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sábado, junho 14, 2014

Muitas...

... vezes, quando olho o horizonte a partir da minha janela num final de tarde, chego à conclusão que o mundo que nos rodeia tem a capacidade de nos surpreender a cada dia. Surgem-nos, como uma sequência compassada, pontes que necessitamos de atravessar. Algumas delas são pontes bem sustentadas, qual Ponte sobre o Tejo. Que podemos transpor sem dificuldades de maior e sem receio de que o tabuleiro debaixo de nós nos fuja debaixo dos pés qual castelo de cartas a desmoronar-se.

Mas nem todas as pontes são assim...

Quantas vezes nos deparamos com verdadeiros fios de equilibrista que ligam os dois lados de um desfiladeiro perdido na cordilheira dos Andes. Quantas vezes as pontes que surgem diante de nós não se assemelham a um ponta retirada directamente de um filme do Indiana Jones...

Mas não é por isso que vamos recuar...

Pontes. Montanhas. Oceanos... Surgem nas nossas vidas para serem atravessados, transpostos. Com a garra que consigamos retirar do mais fundo de nós. Com a força que julgamos não existir na nossa pessoa. Estão lá para nos testar e nos mostrar quem está do nosso lado para nos dar a mão e atravessar connosco. 

E estas pontes podem surgir como verdadeiras surpresas das relações interpessoais... Para o bem e para o mal...

sábado, abril 05, 2014

Saudades...

... Saudades é do que trata este post. Saudades mas também de conquistas, de sonhos e de desejos. 

Eu adoro escrever. Simplesmente adoro! Não consigo explicar muito bem porquê nem quando surgiu este meu gosto mas gosto. E muito! E essa foi talvez a principal razão que me levou a criar este blog no ido ano de 2005 (ui... até parece que já foi há cem anos atrás!). E lá tem sobrevivido este blog ao longo dos anos, umas vezes com mais textos escritos, outras vezes nem tanto. Mas nunca tive a vontade de deixar de o ter, de fechar o blog ou de deixar de escrever. Ainda que possa levar algum tempo sem o fazer tão regularmente como em outras alturas...

Estes últimos tempos têm sido daqueles em que tenho andado mais afastada daqui do blog... O que não significa que a vontade de escrever tenha desaparecido. Antes pelo contrário! A questão é que, quando a nossa vida entra num verdadeiro turbilhão de mudanças, existem coisas que vão tendo de ficar em stand by e às quais somos obrigados a dedicar menos tempo do que aquele que gostaríamos verdadeiramente. E aqui o blog é, infelizmente, uma dessas coisas... Os últimos tempos (meses mesmo!) têm sido de muitas mudanças, de muitas espirais, de algumas (muitas!) noites sem dormir. Mas parece que, umas boas depois da mudança se ter finalmente consumado, estou finalmente mais leve e mais descansada. Acho que já consegui entrar no novo ritmo e na nova logística de ter um pé em cada margem durante a semana. Acho que agora já consigo voltar a ter o tempo necessário para me dedicar a todas aquelas coisas que adoro... 

Ainda que os dias agora teimem em ser mais longo e mesmo que, numa primeira vista, pareça que eu tenho menos tempo livre do que antigamente... A vontade de fazer coisas e mais coisas é totalmente diferente. Mesmo quando tudo o que tenho para fazer me faz sair de casa de noite e regressar quando o sol já se pôs (mesmo nesta fase do ano em que a mudança de hora e os dias são mais longos nos permite ter mais horas de luz), sinto-me bem. Sinto-me leve. Sinto-me com vontade de poder realizar todos os meus desejos e todos os meus sonhos. Sinto-me com energia para chegar lá onde quero chegar.

E sinto que finalmente vou poder voltar a dedicar-me a este cantinho de que tanto gosto e onde já tenho tantas mas tantas palavras escritas... Penso que agora posso dizer... I'm back again!!!

segunda-feira, março 10, 2014

Vi...

... ontem a Grande Reportagem da SIC sobre o Pavilhão Carlos Lopes e o (triste) estado em que ele se encontra. Foi encerrado em 2003 com a justificação de que tinha poucas condições de segurança para continuar a servir de casa ao desporto, aos concertos e à política e ficou, desde então, deixado ao abandono. Razão pela qual foi o "entrevistado" de honra desta reportagem.

Imaginar que havia sido inicialmente construído no Brasil e atravessou o oceano para ser reconstruído do lado de cá e agora está neste estado lastimável. Numa cidade como Lisboa, que cada vez mais surge nos tops de turismo pelas mais diversas razões, situações destas não deveriam acontecer de forma nenhuma! Edifícios com história e com beleza arquitectónica como este e tantos outros nunca deveriam estar deixados assim... Ao Deus dará... A resistir nãos e sabe muito bem como às intempéries e à total ausência de manutenção. Não existe um ano em que vá à Feira do Livro em que não pense que tanta coisa poderia estar a ser feita se o Pavilhão ainda estivesse aberto e se estivesse em condições para estar aberto ao público. 

Tenho pena que se deixem estes nossos tesouros assim... A resistirem não se sabe muito bem como ao passar dos anos...

Daqui a 15 dias regressa a Grande Reportagem da SIC com mais um edifício abandonado em Lisboa, parece-me que se vá falar do restaurante em Monsanto. Vamos ver daqui a 15 dias que outras memórias de tantos lisboetas estão abandonadas ao vento, ao sol e à chuva...

terça-feira, março 04, 2014

Porque...

... de vez em quando dá-me para isto... 

Senhores que teimam em estacionar o carro no Jamor e depois dedicarem-se a falar em alta voz aos seus telemóveis, quase sempre para discutirem com vozes femininas... Expliquem-me... Qual a mais valia deste procedimento?

A sério que não entendo... Não existe uma vez que não vá treinar ao Jamor em que não me depare com um cenário destes. A sério que não percebo- Vá de estar no carro, com o telemóvel em alta voz e com o volume no máximo e vá de discutir e de destilar veneno...

Por favor... Façam aquilo que vos der vontade mas... Daí a estarem num estacionamento nestes propósitos... Não... Não faz sentido nenhum...

domingo, fevereiro 16, 2014

O...

... mês de Fevereiro assinala uma mudança na minha vida. Uma nova fase inicia amanhã. Um novo desafio profissional que ambiciono que me traga toda a realização que desejo há tanto tempo. Nunca fui pessoa de cruzar os braços ou de desistir. Sempre achei que, quando as injustiças acontecem, temos de lutar para que elas terminem...

E foi isso que eu fiz. Foram necessários muitos mais dos que 365 dias do calendário para que as coisas se resolvessem. Foram necessárias muitas noites más dormidas. Foram necessárias muitas noites em branco em que se desejava que tudo se resolvesse da melhor forma. Todos nós temos dificuldades nas nossas vidas. A todos nós surgem obstáculos no caminho que desejamos sempre que seja o mais calmo e sem turbilhão possível. Momentos difíceis todos nós temos. Obstáculos surgem a todos. Mas é a tenacidade que colocamos na forma como os ultrapassamos que conta ao final do dia. 

E agora só me resta desejar que tudo corra pelo melhor no novo desafio. Que as nuvens desapareçam do horizonte...

Porque não existe nada melhor do que fazermos aquilo que nos realiza... E sim... Isso é paixão!


quarta-feira, fevereiro 05, 2014

Existem...

... formas de estar que me preocupam. Inactividade. Acomodação. Rotinas que não levam a lado nenhum. Existem formas de estar e de abordar os assuntos que me preocupam. E que me incomodam, a bem da verdade... Principalmente, quando a acomodação se vê em alguém que ainda agora iniciou a sua vida profissional. Preocupa-me ver os mais jovens assim, já sem vontade de fazer mais, com falta de vontade de demonstrar esforço e capacidade de inovação.

Incomoda-me... E assusta-me por ser uma fotografia que cada vez mais se vai vendo no nosso País...

terça-feira, fevereiro 04, 2014

Comemora-se...

... hoje mais um Dia Mundial da Luta Contra o Cancro. Essa doença... 

Essa maldita doença que faz tantas pessoas partirem de junto dos seus todos os dias. Essa maldita doença que faz tantas crianças perderem a sua infância nas camas de um hospital. Essa maldita doença que põe fim, de forma dramática, aos sonhos de tantas pessoas. Essa maldita doença que deixa tantos livros de vida por escrever. Essa maldita doença que apaga dos rostos o sorriso. Essa maldita doença que traz ao de cima forças que se julgavam inexistentes. Essa maldita doença que tantas pessoas faz lutar todos os dias em tantos sítios do mundo. Essa maldita doença que faz tantas pessoas chorar no dia da despedida.

Essa maldita doença que te levou a ti, Avô, de quem não tenho recordações, que partiste tinha eu apenas um ano e que lutaste durante longos e penosos 24 dias entre o momento em que tiveste o teu diagnóstico e o momento em que fechaste os olhos para sempre.

Essa maldita doença que te levou a ti, Avó, no ano em que eu fiz 15 anos. Partiste cedo demais e deixaste tantos momentos de sorrisos e partilhas por viver. Tantas histórias e tantas conquistas que gostaria de ter partilhado contigo que nem imaginas. 

Essa maldita doença que te levou a ti, meu querido R., jovem demais apenas com 30 anos e com tantos sonhos e desejos pela frente. Tantas novidades que gostarias de saber dos teus amigos e tantas gargalhadas que ficaram por dar.

Um bem haja por todos aqueles profissionais que lutam todos os dias junto destes doentes para lhes proporcionar uns dias um pouco menos duros e lhes poder permitir uma partida mais calma e serena.

Um grande abraço de muita força para quem, infelizmente, luta contra esta maldita doença todos os dias na esperança de vencer a luta... E que muitos possam efectivamente vencê-la!

domingo, fevereiro 02, 2014

Ainda...

... sobre o assunto das praxes...

Este é, sem dúvida, o tema do momento em todos os blocos noticiosos do dia. A cada dia que passa, algo de novo é trazido à luz do dia para nos deixar ainda mais preocupados sobre o que se anda a passar nas nossas universidades e, a julgar pelo que vi ontem à noite, também nas nossas escolas secundárias. Mas onde é que tudo isto vai parar? Escolas secundárias a ter praxes? Mas onde é que estes nossos jovens andam com a cabeça?

Muito sinceramente, acho que ainda existem muitas coisas escondidas por debaixo do tapete e que, espero, sejam colocada a limpo pois as humilhações que muitos jovens sofrem quando chegam às universidades e também às escolas secundárias não devem acontecer. Não devem mesmo! Neste momento o País está dividido, entre os muitos, cada vez mais, que se opõem totalmente às praxes e os que as continuam a defender. As declarações que ouvimos esta semana, feitas pelo Director da Lusófona, que dizia que tudo o que aconteceu no Meco foi apenas um acidente... Sinceramente... Isto revoltou-me! Afinal de contas, e independentemente do que aqueles jovens andassem a fazer naquela noite se tratar de praxes ou não, morreram seis pessoas e o senhor desvaloriza os acontecimentos dizendo que foi um mero acidente. É como quem diz... "Bolas, se aqueles toscos não tivessem morrido, não tínhamos agora a nossa Universidade nas luzes da ribalta e eu não teria de estar agora a fazer estas declarações... Que frete!". Atenção a quem me lê: estou longe de estar a chamar aos jovens que morreram toscos, nada a ver. Não entendam mal aquilo que escrevi até porque isso seria uma ofensa ao sofrimento que os familiares destes jovens estão a passar. Apenas foi o sentimento que me foi transmitido ao ouvir as declarações daquele senhor que... Sinceramente... Deixa muito a desejar como pessoa e como responsável de uma universidade...

Tenho pena que tenham de ter morrido seis jovens para que as praxes se tornassem o assunto do dia e para que tantas pessoas se revoltassem e se chegasse a um ponto em que se acha que é necessária legislação sobre o assunto. Infelizmente, neste País, tem sempre de morrer alguém para que se olhe para os assuntos com a devida importância e que se pense em legislar e em tomar decisões que já deveriam ter sido tomadas há muito tempo... Infelizmente é assim...

sábado, janeiro 25, 2014

Andei...

... muito tempo a pensar se iria escrever sobre este assunto ou não. Será apenas mais a opinião de uma pessoa. Será apenas mais um texto. Será apenas mais um post. Mas sinceramente tenho de escrever qualquer coisa...

Meco. 15 de Dezembro de 2013. Semana de alerta vermelho em quase todo o Portugal Continental fruto das condições extremamente adversas de mar. Ondulação muito forte. Mau tempo. E seis jovens perdem a vida numa praia do Meco ao serem arrastados por uma onda...

Mas tantas incógnitas rodeiam este dia e este local...

Muito se tem falado sobre os acontecimentos. Muito se tem divagado sobre este assunto. Muitas foram as declarações feitas nos meios de comunicação, seja por entidades oficiais, seja pelos familiares ou seja por outras pessoas que foram sendo entrevistadas sobre este terrível acontecimento. Muito se tem escrito sobre este assunto também na blogosfera pois este acaba por ser um espaço por excelência para as pessoas exprimirem as suas opiniões sobre os mais diversos temas e trocarem ideias com as pessoas que vão comentando os seus posts. Provavelmente, um dos posts que vi gerar mais controvérsia nos últimos dias foi o escrito pela Pipoca Mais Doce. Eu própria também comentei este post e pude constatar que os comentários não poderiam ser mais divergentes. Se, por um lado, todos compreendem a angústia das famílias em tentar perceber como pode acontecer aquela tragédia, por outro lado, muitas são as vozes que se levantam para defender a praxe com unhas e dentes como se disso dependesse o futuro do nosso País. Muitas foram as vozes que se levantaram contra a Pipoca, chegando mesmo a dizer que nunca esperavam ler as palavras que ela escreveu num blog de que gostam tanto. Desde dizerem que a Pipoca não compreende o que é o espírito da praxe e da importância que esta tem para se fazerem amigos para a vida e de preparar os jovens para o mercado de trabalho que os espera. A Pipoca limitou-se a dizer o que pensa. E refere claramente de que não gosta da praxe nem tão pouco de especulações e por isso espera que tudo seja esclarecido e que o silêncio até agora mantido pelo único sobrevivente seja quebrado e que as dúvidas sejam dissipadas de uma vez, a bem da possibilidade das famílias conseguirem fazer o luto e não estarem numa permanente dúvida sobre o que aconteceu com os seus filhos naquele dia 15 de Dezembro...

Antes de mais, as pessoas têm de perceber um ponto muito importante que rege a blogosfera: quem escreve num blog é que decide o que lhe apetece ou não escrever e de que forma. As opiniões são de cada um e, tal como na vida fora da blogosfera, podemos ou não concordar. O velho ditado de "não se pode agradar a gregos e troianos" é mais do que verdade e por isso não podemos esperar que tudo aquilo que escrevemos nos nossos blogs seja do total agrado de quem nos lê.

E a praxe e todos os comentários que li sobre ela... Bem, eu fui aluna universitária. Trajei e estive envolvida na recepção aos caloiros na minha universidade ainda que nunca tenha praxado. Sim, nunca praxei porque optei por uma outra via de relação com os caloiros. Porque acho que a praxe, quando mal gerida pelos chamados "doutores" ou "veteranos", pode dar asneira. Não digo que seja assim em todas as universidades pois também conheço bons exemplos de fazer praxe, de que posso referir alguns da minha faculdade. Mas não vale a pena atirar areia para os olhos... A praxe não é boa na sua grande maioria dos casos. E há também que ter presente uma coisa: a praxe é feita por pessoas. E, muitas vezes, estas pessoas recorrem à praxe para descarregar as suas frustações sobre quem é mais indefeso. E olhem que sei do que falo... Por diversas vezes, vi formas indecentes de tratar os caloiros e e tantas outras chamei à atenção a alunos mais novos do que eu que estavam a praxar caloiros de que não é assim que as coisas devem ser. Quando disse anteriormente que não praxei, isso não significa que não tenha estado envolvida nas recepções aos caloiros da minha faculdade. Tive a sorte de estar numa faculdade em que existia um programa de mentorado em que alunos mais velhos faziam a recepção e o acompanhamento aos caloiros no seu novo local de estudo. Basicamente, era ajudá-los em tudo o que precisassem desde dicas quanto à faculdade, integração nos cursos e departamentos que escolherem, a habitual troca de apontamentos e dicas sobre os professores ou dicas sobre a cidade a que chegavam, caso se tratassem de alunos de fora. E posso dizer que este foi, sem dúvida, um projecto que gostei muito de abraçar pois tenho amigos para a vida entre os caloiros que tive o grande prazer de apadrinhar. Ainda hoje sou chamada carinhosamente de "madrinha". Mas é pena que não seja assim em todo o lado e que nem todos  guardem boas recordações dos alunos mais velhos...

E a praxe e a construção de cidadãos mais preparados para a vida profissional... Sinceramente, isto só me dá vontade de rir de tão ridículo. Dizer que a praxe estimula o espírito de equipa e e de entreajuda e que ajuda a criar valores entre os jovens... Bem, eu poderia lembrar-de de mil e uma maneiras que, essas sim, permitem construir cidadãos melhores para Portugal. Com mais valor. Mais sentido de disciplina, de dedicação ao seu País e com muitos mais valores do que a situação da praxe. Ouvir jovens dizerem coisas destas sobre a praxe, apenas me faz lembrar situações de quase lavagem cerebral em que se é incitado e dizer determinadas coisas... Quem assim pensa não pode estar mais alheado da realidade. Os valores não se adquirem na praxe. O espírito de equipa e de entreajuda não é na praxe que é adquirido. Ser um melhor cidadão não é conseguido desta forma...

O que aconteceu naquela praia, a estranha constatação do traje, telemóvel e barrete do Dux estarem secos quando todos os outros seis jovens foram arrastados pelo mar, as chamadas e sms que foram enviados, a limpeza que se dizer ter sido feita à casa pelo Dux, as declarações feitas pelos vizinhos da casa onde estavam os jovens e do café a que foram a caminho da praia que tornam tudo ainda mais misterioso... Enfim... Há aqui demasiadas pontas soltas numa situação que foi de ponto final na vida de seis jovens. Numa semana de constantes avisos e em que o mar foi tantas vezes desrespeitado. É importante que se compreenda o que aconteceu. É importante perceber se aquele foi um fim-de-semana de praxe fora de portas da universidade. É importante perceber se foi algo que correu mal num fim-de-semana entre amigos. Detesto especulações. Detesto o "diz que disse"...

Mas é fundamental compreender o que ali se passou. É mesmo. Porque muitas já foram as vozes que se levantaram dizendo que este tipo de "retiros" eram habituais entre os alunos da Lusófona. Tudo a bem da definição das regras e actividades inerentes à praxe. Verdade ou não, confesso que é coisa para me fazer alguma comichão. "Retiro" para definição de regras da praxe? Isto soa-me, no mínimo, bastante estranho. Demasiado estranho para o meu gosto. E ainda que tudo se tenha passado na margem oposta à qual se localiza a universidade e num fim-de-semana... A universidade não se pode afastar da sua quota de responsabilidade. Ainda que seja fora das suas portas que tudo se tenha passado, há que perceber o que esteve por detrás deste fim-de-semana. Porque, se a ser verdade que se tratava de um fim-de-semana para delinear estratégias para a praxe e que isto era prática comum, era algo que tem directa ligação com a vida académica da universidade e tratavam-se de práticas que iria ser realizadas na universidade ou nas suas imediações. Não se pode cruzar os braços quanto a isto! Perdoem-me a comparação mas... Recordam-se do que foram as notícias em torno da praxe ocorrida dentro do Colégio Militar? Feita pelos próprios alunos e dentro das paredes do Colégio? Pois bem... Independentemente da instituição de ensino em causa, é de praxe que se está a falar e há que tomar medidas! Foi bem longe das instalações do Campo Grande... Who cares? Há que ouvir todos os envolvidos na praxe da universidade (e não apenas o Dux, no meu ponto de vista...). Pois, se calhar, este foi o dia em que as coisas correram mal e, fruto de terem desaparecido pessoas no mar e de ter sido necessários activar os meios de busca e salvamento, os acontecimentos passaram a ser do conhecimento geral. Mas quantos mais fins-de-semana houve e continuará a haver destes para preparação das praxes em que as coisas não correm (tão) mal e nunca se chega a saber os verdadeiros acontecimentos?

Se calhar vale a pena olhar para este assunto um pouco mais a fundo...

quarta-feira, janeiro 22, 2014

Ontem...

... desabafava por aqui sobre o que me tinha acontecido ao tentar fazer uma alteração de tarifário na rede TMN e quanto me havia sido dito que seria cobrado no âmbito dessa alteração de tarifário, como podem ler neste meu post de ontem

Ao melhor jeito de telenovela mexicana (ou de como durante a noite podem acontecer as coisas mais estranhas ao saldo dos nossos telemóveis...), hoje de manhã, após efectuar uma chamada em torno dos 7 minutos (que, à luz do meu tarifário actual na rede TMN, era coisa para não custar mais do que 0,50 ou 0,60€), recebo uma chamada informativa de que o meu saldo era inferior a 3€... O quê?! Pára tudo!! "Mas o que vem afinal a ser isto?", pensei eu? Então se, ainda ontem, o meu saldo rondava os 9€ após a devolução dos tais 6€ de taxa que a TMN cobra pelas alterações de tarifário, se o meu tarifário tem sms grátis para a rede TMN e se esta se tratava da primeira chamada que fazia, para rede TMN, após mensagens trocadas para a própria rede... Ou tenho fantasmas na minha casa que se andaram a divertir a telefonar para os respectivos fantasmas-metade ou então algo de estranho se passou durante a noite...

Toca de telefonar para a assistência da TMN para tentar perceber, afinal, o que se tinha passado para o meu saldo ter desaparecido desta forma como que por artes de magia. Para além de ter ficado a saber que atenderem chamadas antes das 10h é para esquecer e depois de ter estado cerca de 30 minutos ao telefone, fiquei a saber o seguinte: realmente a alteração de tarifário tinha sido cancelada e a taxa creditada de novo no meu cartão. O que o simpático senhor da TMN não me tinha dito é que teria de fazer um novo carregamento do cartão, ou seja mais 7,5€, para que o regresso ao meu tarifário original ficasse activo. Eu nem queria acreditar... O que é que tinha acontecido? Todas mensagens que havia trocado para TMN e todas as chamadas que tinha feito desde o momento do cancelamento da alteração de tarifário haviam sido creditadas à módica quantia de cerca de 0,35€ por minuto de chamada e cerca de 0,14€ por mensagem. E assim fugiam os meus euros do cartão do telemóvel em grande debandada!! Tudo por causa de um esquecimento estratégica na informação que me foi passada quando perguntei se era necessário mais alguma coisa para que o regresso ao meu anterior tarifário ficasse finalizado...

Obviamente que reclamei logo de imediato ao telefone e exigi que me fosse restituído o dinheiro que eu havia gasto sem ter tido informação, por total falta de comunicação da TMN, de que teria de fazer um novo carregamento para usufruir das características do meu tarifário. Ao final dos tais quase 30 minutos ao telefone disseram que, excepcionalmente ( e sim, leram muito bem, excepcionalmente porque parece que me estavam a fazer algum favor), me iria ser creditado o valor de saldo que havia gasto sem ter noção disso.

Isto mais parece uma telenovela mexicana, essa é que essa... Só espero é amanhã pela manhã não ter mais surpresas engraçadas de saldo desaparecido em combate...

terça-feira, janeiro 21, 2014

Todos...

... nós sabemos que esta crise tem-nos feito olhar para os nossos hábitos e para as nossas despesas de uma forma diferente. Desde os gastos mais necessários aos mais supérfluos, temos mudado a nossa forma de encarar o destino dos euros que nos saem dos bolsos todos os dias. Com todas as surpresas que se vão tendo a cada mês e cada boletim de vencimentos, torna-se indispensável racionalizar determinados custos e eu não sou excepção desta racionalização.

Uma das possibilidades de racionalização dos gastos passa por analisar os tarifários de telemóvel, televisão e internet de que se dispõe e analisar, face à utilização que se faz de cada serviço, se existe a possibilidade de se proceder a alguma alteração para um tarifário que nos seja mais benéfico. E foi aqui que eu apanhei uma valente surpresa ao ligar para a TMN e tentar proceder à alteração do meu tarifário...

Após uma pesquisa no site TMN e de ter escolhido o tarifário que achava mais adequado à utilização que faço desta rede, lá liguei para proceder à dita alteração. E foi quando fiquei a saber que, desde 2011 e desde que não seja a primeira alteração que se faz de tarifários, nos são debitados 6€ do nosso saldo como taxa de realização deste serviço. Mais me informaram que esta taxa é cobrada por qualquer operadora, seja ela PT ou não (ao que eu torci o nariz, dado que esse valor nunca me foi cobrado pela Vodafone, qualquer que seja a alteração de tarifário que eu faça). Sinceramente, acho a cobrança desta taxa um verdadeiro exagero! Então isto significa que, qualquer que seja pedido de serviço que seja feito às operadoras, é-nos cobrada uma taxa de valor consoante o tipo de serviço solicitado. Bem sei que a realização dos serviços implica trabalho por parte das operadoras e que era eu que desconhecia estas novas regras mas acho que se trata de um abuso. É apenas mais uma forma que as operadoras, que já tão pouco dinheiro fazem com as telecomunicações e desde que passou a existir a TDT em Portugal, arranjaram para encaixar mais uns euros.

Peço desculpa pelo veneno destilado neste post mas revoltam-me todas estas taxas e taxinhas que surgem nas nossas facturas. Pequenas ferramentas mais ou menos escondidas de pagarmos cada vez mais. Enfim... Apenas posso desabafar e dizer que não é assim que este País vai a algum lado mas pronto...

domingo, janeiro 19, 2014

Li...

.. hoje no Facebook a seguinte frase "Toda a vez que alguém desiste de um sonho, um anjo fica desempregado". E confesso que fiquei a pensar... Hoje em dia, acho eu, damos demasiado importância aquilo que pensa quem nos rodeia. Preocupamo-nos com o que dizem da forma como nos vestimos, dos sapatos que calçamos, do que pensarão se nos virem neste ou naquele local, dos nossos passatempos, dos nossos desejos... Dos nossos sonhos. Não digo que todas as pessoas sejam assim mas quantos de nós se retrai a falar de nós próprios com a maior parte das pessoas que nos rodeiam? Apenas porque temos aquela sensação de que, se elas souberem aquilo que mais desejamos com todas as nossas forças, elas tentarão deitar-nos abaixo e demover-nos daqueles que são os nossos objectivos. Quantos de nós não passamos já por aquela situação em que nos disseram, apenas porque sim, de que não seríamos capazes de fazer isto ou aquilo? E quantos de nós não deixámos já tantos anjos desempregados porque desistimos de um sonho apenas porque nos levaram a isso, muitas vezes sem sequer tentarmos?

Odeio que me digam que não sou capaz...

Pois bem... Eu não sou nenhuma excepção a isto... Quantas vezes não me disseram que eu não seria capaz, que não teria força suficiente para chegar lá, mais longe, aquele objectivo que me andava a preencher o pensamento há tanto tempo... E é nestas situações e a estas pessoas que me dá um gozo enorme, daquele mesmo gigantesco, conseguir concretizar tudo aquilo a que me proponho. As pessoas parecem ter medo de quem tem força de vontade, de quem tem sonhos de chegar mais longe... Sentem-se ameaçadas por quem não desiste, por quem não se importa de lutar e gastar as pestanas horas a fio dedicada a um objectivo. Têm medo de ser assaltados na sua rotina e verem que podem perder alguma coisa com a nossa força de vontade. É o que eu digo tantas e tantas vezes... Toda a competição que existe dentro de mim, existe tão somente com uma pessoa: comigo própria. Tenho dentro de mim o espírito competitivo mais saudável que existe no mundo, aquele que não me faz pisar quem me rodeia e não me faz deitar abaixo. Antes pelo contrário! Gosto de ver os outros chegar lá onde desejo. Isso deixa-me feliz. E esta sou eu... Miss Fiona!

sábado, janeiro 11, 2014

Não...

... sei se tiveram oportunidade de assistir a uma reportagem que foi transmitida ontem à noite, no jornal da noite da TVI, sobre o estado em que se encontra actualmente a Avenida de Roma e área circundante, no que ao comércio tradicional diz respeito. Obviamente que isto será um tema com mais interesse para quem seja de Lisboa e tenha conhecido esta zona há uns anos mas revela, sem dúvida, o estado em que se encontra este nosso País à beira-mar plantado... Pois o caso que foi retratado é apenas mais dos muitos que ocorrem por esse Portugal fora com muitos dos locais de sempre a fecharem e a deixarem saudades...

A zona da Avenida de Roma e Guerra Junqueira é minha conhecida desde tenra idade. Foi aqui que entrei, pela primeira vez, na tão famosa Zara. Era aqui que fazia a maior parte dos meus lanches de fim-de-semana com os meus pais. Foi nesta zona que andei à escola até ir para o Ensino Secundário e depois a Faculdade. Foi aqui que tanto material escolar comprei na Livraria Barata e que tantos livros novos pude saborear adquiridos tanto na Livraria Barata como na Bertrand. É nesta avenida que estão três das minhas pastelarias favoritas da cidade (Mexicana, Suprema e Frutalmeidas). É aqui a minha loja favorita de venda de Swatchs onde se podem encontrar peças de coleccionador simplesmente fantásticas. É aqui a minha ourivesaria preferida, a Paiva, que mais do que peças fantásticas, tem um atendimento cuidado e em que se gera uma relação de amizade. E poderia continuar aqui o resto do dia a escrever sobre as coisas que gosto desta zona... Dói ver tantas referências da minha infância e adolescência desaparecerem para darem lugar a lojas de chineses, como aconteceu com a famosa Simotal (que ficava em frente da já demolida Piscina do Areeiro) e agora parece ser este o futuro do Cinema Londres, marca emblemática da nossa cidade no que às salas de cinema dizem respeito. 

O aparecimento de muitas salas de cinema em tantos outros centros comerciais pela cidade fizeram com que estas salas mais clássicas, em que havia maior proximidade entre os clientes e quem nos atendia, tendessem a perder a sua clientela. Menor número de salas traduz-se em menor número de filmes disponíveis ao público, tornando o local menos atractivo para as massas. Infelizmente, este cinema veio a perder progressivamente os seus clientes e acabou por ir à falência. Após algum tempo fechado, veio agora a notícia de que o espaço havia sido vendido e que iria dar lugar a uma loja de chineses. Como é que é possível deixar-se um local destes morrer desta forma e ser substituído por mais uma loja de chineses que surgem a cada esquina de tantas cidades portuguesas como verdadeiros cogumelos? Dói-me, enquanto cidadã da cidade de Lisboa, ver as coisas chegarem a este ponto. Dói-me ver lugares de sempre da minha infância darem lugar a lojas que não trazem o menor interesse nem o menor acrescento para uma zona de cidade que já foi referência no que toca a fazer compras com qualidade e chegou a ser uma das avenidas mais caras da cidade, com o que de melhor se podia adquirir. Infelizmente, os interesses económicos falam, uma vez mais alto, e vê-se assim fechar um lugar de sempre e que tantas memórias deixa em tantas pessoas desta cidade.

Mas os cidadãos estão à alerta e, apesar de poder parecer que não se pode fazer nada, têm manifestado o seu desagrado e está já a circular uma petição nesta zona para tentar impedir o avançar desta situação. Para quem quiser e estiver solidário com esta causa de cidadania pode, durante este fim-de-semana, assinar a petição em papel que se encontra disponível na Mercearia Criativa (morada: Avenida Guerra Junqueiro, número 4A, 1000-167, Lisboa - quem sobe a Guerra Junqueiro a partir da Alameda fica do lado direito. Horário de funcionamento: das 10h às 20h) e na Mexicana (morada: Avenida Guerra Junqueiro, número 30C, 1000-167 Lisboa - fica no início da avenida junto à Praça de Londres). 

Transcrevendo o que foi escrito no blog Cidadania Lx:
«Não tendo existido qualquer publicitação ou conhecimento de que o imóvel onde durante 42 anos funcionou o Cinema Londres estaria para arrendar/vender e tendo-se sabido agora que no local vai surgir uma loja de produtos orientais, o que surpreendeu moradores e comerciantes, o Movimento de Comerciantes da Av. Guerra Junqueiro, Praça de Londres & Av. de Roma decidiu elaborar umapetição “O nosso bairro precisa de um pólo cultural!” que se encontra a recolher as assinaturas necessárias para ser apresentada aos órgãos municipais e a outras entidades públicas, no sentido de junto dos proprietários se encontrar uma solução para o nº 7-A da Avenida de Roma, freguesia do Areeiro, que em paralelo com a existência de comércio torne possível a manutenção de um pólo cultural.
[A petição está a circular em papel. Está hoje e amanhã na Livraria Barata. Depois passa para a Farmácia Algarve (mesmo ao lado do Cinema Londres) e no fim de semana para a Mercearia Criativa e Mexicana. Assine! Vamos encontrar uma solução.]
Se puderem e quiserem contribuir para esta causa da cidade de Lisboa, passem pelos dois locais mencionados e assinem! 

sexta-feira, janeiro 10, 2014

O...

... mundo real do trabalho é bem menos cor-de-rosa do que nos querem fazer parecer. As dificuldades podem aparecer a cada esquina e apanhar-nos totalmente desprevenidos. O lema "sempre alerta" aplica-se que nem uma luva nestas coisas de trabalho. Porque mesmo aqueles que nos parecem mais queridos e fofinhos podem estar é a dar-nos uma bela machadada pelas costas e deitar completamente por terra todos os nossos desejos de progressão ou de evolução enquanto pessoas e profissionais.

Mas...

Nem sempre as carreiras tomam o rumo que se deseja... 

Nem todas as pessoas com quem nos cruzamos possuem bom carácter e muitas são as que tentam passar a perna nas outras... 

Nem sempre nos contam a verdade toda...

E sendo eu uma pessoa que se dedica ao estudo da área dos Recursos Humanos, não me poderia revoltar mais posturas menos correctas e que vão totalmente contra aquilo que nos é ensinado e transmitido nos bancos de escola. Revolta-me que se trata as pessoas como ovelhas de um rebanho e se pense nelas como meras cabeças de gado e meros números que é preciso ver satisfeitos. Irrita-me que apenas se olhe para quantitativos e que não se olhe para aquilo que as pessoas necessitam e anseiam enquanto desenvolvimento da sua carreira pessoal.

É por isso, que nesta selva que é o mundo do trabalho, há que ter força... Muita força para conseguir fazer frente a estas pessoas que não mereciam de todo ser chefes nem terem chegado ao lugar que ocupam...

terça-feira, janeiro 07, 2014

Sempre...

... ouvi dizer que é nos momentos mais difíceis e na morte que se vê as boas e as más pessoas. É nestes momentos que são tomadas determinadas atitudes que podem ficar na memória para sempre. Por terem sido tomadas em momentos de dor, de choro e de perda ganham toda uma dimensão que, num qualquer outro momento da vida, não lhes seria atribuída a mesma importância.

E a morte de Eusébio, ocorrida neste fim-de-semana, não é uma excepção a esta regra da vida...

Fruto do dia de repouso forçado devido à lesão de que falei aqui e aqui, hoje pude estar mais atenta ao que foi sendo passado nos canais informativos e o que se foi escrevendo nas redes sociais. E, confesso, fico um pouco triste que existam determinadas atitudes e que se escrevam determinadas frases num momento como este. Eu não sou benfiquista, conforme já referi anteriormente. Não sou propriamente fã do Luís Filipe Vieira ou do Jorge Jesus. Também não sou adepta de determinados comportamentos mais fanáticos das claques benfiquistas, mas isso também não o sou no que toca às claques do meu clube e sou a primeira a levantar-me e a condená-los por comportamentos menos correctos. Mas sei separar as águas e reconheço que não seja o momento de ter picardias e rivalidades futebolísticas à flor da pele que manchem as muitas homenagens que têm sido feitas a Eusébio. Independentemente da figura incontornável que ele foi para o Benfica, há que reconhecer que o foi ainda mais como figura do futebol português e mundial de uma época e, sinal disso, são as muitas homenagens e referências em jornalismo que lhe têm sido feitas nos últimos dias mundialmente. É sinal que Eusébio era figura muito acarinhada dentro e fora de portas e que continua a receber o reconhecimento na morte que já recebia em vida.

Mas este não é o momento para dizer, como eu cheguei a ler hoje nas redes sociais, escrito por um benfiquista, que não concordava com a presença do Bruno de Carvalho no funeral de ontem. Os adeptos não têm que concordar ou deixar de concordar com as presenças na última despedida de um homem que tanto fez pelo futebol português. Cada um decide ou não estar presente no último adeus a uma pessoa que parte. Afinal de contas, será que Bruno de Carvalho, cidadão português, era menos do que tantos anónimos que quiseram estar presentes e prestar a sua homenagem no Estádio da Luz, percurso pelas ruas de Lisboa ou no cemitério do Lumiar? Não quero com isto dizer que esta seja a opinião generalizada de todos os benfiquistas mas penso que devem ser colocadas as cores futebolísticas de parte e deve ser louvada a atitude do clube rival da 2ª Circular por se ter feito representar, neste momento, ao mais alto nível, com a presença do seu presidente. Muito também se tem falado da ausência de representantes do Futebol Clube do Porto nesta despedida. É verdade que não estiveram presentes, penso que o deveriam ter estado, mas também não se pode estar a ofender o Pinto da Costa neste momento por não ter referido o nome do Benfica nos rasgados elogios que teceu a Eusébio nas suas declarações após a morte desta estrela. Nem tinha que mencionar... Aqui o mais importante é dar o relevo ao homem e ao jogador que partiu neste fim-de-semana. Não é o Benfica que interessa neste momento como também não o seria o Sporting, se tivesse sido alguém do meu clube a partir por estes dias. Destacar clubes não interessa minimamente. Aqui o que interessa é dar relevo à pessoa que partiu e acho que isso tem sido feito e muito bem feito. 

E muitos outros comentários pude ler durante o dia de hoje... Até sobre o carro funerário que transportou a urna de Eusébio durante todas as cerimónias foram tecidos comentários menos elogiosos. Que se tratava de uma viatura de luxo, que estamos em crise, quem é que estava a pagar todos aqueles luxos e a funerária de luxo... Não é momento... Obviamente e tenhamos os pés na terra... Claro que o Benfica deve ter suportado todas as despesas com o funeral mas ninguém tem nada a ver com isso ou com os serviços que foram ou não disponibilizados neste dia. Não podemos ser pequeninos e estar a criticar coisas destas num momento de perda para Portugal. Existem exemplos muito mais importantes e flagrantes de desperdícios de dinheiro no nosso País, seja no público ou no privado, para estarmos agora a reparar naquilo que foi colocado à disposição para a realização deste último adeus. É de uma pequenez atroz e assustadora ler estes comentários completamente desnecessários e descabidos. Mas se calhar sou eu que tenho uma visão deturpada das coisas...

Não podemos ser pequeninos. Num momento que deveria ser de união entre todos os portugueses que amam verdadeiramente o futebol e o desporto, tenho pena que surjam tantas vozes como estas que criticam por criticar e destilam veneno por todos os poros. Mas, muito provavelmente, tratam-se de pessoas que dizem que amam o futebol por dizer e não o sentem verdadeiramente. Não respeitam esta modalidade desportiva da forma que deve ser respeitada. Porque as atitudes ficam para quem as pratica, é uma grande verdade, mas quem assiste à prática dessas mesmas atitudes também pode ficar revoltado e com pena de não existir mais união.

domingo, janeiro 05, 2014

Este...

... ano começa devagar, devagar. Parece que ando num estado de semi-zombie... Os segundos no relógio parecem demorar o dobro do tempo, tudo demora a ser feito, tudo demora a acontecer. Ao quinto dia do novo ano, aqui estou desde as 7 horas no local de trabalho. E hoje custou a acordar... Custou a levantar da cama...

Os dias passam lentos, quase em passo de caracol neste início de ano. Parece que os ponteiros do relógio aguardam a resposta a algum requerimento para que andem na sua velocidade normal. E nem o São Pedro tem ajudado. Dias cinzentos, dias tristes, dias em que lágrimas caem do céu. Dias assim não são fáceis para o nosso humor e parece que somos assolados pelas mesmas nuvens escuras e feias que cobrem o céu...

Os dias passam lentos neste início de ano. Tudo parece andar em câmara lenta. As actividades vão-se desenrolando apenas no mais básico. No que é essencial fazer, no que é essencial concretizar. E nada mais... Turbilhão de ideias, turbilhão de vontades, turbilhão de energias... Parecem ter ficado no ano velho e estão com dificuldade em passar para este novo capítulo de vida...

Mas os dias têm de deixar de passar lentos. É uma necessidade que se impõe e que têm de passar para a lista das prioridades custe o que custar. Existem sonhos que se querem concretizar. Existem mudanças que se desejam com toda a força. Existem projectos que têm de dar frutos lá para o meio do ano. E não se pode parar... Porque o relógio da vida não pára... Ainda que possa parecer que os dias passam lentos... Os minutos vão-se esvaindo como grãos de areia entre os dedos...

E isso é tempo desperdiçado da pior forma...

quinta-feira, janeiro 02, 2014

Estava...

... eu hoje a assistir a mais um episódio do Project Runaway Allstars e não pude deixar de pensar um pouco naquilo a que estava a assistir e estou longe de falar de moda e já passo a explicar... 

O desafio a que assisti consistia em desenhar um vestido para um evento especial na vida de quatro veteranas das Forças Armadas Americanas: Marinha, Corpo de Fuzileiros, Força Aérea e Exército. Um dos designers, no seu comentário sobre o desafio que tinha em mãos, falava que aquilo que ele iria produzir como vestido para o evento especial da sua veterana e que lhe poderia oferecer era muito pouco quando comparado com tudo aquilo que ela tinha feito pelos Estados Unidos da América. E, com este comentário, eu não pude deixar de sorrir embora não sendo pelos melhores motivos... Eu não sou uma daquelas pessoas que ama de paixão os Estados Unidos e tudo aquilo que eles simbolizam. No entanto, não posso deixar de respeitar e louvar o comportamento que os americanos têm face aos seus militares. Têm-lhes respeito, têm orgulho naquilo que eles simbolizam - a tão importante liberdade! - e isso está bem patente em todos os eventos em que estão envolvidos militares e a sociedade civil americana. Apesar de não concordar com a perspectiva e política que os EUA fazem e a utilização das suas forças armadas fora das suas fronteiras, tenho que admitir que admiro a forma como os militares e os símbolos nacionais são encarados.

E, olhando para dentro de portas, não posso estar mais triste... No nosso país parece que, a cada dia que passa, os símbolos nacionais perdem cada vez mais valor. Eu sei que estamos em crise, eu sei que os tempos são de dificuldades, eu sei que o Governo e tudo o que o rodeia não nos tem trazido alegrias nenhumas mas temos de saber separar muito bem as águas e conseguir ter o discernimento suficiente para perceber que símbolos nacionais e quem está no poder são coisas completamente diferentes e existem símbolos que merecem todo o nosso respeito como portugueses que somos. Faz parte da nossa cidadania respeitar estes símbolos, é nossa obrigação e não devemos utilizá-los como forma de atingir que nos (des)governa. E se, na maior parte dos casos, os portugueses parecem gostar muito dos exemplos e das ideias que vêm do lado de lá do Atlântico, deveriam ter bastante atenção ao tratamento dado aos militares, bombeiros e forças policiais nos EUA. Por cá, quem usa farda não parece ser propriamente bem amado pela maioria das pessoas. Basta ver os olhares um pouco de gozo/espanto que são dirigidos aos militares que se apresentam uniformizados nas nossas ruas apesar de não estarem em serviço. Basta ver os comentários que são feitos, quando o Orçamento de Estado é assunto, em que se diz que militares e polícias ganham muito e poucos cortes sofrem (sim, eu já ouvi este tipo de comentários in loco num dos nossos transportes públicos e não pude deixar de ficar mais perplexa). Sempre que se fala de cortes, muito se fala da Função Pública e dos professores que tanto têm sido afectados. Não querendo, de todo, retirar o mérito a quem desenvolve a sua profissão nestas áreas mas... Não serão os nossos militares e forças policiais tão ou mais importantes merecendo igual atenção? 

Meditemos... E façamos a abstracção de associar Forças Armadas  e forças policiais unicamente a situações de guerra ou ameaça bélica...

Quem é responsável por garantir toda a segurança nas nossas cidades e nas nossas estradas?
Quem é responsável por garantir a salvaguarda da vida humana no mar e as adequadas operações de busca e salvamento quando são necessárias?
Quem é responsável por garantir o transporte médico entre as ilhas do arquipélago dos Açores e que já tantos bebés trouxe ao mundo são e salvos?
Quem é responsável por fiscalizar as nossas águas minimizando a ocorrência de episódios de tráfico, descargas de poluentes, lavagens de tanques de cargueiros e pesca proibida?
Quem é responsável pela limpeza e segurança das nossas áreas florestais e está envolvido no combate a incêndios?
Quem é responsável por levar o nome de Portugal mais longo no que à investigação científica diz respeito?
Quem é responsável por garantir a segurança nas praias nos meses quentes de Verão?
Quem é responsável por contribuir para a formação de muitos civis e corporações de bombeiros no que respeita a técnicas de combate a incêndios?

E parece-me que eu poderia estar aqui toda a noite a dar-vos exemplos de que as Forças Armadas são muito mais do que aquilo que a maioria quer acreditar ou fazer parecer...

É por isso que digo... Temos muito a aprender com os americanos no que toca ao respeito por militares, forças policiais e bombeiros. Porque são estes homens e mulheres que nos permitem respirar em segurança, mesmo que não os vejamos todos os dias. 

Pensem nisto...

terça-feira, dezembro 31, 2013

Termina...

... hoje mais um ano. Muitas são as retrospectivas que são feitas durante estes dias. Uma revisão do que passou. O que foi bom, o que foi mau. O que queremos repetir e aquilo que queremos que nunca mais volte a acontecer. Todos temos anos bons e temos anos maus. Os 365 dias que se vão sucedendo nas nossas vidas trazem-nos sorrisos e lágrimas, certezas e incertezas, vêem partir pessoas e chegar outras, novos e velhos projectos, objectivos e sonhos concretizados e por concretizar.

E o meu ano de 2013 não foi excepção...

Para ser sincera, este ano que hoje termina não foi propriamente o melhor dos últimos tempos. Por diferentes razões, houve alguma tristeza, menos sorrisos do que o habitual e alguns sonhos e desejos ficam por concretizar neste ano que hoje se encerra. Se no início de cada ano, costumo delinear alguns objectivos que quero ver alcançados... Sinceramente... Este ano... Sinto-me algo melancólica para o poder fazer...

Aquilo que desejo para 2014 é que seja um ano de renovação... Renovação aos mais diversos níveis. Pessoal e profissional. Apenas isto. Quero ver-me evoluir nas diferentes vertentes do meu ser porque existe um momento a que todos inevitavelmente chegamos em que concluímos que temos vontade que tudo seja de outra forma. E este é o momento...

Que este novo ano que amanhã se inicia me traga muitas coisas boas, muitos sorrisos e muitas conquistas. Para mim e para as minhas pessoas porque elas são o mais importante da vida!

A todos os que me lêem (infelizmente, nos últimos tempos não tem sido tanto quanto isso... Em 2014 seja, de certeza, diferente!), desejo um excelente ano de 2014 carregado de muita energia positiva e de muitas conquistas!!!!!

quarta-feira, dezembro 18, 2013

Vida...

... de adulto não é fácil. Quando somos crianças, ninguém nos diz que sermos adultos vai ser difícil. Dizem-nos para sonhar... Para perseguirmos aquilo que desejamos ser quando formos grandes... Para fazermos os trabalhos de casa, sermos meninos bem comportados e brincar nos tempos livres. Mas ser adulto é difícil...

Fui uma criança feliz. Muitas horas de brincadeira, muitos Verões passados no meu querido Alentejo, muita roupa suja de brincar na terra e ser uma criança dividida entre o campo e a cidade. Foram-me deixando alimentar as minhas paixões, como o Ballet que dancei durante mais de 11 anos, e foram-me deixando sonhar com a concretização dos meus desejos quando fosse grande.

E o dia de ser grande chegou. E não é fácil sê-lo. Não é fácil ter sonhos e não os conseguir concretizar por causa de terceiras pessoas. Não é fácil ter projectos e não conseguir fazê-los chegar a bom porto porque existem pessoas que vão colocando entrave atrás de entrave. Custa chegar o dia de ser grande e não poder efectivamente sê-lo por parecer que continuo a ser criança a quem as decisões parecem não dizer respeito.

E isto custa... Oh se custa...

sexta-feira, dezembro 13, 2013

A...

... Saudade de escrever por aqui é mais do que muita...

... Mas o tempo para isso tem sido tão pouco...