir, soltando breves suspiros com promessas de chuva, chuviscos e muita eletricidade no ar.
Eu gosto do outono. Aliás, eu gosto de todas as estações. Do que cada uma oferece, das iguarias de época e de toda a paleta de cores e sabores característicos com que nos brindam.

Na minha cozinha ainda moram muitos tomates cujo sabor não tem igual em qualquer outra altura do ano. Biológicos, doces e carnudos, pequenas preciosidades que apetece juntar a todos os pratos e cozinhados, conferindo-lhes um encanto único, deliciando todos quantos os provam.
Desta feita casaram assim, com a courgette e a beringela, ambas riscadas pelo abraço da grelha e alegradas pelo manjericão e o feta.
Uma salada morna de verão, para acolher com carinho o outono:)

Ingredientes:
1 beringela
1 courgette
tomates cherry q.b.
queijo feta em cubos q.b.
manjericão fresco q.b.
tomilho seco q.b.
sal e pimenta preta acabada de moer q.b.
azeite q.b.
vinagre balsâmico q.b.

Coloque o grelhador ao lume para aquecer bem a chapa.
Corte a beringela e a courgette em rodelas, disponha-as numa tábua e pincele a face voltada para cima com azeite. Tempere de sal, pimenta preta acabada de moer e o tomilho e de seguida leve-as a grelhar, com a face temperada virada para baixo, sem sobrepor. Repita o procedimento com a face voltada para cima, pincele com azeite, tempere com sal, pimenta e tomilho. Quando estiverem a ficar douradas de um lado, vire as rodelas uma a uma.
Quando estiverem prontas disponha-as numa travessa e cubra com os tomates cherry cortados em metades, as folhas de manjericão fresco e os cubos de feta. Borrife com vinagre balsâmico (eu uso uma garrafa de spray), regue com um fio de azeite e está pronto a servir.

Bom Apetite!

sábado, 28 de julho de 2012

Batatas Assadas à Camponesa

Às vezes dou por mim a imaginar-me num retiro pelo campo.
Na minha mente pairam cenários idílicos, quase saídos dos quadros de Renoir, Pissarro, Manet e Monet...
Árvores muito verdes de copas luxuriantes e fartas, prados relvados pintalgados por flores de todas as cores...
E eu por lá a saltitar alegremente, uma cesta num braço, um guarda-sol no outro.
Quase que sinto o ar campestre a fustigar-me o rosto, puro e perfumado, malhado por um sol alegre e morno.
Sim, às vezes viajo para outras paragens e por instantes sinto-me em paz, leve e feliz.

Hoje trago um simples acompanhamento ao qual decidi dar honras de destaque.
Um assado de produtos da terra, delicioso e perfumado, que veio abrilhantar uma refeição.
Ingredientes (sem quantidades, é conforme o gosto e a necessidade):
batatinhas para assar
chalotas
cenouras baby
azeite
sal e pimenta preta acabada de moer
colorau
vinagre balsâmico
hastes de tomilho fresco

Ligue o forno a 200ºC.
Numa assadeira coloque as batatas lavadas com a pele, as chalotas inteiras descascadas, as cenouras baby inteiras descascadas e tempere tudo com sal, pimenta preta acabada de moer e um pouco de colorau.
Disponha as hastes de tomilho, desfazendo algumas para espalhar as folhas, e regue tudo com um pouco de azeite e uns "borrifos" de vinagre balsâmico.
Leve ao forno até as batatas estarem assadas e sirva como acompanhamento.

Eu servi com estas costeletas de borrego:)

Bom Apetite!:)

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Risotto de Beterraba e um Convite... em tom Vermelho

O céu estava raiado de vermelho naquele final de tarde abafado de um calor repentino e estranho. Pelo chão das ruas dançavam sombras compridas e disformes, projetadas por um sol já quase desaparecido no horizonte. Percebia-se na atmosfera tingida algo de surreal, no limiar do paranormal.
Sentia-me nervosa. O meu convidado estava atrasado, o jantar estava pronto e a noite estava a ganhar forma a grande velocidade.
Finalmente o som da campainha faz-me saltar e numa fração de segundo abro a porta, mal disfarçando o entusiasmo.
- Como está, senhor Guillermo del Toro? Fez boa viagem? 
Rasga-me um sorriso enigmático e anui quase impercetivelmente.
Convido-o a entrar e a sentar-se à mesa, servindo-lhe um copo generoso de um vinho tinto espanhol da Rioja. Observo-o enquanto perscruta silenciosamente a refeição que lhe sirvo, vibrante de sangue e pontuada de rubis cintilantes. 
Talvez lhe dê ideias. Ou lhe avive memórias.
O jantar decorre apenas com o som da sua voz, dando vida a fábulas e contos que avidamente escutamos, como crianças hipnotizadas por histórias de encantar.
E termina tão misteriosamente como começou, com uma saída discreta do nosso convidado, que desaparece silenciosamente na noite fantástica, manchada por um luar vermelho.

Mais um mês e mais uma edição da fantástica iniciativa "Convidei para Jantar", que a Ana tão brilhantemente criou. Desta vez, o desafio decorre em casa da Pami Sami, o Menu Verde, que nos propôs convidar um realizador de cinema. E como a anfitriã dá vida a um blog vegetariano, que reflete o seu estilo de vida, pediu-nos que preparássemos nesta edição uma ementa dessa natureza.

Ingredientes (4 pessoas):
3 beterrabas médias
1 cebola roxa
1 dente de alho
1 talo de aipo
1 ou 2 hastes de tomilho
1 haste de alecrim
1 raminho de cebolinho fresco
azeite q.b.
1 cubo de caldo de galinha ou legumes (usei natura)
2 chávenas arroz para risotto (arbóreo ou carnaroli)
1 copo de vinho branco
sal q.b.
água a ferver q.b.
queijo parmesão ralado no momento q.b.

Para o molho:
2 iogurtes naturais
sal q.b.
1 limão (raspa e sumo de 1/2)
cebolinho fresco
azeite q.b.

Coza as beterrabas com a casca em água por cerca de 30, 40 minutos. Deixe arrefecer, pele-as, corte em cubinhos e reserve.
Num processador de alimentos, ou numa picadora, coloque a cebola roxa e o alho descascados, o talo de aipo, o tomilho, o alecrim, o cebolinho e triture tudo.
Aqueça um pouco de azeite numa panela larga e leve esse preparado picado a refogar. Deixe por uns instantes ganhar gosto e junte o cubo de caldo, bem como os cubos de beterraba. Acrescente o arroz e mexa bem para envolver de forma uniforme todos os ingredientes. Refresque com o vinho branco e deixe absorver, sem nunca parar de mexer. Tempere de sal e junte um pouco de água a ferver, continuando a mexer com regularidade. Assim que o arroz tiver absorvido grande parte do líquido, acrescente mais um pouco de água a ferver. Deve repetir-se este processo até o arroz estar cozido, tendo sempre o cuidado de mexer, para que não agarre. Quando estiver quase pronto, retifique o sal, rale uma boa porção de queijo parmesão e envolva bem.

Para o molho, coloque os iogurtes numa taça e tempere de sal, a raspa de limão, sumo de 1/2 e um pouco de cebolinho fresco picadinho. Borrife com um fiozinho de azeite e envolva.

Sirva o risotto assim que estiver pronto, polvilhado com mais um pouco de parmesão acabado de ralar e com um pouco de molho de iogurte com cebolinho a acompanhar. Fica delicioso.

Bom apetite!


quarta-feira, 25 de abril de 2012

Um Dhal e uma Viagem

 A Vera do fantástico blogue "Hoje para Jantar" lançou-nos um aliciante desafio, "A Volta ao Mundo em 30 dias", que consiste em partilharmos uma receita de um país onde já estivemos, ou estamos e contarmos um pouco dessa nossa experiência.

Uma das coisas que mais me fascina no mundo da culinária é a descoberta de novos sabores e aromas, novas especiarias e novos ingredientes. Sou uma eterna apaixonada pela culinária da Ásia Oriental e o contato maior que tive com essa espantosa cultura foi durante a minha lua de mel, a qual me marcou não só pela enorme beleza do local, como pela gastronomia exótica e extremamente influenciada pela vizinha Índia.
Foi há dois anos, em 2010, que me casei e que decidimos optar por um destino onde pudéssemos os dois relaxar e ao mesmo tempo explorar algo que não conhecêssemos. Assim, lá elegemos as paradisíacas Maldivas, situadas em pleno oceano Índico e a 3 voos de distância do nosso piqueno Portugal. Foi a primeira vez que sentimos o tal "Jet lag", depois de 24 horas em viagem, tendo chegado lá completamente baralhadinhos das ideias! :)
A ilha onde ficámos, tal como muitas outras, era um resort, toda ela dedicada ao turismo e a alguns kilómetros de distância é que se situava a ilha mãe local. As paisagens, a praia, a água límpida e morna, a vegetação tropical e as próprias edificações são de uma enorme beleza, transmitindo mesmo a paz que por lá se procura.
Uma das coisas que mais me fascinou foram as águas, na margem, cobertas de tubarões e mantas bebés, que inicialmente nos deixaram amedrontados, mas que rapidamente percebemos que não se aproximavam de nós. Já durante a noite, todas as construções sobre a água se iluminavam, para que pudéssemos ver o que se passa dentro de água e era possível avistar espécies maiores dos tubarões a nadar silenciosamente, bem mais assustadores. Não era permitido nadar à noite por esse motivo, por precaução, pensamos nós, mas que obediente e diligentemente cumprimos!!!
A gastronomia foi também algo que muito me fascinou, típica da Ásia Meridional, com sabores fortemente condimentados e aromatizados. Todos os dias havia variadíssimos pratos de caril, masalas, tandooris e também caldos exóticos, com o sabor predominante a gengibre, que fizeram as delícias do meu marido! À sexta-feira foi-nos dito que era o dia da comida tradicional e foi no jantar desse dia que pela primeira vez comi um Dhal, um prato sem o qual uma refeição tipicamente indiana nunca está completa, sendo um dos pratos de base da alimentação de grande número de famílias e, portanto, indispensável a qualquer mesa. E foi precisamente esse prato que decidi partilhar aqui hoje, pois foi o que mais me marcou, não só pelo seu sabor especial, mas também pela forte presença na gastronomia local.

Ingredientes (2 pessoas):
(adaptada do livro "Sabores do Mundo: Índia" do Círculo de Leitores)

250g de lentilhas vermelhas (sem casca)
1,2 litros de água
1/2 colher de café de curcuma (açafrão das índias)
1 colher de chá de gengibre fresco ralado (ou 1 de café de gengibre em pó)
2 colheres de chá de azeite
3 dentes de alho finamente picados
2 colheres de chá de sementes de cominhos
2 colheres de chá de sementes de mostarda amarela
1 colher de sopa de cominhos em pó
1 colher de chá de sementes de coentros
1 malagueta vermelha fresca (ou 1 seca pequenina)
1/2 lata de leite de coco
1 raminho de coentros frescos picados
sal q.b.

Para acompanhar:
uma medida de arroz basmati
2,5 medidas de água a ferver
sal q.b.

Ponha as lentilhas a cozer numa panela com a água, a curcuma e o gengibre e leve à fervura. Baixe a intensidade do lume e cozinhe cerca de 20 minutos, mexendo de vez em quando. Se precisar, junte mais água, pois absorve bastante. Findo este tempo, tempere de sal e reserve.
Entretanto, moa as sementes de coentros num almofariz até as reduzir a pó.
Aqueça o azeite numa pequena frigideira anti-aderente e, quando estiver quente, acrescente o alho picadinho, as sementes de cominhos e as de mostarda, bem como os cominhos em pó e as sementes de coentros moídas e, por fim, a malagueta. Ponha em lume forte durante 2 minutos, sem parar de mexer e em seguida junte este preparado à panela das lentilhas. Mexa bem, acrescente o leite de coco, metade dos coentros frescos picados e aqueça novamente, para apurar, em lume muito brando, mais 5 minutos.
Sirva de imediato polvilhado com os restantes coentros frescos picadinhos e acompanhado de um arroz basmati simplesmente cozido em água temperada de sal.

Bom Apetite!
Deixo também esta música que era uma das que estavam sempre a tocar pelo resort :)

sábado, 10 de março de 2012

Legumes Salteados à Oriental para uma Convidada muito Especial

Nesta segunda edição do fantástico desafio Convidei para jantar, lançado pela Ana do delicioso Anasbageri - A Padaria da Ana e acolhido este mês pela anfitriã Suzana do fabuloso Gourmets Amadores, foi-nos sugerido que sentássemos à nossa mesa "chefs e/ou cozinheiros cujo trabalho vos preencha o coração (e a barriga)".

Se me dissessem há alguns meses atrás quem eu acabaria por convidar, diria-vos que só podiam estar a delirar. 
Esta senhora entrou em minha casa por obra do acaso. Num dia em que nada de especial passava na televisão e eu, enfadada com tanto canal sem conteúdo que me interessasse, ía saltando de um para outro na esperança de encontrar algo que merecesse a minha atenção. Eu gosto bastante de programas de culinária, mas há alguns que simplesmente não me convencem... Quando vi que estava a dar a Deliciosa Miss Dahl, foi com grande desconfiança que pousei o comando para ver o que dali sairia. E não mais lhe toquei! Rendi-me à sua simplicidade e sinceridade, à sua forma de contar estórias, de interpretar receitas... Desde então, vi sempre que pude o programa e acabei por comprar o maravilhoso livro, que não só tem receitas deliciosas como está repleto de textos onde conta, de forma encantadora, episódios da sua vida.

E assim decidi convidar a voluptuosa Sophie Dahl para jantar!
Imagino-a a chegar numa fantástica tarde de muito sol, sorridente como sempre, do alto do seu intimidante 1,80m.
Convido-a para um chá e uma fatia de um bolo de limão que tenho acabado de sair do forno. Conversamos sobre literatura e sobre a culinária, as suas duas grandes paixões. Conta-me alguns momentos marcantes da sua infância e da sua triste estadia num colégio interno, longe do encanto e magia descritas nos lendários livros de Enid Blyton.
Levo-a a visitar a minha varanda, onde orgulhosamente lhe mostro o meu pequeno jardim de ervas aromáticas, timidamente dispostas em vasos. Ri-se do meu lindo e farfalhudo tomilho-limão e gaba-me a minha viçosa salsa (cujo enorme vaso de barro já tem um belo pedaço arrancado), o meu ainda muito bebé alecrim, a minha alegre hortelã e o meu vibrante malagueteiro.
Chegada a hora do jantar, sabendo que não come carne e prefere refeições ricas em legumes e cor, decido preparar-lhe algo que costumo fazer várias vezes e que adoramos, um salteado de legumes com um toque oriental. Sirvo-lhe um copo de vinho branco maduro, que vai bebericando encostada à bancada, enquanto me observa a cozinhar. Chegada a hora da verdade, sentamo-nos à mesa e munidas de pauzinhos, provamos a iguaria. Delicioso!, diz-me ela num português arranhado e com um sorriso franco rasgado!
Terminamos com um surpreendente arroz doce, receita sua que decido fazer e que ela prontamente aprova, sugerindo outras possíveis variações e combinações!
Despedimo-nos por fim, depois de um serão bem animado e fico bastante surpresa quando me pede a receita do jantar, que lhe passo de imediato com um enorme rubor no rosto:

Ingredientes (2 pessoas):
1 beringela
1 courgette
2 talos de aipo
1/2 pimento verde
1/2 pimento vermelho
1 alho francês - a parte verde
200g de cogumelos frescos laminados
1/2 lata de rebentos de feijão mungo (ou a gosto)
10 tomates cherry
6 a 8 espigas de milho bebé (ou a gosto)
1 fio de azeite
sal e pimenta preta acabada de moer q.b.
1 colher de café de gengibre em pó
1 fio de molho de soja (ou a gosto)
1 fio de mirin
1 fio de óleo de sésamo
sementes de sésamo a gosto

Corte a beringela e a courgette, com a casca, em cubinhos e leve-as a saltear num wok (ou frigideira anti-aderente) com um fio de azeite.
Junte os talos de aipo picados e os pimentos cortados em juliana e salteie mais um pouco. Corte também o alho francês em juliana, por forma a ficar com tiras compridas e acrescente-as aos restantes legumes, juntamente com os cogumelos laminados. Tempere de sal (pouco, pois o molho de soja também tem sal), pimenta, o gengibre e regue com um fio de molho de soja. Deixe apurar um pouco e regue com um fio de mirin.
Quando os legumes estiverem quase prontos, junte os tomates cortados ao meio, os rebentos de feijão mungo e as espigas de milho bebé. Regue com um fio de óleo de sésamo e deixe absorver os sabores.
Entretanto, numa frigideira anti-aderente torre ligeiramente as sementes de sésamo.
Sirva os legumes de imediato, polvilhados com as sementes de sésamo.

E bom apetite!

quinta-feira, 8 de março de 2012

Arroz de Grelos

A que sabe o conforto? Qual o aroma da felicidade? O que nos remete instantaneamente para memórias saudosas e repletas de alegria? 
Para lembranças de bons momentos, passados junto dos nossos, ainda capazes de estimular os nossos sentidos com perfumes e paladares gravados carinhosamente nos recônditos das nossas mentes?
Os mais pequenos pormenores, por vezes, têm o condão de reavivar certos episódios, há muito adormecidos pelos dias preenchidos e agitados com que nos defrontamos incessantemente.
Episódios felizes, que nos fazem imediatamente sorrir e suspirar de saudades, com ânsias de voltar a repeti-los e revivê-los. 
- Oh, e quando íamos ali... 
- Oh, e quando fazíamos assim... 
- Oh, e quando fomos até lá...
São estes pequenos fragmentos que fazem a essência do nosso ser. Foram eles que nos esculpiram. E são eles que nos impulsionam e nos projetam na vida. Todos nós trazemos uma bagagem cheia de memórias. Hoje a minha abriu-se com o vislumbre de uma ameixeira em flor. A cheirar a outras primaveras. E com este maravilhoso arroz de grelos, que me sabe sempre a colo de mãe. 

Ingredientes:
1 cebola
2 dentes de alho
azeite q.b.
sal q.b.
1 colher de sopa de polpa de tomate
1 punhado de grelos
1 medida de arroz carolino
3 medidas de água a ferver (ou um pouco mais se necessário)

Descasque e pique a cebola e o alho e refogue-os num fio de azeite. Quando a cebola começar a ficar translúcida junte a polpa de tomate e mexa com uma colher de pau, por forma a homogeneizar bem os ingredientes. Acrescente a água, deixe levantar fervura e junte os grelos, respetivamente arranjados. Tempere de sal e quando voltar a ferver acrescente o arroz. Quando o arroz estiver cozido, desligue e sirva de imediato. Deve ficar malandrinho.

Bom apetite!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Uma Sopa com Teimosia


Cá estou eu de volta à abóbora. E ainda com o desejo de conforto. Esta sensação que tem teimado em passar, que se agarrou a mim e me faz constantemente ansiar por aconchego.
É raro fazer sopas que fujam ao tradicional, são sempre à base de caldos de legumes e nunca são previamente refogadas. Mas desta vez que me apetecia tanto uma sopinha diferente, mais alegre, mais rica em sabores e aromas!!
Tendo em mente esta nova vontade (e sempre fiel ao óbvio ingrediente obrigatório - Abóbora), lancei-me numa demanda em busca da receita que me faria ouvir o canto dos anjos.
Depois de muito vasculhar os meus livros e revistas e muito deambular pelos confins da magnífica Internet, eis que surge algo que me chama a atenção!! Convicta de que tinha encontrado A TAL, apresso-me a reunir os elementos em falta e a produzir o tão esperado tesouro. Acho que até cantei, enquanto o caldo se ía compondo! Chegando o final da confecção, prontamente encho uma bela malga para ir saborear regaladamente no sofá. Mas, passa-se qualquer coisa estranha... Não, penso, só pode estar maravilhosa! Já acomodada no lugar de eleição levo a primeira colher à boca. E foi só. Credo, que isto está tão enjoativo!!!! Nem mais consegui, foi o resto da panela todo fora!! Lá tive que ir eu tristemente arranjar outro jantar...
Ora eu que gosto pouco de me sentir derrotada, decido repetir a experiência. Mas desta vez fazendo uns acertos aqui, outros ali e juntando mais umas coisitas assim, lá fui outra vez dar início ao ritual. Desta vez não cantei. Pronto, se calhar trauteei baixinho. Caldo desligado, agarro uma colher e provo a iguaria. Decido juntar mais isto e... dever cumprido!!! Com direito a sessão fotográfica, que até a fui enfeitar, tão feliz estava!!
E desta vez sim, soaram sinetas e cantaram os anjos! 

Creme de Abóbora e Ricotta com Sementes Torradas e Hortelã

Ingredientes (4 doses):
1 fatia de abóbora menina limpa e descascada  (cerca de 600g)
1 courgette pequena
a parte branca de um bom alho francês
azeite q.b.
pimenta preta moída no momento q.b.
água a ferver
2 colheres de sopa de queijo ricotta
sal q.b.
2 colheres de sopa de sementes de abóbora
1 raminho de hortelã

Corte a abóbora e a courgette (com a casca) em cubinhos, o alho francês em rodelas e coloque-os numa panela. Regue tudo com um fio de azeite, moa um pouco de pimenta preta, tape e deixe suar em lume brando durante uns 5 minutos, sacudindo de vez em quando. Acrescente de seguida água a ferver suficiente para cobrir os legumes, tempere de sal e deixe cozer. Quando os legumes estiverem cozidos retire do lume, incorpore o ricotta e triture com a varinha mágica até ficar em creme. Polvilhe com a hortelã bem picadinha e reserve. Entretanto, coloque as sementes numa frigideira anti-aderente e leve-as a tostar levemente.
Sirva a sopa polvilhada com as sementes de abóbora tostadas e, se gostar, com uns pedacinhos de ricotta desfeito.

*A hortelã dá um toque maravilhoso a esta sopa e o crocante das sementes transformam-na em pura magia.
O queijo ricotta possui um sabor e cremosidade únicos que conferem um toque soberbo a esta sopa. A receita original indicava o requeijão, cerca 1 inteiro, eu apenas utilizei metade e ía-me dando o abafa. Literalmente! Não aconselho, o requeijão fica com um sabor muito intenso nesta sopa e, na minha opinião, extremamente desagradável!
Juntar crème fraiche em substituição do ricotta também me parece uma excelente opção, a experimentar numa próxima oportunidade!



Fonte: Esta receita foi ligeiramente adaptada do site Vaqueiro.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Pão de Abóbora com Sementes e Passas

Imagem retirada da net
Tenho que confessar uma coisa. É que sofro de um grande vício... ou mania... ou incontrolável impulso!!
Ora quando vou fazer as compras regulares de abastecimento doméstico acabo sempre por exagerar no stock. Se vou ao mercado, não resisto ao peixe, aos legumes... Venho de lá carregadinha, carregadinha e quando chego a casa descubro que o meu frigorífico e congelador têm super-poderes. Vou ao talho e lembro-me que ainda não fiz aquilo, ou até poderia fazer isto e (porque não?!) talvez me apeteça também aqueloutro! E assim lá vou eu traumatizando o coitado do congelador, em camadas e camadas e saquinhos e caixinhas, todas empilhadas e encaixadas e empurradas lá para dentro... Abençoada máquina que me faz tão feliz!!
Mas a verdade é que assim também evito as idas recorrentes às compras e tenho sempre soluções para o menu semanal.
Pois numa semana pós abastecimento, eis que me oferecem uma grande e enorme (e linda!) abóbora, já toda arranjada sem casca e sem pevides, pronta a cozinhar!!! Fiquei tão, mas tão feliz da vida que arregacei logo as mangas e desatei a cortá-la em cubinhos para armazenar em sacos de congelação e ir utilizando depois. Mas um pequenino, minúsculo, quase insignificante pormenor... e espaço??  Pois é Alice. Ainda Só lá cabia metade.
Avizinham-se tempos de muitas receitinhas com abóbora a sair aqui da minha cozinha maravilha!
Lembrei-me de começar com um pão de abóbora, mas todas as receitas que encontrei levavam ovos e um abuso de açúcar e óleo. Decidi adequá-las a uma solução que me agradasse e assim surgiu este delicioso pão que me traz à memória as lendárias broinhas de Natal da minha mãe. O aroma é indescritível e o sabor de ir aos céus...


Ingredientes:
200g de abóbora + água da cozedura = 350ml de total
1 colher de sopa de açúcar de cana integral
1 colher de sopa de mel
1+1/2 colher de chá de sal (ou 1 pitada a gosto, que é o que faço)
1+1/2 colher de sopa de azeite
200g de farinha de milho
200g de farinha de trigo T65
100g de farinha integral
1 colher de chá de canela em pó
1 colher de chá de noz moscada em pó
1 colher de chá de erva doce (grão)
1 saqueta de fermento seco de padeiro (usei vahiné)
1/2 colher de café de bicarbonato de sódio
2 colheres de sopa de sementes de linhaça castanha
2 colheres de sopa de sementes de abóbora
3 ou 4 colheres de sopa de passas

Coza a abóbora em água temperada com uma pitada de sal, escorra e pese. Acrescente água da cozedura suficiente para fazer os 350ml e reduza a puré. Deixe arrefecer até ficar morno e transfira-o para a cuba da máquina. Junte os restantes ingredientes pela ordem indicada, coloque a cuba na máquina e seleccione o programa pão doce, ou pão rápido (eu fiz dois pães, um em cada programa e ficaram os dois óptimos).
Quando a máquina começar a amassar, levante a tampa e com a ajuda de um rapa-salazar empurre a massa que fique presa às paredes, para que se incorpore na bola que se está a formar. Feche a tampa e não volte a abrir até ao final do programa. Quando este terminar, retire e coloque numa grelha a arrefecer.

É uma autêntica maravilha quentinho acabado de fazer, mas no dia seguinte torrado e barrado com um requeijão de ovelha... hmmmm:)


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Lasanha Vegetariana com Cogumelos



Dos dias em que não apetece nada... Não apetece nada do que tinha planeado, não apetece carne, não apetece peixe... Dirijo-me ao frigorífico, abro e fecho dez vezes a porta... Repito o ritual no congelador...Afasto-me de nariz franzido e volto passados cinco minutos com a barriga a reclamar algo, mas a vontade que ainda não se decidiu... Inspecciono mais uma vez as prateleiras do frigorífico, pouco esperançosa, pouco convicta... Os olhos a percorrer cada um dos ingredientes... desinteressadamente... Mas algo me prende olhar!! Por ali perdida andava uma embalagem de folhas de lasanha que sobrou de um jantar que fiz há alguns dias para uns amigos e que precisava urgentemente de ser gasta. Eis que se faz luz!! Abro a gaveta dos vegetais e descubro para lá uns visitantes que prontamente desatam a marchar para a banca da cozinha.
E começa tudo a compor-se, com mais umas coisitas daqui e outras dali.
Forno com ela e puff... faz-se magia!

Ingredientes (2 ou 3 pessoas):
1 cebola roxa
2 dentes de alho
1 folha de  louro
1 talo de aipo
1 courgette pequena
1/2 beringela
4 tomates chucha
300g de mistura de cogumelos (usei congelados)
4 folhas de lasanha fresca
1/2 pacote de natas de soja
1 embalagem de queijo mozzarella ralado
sal e pimenta preta moída no momento
1 colher de chá de tomilho em pó
1 colher de chá de coentros em pó (usei uma mistura de coentros e alho)
1 ramo de salsa fresca
azeite q.b.

Ligue o forno a 200º.
Descasque e pique a cebola e os alhos. Leve-os a refogar num wok ou caçarola com um fio de azeite, junte a folha de louro, os talos da salsa bem picadinhos e o aipo cortado em pedaços pequenos. Corte em cubos, sem descascar, a beringela e a courgette, corte os tomates em quartos e junte-os ao preparado. Deixe estufar um pouco, acrescente os cogumelos e tempere com sal, pimenta moída no momento, o tomilho e os coentros em pó. Envolva bem, tape, mas vá vigiando e mexendo de vez em quando. Quando os legumes estiverem macios incorpore as natas de soja, deixe levantar fervura e retire do lume. Envolva as folhas de salsa picadinha e reserve.
Num pirex untado com manteiga coloque um pouco do preparado no fundo. Cubra com folhas de lasanha e coloque mais um pouco de recheio. Repita o procedimento com nova camada de folhas de lasanha e termine com recheio. Polvilhe bem a superfície com o queijo ralado e leve ao forno. Quando o queijo estiver derretido e douradinho retire e sirva de imediato.

Bom apetite!

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Abóbora Assada com Alecrim, Tomilho e Sementes


Gosto das coisas simples.
Mas também gosto das complicadas.
As coisas simples têm o dom de nos surpreender pela riqueza fornecida por tão pouca promessa.
As complicadas prometem o mundo e por vezes oferecem uma mão cheia de nada. Quando bem sucedidas fazem-nos sentir o doce sabor da recompensa. Quando correm mal inundam-nos de desilusão e vazio...
A simplicidade não exige. Assume-se como é, descomplicada.
Desta vez apeteceu-me optar pela simplicidade despreocupada...
E novamente me senti impressionada pelo poder estonteante que essa simplicidade é capaz de transmitir...
Um nada tão repleto de tanto...


Ingredientes:
1 fatia de abóbora menina
2 dentes de alho laminados
1 folha de louro
1 raminho de alecrim
1 raminho de tomilho
1 colher de chá de sementes de abóbora
azeite q.b.
vinagre balsâmico q.b.
sal e pimenta preta acabada de moer q.b.

Aqueça o forno a 200º.
Corte a abóbora em pedaços e disponha-os juntamente com o alho num tabuleiro de forno previamente untado com azeite. Tempere de sal e pimenta e junte o louro, o tomilho e o alecrim. Polvilhe com as sementes e regue com um fio de azeite. Envolva bem todos os ingredientes e leve ao forno durante 20 minutos. Abra o forno e borrife o preparado com um pouco de vinagre balsâmico. Deixe assar mais 10 ou 15 minutos até a abóbora estar bem cozinhada.

É incrivelmente delicioso...

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Courgettes à Provençal

Como todas as pessoas que gostam da arte de cozinhar, também eu adoro ver programas de culinária e tenho uma perdição pelos livros de receitas... Tenho sempre vários livros em fila de espera para serem comprados, avidamente inspeccionados e carinhosamente dispostos na estante que lhes é dedicada.
Pois podia dar-me para pior não é?
Não é um hobbie particularmente amigo de dietas (que eu teimo em conseguir cumprir!!), mas é um que regala o espírito, me consola a alma e me desperta os sentidos.
Esta receita é fruto da minha mais recente aquisição, um livro que já há algum tempo andava no topo da lista e que eu resolvi oferecer a mim própria por alturas do Natal. E que bela prenda, um manual absolutamente delicioso, muito original na forma como organiza as receitas e cheio de maravilhosas sugestões para eu pôr em prática!!
Como o tempo disponível ultimamente tem sido muito pouco, fica para já este simples acompanhamento, ideal para uma qualquer refeição à escolha e a promessa de algo mais para uma outra altura...

Ingredientes (2 pessoas):
1 courgette
100g de tomates cherry
1 folha de louro
2 dentes de alho
1 raminho pequeno de alecrim
2 colheres de sopa de vinagre balsâmico
azeite q.b.
sal e pimenta preta acabada de moer q.b.
1/2 colher de chá de manjericão seco (ou 1 raminho pequeno de manjericão fresco)

Corte a courgette em rodelas médias sem a descascar e os tomates cherry ao meio. Aqueça um fio de azeite numa frigideira anti-aderente, junte a folha de louro e os alhos picados finamente (uso o esmagador de alhos). Adicione a courgette, tempere de sal, pimenta e salteie um pouco. Junte os tomates, o alecrim picado, o manjericão e uma colher de vinagre balsâmico. Deixe apurar um pouco e regue com um fio de azeite e a outra colher de vinagre balsâmico. Cozinhe mais uns minutos até a courgette ficar macia e sirva de imediato.

E aqui está o livro que serviu de inspiração!

Fonte: adaptado de Ramsay's best menus, Quadrille Publishing

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Risotto de Míscaros


Chegou a época dos míscaros! Na mercearia onde vou habitualmente comprar fruta e legumes lá estavam eles, muito cheios de areias, alegremente dispostos numa caixa! Pois logo eu que adoro cogumelos não resisti e lá trouxe para fazer o tão habitual arroz de míscaros, a única receita aliás que até agora tinha provado com a bela iguaria. Pois precisamente por este motivo decidi experimentar uma variante e fazer antes um risotto. A receita que uso é inspirada e adaptada de um livro do Jamie Oliver, que é um dos meus chefs favoritos, e sai sempre bem. O sabor dos míscaros sobressai muito mais desta forma, ficam absolutamente divinais! A única parte menos agradável é a de os limpar, pois convém que lhes seja retirada a película exterior tanto dos pés como das cabeças, o que requer muita paciência e cuidado para não os desfazer. Mas o esforço é sem dúvida recompensado!

Ingredientes (2 ou 3 pessoas):
600g de míscaros
1 cebola
4 dentes de alho
1 + 1/2 talo de aipo
1 raminho de alecrim fresco
1 ramo de salsa fresca
1 chávena de arroz arbóreo ou carnaroli
1l de caldo de galinha*
1 copo de vinho branco
1 raminho de tomilho fresco
azeite q.b.
sal q.b.
pimenta preta de moinho
queijo parmesão - parmigiano reggiano - ralado no momento
1 noz de manteiga
sumo de 1/2 limão

Arranje e limpe bem de areias os míscaros, corte-lhes os pés aos pedacinhos e separe as cabeças. Destas, reserve a maior parte e corte em pedaços as restantes, juntando-as aos pés.
Num tabuleiro ou prato de forno coloque as cabeças dos míscaros e tempere de sal, pimenta acabada de moer, duas cabeças de alho picadas, regue com um fio de azeite e polvilhe com o tomilho. Leve ao forno muito quente no grill.
Pique a cebola, o aipo, dois dentes de alho, o alecrim e os pés da salsa e leve-os a refogar num tacho ou caçarola com um fio de azeite. Junte o arroz, sem o lavar, e deixe cozinhar sem parar de mexer até ficar translúcido. Adicione o vinho branco e continue a mexer para absorver o sabor. Junte os pés dos míscaros, tempere com um pouco de sal e adicione um pouco de caldo. Deve mexer com regularidade. Quando o arroz tiver absorvido quase todo o caldo junte mais um pouco, sempre com o lume brando e deixe absorver novamente, sem deixar secar demasiado nem agarrar ao fundo do tacho. Nunca deve juntar demasiado caldo de cada vez para que o líquido vá sendo todo absorvido. Prove e se necessário rectifique o tempero de sal.
Quando estiver quase pronto, junte a manteiga e rale directamente sobre o tacho o queijo na quantidade que desejar. Misture tudo muito bem e no fim regue com umas gotas de sumo de limão e polvilhe com a restante salsa picada.
Sirva o risotto com os míscaros que tostaram no forno.

*Pode-se usar um cubo de caldo que tanto pode ser dissolvido num litro de água a ferver como pode ser adicionado directamente logo após o vinho. Neste último caso, vai-se depois juntando aos poucos água a ferver ao preparado.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Arroz Aromático com Ervilhas


Este arroz é um acompanhamento perfeito para qualquer prato de caril, se desejarmos algo mais elaborado do que o simples arroz basmati cozido.

Ingredientes (3 pessoas):
1 chávena de arroz basmati
2 chávenas de água a ferver
1 cravinho
3 vagens de cardamomo
1 pau de canela
1 cebola pequena picada
1/2 colher de chá de garam masala
1/2 colher de chá de endro seco
1 chávena de ervilhas congeladas
sal q.b.
óleo de girassol q.b.*

Coloque um fio de óleo num tacho e aqueça, juntamente com o pau de canela, o cravinho e as vagens de cardamomo grosseiramente esmagadas, em lume médio durante dois minutos. Acrescente a cebola e cozinhe até esta amolecer, mexendo sempre. Junte o arroz, o endro e o garam masala e mexa por forma a misturar bem todos os sabores. Adicione a água e as ervilhas, tempere de sal e assim que começar a ferver tape o tacho e reduza o lume para o mínimo. Deixe cozinhar cerca de 15 minutos sem abrir a tampa e desligue.

* Pode-se utilizar azeite, mas o óleo de girassol é o mais indicado neste tipo de receitas porque possui um sabor muito neutro, não se sobrepondo nem alterando o sabor das especiarias utilizadas.

Fonte: Ligeiramente adaptado de Fresh Indian de Sunil Vijayakar - Colecção Sabores do Mundo, Círculo de Leitores

Tomates Assados com Masala


Este prato bastante condimentado e picante serviu de acompanhamento a um jantar típico da cozinha indiana que preparei para mim e para o meu marido. Pode ser também apresentado como entrada.

Ingredientes (3 pessoas):
600g de tomates de cacho madurinhos
1 colher de chá de garam masala
1 colher de chá de sementes de coentros
1 pitada a gosto de piri-piri em pó
1 limão
azeite q.b.
sal q.b
pimenta preta moída no momento
1 raminho de coentros frescos
1 raminho de hortelã fresca

Corte os tomates ao meio e disponha-os num tabuleiro de forno com as faces cortadas voltadas para cima. Moa num almofariz as sementes de coentros para libertar o seu aroma e polvilhe sobre os tomates, juntamente com o garam masala, o piri-piri e por fim o sumo do limão. Regue com um fio de azeite e tempere com sal e a pimenta de moinho. Coloque no forno pré-aquecido a 220º no grill e deixe assar até a superfície dos tomates se apresentar tostada e estes ficarem moles. Retire e polvilhe com os coentros e a hortelã picados.

Fonte: Adaptado de Fresh Indian de Sunil Vijayakar - Colecção Sabores do Mundo, Círculo de Leitores
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