Estava a ver que 2020 acabava e não vinha aqui... Entre pandemia, teletrabalho, pesadelos logísticos e telescola, parece-me que Portugal não produziu vinho suficiente para aguentar este ano tão peculiar e que, apesar de estar perto do fim, tem uma procissão ainda no adro...

Talvez por estar mais "presa" em casa, quer em teletrabalho, quer em confinamentos, quer a fazer as vezes de professora, deu-me a saudade daquele doce típico do Natal e ao qual nunca dei o devido valor. Nem sequer posso dizer que era um doce presente na mesa de Natal em casa da minha mãe ou da minha avó, porque tirando os sonhos, as fatias paridas e o sempre omnipresente bolo rei, o "resto" eram doces de colher para desenjoar... salvo seja. Sempre que via nos cafés um coscorão à venda, saltava-me o olho, embora raras vezes comprasse porque achava muito oleoso, ou sensaborão.

Talvez seja do ano atípico. Talvez seja da saudade que nem sabia que tinha. Talvez seja da gula. Ou simplesmente de se ter acabado o vinho. Fosse o que fosse, deu-me para isto.

A receita é da Neuza do Sabor Intenso e adorei.

Ingredientes

* 600grs de farinha

* 4 ovos

* Raspa e Sumo de uma Laranja

* 60 grs açúcar (pus 100grs)

* 60 grs manteiga derretida (uso mesmo manteiga, deixei de usar a margarina)

* 50 ml aguardente velha (pus 40)

* Pitada de Sal

* Açúcar e Canela para polvilhar

* Óleo para Fritar

Numa tigela, amassei com as varinhas em espiral o açúcar, a manteiga, os ovos, a raspa e o sumo da laranja, a pitada de sal, a aguardente e a farinha. Amassei até a massa ficar elástica (a dada altura, tive de tirar das varinhas e amassar à mão) e depois deixei repousar durante uma hora, envolto o alguidar num pano.

Passado uma hora, polvilhei a bancada com farinha e amassei até ficar elástica e maleável, sem colar nas mãos.

Com o rolo da massa estendi até ficar fino. Cortei em rectangulos, dei 2 cortes e voltei a esticar. Mas mesmo muito fininho.

Foi a fritar de ambos os lados em óleo quente, colocando-os depois em papel absorvente. Misturei o açúcar com a canela e polvilhei generosamente os coscorões com a mistura.

Gostava de dizer que me portei bem e só comi a pontinha de um... mas que se lixe, o ano foi complicado e estavam deliciosos.

A escola do meu garoto fez uma pequena festa de Natal e pediram aos pais para levarem qualquer coisa para comer e beber. Perguntei-lhe o que ele queria fazer e a resposta não se fez esperar: "quero brincar com as formas e as pastas coloridas."

Quem sou eu para contrariar?

O bolo é o bolo de iogurte normal, cuja receita já está aqui. Depois foi trabalhar com a pasta e aproveitar um belo momento mãe/filho.

A doçaria do Natal ensina-nos muito sobre a cultura do nosso povo. Fazer fatias douradas de pão duro mostra como o nosso povo sempre se habituou a encarar as adversidades de frente. Dá-nos força para o dia-a-dia.

Já tinha aqui uma receita de fatias paridas. No entanto, achei que ficaram um pouco secas e resolvi experimentar outra. Não tirei esta de blog nenhum, mas fui fazendo daqui, acrescentando dali, e saiu isto. A única coisa que "paga" direitos de autor é a calda, é a receita da minha sogra. No entanto, acho que ficou um pouco líquida, por isso não sei se terei feito tudo em condições - a minha sogra tem uma mãozinha muito boa para a doçaria, portanto devo ter enfiado o pé na argola.

Ingredientes
* 1 pão de forma de padaria
* 6 ovos
* 1 lt de leite
* 3 cascas de laranja
* 1 pau de canela

Põe-se o leite a ferver com a canela e as cascas de laranja. Deixa-se arrefecer. Corta-se o pão em fatias finas - 1,5 cm mais ou menos - e convém que já esteja duro. Depois demolha-se em leite, em seguida em ovo, põe-se a fritar em lume não muito alto e em seguida escorre-se em papel absorvente.

Como eu não gosto de calda, passei umas quantas por uma mistura de açúcar e canela. Podem ver abaixo a fotografia dos "secos".






Passemos então à calda:
* 150 grs açúcar
* 1 pau de canela
* 1 casca de laranja ou limão (usei laranja)
* 1,5 copos de água

Pus ao lume até a água ferver e o açúcar tiver desaparecido todo. Fica uma calda pouco espessa mas que dá outro gostinho - e aspecto! - às fatias. O meu marido prefere assim, como se vê abaixo:

Quando eu era garota, havia uma coisa que nunca faltava nas festas de anos dos meus primos: era feito pela avó materna deles e chamavam-lhe "beijinhos de preta". Não sei quem terá dado a receita à Nena, mas lá que eram uma delícia...

Esta receita fui encontrá-la no site do Sabor Intenso e salvo erro é da Magnólia Azul. Adorei a simplicidade e como sou bastante apreciadora destas bolinhas, não resisti a fazê-las.

Ingredientes
* 1 pacote de bolachas maria
* 100g de margarina derretida no micro ondas
* 75 g de chocolate em pó
* 100 g de açucar
* 1 ovo
* Confetis coloridos, de chocolate q.b
* coco ralado q.b

Parta as bolachas na picadora 1, 2, 3 e coloque numa taça.
Acrescente o ovo, o açúcar , o chocolate e a margarina e misture tudo com as mãos até ficar uma pasta moldável.

Unte as mãos com um pouco de margarina derretida e faça pequenas bolinhas e coloque as num prato.
Depois passe as por coco ralado, confetis de chocolate e confetis coloridos separadamente e coloque numa forminha de papel. Eu não tinha confetis coloridos, de forma que foi só coco e de chocolate.

Ficou delicioso! Matei a saudade e fiz o gosto ao dente ao mesmo tempo lol.

Se há coisa que gosto nos doces natalícios é a sua variedade. É verdade que são todos fritos, mas são todos diferentes.

Esta receita tirei do site da Vaqueiro.

Ingredientes
* 400 g de abóbora (limpa)
* 50 g de açúcar + o necessário para polvilhar
* 1 casca de laranja
* 0,5 dl de aguardente
* 450 g de farinha com fermento (pus 400)
* 1 colher de sopa de Maizena
* 3 ovos
* Óleo Vaqueiro
* Canela em pó

E porque já cheira a Natal, lá começo eu com as experiências natalícias na cozinha. Embora por regra não seja grande apreciadora dos doces de Natal - demasiados fritos - tenho de admitir que só o cheirinho que se espalha pela casa quando estão ao lume faz crescer água na boca e pensar em lareiras, árvores enfeitadas e muita neve.

Esta receita tirei-a daqui. Fiquei encantada pela simplicidade da mesma e resolvi experimentar.

Desta vez tive de pedir ajuda ao maridinho. Uma pessoa tem de aceitar que de quando em vez tem certas limitações =)

Ingredientes
* 1,5 kg de cenoura (só pus um kg, não tinha mais)
* 200 grs farinha
* 60 grs açúcar (pus 100)
* 4 ovos
* 1 laranja (casca + sumo)
* 1 colher sobremesa de fermento

Cozi a cenoura com a casca da laranja; deixei escorrer e retirei a casca da laranja.Fiz um puré da cenoura e deixei escorrer durante duas horas.

Numa tigela misturei o puré de cenoura com o açúcar usando a vara de arames e mexi muito bem. Juntei o sumo da laranja e os ovos batidos e voltei a mexer tudo. Quando já estava tudo bem mexido, juntei a farinha e o fermento. Voltei a bater tudo.

Fritei colheradas (de sopa) da massa em óleo quente, mantendo o lume baixo. Isto porque estes sonhos queimam muito depressa. Fui virando quando estavam loirinhos, pus a escorrer em papel absorvente e depois passei por uma mistura de açúcar e canela.

Convém passar por mais do que um papel absorvente, porque estes sonhos absorvem muito óleo, convém deixar escorrer muito bem.

Muito, muito bons!

Com a solipampa que deu ao meu PC há uns tempos, não é que me esqueci de colocar aqui esta receita??? Imperdoável!!!!!!!

Bem sei que é do Natal, mas ainda vem a tempo para os mais gulosos (como eu). Esta receita saiu numa revista especial de Natal do Pingo Doce e fiquei encantada pela sua simplicidade e pelo sabor divinal.

Ingredientes
* 3 ovos (pequenos)
* 1,2 dl de leite
* 1 laranja (200 grs)
* 2 colheres de sopa de aguardente
* 1/2 colher de café de sal
* 125 grs farinha
* Óleo para fritas
* Açúcar e canela para polvilhar

Parti os ovos para uma tigela e bati-os até os desfazer; juntei o leite, a raspa da laranja, a aguardente e o sal. Juntei a farinha e bati com uma vara de arames até ficar a mistura lisa e homogénea.

Pus óleo numa frigideira bastante funda a aquecer. Depois de estar bem quente, mergulhei a forma no óleo até ficar bem quentinha também. Escorri o excesso de gordura sobre o papel de cozinha. Depois coloquei a forma parcialmente na massa, mas sem deixar que passasse para a parte superior da forma. Voltei a colocar a forma no óleo quente, sacudindo-a até a massa se soltar. Deixei fritar até ficar douradinha, retirei com a escumadeira e deixei escorrer em papel absorvente. Depois polvilhei com canela e açúcar.

Parece difícil mas não é. Exige alguma articulação e duas das filhoses ficaram desmanchadas, mas as restantes sairam perfeitinhas. Como só tinha uma forma, levou algum tempo, mas consegui e ficaram muito boas. Uma curiosidade é que a aguardente não permitiu a absorção da gordura, portanto as filhoses ficaram sequinhas e tão saborosas!

Pois é, estamos praticamente no Natal. E com as experiências que ando a fazer, tenho cá a impressão que quando chegar a altura como saladinha verde loool.

Andei pela net à procura de receitas de sonhos porque aqui em casa não tinha nada que me satisfizesse. Olhava para aquilo e pensava, "não é isto que me satisfaz"...

Por mero acaso, uma amiga falou-me do blog Rap'ó Tacho e foi lá que encontrei a receita.

Ingredientes
* 2 chávenas de água
* 1 chávena de leite
* 80 grs margarina
* Uma pitada generosa de sal
* 250 grs de farinha (ou 200 de farinha e 50 de maisena)
* 6 ovos

Leva-se a água e o leite ao lume juntamente com a margarina; depois de levantar fervura, e tão só a margarina esteja derretida, retira-se do lume junta-se a farinha e mexe-se muito bem com a colher de pau. Deixa-se amornar. Transfere-se a massa para um alguidar e junta-se os ovos um a um (eu juntei-os a todos ao mesmo tempo e depois vi-me grega para a massa os absorver, tive de usar a batedeira para que ficasse com a consistência indicada). A massa tem de fazer "picos" quando se passa lá com o dedo.

Fritam-se em pequenas colheradas (colher de chá porque esta massa cresce imenso; comecei por usar uma colher de sobremesa e depois troquei para chá porque senão ficavam crus por dentro). Convém, quando está a fritar, picar com um palito para que fritem também por dentro.

Escorre-se em papel absorvente e polvilha-se de açúcar e canela.

Estão aprovadíssimos!

A minha busca por doces de natal continua. Desta vez, encontrei por acaso esta receita, que alguém me disse ser a receita dos famosos bolinhos de chuva brasileiros. No entanto, a minha querida amiga Si diz-me que a receita dos bolinhos de chuva não é assim - estou à espera que me dê a receita correcta.

Ingredientes
* 1 lata de leite condensado
* 2 colheres de sopa de margarina
* 2 ovos
* 1 colher de sopa de fermento em pó
* 3 chávenas de farinha de trigo

Misturei tudo numa tigela e deixei repousar por mais ou menos cinco minutos; depois fritei colheradas em óleo não muito quente (se estiver muito quente, queimam por fora e por dentro continuam crus. Quando dei conta tinha o fogão praticamente no mínimo).

Escorri em papel absorvente e depois passei por uma mistura de açúcar e canela.

No próprio dia comeram-se muito bem, mas no dia seguinte já estavam um pouco secos. Não que tenha sobrado algum lol.

E porque já cheira a Natal, já ando a fazer "testes" para o que vou pôr na mesa da Consoada. E é claro que comecei pelos doces (a vida é tão curta para começar pelas hortaliças...!)

A receita tirei daqui.

Ingredientes
* 1 pão de forma da véspera
* 3 dl de leite
* 4 ovos
* 300 grs de açúcar
* Canela
* 1 casca de limão
* Óleo para fritar

Leva-se o leite ao lume a ferver com a casca de limão e duas colheres de sopa de açúcar (por acaso, achei que duas eram poucas e pus quatro).

Batem-se os ovos muito bem, de forma a que a clara fique imperceptível; corta-se o pão em fatias e passa-se primeiro pelo leite e depois pelos ovos. Fritam-se em óleo bem quente e depois escorre-se em papel absorvente.

Servi as fatias cobertas de açúcar e canela. Achei no entanto que o leite era pouco; para a próxima faço pelo menos meio litro, porque gosto das fatias bem ensopadinhas.