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domingo, 27 de abril de 2014

Papa Francisco canoniza João XXIII e João Paulo II

De acordo com informações da agência de notícias do Vaticano, VIS, meio milhão de pessoas assistiram hoje, 27, na Praça de São Pedro, à cerimônia de canonização dos papas João XXIII e João Paulo II, e cerca de trezentas mil acompanharam o evento pela telas gigantes distribuídas na cidade de Roma.

Estiveram presentes na cerimônia delegações oficiais de mais de cem países, mais de vinte chefes de Estado e personalidades do mundo da política e da cultura.

O papa emérito Bento XVI concelebrou com o papa Francisco, que antes de proceder ao rito da proclamação dos novos santos, dirigiu-se a Bento XVI para abraçá-lo.

Logo após, acompanhado do prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, cardeal Angelo Amato, e dos postuladores das causas, o papa Francisco pronunciou a fórmula de canonização: “Em honra à Santíssima Trindade para exaltação da fé católica e crescimento da vida cristã, com a autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos Santos Apóstolos  Pedro e Paulo e a nossa, Depois de haver refletido profundamente, invocando muitas vezes a ajuda divina e ouvido o parecer de numerosos irmãos no episcopado, declaramos e definimos santos os beatos João XXIII e João Paulo II e os inscrevemos no Catálogo dos Santos, e estabelecemos que em toda a Igreja sejam devotamente honrados entre os Santos. Em nome do Pai, do Filho, do Espírito Santo”.

Após a leitura do Evangelho, Francisco proferiu a homilia, que segue abaixo, na íntegra:



HOMILIA DO PAPA FRANCISCO
II Domingo de Páscoa (ou da Divina Misericórdia), 27 de abril de 2014

No centro deste domingo, que encerra a Oitava de Páscoa e que São João Paulo II quis dedicar à Misericórdia Divina, encontramos as chagas gloriosas de Jesus ressuscitado.

Já as mostrara quando apareceu pela primeira vez aos Apóstolos, ao anoitecer do dia depois do sábado, o dia da Ressurreição. Mas, naquela noite – como ouvimos –, Tomé não estava; e quando os outros lhe disseram que tinham visto o Senhor, respondeu que, se não visse e tocasse aquelas feridas, não acreditaria. Oito dias depois, Jesus apareceu de novo no meio dos discípulos, no Cenáculo, encontrando-se presente também Tomé; dirigindo-Se a ele, convidou-o a tocar as suas chagas. E então aquele homem sincero, aquele homem habituado a verificar tudo pessoalmente, ajoelhou-se diante de Jesus e disse: «Meu Senhor e meu Deus!» (Jo 20, 28).

Se as chagas de Jesus podem ser de escândalo para a fé, são também a verificação da fé. Por isso, no corpo de Cristo ressuscitado, as chagas não desaparecem, continuam, porque aquelas chagas são o sinal permanente do amor de Deus por nós, sendo indispensáveis para crer em Deus: não para crer que Deus existe, mas sim que Deus é amor, misericórdia, fidelidade. Citando Isaías, São Pedro escreve aos cristãos: «pelas suas chagas, fostes curados» (1 Ped 2, 24; cf. Is 53, 5).

São João XXIII e SãoJoão Paulo II tiveram a coragem de contemplar as feridas de Jesus, tocar as suas mãos chagadas e o seu lado trespassado. Não tiveram vergonha da carne de Cristo, não se escandalizaram d’Ele, da sua cruz; não tiveram vergonha da carne do irmão (cf. Is 58, 7), porque em cada pessoa atribulada viam Jesus. Foram dois homens corajosos, cheios da parresia do Espírito Santo, e deram testemunho da bondade de Deus, da sua misericórdia, à Igreja e ao mundo.

Foram sacerdotes, bispos e papas do século XX. Conheceram as suas tragédias, mas não foram vencidos por elas. Mais forte, neles, era Deus; mais forte era a fé em Jesus Cristo, Redentor do homem e Senhor da história; mais forte, neles, era a misericórdia de Deus que se manifesta nestas cinco chagas; mais forte era a proximidade materna de Maria.

Nestes dois homens contemplativos das chagas de Cristo e testemunhas da sua misericórdia, habitava «uma esperança viva», juntamente com «uma alegria indescritível e irradiante» (1 Ped 1, 3.8). A esperança e a alegria que Cristo ressuscitado dá aos seus discípulos, e de que nada e ninguém os pode privar. A esperança e a alegria pascais, passadas pelo crisol do despojamento, do aniquilamento, da proximidade aos pecadores levada até ao extremo, até à náusea pela amargura daquele cálice. Estas são a esperança e a alegria que os dois santos Papas receberam como dom do Senhor ressuscitado, tendo-as, por sua vez, doado em abundância ao Povo de Deus, recebendo sua eterna gratidão.

Esta esperança e esta alegria respiravam-se na primeira comunidade dos crentes, em Jerusalém, de que falam os Atos dos Apóstolos (cf. 2, 42-47), que ouvimos na segunda Leitura. É uma comunidade onde se vive o essencial do Evangelho, isto é, o amor, a misericórdia, com simplicidade e fraternidade.

E esta é a imagem de Igreja que o Concílio Vaticano II teve diante de si. João XXIII e João Paulo II colaboraram com o Espírito Santo para restabelecer e atualizar a Igreja segundo a sua fisionomia originária, a fisionomia que lhe deram os santos ao longo dos séculos. Não esqueçamos que são precisamente os santos que levam avante e fazem crescer a Igreja. Na convocação do Concílio, São João XXIII demonstrou uma delicada docilidade ao Espírito Santo, deixou-se conduzir e foi para a Igreja um pastor, um guia-guiado, guiado pelo Espírito. Este foi o seu grande serviço à Igreja; por isso gosto de pensar nele como o Papa da docilidade ao Espírito Santo.

Neste serviço ao Povo de Deus, São João Paulo II foi o Papa da família. Ele mesmo disse uma vez que assim gostaria de ser lembrado: como o Papa da família. Apraz-me sublinhá-lo no momento em que estamos a viver um caminho sinodal sobre a família e com as famílias, um caminho que ele seguramente acompanha e sustenta do Céu.

Que estes dois novos santos Pastores do Povo de Deus intercedam pela Igreja para que, durante estes dois anos de caminho sinodal, seja dócil ao Espírito Santo no serviço pastoral à família. Que ambos nos ensinem a não nos escandalizarmos das chagas de Cristo, a penetrarmos no mistério da misericórdia divina que sempre espera, sempre perdoa, porque sempre ama.

DOMINGO, 27 ABRIL 2014 11:50

CNBB

quinta-feira, 13 de março de 2014

1 ano de Pontificado


Hoje o #PapaFrancisco completa 1 ano de pontificado! 

Seu sorriso cativante, seus ensinamentos, exemplo de serviço e humildade nos aproximam de Deus.

E pra você? Qual palavra ou atitude mais marcante do Papa Francisco?

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terça-feira, 30 de julho de 2013

Papa Francisco: “Eu sou filho da Igreja”

No fim da tarde de domingo, o Papa Francisco se despediu do povo brasileiro. Com a alma “cheia de recordações felizes”, o Santo Padre declarou já começar “a sentir saudades”.

Com certeza, não é só Sua Santidade que sentirá falta do Brasil. Nós também não esqueceremos esta visita do sucessor de São Pedro à nossa nação, que nos trouxe palavras de alento, conforto e esperança, mas, ao mesmo tempo, apelos de compromisso e de responsabilidade – como no discurso aos voluntários da Jornada, quando o Papa pediu aos jovens “a coragem de ir contra a corrente”, contra a “cultura do provisório, do relativo”.

É importante que estas mensagens do Sumo Pontífice encontrem terreno fértil em nosso coração, mas também se deve tomar muito cuidado com a leitura que a mídia tem feito de suas declarações. Quando vão falar sobre a fé e sobre a Igreja, muitos de nossos jornalistas e teólogos – ou, simplesmente, de nossos formadores de opinião – estão mais preocupados com a promoção de sua agenda progressista que com os valores cristãos propriamente ditos. Assim, uma palavra dita pelo Papa num contexto é imediatamente jogada nas manchetes e, então, de repente, a Igreja teria mudado sua doutrina ou negociado seus princípios morais.
Durante o voo de regresso a Roma, apesar do cansaço, o Papa Francisco decidiu conceder uma entrevista aos jornalistas presentes no avião. O Pontífice abordou temas espinhosos; entre eles, a questão da homossexualidade. Não falou nada de novo em matéria moral: “Se uma pessoa é gay e procura Deus e tem boa vontade, quem sou eu, por caridade, para julgá-lo? O Catecismo da Igreja Católica explica isso muito bem. Diz que eles não devem ser discriminados por causa disso, mas integrados na sociedade.”
No entanto, vários portais de notícias comemoraram o que parecia ser a “habilitação” do ato homossexual. Nada mais falso. Basta ler o trecho do Catecismo ao qual o próprio Papa remete, demonstrando continuidade com o ensinamento moral da Igreja. Trata-se do seu parágrafo 2358:
“Um número não negligenciável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente enraizadas. Esta inclinação objetivamente desordenada constitui, para a maioria, uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar a vontade de Deus em sua vida e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício do Senhor as dificuldades que podem encontrar por causa de sua condição.”
Traduzindo: a Igreja continua condenando o pecado, não o pecador. E, justamente porque o ama, chama-o à conversão, à castidade. Por causa de sua condição, eles não devem ser injustamente discriminados, mas tratados com respeito e dignidade. Este é o ensinamento da Igreja e esta é a referência do Papa.
Outro momento da mesma entrevista ilustra muito bem este compromisso de Francisco com a fé e a moral católicas. Perguntado sobre sua opinião frente a questões como o aborto ou o “casamento” gay, o Santo Padre disse: “A Igreja já se expressou perfeitamente sobre isso”. O jornalista, insistente, queria saber a posição do Papa. Ele foi ainda mais enfático: “É a da Igreja, eu sou filho da Igreja”.


Por: Equipe Christo Nihil Praeponere
Site: http://www.bibliacatolica.com.br/blog/igreja/papa-francisco-eu-sou-filho-da-igreja/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+bibliacatolica+%28B%C3%ADblia+Cat%C3%B3lica+News%29#.Uff0utKR_sY

terça-feira, 23 de julho de 2013

Primeiro discurso do Papa no Brasil

discursopapa22.07O Papa Francisco iniciou o seu discurso, em português, ressaltando que a Providência o quis conduzir na sua primeira viagem internacional, à sua amada América Latina, precisamente ao Brasil “nação que se gloria de seus sólidos laços com a Sé Apostólica e dos profundos sentimentos de fé e amizade que sempre a uniram de modo singular ao Sucessor de Pedro”.
 Após, pediu “licença para entrar no coração dos brasileiros, revelando o que veio trazer ao Rio”:

Aprendi que para ter acesso ao Povo Brasileiro, é preciso ingressar pelo portal do seu imenso coração; por isso permitam-me que nesta hora eu possa bater delicadamente a esta porta. Peço licença para entrar e transcorrer esta semana com vocês. Não tenho ouro nem prata, mas trago o que de mais precioso me foi dado: Jesus Cristo! Venho em seu Nome, para alimentar a chama de amor fraterno que arde em cada coração; e desejo que chegue a todos e a cada um a minha saudação: “A paz de Cristo esteja com vocês!”
Após o Papa saudou com deferência a Presidente Dilma Roussef e as autoridades presentes, agradecendo a acolhida e as palavras que externaram a alegria dos brasileiros pela sua presença no Brasil. O Santo Padre dirigiu então uma palavra de afeto aos seus irmãos no Episcopado, “sobre quem pousa a tarefa de guiar o Rebanho de Deus neste imenso País, e às suas amadas Igrejas Particulares. Esta minha visita outra coisa não quer senão continuar a missão pastoral própria do Bispo de Roma de confirmar os seus irmãos na Fé em Cristo, de animá-los a testemunhar as razões da Esperança que d’Ele vem e de incentivá-los a oferecer a todos as inesgotáveis riquezas do seu Amor”.
O Papa observou que a sua presença no Brasil, transcende as fronteiras do país, pois veio para a Jornada Mundial da Juventude: “Vim para encontrar os jovens que vieram de todo o mundo, atraídos pelos braços abertos do Cristo Redentor. Eles querem aconchegar-se no seu abraço para, junto de seu Coração, ouvir de novo o seu potente e claro chamado: ‘Ide e fazei discípulos entre todas as nações’”.
E acrescentou, “Cristo abre espaço para eles, pois sabe que energia alguma pode ser mais potente que aquela que se desprende do coração dos jovens quando conquistados pela experiência da sua amizade. Cristo “bota fé” nos jovens e confia-lhes o futuro de sua própria causa: “Ide, fazei discípulos”. Ide para além das fronteiras do que é humanamente possível e criem um mundo de irmãos. Também os jovens “botam fé” em Cristo. Eles não têm medo de arriscar a única vida que possuem porque sabem que não serão desiludidos”.
O Papa disse ter a consciência de que, ao falar aos jovens, fala também “às suas famílias, às suas comunidades eclesiais e nacionais de origem, às sociedades nas quais estão inseridos, aos homens e às mulheres dos quais, em grande medida, depende o futuro destas novas gerações”. E complementou:
Os pais costumam dizer por aqui: “os filhos são a menina dos nossos olhos”. Que bela expressão da sabedoria brasileira que aplica aos jovens a imagem da pupila dos olhos, janela pela qual entra a luz regalando-nos o milagre da visão! O que vai ser de nós, se não tomarmos conta dos nossos olhos? Como haveremos de seguir em frente? O meu auspício é que, nesta semana, cada um de nós se deixe interpelar por esta desafiadora pergunta”.
O Papa ressaltou que a juventude “é a janela pela qual o futuro entra no mundo” e, por isso, impõe grandes desafios. “A nossa geração – disse Francisco - se demonstrará à altura da promessa contida em cada jovem quando souber abrir-lhe espaço; tutelar as condições materiais e imateriais para o seu pleno desenvolvimento; oferecer a ele fundamentos sólidos, sobre os quais construir a vida; garantir-lhe segurança e educação para que se torne aquilo que ele pode ser; transmitir-lhe valores duradouros pelos quais a vida mereça ser vivida, assegurar-lhe um horizonte transcendente que responda à sede de felicidade autêntica, suscitando nele a criatividade do bem; entregar-lhe a herança de um mundo que corresponda à medida da vida humana; despertar nele as melhores potencialidades para que seja sujeito do próprio amanhã e co-responsável do destino de todos”.
Ao concluir, o Santo Padre pediu a todos a “delicadeza da atenção e, se possível, a necessária empatia para estabelecer um diálogo de amigos. Nesta hora, os braços do Papa se alargam para abraçar a inteira nação brasileira, na sua complexa riqueza humana, cultural e religiosa. Desde a Amazônia até os pampas, dos sertões até o Pantanal, dos vilarejos até as metrópoles, ninguém se sinta excluído do afeto do Papa. Depois de amanhã, se Deus quiser, tenho em mente recordar-lhes todos a Nossa Senhora Aparecida, invocando sua proteção materna sobre seus lares e famílias. Desde já a todos abençôo. Obrigado pelo acolhimento!”.

Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2013/07/22/papa_francisco_está_no_brasil_para_a_jmj_rio_2013/bra-712823
do site da Rádio Vaticano 

Chegou o tão esperado Julho de 2013!

Brasília, 01 de julho de 2013.
CJ – Nº 0354/2013
Caros irmãos Párocos e Administradores Paroquiais, Vigários Paroquiais e demais Presbíteros.
“ _ Ai, meu Senhor! Olha que não sei falar, pois sou jovem”.

 “_ Não digas que és jovem: pois onde eu te enviar, irás; o que eu te mandar, dirás.
 [...] Vê, eu ponho minhas palavras em tua boca. Hoje eu te estabeleço sobre povos e reis,
para arrancar e arrasar, destruir e demolir, edificar e plantar” (Jr 1, 6-7.10).


O palpitar do coração dos jovens envolvidos na dinâmica da JMJ se pode sentir por todos os cantos do país. Aos pés do Redentor eles depositarão os inúmeros frutos já colhidos nestes anos de preparação e expectativas. E ali, envolvidos pelo abraço do Cristo e entusiasmados com a convivência junto aos peregrinos do mundo inteiro, os jovens recolherão as graças especiais de Deus e as bonitas experiências de Igreja para oferecê-las as suas comunidades de origem.

O clima de festa e de fortalecimento da fé e dos grandes ideais que a Jornada garante aos que dela participam vêm para endossar a voz da juventude brasileira que nestes dias tem saído às ruas para recuperar a utopia de novos tempos para o Brasil. A JMJ se torna uma forte aliada dos saudáveis manifestos em prol da vida e dos valores universais. A luta pela justiça, pela paz, pela verdade, pela solidariedade, pela dignidade, pelos direitos fundamentais do ser humano ganha força com estes jovens peregrinos que acompanharão, pessoal ou virtualmente, a Jornada. É bênção de Deus para a vida de nosso povo!

A Igreja, defensora do ser humano por mandato de Jesus Cristo, carrega a missão de defender continuamente as grandes causas que garantem vida em abundância para todos. Ela reconhece os direitos dos jovens e o seu poder de transformação. O texto-base da Campanha da Fraternidade deste “Ano da Juventude” nos incentiva a este olhar positivo: “A juventude é o tempo propício à formação para a cidadania, porque os jovens tomam ciência de seus direitos e responsabilidades. Esse é um dos compromissos da ação evangelizadora da Igreja no Brasil. Nessa formação inclui-se, de modo particular, o incentivo e a ajuda aos nossos jovens a fim de que participem efetivamente e a partir da ética cristã dos espaços que lhes são oferecidos.[...] A Campanha da Fraternidade de 2013 conclama nossos jovens e, com eles, toda a Igreja, a contagiar com a alegria e a criatividade juvenis as estruturas sociais e eclesiais a fim de que estejam dispostas a cuidar melhor do jovem sofrido, abrindo-lhes os braços da caridade e as portas da inclusão” (CF 2013, n. 230-234). É urgente valorizar e dar ouvidos a esta juventude conectada que se destaca no cenário social e eclesial, mostrando a sua capacidade de mobilização para fazer valer seus anseios: “Os jovens que crescem na cultura midiática [...] querem viver em um mundo mais pacífico, mais tolerante e mais responsável. Por isso, estão se organizando, cada vez mais, por meio das redes sociais, para defender seus direitos, a natureza, a qualidade de vida das pessoas, e construir uma sociedade mais humana e solidária” (n. 48).

Além dos benefícios que cada jovem cidadão recebe em sua formação humano-cristã, a Jornada favorece a sociedade de diversos modos, inclusive com um significativo legado social e econômico. O país que acolhe uma Jornada Mundial da Juventude só tem a ganhar. Vejam, por exemplo, toda a movimentação nas dioceses por ocasião da Peregrinação dos Símbolos da JMJ! Ao atingir mais de dois milhões de jovens, este acontecimento proporcionou-lhes crescimento da sensibilidade, do senso crítico e coletivo, dos gestos de caridade e do sentido de corresponsabilidade cidadã diante das realidades de maior sofrimento humano. A criatividade e o protagonismo da juventude conduziram-na missionariamente às várias casas de detenção, aos lixões, aos ambientes de prostituição, às creches, aos hospitais, aos moradores de rua, aos drogados, às comunidades de recuperação dos dependentes químicos, às comunidades indígenas, etc. O impacto econômico também é positivo em tempo de Jornada. Pesquisas e relatórios referentes à JMJ de Madri em 2011 revelam-nos que a Espanha foi beneficiada com mais de 350 milhões de euros e com a geração de 5 mil postos de trabalho. Segundo a Organização Mundial de Turismo (OMT) os turistas jovens gastam mais e registram uma maior probabilidade de retornarem ao país visitado do que os adultos. Isto tudo nos dá segurança em afirmar que a Jornada só traz benefícios, tanto para a pessoa que dela participa quanto para a Igreja e a sociedade que a acolhem. Ela é uma providencial ocasião para que mais jovens, inclusive de outros países, celebrando juntos os mesmos ideais, fortaleçam sua vocação cristã e reconheçam sua essencial responsabilidade na construção do Reino de Deus.

A JMJ Rio 2013, antes mesmo de acontecer, já divulga alguns de seus inúmeros contributos à população brasileira, principalmente aos cariocas. O site oficial www.rio2013.com tem nos alegrado com informações a este respeito: parceria com a ONG internacional WWF (World Wide Fund for Nature) para fomentar a educação ecológica dos jovens e discutir a sustentabilidade do evento com vídeos e palestras sobre meio ambiente, água, biodiversidade, mudanças climáticas, energia sustentável, realidade amazônica; elaboração de um Guia Ecológico para jovens; projeto ousado de acessibilidade para os jovens com deficiência (visual, auditiva, intelectual e motora); inauguração do Polo de Atenção Integral à Saúde Mental (PAI), que atenderá principalmente jovens dependentes químicos; estruturação de uma rede de entidades religiosas e civis para atuar na prevenção ao uso de drogas e tratamento de dependentes; significativos investimentos com a segurança e a infraestrutura que beneficiarão a população após o evento; geração de empregos.


E em nossa realidade paroquial, quais os impactos que a JMJ está deixando? Como estamos aproveitando de toda esta oportunidade para a evangelização da juventude? Que serviços nossas paróquias estão prestando para o amadurecimento da dimensão social do jovem cristão que deseja participar mais da vida da Igreja e da Sociedade? Nossos grupos, catequese, encontros, retiros, movimentos, pastorais estão atentas às buscas e desafios dos jovens, abordando junto a eles os temas que dizem respeito a sua vida cotidiana e social? A Doutrina Social da Igreja é trabalhada junto a eles favorecendo-lhes conteúdo substancioso e seguro para o diálogo e participação na sociedade? Como garantir aos jovens envolvidos na JMJ um ambiente paroquial que realmente contribua com o amadurecimento da dimensão pessoal, espiritual, eclesial, social de sua vocação cristã?

Como é bom constatar que muitos jovens católicos, de nossas paróquias, estão despertando para a importância e o prazer de serem verdadeiros cidadãos; colaboradores especiais de uma nova sociedade. Um jovem católico de 23 anos que estará no Rio de Janeiro para a JMJ me disse, após participar das recentes manifestações: “Estou emocionado com este momento de manifestação da nossa juventude nas ruas! Sinto-me cidadão lutando pelos direitos das pessoas! A JMJ veio em boa hora, reforçando e abençoando as nossas reivindicações. Além do mais, o papa Francisco nos brindará com reflexões de apoio a nossa voz.”

Queridos irmãos, vamos apostar no novo que os jovens carregam para o benefício de todos. A JMJ vem incrementar os ideais cristãos e animar a vocação de discípulo missionário de nossos jovens. Não percamos este tempo de graça que a Jornada vem nos trazer. Qualifiquemos a nossa presença e o nosso serviço junto a eles.

Divulguemos, principalmente pelas redes sociais com a ajuda dos próprios jovens presentes nelas, os horários dos eventos da Jornada naquela semana do dia 23 a 28 de julho, para que os que não poderão se fazer presentes possam estar sintonizados com este importante acontecimento a favor da juventude, da Igreja e da sociedade. E promovamos uma verdadeira corrente de oração para que tudo transcorra do jeito que Deus deseja e para que nenhum imprevisto comprometa negativamente a organização do evento.

Apostar nos jovens, com tudo aquilo que implica esta postura, é compromisso audacioso e gesto profundo de conversão pastoral.

Bênçãos de Deus a todos e proteção materna de Maria, Mãe da Juventude.

E até o Rio de Janeiro!



Dom Eduardo Pinheiro da Silva, sdb

Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB
01/07/2013 - 07:06hs

quarta-feira, 13 de março de 2013

PAPA FRANCISCO I


O Cardeal Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, é o novo Papa. 

Ele escolheu o nome Francisco I.

É o Papa de número 266 da Igreja Católica.

Os 115 Cardeais anunciaram a escolha do novo Pontífice nesta tarde às 15h05, horário do Brasil, com a fumaça branca que saiu da chaminé da Capela Sistina no Vaticano. 

O cardeal francês, protodiácono, Jean-Louis Tauran surgiu à janela da Basílica de São Pedro, às 16h10, horário do Brasil, para anunciar o nome do sucessor de Bento XVI, que renunciou ao pontificado no último dia 11 de fevereiro. 

O anúncio foi feito em latim, traduzido em português: 

'Anuncio-vos uma grande alegria, temos Papa: o Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal da Santa Igreja Romana Jorge Mario Bergoglio, que escolheu o nome Francisco I.

O Papa concedeu a bênção apostólica 'Urbi et Orbi'; seu primeiro ato público como Papa. 

A decisão foi tomada depois de cinco votações realizadas pelos cardeais, uma ontem à tarde e outras quatro efetuadas hoje (duas de manhã e mais duas nesta tarde).

CONHEÇA O PAPA FRANCISCO I


O Cardeal Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires, no dia 17 de dezembro de 1936, tem 76 anos. 

É o primeiro papa latino-americano, sacerdote da Companhia de Jesus, conhecido como Jesuítas e arcebispo de Buenos Aires, na Argentina desde 1998. 

Foi criado cardeal no Consistório de 2001 e foi eleito Papa no segundo Conclave do qual participou. 

Estudou e se diplomou como técnico químico. Ingressou no seminário de Villa Devoto. Em 11 de março de 1958 passou ao noviciado da Companhia de Jesus. Em 1960, obteve a licenciatura em Filosofia no Colégio Máximo São José, em San Miguel. De 1967 a 1970 cursou Teologia no Colégio Máximo de San Miguel. Foi ordenado sacerdote no dia 13 de dezembro de 1969, pelas mãos de Dom Ramón José Castellano. 

Foi ordenado bispo no dia 27 de junho de 1992, pelas mãos de Antonio Quarracino, Dom Mario José Serra e Dom Eduardo Vicente Mirás. 

Foi criado cardeal no consistório de 21 de fevereiro de 2001, presidido por João Paulo II, recebendo o título de cardeal-presbítero de São Roberto Bellarmino.

Na Santa Sé, é membro da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, para o Clero, para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica; do Pontifício Conselho para a Família e da Pontifícia Comissão para a América Latina.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Cinco cardeais brasileiros devem participar de eleição do próximo papa

Cinco cardeais brasileiros deverão participar do conclave que se reunirá para eleger o sucessor do papa Bento 16.


Segundo a última lista do Vaticano, atualizada há duas semanas, há um total de 119 cardeais aptos a votar no conclave.
Para poder votar na escolha do papa, o cardeal precisa ter menos de 80 anos.

O Brasil tem um total de nove integrantes no Colégio Cardinalício do Vaticano, mas quatro deles já ultrapassaram a idade limite.

Os cardeais brasileiros que poderão votar são dom Cláudio Hummes, de 78 anos, ex-arcebispo de São Paulo e atual prefeito emérito da Congregação para o Clero, dom Geraldo Majella Agnelo, de 79, arcebispo emérito de Salvador, dom Odilo Scherer, de 63, arcebispo de São Paulo, dom Raymundo Damasceno Assis, de 76, arcebispo de Aparecida, e dom João Braz de Aviz, de 64, arcebispo de Brasília.

Dom Eusébio Scheid, arcebispo emérito do Rio de Janeiro, está fora do conclave por ter completado 80 anos em dezembro. Também já ultrapassaram a idade limite os cardeais dom Paulo Evaristo Arns, de 91 anos, ex-arcebispo de São Paulo, dom Serafim Fernandes de Araújo, de 88, ex-arcebispo emérito de Belo Horizonte, e dom José Freire Falcão, de 87, ex-arcebispo de Brasília.

A lista de eleitores no conclave tem cardeais de cerca de sete dezenas de países diferentes. Os cardeais italianos são os de maior número.

FONTE: BBC BRASIL 11/02 10:48HS

Papa Bento XVI renuncia dia 28/02/2013.

O Papa Bento XVI anunciou nesta segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013, que renunciará ao Ministério de São Pedro, ou seja, ao comando da Igreja Católica Apostólica Romana, no próximo dia 28 de fevereiro de 2013, às 20h, no horário de Roma, Itália.

Leia a íntegra do discurso do Bispo de Roma:
"Caros irmãos:

Convoquei-os para este consitório, não apenas para as três canonizações, mas também para comunicar a vocês uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Após ter repetidamente examinado minha consciência perante Deus, eu tive certeza de que minhas forças, devido à avançada idade, não são mais apropriadas para o adequado exercício do ministério de Pedro. Eu estou bem consciente de qu esse ministério, devido à sua natureza essencialmente espiritual, deve ser levado não apenas com com palavras e fatos, mas não menos com oração e sofrimento. Contudo, no mundo de hoje, sujeito a mudanças tão rápidas e abalado por questões de profunda relevância para a vida da fé, para governar o barco de São Pedro e proclamar o Evangelho, é necessário tanto força da mente como do corpo, o que, nos últimos meses, se deteriorou em mim numa extensão em que eu tenho de reconhecer minha incapacidade de adequadamente cumprir o ministério a mim confiado. Por essa razão, e bem consciente da seriedade desse ato, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério como Bispo de Roma, sucessor de São Pedro, confiado a mim pelos cardeais em 19 de abril de 2005, a partir de 28 de fevereiro de 2013, às 20h, a Sé de Roma, a Sé de São Pedro, vai estar vaga e um conclave para eleger o novo Sumo Pontífice terá de ser convocado por quem tem competência para isso.

Caros irmãos, agradeço sinceramente por todo o amor e trabalho com que vocês me apoiaram em meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos. E agora, vamos confiar a Sagrada Igreja aos cuidados de nosso Supremo Pastor, Nosso Senhor Jesus Cristo, e implorar a sua santa mãe Maria, para que ajude os cardeiais com sua solicitude maternal, para eleger um novo Sumo Pontífice. Em relação a mim, desejo também devotamente servir a Santa Igreja de Deus no futuro, através de uma vida dedicada à oração.


Bento XVI."

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Mensagem do Papa Bento XVI



Na mensagem que a Santa Sé divulgou especialmente para o período, o santo padre, o papa Bento XVI, estimula os católicos a chamar para si a “responsabilidade pelo irmão”, com “preocupação concreta pelos mais pobres”. A “Quaresma oferece-nos a oportunidade de reflectir mais uma vez sobre o cerne da vida cristã: o amor. Com efeito este é um tempo propício para renovarmos, com a ajuda da Palavra de Deus e dos Sacramentos, o nosso caminho pessoal e comunitário de fé. Trata-se de um percurso marcado pela oração e a partilha, pelo silêncio e o jejum, com a esperança de viver a alegria pascal”, explica.

O sumo pontífice procura conduzir sua reflexão à luz do Capítulo 10, Versículo 24 da Carta aos Hebreus, no Novo Testamento. “Prestemos atenção uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras”. Trecho “que, em poucas palavras, oferece um ensinamento precioso e sempre atual sobre três aspectos da vida cristã: prestar atenção ao outro, a reciprocidade e a santidade pessoal”, sintetiza. Basicamente, ele deseja “que todos, à vista de um mundo que exige dos cristãos um renovado testemunho de amor e fidelidade ao Senhor, sintam a urgência de esforçar-se por adiantar no amor, no serviço e nas obras boas”.