quinta-feira, 13 de março de 2025

sobre a tentativa de legalização da "sorte de varas" na RAA

imagem retirada da internet


Nesta publicação deixo a ligação (clicar aqui) para a notícia do Notícias ao Minuto, assinada por Natacha Nunes Costa e o texto completo que enviei, a pedido da jornalista, para o órgão de comunicação social referido.



Entrevista – Notícias ao Minuto


1 - Lançaram no início de fevereiro um manifesto contra a tentativa de legalizar a sorte de varas nos Açores, depois de ter vindo a público que, no Fórum Mundial da Cultura Taurina, o tema esteve novamente em cima da mesa.  No fundo do que se trata este manifesto? Já vieram esclarecer que não é contra as touradas em geral...

A atual luta cívica contra qualquer tentativa, venha ela de onde vier, de legalização da Sorte de Varas recupera anteriores iniciativas, duas delas chegaram à Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA), em 2002 e 2009, e uma outra de janeiro de 2015 que nem sequer tomou corpo, ou seja, esfumou-se “nos passos perdidos” do parlamento regional face à tomada de posição, também, através de um Manifesto, aliás no qual o presente se inspira.

As iniciativas que chegaram à Assembleia tiveram destinos diversos, embora com os mesmos efeitos, ou seja, a derrota da pretensão de legalizar a Sorte de Varas

Em 2002 e a reboque da Lei n.º 19/2002. De 31 de julho, que abriu portas à legalização dos touros de morte em Barrancos, foi presente, discutida e aprovada em decreto regional. O então Ministro da República solicitou a fiscalização da sua constitucionalidade, tendo o Tribunal Constitucional, pelo Acórdão n.º 473/02, declarado a sua inconstitucionalidade que na sua fundamentação foi mais além da mera decisão ancorada nos poderes autonómicos e no interesse específico regional, como pode ser lido ao longo do referido Acórdão.

Em 2009 deu entrada na ALRAA, foi discutido e votada uma proposta que visava a legalização da Sorte de Varas nos Açores. A proposta foi rejeitada por 28 votos contra, 26 a favor e 2 abstenções.

Em janeiro de 2015, como já foi referido, a suposta intenção de vir a apresentar-se uma nova proposta, não passou disso mesmo, uma intenção. Quando se soube que, nos corredores da ALRAA alguns deputados, de diferentes grupos parlamentares estavam a tentar construir uma nova iniciativa com o propósito da legalização da Sorte de Varas de forma, diria, espontânea deu-se início à redação e à subscrição de um “Manifesto” que, podendo não ter sido só, foi o mote suficiente para mobilizar os cidadãos e para que a iniciativa abortasse ainda na fase da sua conceção.

A situação atual é na qual se insere o “Manifesto Contra a Legalização da Sorte de Varas nos Açores” é, sobretudo de alerta e de prevenção, para que os atores políticos avaliem bem do pulsar da sociedade açoriana, ou seja, para que percebam que qualquer tentativa terá uma forte oposição cidadã e que os custos eleitorais serão elevados. 

 O “Manifesto” surgiu de forma espontânea e reflete a posição de um alargado e representativo segmento da sociedade açoriana. Os subscritores representam setores sociais, culturais, políticos, económicos e geográficos que representam o sentir da maioria dos açorianos.

Importa, desde já, referir que este Manifesto é exclusivamente contra a legalização da Sorte de Varas e não contra as Touradas de Praça, ou contra a apropriação popular da Festa Brava que tem nas Touradas à Corda a sua expressão. Por esta razão de entre os subscritores se encontram muitos aficionados, mas também muitos indiferentes ao fenómeno tauromáquico e, ainda, muitos outros contra qualquer forma de espetáculos que envolvam touros. É desta abrangência que resulta a ampla representatividade do Manifesto.

2 – Acha que o atual Governo e grupos parlamentares vão levar o tema a discussão? Dar entrada de um diploma que vise a legalização da sorte de varas?

Sendo que o atual quadro parlamentar e o governo da coligação são mais conservadores que no contexto político de 2009 tenho dúvidas que isso venha a acontecer, embora como se sabe, é regimentalmente possível que um número de deputados, oriundos de diferentes grupos e representações parlamentares, possam apresentar uma iniciativa à margem das suas famílias partidárias, com os riscos lhe são inerentes e não me parece que alguém os queira correr. Por outro lado, o Secretário Regional da Agricultura e Alimentação excedeu-se, talvez pelo calor do contexto, e fez declarações que o governo regional não subscreveu, isto é, aquela poderá ser a opinião de António Ventura e, como tal, deveria tê-la guardado só para si e não ter colocado o seu governo numa situação, no mínimo, embaraçosa.

3 – Na sua opinião, o que acha a sociedade açoriana, em geral, sobre o assunto?

Julgo que uma larguíssima maioria dos açorianos é contra a Legalização da Sorte de Varas e, de facto, trata-se de um assunto açoriano pois, se a legalização viesse a acontecer os Açores ficariam com uma enorme mancha e, numa altura em que o turismo tem contributo importante para a formação do PIB regional, estou certo de que o setor turístico sofreria um duro golpe. O destino Açores é oferecido/vendido como ambientalmente sustentável e de equilíbrios entre o homem e a natureza, digamos que até as vacas são felizes, a promoção de espetáculos tauromáquicos com touradas picadas” não me parecem compagináveis.

Mas se em relação aos Açores não me restam dúvidas, também não as tenho em relação à população da ilha Terceira. Isto é, os terceirenses têm uma ligação ancestral com os touros e, talvez pela peculiaridade dessa ligação não gostem de ver os touros serem picados na Sorte de Varas. Sei que isto é a penas a minha perceção, mas está bem alicerçada no conhecimento que tenho da ilha Terceira. 

4 – Quantos signatários tem o manifesto?

O Manifesto tem pouco mais de trezentos signatários. Não dispomos de uma estrutura organizativa, não estamos ligados a nenhum movimento e as subscrições são feitas através da caixa de comentários do blogue https://anibalpires.blogspot.com/, da minha página do Facebook, ou ainda por contato direto comigo ou com outros subscritores que depois me reencaminham as adesões pois, coube-me a mim o registo e a atualização da lista de subscritores, que vai continuar aberta a quem o queira fazer e, naturalmente, recolherá muito mais subscritores.

5 - O que acha destas declarações - sobre a possibilidade da sorte de varas voltar a ser discutida no Parlamento açoriano – terem vindo do secretário regional da Agricultura, quando as touradas não tuteladas por ele, mas sim pela secretaria regional da Cultura?

Considero que as declarações do Secretário Regional da Agricultura e Alimentação foram levianas e configuram um ato desleal ao governo a que pertence e, por essa razão, mereciam um reparo do Presidente do Governo Regional.

Sabe-se que nem todos os ganadeiros ficaram agradados pelo facto de este assunto ter vindo para a agenda política regional e nacional, e que, nem todos os membros do governo têm a mesma posição (individual) do Secretário Regional da Agricultura e Alimentação sobre este assunto, mesmo sendo aficionados. 

6 -  Acha que devia ser feito um referendo sobre o assunto?

Se existe matéria sobre a qual deve ser auscultado o povo açoriano, esta será uma delas. Já tive oportunidade, em declarações à comunicação social açoriana de desafiar o poder regional a referendar o assunto.


Aníbal C. Pires, Ponta Delgada, 13 de fevereiro de 2025


terça-feira, 11 de março de 2025

nem tudo é o que parece

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    Os óscares, a moção de censura apresentada pelo PCP, o “adeus à carne” (Carnaval), o Plano Regional para a Inclusão Social e a Cidadania (PRISC) e os seus cinco pilares - Rendimento, Educação, Trabalho, Saúde e Habitação são, alguns de entre muitos outros, assuntos sobre os quais alinhei mentalmente algumas ideias para partilhar aqui, na Sala de Espera

    Fiz este exercício para afastar qualquer tentação de abordar o deplorável espetáculo da Sala Oval, mas não está fácil, aliás se esta oposição for quebrada e não resistir não será sobre o desempenho de qualquer dos três protagonistas do espetáculo que farei apreciações, a avaliação é sempre subjetiva, eu, por exemplo, considero que o óscar de melhor atriz deveria ter sido atribuído à Fernanda Torres, mas a Academia nem sempre faz as suas escolhas tendo em consideração a excelência dos desempenhos. Por outro lado, a moção de censura não tendo ainda acontecido já serviu para clarificar quem é quem na oposição ao governo do PSD/CDS, pouco mais haverá a dizer depois de se ouvir o deputado António Filipe e perceber todo o rodopio que se gerou, dentro do governo da República e em toda a teia de interesses que gira à sua volta.

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    Quanto ao Carnaval vai-se mantendo a tradição e a diversidade das comemorações consoante as geografias, eu continuo a preferir o de Veneza e o da Terceira. Sobre eles já teci algumas considerações e não há razões que justifiquem repeti-las, ainda que não tenha esgotado todos os argumentos que me levam a preferir os olhares por detrás das máscaras venezianas, a mobilização popular e o humor mordaz que caraterizam os bailinhos na ilha Terceira.


    Quanto ao PRISC muito se poderá dizer, mas passadas que são as primeiras páginas cedo se percebe que o governo regional não pretende resolver esta pesada herança, que remonta aos primórdios do povoamento, que o fascismo português perpetuou e que a autonomia constitucional ainda não resolveu: a pobreza e a exclusão.

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    Quando iniciei a leitura do documento que foi colocado no portal do governo, para consulta pública, foi com alguma surpresa, confesso, e satisfação que constatei: no centro das ações as pessoas; e, tendo em consideração, que a escolha para primeiro pilar foi escolhido o Rendimento, só poderia elevar a minha expetativa, pois, juntando os outros quatro, desde logo a Educação pensei para comigo mesmo: é desta que alguém quer resolver este problema que, como se sabe, é uma autêntica mancha nestas ilhas paradisíacas. Mas o meu entusiasmo foi breve e a expetativa abateu-se pesadamente logo às primeiras medidas proposta para o pilar do Rendimento. Vejamos: as medidas são cinco, sendo que quatro delas são de caráter assistencialista, apenas a última se refere aos rendimentos do trabalho (salários) e à qualidade das relações do trabalho e, ainda assim, faz depender esta medida da concertação social e para um prazo de dez anos. Entretanto, mesmo que haja entendimento na concertação social os trabalhadores vão continuar a empobrecer alegremente e a receber “... um cartão com plafond mensal para aquisição de bens alimentares.” Este não é, por certo, o caminho para resolver este grave problema regional.

    Aqui chegado e tendo já referido a lista, ainda que parcial, de assuntos sobre os quais poderia partilhar opinião com os visitantes da Sala de Espera estou num dilema. Aprofundo algumas das questões que já abordei ou deixo de contrariar o impulso e vou até à Sala Oval, não para fazer apreciações sobre os atores pois, isso é acessório, mas para tentar entender quais as causas e, sobretudo, os efeitos dali vão resultar. Vamos lá, mesmo tendo consciência dos riscos que vou correr por não surfar a onda do mainstream.

    Aos cidadãos que, legitimamente se insurgiram contra aquele triste espetáculo, diria que talvez não fosse má ideia visionar tudo. Está disponível no Youtube e dura 50mn, a minha sugestão, vale o que vale, está alicerçada no facto de que, apenas alguns fragmentos foram amplamente divulgados o que induz opiniões naturalmente parciais, em função do que nos foi dado ver, mas como disse esta sugestão vale o que vale e pode valer muito pouco para quem já alicerçou um posicionamento e, por outro lado, como já referi, procurei olhar para as causas, mas para o caso em análise relevante são mesmo os efeitos já produzidos e os que se seguirão. O que vai suceder agora, ou melhor, o que é que já sucedeu e poderá vir a suceder.

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    O que poderá estar na origem do “desentendimento” é alguma proximidade entre os presidentes dos Estados Unidos e da Federação Russa e o resultado da reunião entre as delegações destes dois países que aconteceu recentemente em Riad, Arábia Saudita, o que desagradou à União Europeia, à Inglaterra e ao regime ucraniano, ainda assim, as terras raras eram (são) um argumento de peso para que as diferenças entre as partes possam ser ultrapassadas e tudo volte ao princípio.

    Quando percebi que o circo montado iria ter o desfecho que teve fiquei surpreendido. Donald Trump pode ser malformado e boçal, mas tem por detrás dele interesses os quais não pode, pura e simplesmente, deixar as mãos a abanar, como seja o complexo militar industrial estado-unidense que não sendo só é uma parte importante da economia federal. Por outro lado, a paz não é para o presidente dos Estados Unidos uma prioridade, embora no caso do conflito russo-ucraniano ele se tenha comprometido durante a campanha eleitoral a intervir e a encontrar uma solução para alcançar a paz, tudo o que fez até à reunião com Zelensky foi para consumo interno, mas também para pressionar a União Europeia a aumentar os gastos com a defesa e as contribuições para a OTAN, também decorrente dos compromissos da campanha eleitoral com os eleitores estado-unidenses. Ainda antes de avançar para os efeitos provocados pelo espetáculo da Sala Oval quero justificar a afirmação de que o atual Presidente dos Estados Unidos, à semelhança dos seus antecessores, não é um homem de paz e a humanidade é uma caraterística que não lhe pode ser atribuída. Apesar dos aparentes esforços de paz para o fim do conflito russo-ucraniano, se outros exemplos não existissem chegaria a Palestina e a genocida agressão do estado sionista que é, como sabemos, apoiada pelos Estados Unidos, antes e agora com Trump, como se comprova com a assinatura, no passado sábado de uma Declaração de Emergência para agilizar o processo, não necessita de autorização do Congresso, de transferência de mais uma ajuda militar ao estado sionista de cerca de 4mil milhões de dólares. Quanto a humanidade e paz, julgo que estamos conversados, a Casa Branca não lida bem com esses valores.

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    Os ecos do fracasso negocial entre Trump e Zelensky fizeram-se ouvir pela União Europeia e também pela Inglaterra. No dia seguinte Zelensky foi recebido, em Londres, por Keir Starmer, primeiro-ministro inglês, que convocou, para o dia seguinte, parte dos líderes dos países da União Europeia, não se conhece qual o critério e alguns países que ficaram de fora, não tendo, por isso, ficado, muito agradados. Estiveram presentes, também, o primeiro-ministro da Canadá e o ministro dos negócios estrangeiros da Turquia, para além, naturalmente, do secretário-geral da OTAN. Da reunião na capital inglesa foi dado conhecimento público que tinha sido estabelecido um plano para continuar a apoiar Ucrânia que seria levado aos Estados Unidos, interessante, por outro lado ficou claro que a União Europeia, na cimeira de 6 de março, iria dar início a procedimentos para se rearmar, muito interessante. Vejamos, a Inglaterra e a União Europeia não abdicam da bênção dos Estados Unidos, por outro lado, o rearmamento da União Europeia terá, certamente, como principal fornecedor o complexo militar industrial estado-unidense. Não gostando do que vou afirmar, mas tenho de o reconhecer: Donald Trump ganhou, para já, esta ronda, mantém o domínio sobre a União Europeia, diminui os gastos próprios com o apoio militar à Ucrânia e abriu, mais mercado, para a venda de equipamento militar para rearmar os países da UE que se comprometeram em Londres a aumentar os seus orçamentos para defesa, embora não faltem aos Estados Unidos outros clientes.

    As empresas europeias que se dedicam ao fabrico de equipamento militar viram a sua cotação aumentar nas bolsas de valor. Enfim! A UE continua a ter uma atitude servil e, como é de esperar, ao aumento da despesa coma defesa/guerra irá corresponder uma diminuição do investimento nos setores sociais, aliás como o secretário-geral da OTAN andava, já há algum tempo, a sugerir. Esta, como outras, é uma guerra que nada tem a ver com os povos, mas também como acontece sempre, são os povos que sofrem e pagam.  

Ponta Delgada, 4 de março de 2025 

Aníbal C. Pires, In Diário Insular, 5 de fevereiro de 2025

sexta-feira, 7 de março de 2025

Em dia de debate. Nova atualização - "Manifesto Contra a Legalização da Sorte de Varas nos Açores" (subscrições em aberto)


Em dia de debate na "Lar Doce Livro", volto a divulgar a lista de subscritores atualizada. O propósito, para além da divulgação do debate, pretende continuar a divulgar o "Manifesto", mas também dar conhecimento aos novos subscritores da sua inclusão.

Esta publicação tem como objetivo atualizar e divulgar os subscritores que já se juntaram ao “MANIFESTO CONTRA A LEGALIZAÇÃO DA SORTE DE VARAS NOS AÇORES”.


Não dispondo de outros suportes fica aqui no blogue “momentos” e depois será replicado nas “redes sociais”, designadamente no Facebook.

Os interessados em subscrever o manifesto podem fazê-lo declarando na caixa de comentários do blogue ou do Facebook a sua concordância, o nome e a atividade profissional, ou junto de outros subscritores que me farão chegar a informação pois, coube-me a tarefa de manter atualizada a lista de apoiantes desta iniciativa.


MANIFESTO CONTRA A LEGALIZAÇÃO DA SORTE DE VARAS NOS AÇORES

Somos todos Açores e qualquer prática legalizada numa das nossas ilhas implicará a Região no seu todo. Ora, as recentes notícias vindas a público fazem-nos temer que esteja a ser construída uma iniciativa parlamentar, a apresentar à Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA), que visa, uma vez mais, a legalização da chamada “Sorte de Varas”, ou “Tourada Picada”, na ilha Terceira (o que significa, naturalmente, verter para os Açores o ónus dessa prática que nada tem a ver com a cultura ou tradição açoriana).  

Os cidadãos açorianos já iniciaram um forte movimento de contestação para uma vez mais impedir que se legalize uma prática cruel que, como já referimos, é estranha à ilha Terceira e aos Açores. Muitas são as vozes, de todos os quadrantes da sociedade, mesmo entre os aficionados, que se têm posicionado contra esta prática de crueldade extrema para com o touro, proibida em todo o país e que não se reveste, nas nossas ilhas, de qualquer caráter cultural, tradicional ou identitário. Acrescente-se que, a verificar-se, se trataria da quarta tentativa de legalização desta variante tauromáquica, tendo sido rejeitada, na ALRAA em 2009 por parcos dois votos.

Somos todos Açores e, numa altura de forte aposta no Turismo Sustentável, no Turismo de Natureza, assente sobretudo no respeito ambiental e na estreita e harmoniosa ligação do Homem com a Terra e com o Mar, não consideramos compreensível esta pretensão, que remete para uma forma de sofrimento animal que não é admissível nos dias que correm, e que mancharia, cá dentro e para quem nos visita, a imagem dos Açores – abrindo, além do mais, gravíssimas fendas na sociedade açoriana, que se quer coesa e unida. 

Somos todos Açores. Estas nove ilhas do verde e das águas límpidas, das belezas naturais e da comunhão com a Natureza, não merecem isto. Não merecem ficar conotados com uma nova forma de crueldade animal. Não merecem a mancha social e política que a legalização de uma prática deste teor traria para todo o arquipélago.

Porque somos todos Açores, e independentemente de a suposta iniciativa parlamentar chegar ou não à Assembleia Legislativa Da Região Autónoma dos Açores, manifestamo-nos CONTRA a legalização da Sorte de Varas nos Açores.

Subscritores:  

Adelino Manuel de Jesus Lourenço Ferreira, reformado bancário; Albano Gomes, professor; Alexandra Manes, Aj. Educação Especialista e ex-deputada à ALRAA; Alexandre Miguel André, professor; Alexandre Pascoal, gestor cultural; Alexandre Wragg Freitas, investigador; Álvaro de Miranda, professor universitário aposentado; Amélia Pires, trabalhadora sindical; Ana Brum, encenadora; Ana Isabel Newton da Fonseca do Canto e Castro, professora aposentada; Ana Luísa Sarroeira dos Santos, professora; Ana Margarida de Medeiros Henrique, turismo/ agricultura regenerativa; Ana Maria Cabral Goulart Reis,  artista plástica e doméstica; Ana Maria Nogueira dos Santos Loura, engenheira aposentada; Ana Monteiro, instrutora de mergulho; Ana Monteiro, radiologista; Ana Paiva, professora; Ana Paula Fagundes Alves, assistente técnico; Ana Proença, funcionária pública; Ana Teresa Baía Simões, desenhadora; Ana Teresa Rocha Alves, técnica de estatísticas, aposentada; Ana Sofia da Silva Lourenço Ferreira, guia turística; Ana Tavares, intérprete FR/EN; Ana Veiga, assistente de cabeleireiro; André Martins, arquiteto; André Nicolau, professor; André Silveira, empresário; Andrea Giusti, investigador; Ângela Almeida, poeta e investigadora; Aníbal C. Pires, professor aposentado; Aníbal Raposo, cantautor; António Fonseca, funcionário administrativo; António Henrique Ramos Correia, pintor/artes plásticas; António Humberto Serpa, bancário aposentado; António José do Nascimento Dinis Pereira, oficial de operações de socorro; António Neves, engenheiro e poeta; António Rego, reformado; António Salgado Almeida, médico; Armando Frade, delegado comercial; Armando Meireles Monteiro, bancário reformado; Avelina Dutra Cota, educadora de infância; Avelina Ferreira, professora reformada; Basílio Narciso de Sousa, reformado; Beatriz da Conceição Leite de Castro, professora; Beatriz Oliveira Rodrigues, artesã; Bernardette Filomena de Oliveira, professora reformada; Bernardo Peixoto, terapeuta ocupacional; Berta Ferraz da Rosa, professora; Bianca Mendes, fisioterapeuta; Carla Alexandra Ramos da Silva Nunes, professora; Cacilda Medeiros, reformada; Carla Garcia, educadora social; Carlos Raposo, aposentado; Carlota Pereira Cordeiro, notária estagiária; Carlos Bessa, escritor e professor; Carlos Enes, reformado; Carlos Pinto, professor; Carlos Ribeiro, professor universitário aposentado; Carmélio Manuel Dias Rodrigues, reformado; Carmen Sosa, reformada; Carolina Lopes Silva, professora de música; Catarina Hermengarda da Silva Faustino de Andrade, encarregada de loja; Catarina Pires, professora; Catarina Rosa dos Santos Mourato Conceição, bióloga; Catia Benedetti, professora e tradutora;  Célia Gens, professora; Célia Otelinda Borges Pereira, diretora técnica; César Augusto dos Santos Pereira Silveira Terra, enfermeiro; Chrys Chrystello, jornalista australiano (MEEA); Cláudio Gomes, físico teórico e investigador universitário; Conceição Mendonça, professora aposentada; Conceição Tibúrcio, reformada dos CTT; Daniel Henrique Pena Antunes, guia turístico; Daniel Louro, músico e professor; Daniela Silveira, Produtora cultural; Daura Rita Souto Maior, médica aposentada; David Barcelos, informático; David M. Santos, biólogo; Diogo Caetano, Geólogo; Duarte Goulart Reis, bancário reformado; Duarte Manuel Espírito Santo Melo, padre católico; Eduardo Ferraz da Rosa, professor universitário; Elsa Bettencourt, poeta e ilustradora; Elsa Ferreira, Técnica Superior de Reinserção Social; Ema Leonor Custódio Correia Miranda; Emanuel Jorge Botelho, escritor; Emanuel Jorge Rocha Machado, aposentado; Eva Melo Cunha de Almeida Lima, técnica superior de ambiente; Fabíola Sabino Gil, funcionária pública; Fátima Jacob, professora; Fernanda Mendes, psiquiatra; Fernando Vicente, professor; Filipe Alexandre Tavares Leite, professor; Filipa Leite, farmacêutica hospitalar; Filipe Gomes, Piloto de barra; Filipe Machado Tavares, produtor, cineasta, diretor artístico e presidente da ARTAC; Filomena Dutra Bacalhau, funcionária pública; Filomena de Fátima Rocha Tavarela Ferreira, atriz; Francisca Rocha, técnica superior de saúde; Francisco Manuel Serra Nunes, oficial de justiça; Francisco Lopes, arquiteto; Francisco Maciel de Freitas, estudante de Medicina Veterinária; Francisco Rego, professor reformado; Francisco Rosas, realizador e produtor; Frederico Cabral, farmacêutico; Gabriela Mota Vieira, enfermeira aposentada; Georges Piotet, politólogo; Guilherme Lemos Gambier Machado, professor; Graça Leite, professora; Graça Silva, técnica superior; Gui Pinto Costa, professor; Gui Menezes, investigador principal da UAc; Guilherme António Toledo Ornelas Bruges, operador de assistência em escala; Guilherme Henrique Ávila Parreira, técnico de colheitas; Gustavo Adolfo de Sousa Rodrigues Fernandes, engenheiro informático; Helena da Conceição Costa de Brito, técnica superior; Helena Medeiros, professora; Helena Melo Medeiros, professora; Hélder Blayer, autor/escritor; Henrique Andrade, professor; Henrique Levy, poeta e ficcionista; Helena Maria Massa Flor Franco Carreiro, professora; Helena Pires, assistente operacional; Henrique Ramos, consultor economia do mar; Herberto Gomes, jornalista; Ildeberto Rocha, radialista e diretor da Rádio Voz dos Açores; Inês Fontes de Meneses, técnica de apoio psicossocial; Hugo Bettencourt, educador de infância; Humberta Brites Dias Jerónimo Araújo, reformada da NAV; Igor Tavares de Melo Espínola de França, arquiteto; Isabel Alexandrina Lemos Gambier Machado, designer gráfica; Isabel Arezes, professora;  Isabel Ferreira, jornalista; Isabel Maria Paiva Pinheiro de Magalhães, conservadora/notária aposentada; Isabel Melo de França de Araújo e Abreu, executiva de marketing; Luísa Mota Vieira, bióloga, geneticista e investigadora; Izabel Armas, agrónoma; Jéssica Pacheco, enfermeira; João Cardoso, assistente científico; João Domingos Marques Araújo, professor; João Freitas, professor; João Gabriel Fonseca Porto, reformado; João Mota Vieira, engenheiro; João Paulo Marques Rosa, notário; João Pedro Costa, designer gráfico; João Pedro Leonardo, músico/compositor; João Pires, OOV; João R. Pires Marques, designer gráfico; Joana Augusto Gil Morais Sarmento, engenheira do ambiente; Joana Melo Ávila, consultora de marketing; Joana Traveira Madeira da Silva Fernandes, artista e empresária; Janete Encarnação Alves Chaves Viana, educadora de infância; Jorge Manuel Figueiredo Ventura, Presidente do Clube Naval de Lajes das Flores; José Almeida, reformado da marinha; José António Contente, professor universitário reformado; José Artur Jácome Corrêa, Reformado da SATA e Presidente da Mesa da Assembleia Geral, do Lar Luís Soares de Sousa; José Bettencourt Costa e Silva, eletricista; José Carlos Brito, empresário; Joaquim Melo, investigador; José Decq Mota, antigo deputado regional, antigo coordenador do PCP/Açores e antigo dirigente do associativismo desportivo náutico; José Fernando Borges Mendonça, Chefe dos serviços de contabilidade USFORAZ, aposentado; José Guilherme Teixeira Machado, reformado; José Luís Pereira Santos Gonçalves Neto, arqueólogo; Josefa Bettencourt, educadora de infância; Jéssica Nunes, designer gráfica; José Manuel N. Azevedo, docente universitário aposentado; José Manuel Santos Narciso, jornalista; José Maria Mendonça de Freitas, engenheiro zootécnico; José Maria T. Dias, professor reformado; José Pedro Medeiros, bancário; José Sampaio, reformado; Judite Barros, professora; Juliana Oliveira de Matos, farmacêutica hospitalar; Laura Alves, investigadora; Laura Quinteiro Brasil, cineasta; Lisandra de Fátima Ormonde Sousa Meneses, ajudante de educação; Lizuarte Manuel Machado, Comandante da Marinha Mercante; Leonor Sampaio da Silva, professora universitária; Lorena Correia Botelho, professora aposentada; Lorena de Medeiros Ataíde Freitas, professora aposentada; Lúcia Oliveira Ventura, professora; Lucília Maria Caldeira de Agrela, professora; Luis Filipe Ruas Madeira de Vasconcelos Franco, artista plástico; Luís Melo, engenheiro eletrotécnico; Luís Manuel Amorim Cordeiro, empresário; Luis Miguel Custodio Grave, especialista de informática; Luís Miguel dos Santos Almeida, professor; Luís Noronha Botelho, professor aposentado; Luísa Cordeiro, professora; Luísa Linhares, professora aposentada; Luísa Madaleno, educadora de infância; Luísa Madruga, economista; Luísa Ribeiro, funcionária pública e poeta; Manuel Campos, reformado; Marco Varela, operário; Madalena Ávila Rego da Silva, poeta e declamadora de poesia; Manuel Urbano Bettencourt Machado, professor aposentado; Marco António Domingues Teixeira, professor universitário; Maria Alexandra Terra, enfermeira; Maria Antónia Fraga, professora aposentada; Maria Assunção Tavares Peixoto, reformada; Maria Bárbara Dias Loução, professora; Maria do Carmo Barreto, professora universitária; Maria do Céu Barroca de Brito, professora aposentada; Maria da Conceição Leal, socióloga; Maria da Conceição Pereira, pensionista; Maria Cristina Baltazar Chau, professora; Maria de Deus, assistente técnica; Maria Emanuel Albergaria, mediadora cultural; Maria de Fátima Bulhões Gago da Câmara, professora aposentada; Maria Francisca Melo de França de Araújo e Abreu, analytical consultant; Maria Gabriela Câmara de Freitas Silva, professora reformada e ex-deputada na ALRAA; Maria Graciosa Pedra, médica dentista; Maria Inês Vargas, docente reformada; Maria João Vieira, professora; Maria Luísa Lopes, técnica superior, aposentada; Maria de Lurdes de Meneses Cabral, Técnica Superior; Maria Madalena Pires, aposentada; Maria Manuela Martins Rabacal Gonçalves Ponte, docente; Maria Narcisa Lemos Gambier Machado, designer; Maria do Natal Batista de Lemos Machado, reformada; Maria da Natividade Mendonça de Freitas Reis, educadora de infância; Maria Paula da Silva Amaral, bancária, reformada; Maria Regina de Freitas Silva Meireles Monteiro, tesoureira de finanças reformada; Maria do Rosário da Silva Ferreira, professora; Maria Teresa Brito, reformada; Maria Teresa Ferreira, bióloga; Maria Teresa Maldonado Covas de Sousa Conceição, professora universitária; Mariana Freitas Reis, médica; Mariana Caçador Morais Sarmento de Melo, desempregada; Marília Santarém, economista; Marília Teixeira, médica; Mário Abrantes, Engenheiro Silvicultor; Mário Belo Maciel, professor; Mário Jorge Nunes, arquiteto; Mário Roberto Sousa Carvalho, artista; Mário Sousa, ator; Margarida Vitória Fonseca, professora; Marlisa Furtado, gestora comercial; Marta Assis Ferreira Silva, professora; Marta Couto, Solicitadora e ex-deputada a ALRAA e dirigente associativa da área ambiental e social; Marta Fernandes Louro Parreira Cruz, Filóloga; Maurício Pereira, designer; M I Neves, psicólogo; Miguel Ângelo Cardoso Rodrigues, caixeiro; Miguel António Silveira Almeida, trabalhador independente/agricultor;  Mika Raposo, aposentada; Miriam Rego, professora; Nair Alexandra, investigadora; Natália Correia, professora; Nelson José da Silveira Pimentel, prof. assistente operacional; Nuno Alexandre Silveira Mendonça, TSDT-Radiologia; Nuno Costa, vigilante; Orlando Guerreiro, professor; Paula Cabral, professora; Paula Decq Mota, professora; Paula Oliveira, bancária; Paula Rosa Vieira Cabral, professora; Paula Santos, técnica administrativa; Paula Serafina Ribeiro dos Santos, técnica administrativa; Paula Sousa Lima, professora e escritora; Paulo Bettencourt Lemos, programador informático; Paulo Matos, professor; Paulo Alexandre Almeida dos Reis, engenheiro zootécnico; Paulo Passos, psicólogo; Pedro Gouveia, profissional liberal; Paulo Lopes Lobão, reformado; Paulo Mendes, psicólogo e ex-deputado à ALRAA; Paulo Pacheco Santos, advogado; Pedro Almeida Maia, psicólogo; Pedro Leite Pacheco, professor reformado/agricultor; Pedro Neves, Deputado na ALRAA; Pedro Pacheco, criador de conteúdos digitais; Pedro Perpétuo, engenheiro mecânico; Raquel Moreiras, Intérprete e Tradutora PT/EN Freelance; Raquel Raposo, atriz, produtora, diretora de cena e educadora artística; Raquel Valadão, Chef; Raquel Viveiros, animadora sociocultural; R. Augusto Marreiros M, magistrado; Regina M. P.T. Tristão da Cunha, aposentada; Renata Correia Botelho, psicóloga; Renato Martins, veterinário; Ricardo Rodrigues, advogado; Rita Costa, bióloga; Rita Mendes, ….; Roberto Resendes, Assistente Técnico da Universidade dos Açores; Rodrigo Gonçalves, arquiteto; Ronaldo Valadão, técnico superior saúde; Rosa Maria Belo Maciel, professora; Rosa Saraiva, Bibliotecária; Rui Lopes, ilustrador; Rui Santos, animador sociocultural; Rui Suzano, Médico; Rui Teixeira, professor; Sandra Aurora Salgueiro Borges Bento Araújo, professora; Sandra Silva Dimas Serpa, professora; Sara Sarroeira, técnica superior de educação especial e reabilitação; Sílvia Fagundes, funcionária pública; Sofia Ávila de Lima, arquiteta e coordenadora da Associação Animais de Rua; Sónia Domingos, professora e técnica de património cultural; Sónia Nicolau, professora; Sónia Passos de Barros Borges de Sousa, administradora; Sónia Soraia Rodrigues Luís, operadora de caixa; Susana Lopes Baltazar, professora; Sybil Ávila, técnica administrativa; Teófilo Braga, professor reformado; Teresa Lampreão, guia intérprete;  Terry Costa, diretor artístico; Tiago Miranda, advogado; Tiago Resendes, engenheiro do ambiente; Valter Peres, produtor cultural; Vamberto Freitas, crítico literário; Vânia Tavares, professora; Vasco Reis, veterinário;  Victor Medina, professor, aposentado; Vítor Silva, assistente administrativo; Wilson Fagundes, assistente técnico;


Região Autónoma dos Açores, janeiro/fevereiro de 2025


quinta-feira, 6 de março de 2025

PCP - 104 anos de luta



A 6 de Março de 1921, na sede da Associação dos Empregados de Escritório, em Lisboa, realizava-se a Assembleia que elegeu a primeira direcção do Partido Comunista Português.

neste dia histórico, nascia o PCP e a classe operária portuguesa encontrou a sua firme e segura vanguarda.

quarta-feira, 5 de março de 2025

perpetuar a pobreza



Excerto de texto para publicação no Diário Insular e, como é habitual, também aqui no blogue momentos.


(...) Quando iniciei a leitura do documento que foi colocado no portal do governo, para consulta pública, foi com alguma surpresa, confesso, e satisfação que constatei: no centro das ações as pessoas; e, tendo em consideração, que a escolha para primeiro pilar foi escolhido o Rendimento, só poderia elevar a minha expetativa, pois, juntando os outros quatro, desde logo a Educação pensei para comigo mesmo: é desta que alguém quer resolver este problema que, como se sabe, é uma autêntica mancha nestas ilhas paradisíacas. Mas o meu entusiasmo foi breve e a expetativa abateu-se pesadamente logo às primeiras medidas proposta para o pilar do Rendimento. Vejamos: as medidas são cinco, sendo que quatro delas são de caráter assistencialista, apenas a última se refere aos rendimentos do trabalho (salários) e à qualidade das relações do trabalho e, ainda assim, faz depender esta medida da concertação social e para um prazo de dez anos. Entretanto, mesmo que haja entendimento na concertação social os trabalhadores vão continuar a empobrecer alegremente e a receber “... um cartão com plafond mensal para aquisição de bens alimentares.” Este não é, por certo, o caminho para resolver este grave problema regional. (...)

domingo, 2 de março de 2025

Alguns dados sobre os 17 anos do "momentos"


Em dia de aniversário deixo alguns dados sobre o “momentos”

Nestes 17 anos foram divulgadas 2885 publicações, registaram-se 985090 visualizações e 887 comentários às postagens.

Seguem o blogue 55 pessoas.

As visualizações têm origem, um pouco, por todo o mundo. Sendo que os países que acumulam mais visitantes são:

- Portugal;

- Estados Unidos; e 

- Brasil,

Esta aventura vai continuar. Sei que os blogues passaram de moda, mas mantenho-me por aqui enquanto tiver alguma coisa para partilhar para lá dos 140 carateres e da efemeridade das “redes sociais” mais populares, das quais também faço uso.

Agradeço a todos os visitantes que aqui vêm com frequência, mas também aos que “picam” pontualmente este espaço.

Bem hajam!


sábado, 1 de março de 2025

mulher - a abrir março

Março abre, como tem vindo a ser hábito, com uma mulher, ou melhor com uma referência às mulheres que continuam a carregar um fardo que as discrimina. A imagem representa todas as mulheres trabalhadoras que lutaram e lutam contra o fascismo, o pior dos inimigos.

No mês de março assinalam-se várias datas, desde logo os 17 anos (2) deste blogue que se mantém ativo e interventivo. Mas essa é uma data que pouca dimensão tem com o aniversário do PCP (6), o Dia Internacional da Mulher (8) ou ainda com o Dia da Árvore (21), o Dia Mundial da Poesia (21), o Dia do Livro Português (26), de entre outros dias que, por outras e diversas razões merecerão ser assinalados.


quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

"Conversas com Ciência"


"Conversas com Ciência" - Manifesto conta a Legalização da Sorte de Varas nos Açores. 

Aníbal C. Pires à conversa com Armando Mendes 

Para visualizar siga a ligação clicando aqui

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Nova atualização - "Manifesto Contra a Legalização da Sorte de Varas nos Açores" (subscrições em aberto)

Com esta atualização da lista de subscritores pretende-se, desde logo, a divulgação do "Manifesto", mas também tem associado o propósito de dar conhecimento aos novos subscritores a sua inclusão.

Esta publicação tem como objetivo atualizar e divulgar os subscritores que já se juntaram ao “MANIFESTO CONTRA A LEGALIZAÇÃO DA SORTE DE VARAS NOS AÇORES”.

Não dispondo de outros suportes fica aqui no blogue “momentos” e depois será replicado nas “redes sociais”, designadamente no Facebook.


Os interessados em subscrever o manifesto podem fazê-lo declarando na caixa de comentários do blogue ou do Facebook a sua concordância, o nome e a atividade profissional, ou junto de outros subscritores que me farão chegar a informação pois, coube-me a tarefa de manter atualizada a lista de apoiantes desta iniciativa.


MANIFESTO CONTRA A LEGALIZAÇÃO DA SORTE DE VARAS NOS AÇORES

Somos todos Açores e qualquer prática legalizada numa das nossas ilhas implicará a Região no seu todo. Ora, as recentes notícias vindas a público fazem-nos temer que esteja a ser construída uma iniciativa parlamentar, a apresentar à Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA), que visa, uma vez mais, a legalização da chamada “Sorte de Varas”, ou “Tourada Picada”, na ilha Terceira (o que significa, naturalmente, verter para os Açores o ónus dessa prática que nada tem a ver com a cultura ou tradição açoriana).  

Os cidadãos açorianos já iniciaram um forte movimento de contestação para uma vez mais impedir que se legalize uma prática cruel que, como já referimos, é estranha à ilha Terceira e aos Açores. Muitas são as vozes, de todos os quadrantes da sociedade, mesmo entre os aficionados, que se têm posicionado contra esta prática de crueldade extrema para com o touro, proibida em todo o país e que não se reveste, nas nossas ilhas, de qualquer caráter cultural, tradicional ou identitário. Acrescente-se que, a verificar-se, se trataria da quarta tentativa de legalização desta variante tauromáquica, tendo sido rejeitada, na ALRAA em 2009 por parcos dois votos.

Somos todos Açores e, numa altura de forte aposta no Turismo Sustentável, no Turismo de Natureza, assente sobretudo no respeito ambiental e na estreita e harmoniosa ligação do Homem com a Terra e com o Mar, não consideramos compreensível esta pretensão, que remete para uma forma de sofrimento animal que não é admissível nos dias que correm, e que mancharia, cá dentro e para quem nos visita, a imagem dos Açores – abrindo, além do mais, gravíssimas fendas na sociedade açoriana, que se quer coesa e unida. 

Somos todos Açores. Estas nove ilhas do verde e das águas límpidas, das belezas naturais e da comunhão com a Natureza, não merecem isto. Não merecem ficar conotados com uma nova forma de crueldade animal. Não merecem a mancha social e política que a legalização de uma prática deste teor traria para todo o arquipélago.

Porque somos todos Açores, e independentemente de a suposta iniciativa parlamentar chegar ou não à Assembleia Legislativa Da Região Autónoma dos Açores, manifestamo-nos CONTRA a legalização da Sorte de Varas nos Açores.

Subscritores:  

Adelino Manuel de Jesus Lourenço Ferreira, reformado bancário; Albano Gomes, professor; Alexandra Manes, Aj. Educação Especialista e ex-deputada à ALRAA; Alexandre Miguel André, professor; Alexandre Pascoal, gestor cultural; Alexandre Wragg Freitas, investigador; Álvaro de Miranda, professor universitário aposentado; Amélia Pires, trabalhadora sindical; Ana Brum, encenadora; Ana Isabel Newton da Fonseca do Canto e Castro, professora aposentada; Ana Luísa Sarroeira dos Santos, professora; Ana Margarida de Medeiros Henrique, turismo/ agricultura regenerativa; Ana Maria Cabral Goulart Reis,  artista plástica e doméstica; Ana Maria Nogueira dos Santos Loura, engenheira aposentada; Ana Monteiro, instrutora de mergulho; Ana Monteiro, radiologista; Ana Paiva, professora; Ana Paula Fagundes Alves, assistente técnico; Ana Proença, funcionária pública; Ana Teresa Baía Simões, desenhadora; Ana Teresa Rocha Alves, técnica de estatísticas, aposentada; Ana Sofia da Silva Lourenço Ferreira, guia turística; Ana Tavares, intérprete FR/EN; Ana Veiga, assistente de cabeleireiro; André Martins, arquiteto; André Nicolau, professor; André Silveira, empresário; Andrea Giusti, investigador; Aníbal C. Pires, professor aposentado; Aníbal Raposo, cantautor; António Fonseca, funcionário administrativo; António Henrique Ramos Correia, pintor/artes plásticas; António José do Nascimento Dinis Pereira, oficial de operações de socorro; António Neves, engenheiro e poeta; António Rego, reformado; António Salgado Almeida, médico; Armando Frade, delegado comercial; Armando Meireles Monteiro, bancário reformado; Avelina Dutra Cota, educadora de infância;Avelina Ferreira, professora reformada; Basílio Narciso de Sousa, reformado; Beatriz da Conceição Leite de Castro, professora; Bernardette Filomena de Oliveira, professora reformada; Bernardo Peixoto, terapeuta ocupacional; Bianca Mendes, fisioterapeuta; Carla Alexandra Ramos da Silva Nunes, professora; Cacilda Medeiros, reformada; Carla Garcia, educadora social; Carlos Raposo, aposentado; Carlota Pereira Cordeiro, notária estagiária; Carlos Bessa, escritor e professor; Carlos Enes, reformado; Carlos Pinto, professor; Carlos Ribeiro, professor universitário aposentado; Carmélio Manuel Dias Rodrigues, reformado; Carmen Sosa, reformada; Catarina Hermengarda da Silva Faustino de Andrade, encarregada de loja; Catarina Pires, professora; Catarina Rosa dos Santos Mourato Conceição, bióloga; Catia Benedetti, professora e tradutora;  Célia Gens, professora; Célia Otelinda Borges Pereira, diretora técnica; César Augusto dos Santos Pereira Silveira Terra, enfermeiro; Chrys Chrystello, jornalista australiano (MEEA); Cláudio Gomes, físico teórico e investigador universitário; Conceição Mendonça, professora aposentada; Conceição Tibúrcio, reformada dos CTT; Daniel Henrique Pena Antunes, guia turístico; Daniel Louro, músico e professor; Daniela Silveira, Produtora cultural; Daura Rita Souto Maior, médica aposentada; David Barcelos, informático; David M. Santos, biólogo; Diogo Caetano, Geólogo; Duarte Goulart Reis, bancário reformado; Duarte Manuel Espírito Santo Melo, padre católico; Elsa Bettencourt, poeta e ilustradora; Elsa Ferreira, Técnica Superior de Reinserção Social; Ema Leonor Custódio Correia Miranda; Emanuel Jorge Botelho, escritor; Emanuel Jorge Rocha Machado, aposentado; Eva Melo Cunha de Almeida Lima, técnica superior de ambiente; Fabíola Sabino Gil, funcionária pública; Fátima Jacob, professora; Fernanda Mendes, psiquiatra; Fernando Vicente, professor; Filipe Alexandre Tavares Leite, professor; Filipa Leite, farmacêutica hospitalar; Filipe Gomes, Piloto de barra; Filipe Machado Tavares, produtor, cineasta, diretor artístico e presidente da ARTAC; Filomena Dutra Bacalhau, funcionária pública; Filomena de Fátima Rocha Tavarela Ferreira, atriz; Francisca Rocha, técnica superior de saúde; Francisco Manuel Serra Nunes, oficial de justiça; Francisco Lopes, arquiteto; Francisco Maciel de Freitas, estudante de Medicina Veterinária; Francisco Rego, professor reformado; Francisco Rosas, realizador e produtor; Frederico Cabral, farmacêutico; Gabriela Mota Vieira, enfermeira aposentada; Georges Piotet, politólogo; Guilherme Lemos Gambier Machado, professor; Graça Silva, técnica superior; Gui Pinto Costa, professor; Gui Menezes, investigador principal da UAc; Guilherme António Toledo Ornelas Bruges, operador de assistência em escala; Guilherme Henrique Ávila Parreira, técnico de colheitas; Gustavo Adolfo de Sousa Rodrigues Fernandes, engenheiro informático; Helena da Conceição Costa de Brito, técnica superior; Helena Medeiros, professora; Helena Melo Medeiros, professora; Henrique Levy, poeta e ficcionista; Helena Maria Massa Flor Franco Carreiro, professora; Henrique Ramos, consultor economia do mar; Herberto Gomes, jornalista; Ildeberto Rocha, radialista e diretor da Rádio Voz dos Açores; Inês Fontes de Meneses, técnica de apoio psicossocial; Hugo Bettencourt, educador de infância; Humberta Brites Dias Jerónimo Araújo, reformada da NAV; Igor Tavares de Melo Espínola de França, arquiteto; Isabel Alexandrina Lemos Gambier Machado, designer gráfica; Isabel Arezes, professora;  Isabel Ferreira, jornalista; Isabel Maria Paiva Pinheiro de Magalhães, conservadora/notária aposentada; Isabel Melo de França de Araújo e Abreu, executiva de marketing; Luísa Mota Vieira, bióloga, geneticista e investigadora; Izabel Armas, agrónoma; Jéssica Pacheco, enfermeira; João Cardoso, assistente científico; João Domingos Marques Araújo, professor; João Freitas, professor; João Mota Vieira, engenheiro; João Paulo Marques Rosa, notário; João Pedro Costa, designer gráfico; João Pedro Leonardo, músico/compositor; João Pires, OOV; João R. Pires Marques, designer gráfico; Joana Augusto Gil Morais Sarmento, engenheira do ambiente; Joana Melo Ávila, consultora de marketing; Joana Traveira Madeira da Silva Fernandes, artista e empresária; Janete Encarnação Alves Chaves Viana, educadora de infância; Jorge Manuel Figueiredo Ventura, Presidente do Clube Naval de Lajes das Flores; José Almeida, reformado da marinha; José António Contente, professor universitário reformado; José Artur Jácome Corrêa, Reformado da SATA e Presidente da Mesa da Assembleia Geral, do Lar Luís Soares de Sousa; José Bettencourt Costa e Silva, eletricista; Joaquim Melo, investigador; José Decq Mota, antigo deputado regional, antigo coordenador do PCP/Açores e antigo dirigente do associativismo desportivo náutico; José Fernando Borges Mendonça, Chefe dos serviços de contabilidade USFORAZ, aposentado; José Guilherme Teixeira Machado, reformado; José Luís Pereira Santos Gonçalves Neto, arqueólogo; Josefa Bettencourt, educadora de infância; Jéssica Nunes, designer gráfica; José Manuel N. Azevedo, docente universitário aposentado; José Manuel Santos Narciso, jornalista; José Maria Mendonça de Freitas, engenheiro zootécnico; José Maria T. Dias, professor reformado; José Pedro Medeiros, bancário; José Sampaio, reformado; Judite Barros, professora; Juliana Oliveira de Matos, farmacêutica hospitalar; Laura Alves, investigadora; Laura Quinteiro Brasil, cineasta; Lisandra de Fátima Ormonde Sousa Meneses, ajudante de educação; Lizuarte Manuel Machado, Comandante da Marinha Mercante; Leonor Sampaio da Silva, professora universitária; Lorena Correia Botelho, professora aposentada; Lorena de Medeiros Ataíde Freitas, professora aposentada; Lúcia Oliveira Ventura, professora; Lucília Maria Caldeira de Agrela, professora; Luis Filipe Ruas Madeira de Vasconcelos Franco, artista plástico; Luís Melo, engenheiro eletrotécnico; Luís Manuel Amorim Cordeiro, empresário; Luís Miguel dos Santos Almeida, professor; Luís Noronha Botelho, professor aposentado; Luísa Cordeiro, professora; Luísa Linhares, professora aposentada; Luísa Madaleno, educadora de infância; Luísa Madruga, economista; Luísa Ribeiro, funcionária pública e poeta; Manuel Campos, reformado; Marco Varela, operário; Madalena Ávila Rego da Silva, poeta e declamadora de poesia; Manuel Urbano Bettencourt Machado, professor aposentado; Marco António Domingues Teixeira, professor universitário; Maria Alexandra Terra, enfermeira; Maria Antónia Fraga, professora aposentada; Maria Assunção Tavares Peixoto, reformada; Maria Bárbara Dias Loução, professora; Maria do Carmo Barreto, professora universitária; Maria do Céu Barroca de Brito, professora aposentada; Maria da Conceição Leal, socióloga; Maria da Conceição Pereira, pensionista; Maria Cristina Baltazar Chau, professora; Maria Emanuel Albergaria, mediadora cultural; Maria de Fátima Bulhões Gago da Câmara, professora aposentada; Maria Francisca Melo de França de Araújo e Abreu, analytical consultant; Maria Gabriela Câmara de Freitas Silva, professora reformada e ex-deputada na ALRAA; Maria Graciosa Pedra, médica dentista; Maria Inês Vargas, docente reformada; Maria João Vieira, professora; Maria de Lurdes de Meneses Cabral, Técnica Superior; Maria Madalena Pires, aposentada; Maria Manuela Martins Rabacal Gonçalves Ponte, docente; Maria Narcisa Lemos Gambier Machado, designer; Maria do Natal Batista de Lemos Machado, reformada; Maria da Natividade Mendonça de Freitas Reis, educadora de infância; Maria Paula da Silva Amaral, bancária, reformada; Maria Regina de Freitas Silva Meireles Monteiro, tesoureira de finanças reformada; Maria do Rosário da Silva Ferreira, professora; Maria Teresa Brito, reformada; Maria Teresa Ferreira, bióloga; Maria Teresa Maldonado Covas de Sousa Conceição, professora universitária; Mariana Freitas Reis, médica; Mariana Caçador Morais Sarmento de Melo, desempregada; Marília Santarém, economista; Marília Teixeira, médica; Mário Abrantes, Engenheiro Silvicultor; Mário Belo Maciel, professor; Mário Jorge Nunes, arquiteto; Mário Roberto Sousa Carvalho, artista; Mário Sousa, ator; Margarida Vitória Fonseca, professora; Marlisa Furtado, gestora comercial; Marta Assis Ferreira Silva, professora; Marta Couto, Solicitadora e ex-deputada a ALRAA e dirigente associativa da área ambiental e social; Marta Fernandes Louro Parreira Cruz, Filóloga; Maurício Pereira, designer; M I Neves, psicólogo; Miguel Ângelo Cardoso Rodrigues, caixeiro; Miguel António Silveira Almeida, trabalhador independente/agricultor;  Mika Raposo, aposentada; Miriam Rego, professora; Nair Alexandra, investigadora; Natália Correia, professora; Nelson José da Silveira Pimentel, prof. assistente operacional; Nuno Alexandre Silveira Mendonça, TSDT-Radiologia; Nuno Costa, vigilante; Orlando Guerreiro, professor; Paula Decq Mota, professora; Paula Oliveira, bancária; Paula Rosa Vieira Cabral, professora; Paula Santos, técnica administrativa; Paula Serafina Ribeiro dos Santos, técnica administrativa; Paula Sousa Lima, professora e escritora; Paulo Bettencourt Lemos, programador informático; Paulo Matos, professor; Paulo Alexandre Almeida dos Reis, engenheiro zootécnico; Pedro Gouveia, profissional liberal; Paulo Lopes Lobão, reformado; Paulo Mendes, psicólogo e ex-deputado à ALRAA; Paulo Pacheco Santos, advogado; Pedro Leite Pacheco, professor reformado/agricultor; Pedro Neves, Deputado na ALRAA; Pedro Pacheco, criador de conteúdos digitais; Pedro Perpétuo, engenheiro mecânico; Raquel Moreiras, Intérprete e Tradutora PT/EN Freelance; Raquel Raposo, atriz, produtora, diretora de cena e educadora artística; Raquel Valadão, Chef; Raquel Viveiros, animadora sociocultural; R. Augusto Marreiros M, magistrado; Regina M. P.T. Tristão da Cunha, aposentada; Renata Correia Botelho, psicóloga; Renato Martins, veterinário; Ricardo Rodrigues, advogado; Rita Costa, bióloga; Rita Mendes, ….; Roberto Resendes, Assistente Técnico da Universidade dos Açores; Rodrigo Gonçalves, arquiteto; Ronaldo Valadão, técnico superior saúde; Rosa Maria Belo Maciel, professora; Rosa Saraiva, Bibliotecária; Rui Lopes, ilustrador; Rui Santos, animador sociocultural; Rui Suzano, Médico; Rui Teixeira, professor; Sandra Aurora Salgueiro Borges Bento Araújo, professora; Sandra Silva Dimas Serpa, professora; Sara Sarroeira, técnica superior de educação especial e reabilitação; Sílvia Fagundes, funcionária pública; Sofia Ávila de Lima, arquiteta e coordenadora da Associação Animais de Rua; Sónia Domingos, professora e técnica de património cultural; Sónia Nicolau, professora; Sónia Passos de Barros Borges de Sousa, administradora; Sónia Soraia Rodrigues Luís, operadora de caixa; Susana Lopes Baltazar, professora; Teófilo Braga, professor reformado; Teresa Lampreão, guia intérprete;  Terry Costa, diretor artístico; Tiago Miranda, advogado; Tiago Resendes, engenheiro do ambiente; Valter Peres, produtor cultural; Vamberto Freitas, crítico literário; Vânia Tavares, professora; Vasco Reis, veterinário;  Victor Medina, professor, aposentado; Vítor Silva, assistente administrativo; Wilson Fagundes, assistente técnico;


Região Autónoma dos Açores, janeiro/fevereiro de 2025



quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

da irrelevância

imagem retirada da internet
    A 20 de janeiro de 2025 tomou posse o presidente eleito dos Estados Unidos e, no mesmo dia, tomou decisões, através de ordens executivas, que chocaram os mais incrédulos, como por exemplo a deportação de milhares de imigrantes que viviam e trabalhavam no país sem a sua situação regularizada, embora esta prática não seja uma novidade, ao que sei foi nos mandatos de Barack Obama que mais imigrantes foram deportados, estima-se que tenha atingido o número de 3 milhões de deportações é, contudo, justo que se diga que no segundo mandato a administração Obama tenha produzido algumas alterações nas políticas migratórias, mormente no que concerne à obtenção de vistos, renováveis, de residência e de trabalho, por dois anos, aos que chegaram aos Estados Unidos de forma irregular quando crianças, “Deferred Action for Childhood Arrivals” (DACA). Esta medida, como se percebe, não garantia e cidadania e o seu efeito era, no essencial, uma forma de adiar a deportação por algum tempo (2 anos). A forma como Donald Trump abordou a questão e o circo que montou, para consumo interno, leva à sua condenação imediata por quem ainda possui uma réstia de humanidade, mas quanto aos efeitos práticos eles pouco, ou nada, diferem de outros administradores da Casa Branca no que às políticas migratórias diz respeito e só não mereceram a mesma condenação por não serem divulgados, nos moldes, em que agora foi feito.

    As ordens executivas, para que se entenda um pouco da “democracia” estado-unidense, só podem ser assinadas pelo presidente se decorrerem dos poderes constitucionais que a constituição lhe atribui, ou se tiverem como base leis aprovadas anteriormente pelo Congresso. Ainda assim as ordens executivas podem ser contestadas se o entendimento for de que o presidente ultrapassou essas bases legais, ou os poderes que lhe estão atribuídos, aliás como já se passou com a questão da nacionalidade. Apesar do presidente dos Estados Unidos ter “decretado” o fim do “jus solis”, princípio que consiste na atribuição da nacionalidade de acordo com o lugar do nascimento, ou seja, é cidadão estado-unidense qualquer cidadão nascido em território dos Estados Unidos, mas, como dizia, apesar de Donald Trump ter decretado o fim deste princípio ele foi invalidado tendo por base a 14.ª emenda (1868). O entendimento legal e político nos Estados Unidos é que o fim do “jus solis” só é possível com uma alteração constitucional e, por outro lado, este ato fere o princípio da separação de poderes que, neste caso, é uma competência do Congresso. Embora Donald Trump tenha manifestado a intenção de acabar com o princípio a Constituição e o poder judicial impedem, de facto, qualquer mudança real.

    Pode até parecer que sou um admirador da democracia estado-unidense, o que não é, obviamente, o caso, aliás durante o ano passado e até às eleições que deram a vitória aos republicanos em conversas com alguns amigos era por vezes entendido como um hipotético apoiante de Donald Trump, isto apenas por criticar a administração de Biden/Kamala e afirmar com alguma convicção, não por simpatia política ou outra, que a vitória seria do candidato republicano. A surpresa foi mesmo os republicanos terem vencido tudo. Com este texto estou, de novo, a correr o risco de ter alguns indefetíveis dos democratas estado-unidenses a acusar-me de estar alinhado com teses que abomino, mas que não me cegam e não podem tornar-se assim como uma espécie de autocensura. Por vezes a argumentação, quando nos querem silenciar, é um pouco assim: estás com a causa palestiniana e condenas o estado sionista! Então és antissemita. Queres uma solução pacífica para o conflito russo-ucraniano e condenas a corrida armamentista defendida pela União Europeia! Então és putinista. Críticas as administrações estado-unidenses, designadamente a de Biden/Kamala, no que concerne às suas responsabilidades diretas da guerra contra a Rússia! Então és trumpista. E outros exemplos poderiam ser enunciados, sendo que este tipo de argumentação tem como objetivo catalogar-te e desacreditar-te pois, tens uma opinião diferente daquela que é veiculada pelo mainstream. Enfim!  

    Como já referi noutras ocasiões, gostando-se ou não se gostando do que Donald Trump é e representa, a verdade é que o povo estado-unidense lhe deu a maioria eleitoral e, será o povo dos Estados Unidos que, em primeira mão vai sofrer os efeitos das suas opções políticas internas e externas, mas também serão os estado-unidenses que o apearão do poder e não será necessária nenhuma ingerência externa, como aliás os Estados Unidos costumam fazer quando, pelo mundo fora, as escolhas populares não são do seu agrado, é da história não é do meu mau feitio.

imagem retirada da internet
    Os efeitos da chegada de Donald Trump e dos seus acólitos ao poder vão sentir-se fora das suas fronteiras, ou melhor já se começaram a sentir, desde logo com a deplorável deportação de milhares de cidadãos que foram forçados a regressar e cujos países e origem se viram a braços com uma onda de retornos involuntários. Alguns países, como por exemplo o México e a Venezuela, estruturaram serviços de apoio e acolhimento aos seus cidadãos, outros nem tanto, mas quer uns quer outros foram afetados pela “ordem executiva” do presidente da administração estado-unidense. Também internamente esta decisão do novo administrador da Casa Branca teve efeitos negativos e os empresários estado-unidenses da produção agrícola, da construção civil e da distribuição já mostraram o seu desagrado para os perigos económicos de tais políticas. Sabendo-se da importância dos trabalhadores migrantes na economia dos Estados Unidos é bom de ver que passado o “show off” dirigido a um segmento do seu eleitorado, o Donald vai esquecer-se dos migrantes irregulares se é que existem pessoas ilegais numa terra roubada, mas esse é um outro assunto que, por acaso, até devia merecer mais atenção, mas não será hoje, assim como não haverá qualquer menção, a não ser esta, às ameaças de taxação às importações estado-unidenses que já mereceu respostas de alguns dos visados, ou mesmo o fim da USAID que deixou um sentimento de orfandade por esse mundo fora entre os indefetíveis agentes do atlantismo e da ingerência na política interna dos países que trilham rumos soberanos. 

    Quanto às relações externas e ao folclore da mudança de nome do Golfo, que será sempre do México, ou as declarações dobre o canal do Panamá e a Gronelândia que continuarão a ser o que são. Há, no entanto, um aspeto que tem marcado a agenda política que deixou os dirigentes da União Europeia (UE) em estado de choque. Isso mesmo a questão ucraniana e a normalização das relações entre os Estados Unidos e a Rússia. Pois é! Assim mesmo como acabei de escrever e que já há vários meses se adivinhava e vai acontecer com esta administração, como, mais tarde ou mais cedo, aconteceria com qualquer outra administração estado-unidense depois de terem atingido parcialmente os seus objetivos: destruição da Ucrânia e exigência de pagamento do apoio; e, a submissão da UE e o seu, consequente, empobrecimento. Quanto a outros como seja: fragilizar a China; e fragmentar a Federação Russa, antigo, mas sempre atual propósito do chamado “ocidente”, esses saíram completamente gorados.


    Alguns analistas, não alinhados com a propaganda dos Estados Unidos, do Reino Unido e da OTAN e aqui é justo incluir a UE cujos dirigentes papaguearam o discurso “oficial”, vinham alertando para a derrota militar da Ucrânia e para o fim da sua soberania, mas também para a irrelevância da União Europeia na construção de uma solução de paz, mas sobretudo nos perigos para a sua própria economia. E assim está a acontecer, veja-se a Cimeira de Munique, com os líderes da UE a repetirem o mesmo discurso armamentista e russófobo, mas a colocarem-se em bicos de pés para conseguirem um lugar na futura foto de família onde, como se sabe, os lacaios dificilmente têm lugar. A UE desperdiçou todas as oportunidades de ter um papel mediador no conflito, em conjunto com a China, no silenciamento da destruição do “NordStream 2” e foi cúmplice ativa no incumprimento dos acordos de Minsk. A UE auto anulou-se diplomática, política e economicamente, por conseguinte, deixou de ser relevante. A qualidade dos líderes não eleitos da UE, como por exemplo António Costa, Kaja Kallas e Ursula von der Leyn está à vista e o futuro da UE, tal como a conhecemos, está em perigo. Não pelo perigo russo, mas pela cegueira dos seus dirigentes.  

Ponta Delgada, 18 de fevereiro de 2025 

Aníbal C. Pires, In Diário Insular, 19 de fevereiro de 2025

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

dos poderes e do circo

foto Madalena Pires

Excerto de texto para publicação no Diário Insular e, como é habitual, também aqui no blogue momentos.



(...) As ordens executivas, para que se entenda um pouco da “democracia” estado-unidense, só podem ser assinadas pelo presidente se decorrerem dos poderes constitucionais que lhe estão atribuídos, ou se tiverem como base leis aprovadas anteriormente pelo Congresso. Ainda assim as ordens executivas podem ser contestadas se o entendimento for de que o presidente ultrapassou essas bases legais, ou os poderes que lhe estão atribuídos, aliás como já se passou com a questão da nacionalidade. Apesar do presidente dos Estados Unidos ter “decretado” o fim do “jus solis”, princípio que consiste na atribuição da nacionalidade de acordo com o lugar do nascimento, ou seja, é cidadão estado-unidense qualquer cidadão nascido em território dos Estados Unidos, mas, como dizia, apesar de Donald Trump ter decretado o fim deste princípio ele foi invalidado tendo por base a 14.ª emenda (1868). O entendimento legal e político nos Estados Unidos é que o fim do “jus solis” só é possível com uma alteração constitucional e, por outro lado, este ato fere o princípio da separação de poderes que, neste caso, é uma competência do Congresso. Embora Donald Trump tenha manifestado a intenção de acabar com o princípio a Constituição e o poder judicial impedem, de facto, qualquer mudança real. (...)


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

MANIFESTO CONTRA A LEGALIZAÇÃO DA SORTE DE VARAS NOS AÇORES - Lista de subscritores atualizada

Esta publicação tem como objetivo atualizar e divulgar os subscritores que já se juntaram ao “MANIFESTO CONTRA A LEGALIZAÇÃO DA SORTE DE VARAS NOS AÇORES”.

Não dispondo de outros suportes fica aqui no blogue “momentos” e depois será replicado nas “redes sociais”, designadamente no Facebook.

Os interessados em subscrever o manifesto podem fazê-lo declarando na caixa de comentários do blogue ou do Facebook a sua concordância, o nome e a atividade profissional, ou junto de outros subscritores que me farão chegar a informação pois, coube-me a tarefa de manter atualizada a lista de apoiantes desta iniciativa.


MANIFESTO CONTRA A LEGALIZAÇÃO DA SORTE DE VARAS NOS AÇORES

Somos todos Açores e qualquer prática legalizada numa das nossas ilhas implicará a Região no seu todo. Ora, as recentes notícias vindas a público fazem-nos temer que esteja a ser construída uma iniciativa parlamentar, a apresentar à Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA), que visa, uma vez mais, a legalização da chamada “Sorte de Varas”, ou “Tourada Picada”, na ilha Terceira (o que significa, naturalmente, verter para os Açores o ónus dessa prática que nada tem a ver com a cultura ou tradição açoriana).  
Os cidadãos açorianos já iniciaram um forte movimento de contestação para uma vez mais impedir que se legalize uma prática cruel que, como já referimos, é estranha à ilha Terceira e aos Açores. Muitas são as vozes, de todos os quadrantes da sociedade, mesmo entre os aficionados, que se têm posicionado contra esta prática de crueldade extrema para com o touro, proibida em todo o país e que não se reveste, nas nossas ilhas, de qualquer caráter cultural, tradicional ou identitário. Acrescente-se que, a verificar-se, se trataria da quarta tentativa de legalização desta variante tauromáquica, tendo sido rejeitada, na ALRAA em 2009 por parcos dois votos.
Somos todos Açores e, numa altura de forte aposta no Turismo Sustentável, no Turismo de Natureza, assente sobretudo no respeito ambiental e na estreita e harmoniosa ligação do Homem com a Terra e com o Mar, não consideramos compreensível esta pretensão, que remete para uma forma de sofrimento animal que não é admissível nos dias que correm, e que mancharia, cá dentro e para quem nos visita, a imagem dos Açores – abrindo, além do mais, gravíssimas fendas na sociedade açoriana, que se quer coesa e unida. 
Somos todos Açores. Estas nove ilhas do verde e das águas límpidas, das belezas naturais e da comunhão com a Natureza, não merecem isto. Não merecem ficar conotados com uma nova forma de crueldade animal. Não merecem a mancha social e política que a legalização de uma prática deste teor traria para todo o arquipélago.
Porque somos todos Açores, e independentemente de a suposta iniciativa parlamentar chegar ou não à Assembleia Legislativa Da Região Autónoma dos Açores, manifestamo-nos CONTRA a legalização da Sorte de Varas nos Açores.
Subscritores:  
Adelino Manuel de Jesus Lourenço Ferreira, reformado bancário; Alexandra Manes, Aj. Educação Especialista e ex-deputada à ALRAA; Alexandre Pascoal, gestor cultural; Alexandre Wragg Freitas, investigador; Álvaro de Miranda, professor universitário aposentado; Amélia Pires, trabalhadora sindical; Ana Brum, encenadora; Ana Isabel Newton da Fonseca do Canto e Castro, professora aposentada; Ana Luísa Sarroeira dos Santos, professora; Ana Margarida de Medeiros Henrique, turismo/ agricultura regenerativa; Ana Maria Nogueira dos Santos Loura, engenheira aposentada; Ana Monteiro, instrutora de mergulho; Ana Monteiro, radiologista; Ana Paula Fagundes Alves, assistente técnico; Ana Proença, funcionária pública; Ana Teresa Baía Simões, desenhadora; Ana Teresa Rocha Alves, técnica de estatísticas, aposentada; Ana Sofia da Silva Lourenço Ferreira, guia turística; Ana Tavares, intérprete FR/EN; Ana Veiga, assistente de cabeleireiro; André Martins, arquiteto; André Nicolau, professor; André Silveira, empresário; Andrea Giusti, investigador; Aníbal C. Pires, professor aposentado; Aníbal Raposo, cantautor; António Fonseca, funcionário administrativo; António Henrique Ramos Correia, pintor/artes plásticas; António José do Nascimento Dinis Pereira, oficial de operações de socorro; António Neves, engenheiro e poeta; António Rego, reformado; António Salgado Almeida, médico; Armando Meireles Monteiro, bancário reformado; Avelina Dutra Cota, educadora de infância;Avelina Ferreira, professora reformada; Basílio Narciso de Sousa, reformado; Beatriz da Conceição Leite de Castro, professora; Bernardette Filomena de Oliveira, professora reformada; Bernardo Peixoto, terapeuta ocupacional; Bianca Mendes, fisioterapeuta; Carla Alexandra Ramos da Silva Nunes, professora; Cacilda Medeiros, reformada; Carla Garcia, educadora social; Carlos Raposo, aposentado; Carlota Pereira Cordeiro, notária estagiária; Carlos Bessa, escritor e professor; Carlos Enes, reformado; Carlos Pinto, professor; Carlos Ribeiro, professor universitário aposentado; Carmélio Manuel Dias Rodrigues, reformado; Catarina Hermengarda da Silva Faustino de Andrade, encarregada de loja; Catarina Pires, professora; Catarina Rosa dos Santos Mourato Conceição, bióloga; Catia Benedetti, professora e tradutora;  Célia Gens, professora; Célia Otelinda Borges Pereira, diretora técnica; César Augusto dos Santos Pereira Silveira Terra, enfermeiro; Chrys Chrystello, jornalista australiano (MEEA); Cláudio Gomes, físico teórico e investigador universitário; Conceição Mendonça, professora aposentada; Conceição Tibúrcio, reformada dos CTT; Daniel Henrique Pena Antunes, guia turístico; Daniel Louro, músico e professor; Daniela Silveira, Produtora cultural; Daura Rita Souto Maior, médica aposentada; David Barcelos, informático; David M. Santos, biólogo; Diogo Caetano, Geólogo; Duarte Manuel Espírito Santo Melo, padre católico; Elsa Bettencourt, poeta e ilustradora; Elsa Ferreira, Técnica Superior de Reinserção Social; Ema Leonor Custódio Correia Miranda; Emanuel Jorge Botelho, escritor; Eva Melo Cunha de Almeida Lima, técnica superior de ambiente; Fabíola Sabino Gil, funcionária pública; Fátima Jacob, professora; Fernando Vicente, professor; Filipe Alexandre Tavares Leite, professor; Filipa Leite, farmacêutica hospitalar; Filipe Gomes, Piloto de barra; Filipe Machado Tavares, produtor, cineasta, diretor artístico e presidente da ARTAC; Filomena Dutra Bacalhau, funcionária pública; Filomena de Fátima Rocha Tavarela Ferreira, atriz; Francisca Rocha, técnica superior de saúde; Francisco Manuel Serra Nunes, oficial de justiça; Francisco Lopes, arquiteto; Francisco Maciel de Freitas, estudante de Medicina Veterinária Francisco Rosas, realizador e produtor; Frederico Cabral, farmacêutico; Gabriela Mota Vieira, enfermeira aposentada; Georges Piotet, politólogo; Guilherme Lemos Gambier Machado, professor; Graça Silva, técnica superior; Gui Pinto Costa, professor; Gui Menezes, investigador principal da UAc; Guilherme António Toledo Ornelas Bruges, operador de assistência em escala; Guilherme Henrique Ávila Parreira, técnico de colheitas; Gustavo Adolfo de Sousa Rodrigues Fernandes, engenheiro informático; Helena Medeiros, professora; Helena Melo Medeiros, professora; Henrique Levy, poeta e ficcionista; Helena Maria Massa Flor Franco Carreiro, professora; Henrique Ramos, consultor economia do mar; Herberto Gomes, jornalista; Ildeberto Rocha, radialista e diretor da Rádio Voz dos Açores; Inês Fontes de Meneses, técnica de apoio psicossocial; Hugo Bettencourt, educador de infância; Humberta Brites Dias Jerónimo Araújo, reformada da NAV; Igor Tavares de Melo Espínola de França, arquiteto; Isabel Alexandrina Lemos Gambier Machado, designer gráfica; Isabel Arezes, professora;  Isabel Maria Paiva Pinheiro de Magalhães, conservadora/notária aposentada; Isabel Melo de França de Araújo e Abreu, executiva de marketing; Luísa Mota Vieira, bióloga, geneticista e investigadora; Izabel Armas, agrónoma; João Cardoso, assistente científico; João Domingos Marques Araújo, professor; João Mota Vieira, engenheiro; João Paulo Marques Rosa, notário; João Pedro Costa, designer gráfico; João Pedro Leonardo, músico/compositor; João R. Pires Marques, designer gráfico; Joana Augusto Gil Morais Sarmento, engenheira do ambiente; Joana Melo Ávila, consultora de marketing; Joana Traveira Madeira da Silva Fernandes, artista e empresária; Janete Encarnação Alves Chaves Viana, educadora de infância; Jorge Manuel Figueiredo Ventura, Presidente do Clube Naval de Lajes das Flores; José Almeida, reformado da marinha; José António Contente, professor universitário reformado; José Artur Jácome Corrêa, Reformado da SATA e Presidente da Mesa da Assembleia Geral, do Lar Luís Soares de Sousa; José Bettencourt Costa e Silva, eletricista; Joaquim Melo, investigador; José Decq Mota, antigo deputado regional, antigo coordenador do PCP/Açores e antigo dirigente do associativismo desportivo náutico; José Fernando Borges Mendonça, Chefe dos serviços de contabilidade USFORAZ, aposentado; José Guilherme Teixeira Machado, reformado; José Luís Pereira Santos Gonçalves Neto, arqueólogo; Josefa Bettencourt, educadora de infância; Jéssica Nunes, designer gráfica; José Manuel N. Azevedo, docente universitário aposentado; José Manuel Santos Narciso, jornalista; José Maria Mendonça de Freitas, engenheiro zootécnico; José Pedro Medeiros, bancário; Judite Barros, professora; Juliana Oliveira de Matos, farmacêutica hospitalar; Laura Alves, investigadora; Laura Quinteiro Brasil, cineasta; Lisandra de Fátima Ormonde Sousa Meneses, ajudante de educação; Lizuarte Manuel Machado, Comandante da Marinha Mercante; Leonor Sampaio da Silva, professora universitária; Lorena Correia Botelho, professora aposentada; Lorena de Medeiros Ataíde Freitas, professora aposentada; Lúcia Oliveira Ventura, professora; Lucília Maria Caldeira de Agrela, professora; Luis Filipe Ruas Madeira de Vasconcelos Franco, artista plástico; Luís Manuel Amorim Cordeiro, reformado; Luís Miguel dos Santos Almeida, professor; Luís Noronha Botelho, professor aposentado; Luísa Linhares, professora aposentada; Luísa Madaleno, educadora de infância; Luísa Madruga, economista; Luísa Ribeiro, funcionária pública e poeta; Marco Varela, operário; Madalena Ávila Rego da Silva, poeta e declamadora de poesia; Manuel Urbano Bettencourt Machado, professor aposentado; Maria Alexandra Terra, enfermeira; Maria Antónia Fraga, professora aposentada; Maria Assunção Tavares Peixoto, reformada; Maria Bárbara Dias Loução, professora; Maria do Carmo Barreto, professora universitária; Maria do Céu Barroca de Brito, professora aposentada; Maria da Conceição Leal, socióloga; Maria da Conceição Pereira, pensionista; Maria Cristina Baltazar Chau, professora; Maria Emanuel Albergaria, mediadora cultural; Maria de Fátima Bulhões Gago da Câmara, professora aposentada; Maria Francisca Melo de França de Araújo e Abreu, analytical consultant; Maria Gabriela Câmara de Freitas Silva, professora reformada e ex-deputada na ALRAA; Maria Graciosa Pedra, médica dentista; Maria Inês Vargas, docente reformada; Maria João Vieira, professora; Maria de Lurdes de Meneses Cabral, Técnica Superior; Maria Madalena Pires, aposentada; Maria Manuela Martins Rabacal Gonçalves Ponte, docente; Maria Narcisa Lemos Gambier Machado, designer; Maria do Natal Batista de Lemos Machado, reformada; Maria da Natividade Mendonça de Freitas Reis, educadora de infância; Maria Paula da Silva Amaral, bancária, reformada; Maria Regina de Freitas Silva Meireles Monteiro, tesoureira de finanças reformada; Maria do Rosário da Silva Ferreira, professora; Maria Teresa Ferreira, bióloga; Mariana Freitas Reis, médica; Mariana Caçador Morais Sarmento de Melo, desempregada; Marília Teixeira, médica; Mário Abrantes, Engenheiro Silvicultor; Mário Belo Maciel, professor; Mário Jorge Nunes, arquiteto; Mário Roberto Sousa Carvalho, artista; Margarida Vitória Fonseca, professora; Marlisa Furtado, gestora comercial; Marta Assis Ferreira Silva, professora; Marta Couto, Solicitadora e ex-deputada a ALRAA e dirigente associativa da área ambiental e social; Marta Fernandes Louro Parreira Cruz, Filóloga; M I Neves, psicólogo; Miguel Ângelo Cardoso Rodrigues, caixeiro; Miriam Rego, professora; Nair Alexandra, investigadora; Natália Correia, professora; Nelson José da Silveira Pimentel, prof. assistente operacional; Nuno Alexandre Silveira Mendonça, TSDT-Radiologia; Paula Decq Mota, professora; Paula Oliveira, bancária; Paula Rosa Vieira Cabral, professora; Paula Sousa Lima, professora e escritora; Paulo Bettencourt Lemos, programador informático; Paulo Matos, professor; Paulo Alexandre Almeida dos Reis, engenheiro zootécnico; Paulo Lopes Lobão, reformado; Paulo Mendes, psicólogo e ex-deputado à ALRAA; Paulo Pacheco Santos, advogado; Pedro Leite Pacheco, professor reformado/agricultor; Pedro Neves, Deputado na ALRAA; Pedro Pacheco, criador de conteúdos digitais; Pedro Perpétuo, engenheiro mecânico; Raquel Raposo, atriz, produtora, diretora de cena e educadora artística; Raquel Valadão, Chef; Raquel Viveiros, animadora sociocultural; R. Augusto Marreiros M, magistrado; Regina M. P.T. Tristão da Cunha, aposentada; Renata Correia Botelho, psicóloga; Renato Martins, veterinário; Ricardo Rodrigues, advogado; Rita Costa, bióloga; Roberto Resendes, Assistente Técnico da Universidade dos Açores; Rodrigo Gonçalves, arquiteto; Ronaldo Valadão, técnico superior saúde; Rosa Maria Belo Maciel, professora; Rosa Saraiva, Bibliotecária; Rui Lopes, ilustrador; Rui Santos, animador sociocultural; Rui Suzano, Médico; Rui Teixeira, professor; Sandra Aurora Salgueiro Borges Bento Araújo, professora; Sandra Silva Dimas Serpa, professora; Sara Sarroeira, técnica superior de educação especial e reabilitação; Sílvia Fagundes, funcionária pública; Sofia Ávila de Lima, arquiteta e coordenadora da Associação Animais de Rua; Sónia Domingos, professora e técnica de património cultural; Sónia Nicolau, professora; Sónia Passos de Barros Borges de Sousa, administradora; Sónia Soraia Rodrigues Luís, operadora de caixa; Susana Lopes Baltazar, professora; Teófilo Braga, professor reformado; Teresa Lampreão, guia intérprete;  Terry Costa, diretor artístico; Tiago Miranda, advogado; Tiago Resendes, engenheiro do ambiente; Valter Peres, produtor cultural; Vamberto Freitas, crítico literário; Vânia Tavares, professora;  Victor Medina, professor, aposentado; Vítor Silva, assistente administrativo; Wilson Fagundes, assistente técnico;

Região Autónoma dos Açores, janeiro/fevereiro de 2025