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12.8.08

POR ACASO?

Depois de uma declaração, ontem, de afastamento temporário, este regresso imediato parece incongruente. Mas há coisas que só podem explicar-se por razões de acaso - se é que o acaso tem razões...

Não esqueço a impressão que me causou a primeira leitura de "A Insustentável Leveza do Ser", de Milan Kundera. A ideia básica que retive foi a de que uma parte das nossas vidas depende de acasos que não controlamos. Tal como na evolução natural, é o aleatório que determina uma percentagem significativa dos dias que vivemos.

Talvez isto explique a impressão de que há pessoas com azar na vida e outras com sorte. O que pode acontecer, na verdade, é que cada pessoa tem uma percepção própria do tempo. Há aquelas para quem o tempo é uma linha contínua de sentido único e dela não são capazes de sair; e há outras que o vêem como sucessão de ciclos, cuja duração pode ser influenciada pelas escolhas que fazem a cada momento, sendo capazes de criar "momentos decisivos" de mudança de ciclo.

Estas pessoas estão mais atentas aos sinais do tempo e são capazes de criar, elas próprias, alguns sinais que mudam o tempo. Fazem as coisas acontecer, enquanto as outras são acontecidas pelas coisas...



O que me suscitou estas reflexões foi um livro que casualmente(?) me veio parar às mãos. Porquê? Talvez porque provoquei o acaso: não encontrei um envelope que queria numa livraria. Podia ter-me conformado e rranjado outra solução. Mas teimei e entrei numa segunda. Onde, para além do que pretendia, me esperava este livro que me está a ajudar a entender o acaso, sem recorrer às estafadas ideias de que é a divina providência que o comanda à distância...
Voltarei ao assunto...