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domingo, 20 de janeiro de 2013

Pelos 40 anos da morte de Amílcar Cabral

Passam hoje 40 sobre a morte de Amílcar Cabral. Na coluna da esquerda do "momentos" Amílcar é todos os dias recordado e homenageado mas o "momentos" não podia deixar de assinalar este dia, como já o fez anteriormente, aqui e aqui.
Não vou dissertar sobre a inegável a importância de Amílcar Cabral para a luta de independência dos povos africanos, nem dos seus contributos e pensamento para a revolução.
Deixo-vos, como fiz à um ano atrás, um poema de Amílcar.

ROSA NEGRA

Rosa,
Chamam-te Rosa, minha preta formosa
E na tua negrura
Teus dentes se mostram sorrindo.

Teu corpo baloiça, caminhas dançando,
Minha preta formosa, lasciva e ridente
Vais cheia de vida, vais cheia de esperanças
Em teu corpo correndo a seiva da vida
Tuas carnes gritando
E teus lábios sorrindo...

Mas temo tua sorte na vida que vives,
Na vida que temos...
Amanhã terás filhos, minha preta formosa
E varizes nas pernas e dores no corpo;
Minha preta formosa já não serás Rosa,
Serás uma negra sem vida e sofrente
Ser’as uma negra
E eu temo a tua sorte!

Minha preta formosa não temo a tua sorte,
Que a vida que vives não tarda findar...
Minha preta formosa, amanhã terás filhos
Mas também amanhã...
... amanhã terás vida!

Amílcar Cabral

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

39 anos da morte de Amílcar Cabral

“La muerte no es verdade cuando se ha cumplido bien la obra de la vida” – José Martí

Passam hoje 39 anos sobre a morte de Amílcar Cabral. O “momentos” tem vindo a fazer alguns registos sobre Amílcar e outra personalidades que pela sua vida de luta dedicada aos povos, á sua independência e à construção de uma sociedade mais justa.













Para assinalar esta data deixo-vos um poema de Amílcar Cabral.

ILHA

Tu vives - mãe adormecida-
nua e esquecida,
seca,
fustigada pelos ventos,
ao som das músicas sem música
das águas que nos prende

Ilha:
teus montes e teus vales
não sentiram passar os tempos
e ficaram no mundo dos teus sonhos
- os sonhos dos teus filhos -
a clamar aos ventos que passam,
e às aves que voam, livres,
as tuas ânsias!


Ilha:
colina sem fim de terra vermelha
- terra dura -
rochas escarpadas tapando os horizontes,
mas aos quatro ventos prendendo as nossas ânsias!


Amílcar Cabral

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Amílcar Cabral


Passam hoje 38 anos sobre a morte de Amílcar Cabral. O "momentos" assinala esta efeméride prestando assim tributo ao líder que conduziu a luta armada, para a qual foi empurrado - quem fecha as portas à revolução pacífica abre as portas à revolução violenta - pela independência da Guiné e Cabo Verde.
Os caminhos do pós independência foram diversos para estes dois países para os quais Amílcar sonhava paz, prosperidade e justiça social e económica. Os herdeiros políticos de Amílcar Cabral destruíram quer em Cabo Verde, ainda que em menor grau, quer na Guiné Bissau, o seu projecto político e defraudam a cada dia o sonho e a utopia que mobilizou aqueles povos para se libertarem do colonialismo português.