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quinta-feira, 12 de abril de 2018

#letsrunazores representado no trail da Gardunha





A Madalena Pires vai representar o #letsrunazores no Trilho da Gardunha. A prova realiza-se no próximo sábado, dia 14 de Abril, sendo a partida pelas 9h 30mn (hora do continente).
À Madalena, por “picos” de motivos desejo uma excelente prova e, sobretudo, que esta beirã de nascimento e açoriana de coração possa chegar ao fim com a alegria de concluir mais uma etapa de superação. A idade é apenas um número.




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Esta prova tem para a Madalena um significado especial. Vai calcorrear as encostas da serra à sombra da qual nasceram os seus pais.
Sobre a Serra da Gardunha e os seus encantos e recantos muito há para dizer, mas mais do que palavras a Gardunha tem de se sentir e amar. Quando puderem visitem a ajudem a preservar o património paisagístico e imaterial que à sua volta foi sendo construído.

A prova:

O percurso do Trilhos tem 23.7km e 1200m de desnível positivo, após a partida em Louriçal do Campo sobe em direção ao ponto mais alto da Serra e do Concelho de Castelo Branco, 1227m.
A primeira subida e todo o restante trajeto até ao primeiro abastecimento é bastante exigente.
Após este abastecimento, os atletas terão uma descida alucinante por entre rochas e estevas, passando na Nascente do Fontanheiro antes do segundo abastecimento e posteriormente percorrerão as margens da nascente do Rio Ocreza.

domingo, 18 de junho de 2017

...da utilidade da floresta

Aníbal C. Pires (S. Miguel, 2017) by Madalena Pires





Um trecho do texto que será publicado, já amanhã, na imprensa regional e também neste blogue






(...) Nasci no interior continental, o pinhal predominava e à sua volta uma economia florescente. Extração de resina e produção de madeira. As matas estavam limpas devido ao uso da floresta e às populações que retiravam dos pinhais as pinhas, os ramos secos e a caruma que utilizavam nas lareiras, fogões a lenha e nos fornos, por outro lado a atividade agrícola evitava, também, que o território fosse destinado apenas à monocultura da floresta. Tudo isso acabou. As florestas são de eucalipto para alimentar a indústria do papel e não há quem limpe a floresta porque já não se cozinha nos fogões de lenha, ninguém se aquece à lareira e os fornos de lenha só são utilizados lá de vez em quando. (...)

sábado, 17 de junho de 2017

Superar preconceitos

Do arquivo pessoal
Daqui a uma semana completa 58 anos. É esposa, é mãe e avó. Iniciou-se à cerca de um ano no trailrun. Até hoje só tinha participado na S. Silvestre de Ponta Delgada e na S. Silvestre da Amadora, nas suas edições de 2016.
Hoje, pela primeira vez, participou numa prova oficial de trailrun, o ecologic, na Ribeira Grande, ilha de S. Miguel. Ilha onde escolheu viver há 34 anos, porque se apaixonou por ela, por esta ilha saturada de matizes de verde abraçada pelo imenso Atlântico. Consigo já trazia outras paixões que manteve e cultiva.
Fez uma prova magnífica classificando-se em primeiro lugar no escalão (femininos mais de 55 anos). Foi uma prova dura que, no caso dela, durou 4h e 42mn. A classificação geral e a classificação feminina que obteve foram, igualmente, excelentes.



Do arquivo pessoal
Não corre pela competição, mas pelo prazer de correr e por todas as vantagens que daí decorrem para o seu bem-estar físico e psicológico.
Mas para além do prazer e dos benefícios que a própria retira desta atividade, fica o exemplo da mulher, esposa, mãe e avó, que não se deixa manietar pelos anos, pela condição feminina, ou um outro qualquer preconceito que amarra as mulheres com mais de 50 anos a estilos de vida, tantas vezes, ancorados em argumentos que mais não pretendem do que perpetuar velhos e castradores estereótipos.
O exemplo da Madalena não é único é, apenas, um de entre outros, mas nem por isso deixa de ser valioso.

Aníbal C. Pires, Ponta Delgada, 17 de Junho de 2017