27.5.13
CURVA SUAVE
11.3.13
SILÊNCIO
...
Há cotovias já no teu silêncio
há coisas de outra idade neste dia
que afugentou os rouxinóis da noite
...
Ruy Belo
A Margem da Alegria
Foto J Moedas Duarte
2012
6.3.13
QUANDO JÁ PRINCIPIA A ANOITECER
Durmo cego no mais secreto mar
creio que ao longe já começa a anoitecer
não estou triste são só horas de jantar
Ruy Belo
5.2.13
LER - Fevereiro 2013
Para ler de fio a pavio ...
«Um dos maiores poetas portugueses faria agora 80 anos, e a LER assinala a data com um regresso sentimental à sua obra: textos inéditos, cartas, uma biografia assinada por Nuno Costa Santos e textos de Gastão Cruz, José Tolentino Mendonça e Eduardo Prado Coelho. Outro poeta enorme da língua portuguesa, o brasileiro Ferreira Gullar, confessa que não escreverá mais poesia. A norte-americana Joyce Carol Oates garante, em entrevista exclusiva, diz que «nada compensa a vida doméstica e emocional». Miguel Monjardino leva-nos até aos discípulos de Homero nos Açores e o relatório do Orçamento do Estado tem ainda matéria por descobrir.»
(Sinopse no site da WOOK)
5.11.11
RUY BELO - colóquio, 3 e 4 de novembro
8.9.09
24.8.08
2.8.08
Imagens do meu olhar... Rio Maior
Nasceu nesta casa:
Daqui voou para o mundo através da sua obra poética Aqui voltou, em 8 de Agosto de 1978, e repousa para sempre...
(...)
Vejo no céu qualquer coisa de meu
o dia acaba alguém se lembra de morrer
parece um pouco que não há nada a fazer
não me perguntem em que empreguei o tempo
creio que a bem dizer não fiz mais do que olhar
e há tão pouca gente que saiba olhar
(...)
Ruy Belo, A Margem da Alegria
Fotos (C) Méon
16.6.08
MOMENTO
15.6.08
PALAVRAS DE INFINITO
13.3.08
(...)
E o teu olhar está tanto nos teus olhos
profundamente abertos neste vale de lágrimas
que em duas gotas negras ele cai
nas minhas faces mortais
Num sobressalto de pálpebras
abriu-se o céu de um poema
Dia a dia mal o sol subir pela manhã acima
e alcançar conveniente altura
escreverei em tua honra esse poema a que a tarde virá pôr
um ponto final tão rubro como um poente
e chamar-lhe-ei o poema de um dia
(...)
Ruy Belo
1.3.08
DUPLA HOMENAGEM
A Ruy Belo, nos trinta anos da sua morte.
E ao amigo C.S. que me enviou este poema com o desejo de bom fim-de-semana
O PORTUGAL FUTURO
O Portugal futuro é um país
aonde o puro pássaro é possível
e sobre o leito negro do asfalto da estrada
as profundas crianças desenharão a giz
esse peixe da infância que vem na enxurrada
e me parece que se chama sável
Mas desenhem elas o que desenharem
é essa a forma do meu país
e chamem elas o que lhe chamarem
portugal será e lá serei feliz
Poderá ser pequeno como este
ter a oeste o mar e a espanha a leste
tudo nele será novo desde os ramos à raiz
À sombra dos plátanos as crianças dançarão
e na avenida que houver à beira-mar
pode o tempo mudar será verão
Gostaria de ouvir as horas do relógio da matriz
mas isso era o passado e podia ser duro
edificar sobre ele o Portugal futuro
Ruy Belo
3.12.07
desmaiou o olhar furtivo das searas
ou reclinou a cabeça
ou aquele disposto a virar decisivamente a esquina
Não há conspiração de folhas que recolha
a sua despedida. Nem ombro para o seu ombro
quando caminha pela tarde acima
A morte é a grande palavra para esse homem
não há outra que o diga a ele próprio
É terrível ter o destino
da onda anónima morta na praia
10.10.07
***** Destino de onda *****
(...)