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segunda-feira, maio 03, 2021

Lançado primeiro módulo da estação espacial chinesa

A China enviou ao espaço [na] quinta-feira o módulo central da sua estação espacial, dando início a uma série de missões de lançamento que visam concluir a construção da estação até o fim do próximo ano. O módulo, chamado Tianhe (Harmonia dos Céus), atuará como centro de gerenciamento e controle da estação espacial Tiangong (Palácio Celestial), com uma unidade que pode acoplar até três espaçonaves por vez para estadias curtas, ou duas para estadias longas. O Tianhe tem um comprimento total de 16,6 metros, diâmetro maior de 4,2 metros e massa de decolagem de 22,5 toneladas. É a maior espaçonave desenvolvida pela China até agora.

Quando pronta, a estação espacial Tiangong terá a forma de T, com o módulo central no meio e uma cápsula de laboratório em cada lado. Cada módulo terá mais de 20 toneladas. Quando a estação estiver com espaçonaves tripuladas e de carga atracadas, sua massa deverá chegar a quase 100 toneladas.

A estação operará na órbita baixa da Terra a uma altitude de 340 km a 450 km, similar à da Estação Espacial Internacional. A vida útil projetada da estação é de 10 anos, mas os especialistas acreditam que ela poderá durar mais de 15 anos com manutenção e reparos adequados.

"Aprenderemos como montar, operar e manter grandes espaçonaves em órbita e pretendemos transformar o Tiangong em um laboratório espacial estatal que apoie a longa permanência de astronautas e experimentos científicos, tecnológicos e de aplicação em larga escala", disse Bai Linhou, da CNSA, a agência espacial chinesa.

Como base da estação, o Tianhe ajudará os engenheiros a realizarem a verificação de tecnologias-chave, incluindo painéis solares flexíveis, sistemas de comunicação de banda larga e, acima de tudo, um novo sistema de suporte de vida.

A mais longa estadia no espaço até agora pelos astronautas chineses é de 33 dias. "Nas missões anteriores, enviamos água e oxigênio para o espaço junto com astronautas. Mas para uma estadia de três a seis meses, água e oxigênio lotariam a nave de carga, deixando nenhum espaço para outros bens e materiais necessários. Então instalamos o módulo central com um novo sistema de suporte de vida para reciclar urina, condensado de respiração exalado e dióxido de carbono", explicou Bai.

A China também lançará este ano a nave de carga Tianzhou-2 e a nave tripulada Shenzhou-12 para atracar com o módulo central. Três astronautas estarão a bordo da Shenzhou-12 e ficarão em órbita por três meses. "Vamos transportar primeiro materiais de apoio, peças de reposição necessárias e equipamentos e depois nossa tripulação", anunciou Hao Chun, também da CNSA.

A nave de carga Tianzhou-3 e a nave tripulada Shenzhou-13 serão lançadas no final deste ano para atracar com o Tianhe, quando outros três astronautas começarão sua estadia de seis meses em órbita.

Após as cinco missões de lançamento deste ano, a China planeja seis missões, incluindo o lançamento dos módulos de laboratório Wentian e Mengtian, duas naves espaciais de carga e duas naves espaciais tripuladas em 2022, para concluir a construção da estação espacial. [...]

(Inovação Tecnológica)

Nota: Para desespero dos terraplanistas (que creem que a Terra é um disco plano coberto por um domo sólido intransponível), a Nasa não é a única agência espacial a enviar astronautas ao espaço, lançar foguetes e sondas, etc. Coreia do Norte, Japão e Índia já fizeram isso. [MB]



sexta-feira, fevereiro 09, 2018

Como os alienígenas saberiam que o Tesla foi feito por Musk?

Neste exato momento há um automóvel flutuando no espaço em direção a Marte! Sim, o Tesla Roadster criado pelo bilionário Elon Musk foi lançado no dia 6 de fevereiro de 2018 da base da Nasa em Cabo Canaveral pelo foguete Falcon Heavy, da empresa SpaceX, também de Musk. Com isso, o empresário provou de maneira incontestável que seu foguete – o mais potente do mundo – é capaz de levar carga pesada para o espaço com preços mais em conta, e ele, claro, vai lucrar bastaste com o frete de satélites e outros equipamentos para vários países. Houve transmissão ao vivo do lançamento e milhares de pessoas puderam assistir no local e registrar o momento histórico. Mas um detalhe passou despercebido de quase todos: uma pequena placa com uma inscrição interessante foi colocada dentro do carro.

Assim que a carapaça metálica do foguete foi liberada revelando o Tesla dentro dele, lindas imagens do planeta Terra começaram a ser exibidas. Na verdade, Musk brindou o mundo com mais de quatro horas de transmissão ao vivo, com ângulos de câmeras diferentes que mostraram o carro de frente, de lado e, dentro dele, o boneco vestido de astronauta que ficou conhecido como Starman.

Uma das declarações de Musk foi esta: “Adoro a ideia de um carro navegando aparentemente sem parar pelo espaço e talvez sendo descoberto por uma raça alienígena milhões de anos no futuro.” E ele realmente tomou providências para que os ETs tivessem certeza de que o objeto foi criado por seres inteligentes: mandou que fosse colocada no conversível uma placa com a inscrição “Feito na Terra por humanos”. Mas isso será evidência suficiente, já que os alienígenas não terão visto qualquer ser humano fabricando o carro?

Claro que será! Sabe por quê? Porque uma frase revela informação complexa e específica, e todo mundo sabe que informação não surge do nada; necessita de uma fonte informante inteligente. Esse é justamente um dos argumentos da teoria do design inteligente e do criacionismo. As digitais apontam para os dedos. A criação aponta para seu criador. Intuitivamente Musk sabe que a lógica da mensagem na frase denunciará imediatamente a origem inteligente de seu brinquedo de quatro rodas.

Aliás, nem seria necessário dizer que o veículo foi feito por seres inteligentes, afinal, ele contém motores, componentes mecânicos e elétricos, peças interconectadas, interdependentes e claramente projetadas para funções específicas (complexidade irredutível), válvulas, cabos, dutos, circuitos, computador de bordo, e muitas outras coisas – coisas igualmente encontradas em um corpo humano, por exemplo, só que com muito mais complexidade, nesse caso.

Essa história me fez lembrar de outra semelhante, ocorrida em 2 de março de 1972. Nesse dia os norte-americanos lançaram ao espaço a sonda Pioneer, com o objetivo de fazer fotos e registrar informações do sistema solar. Por sugestão do astrônomo ateu Carl Sagan, foi colocada na sonda uma placa de ouro contendo uma ilustração com pouco mais de mil bits de informação. A intenção de Sagan, assim como a de Musk, era clara: se algum alienígena inteligente encontrasse a Pioneer e visse a placa de ouro, imediatamente concluiria que o artefato foi feito por pessoas inteligentes, afinal, informação depende de uma fonte informante.

Ok, há lógica nesse pensamento. Mas já que o assunto é informação, pensemos nas células humanas, com suas milhares de máquinas moleculares automatizadas e organelas com funções específicas. Em cada célula do nosso corpo há um bilhão e meio de bits de informação – muito, muito mais do que a informação contida na placa de Sagan. Nosso genoma encheria uma pilha de livros com a altura de uma montanha – muito, muito mais informação do que no Tesla de Musk.

Então, por que tanta gente se recusa a admitir que em cada célula, cada tecido, cada órgão, cada corpo humano também existe uma inscrição? É só olhar com atenção. Está lá: “Feito na Terra por Deus.”

Michelson Borges

quarta-feira, fevereiro 07, 2018

Óbvio que terraplanistas iam dizer que o lançamento do Falcon foi fake

O lançamento ontem do foguete Falcon Heavy marcou uma nova etapa nas atividades espaciais norte-americanas, com investimentos do bilionário Elon Musk, em parceria com a Nasa. O foguete está levando um automóvel Tesla até próximo da órbita de Marte. Um dos grandes feitos desse lançamento foi trazer de volta à Terra os foguetes auxiliares do Falcon Heavy. Graças a isso e a outros fatores (como o combustível utilizado), o lançamento ficou muito mais barato do que de costume. Enquanto o Falcon subia, câmeras instaladas nele enviavam imagens da Terra, nas quais obviamente se podia avistar a curvatura do planeta (confira). Não demorou muito para os terraplanistas de plantão dizerem que, como sempre, tudo não passava de encenação, de uma conspiração da Nasa (sempre ela), ainda que milhares de pessoas estivessem no local observando e filmando o lançamento e o retorno dos foguetes. 

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sexta-feira, março 10, 2017

Aço imita osso e resiste cem vezes mais à fadiga

Estrutura interna do osso
Introduzir no aço uma nanoestrutura laminada, similar à encontrada nos ossos, torna o metal muito mais resistente às rachaduras em micro e macro escalas que surgem a partir do estresse repetitivo. O desenvolvimento, não apenas de novos tipos de aço, mas também de outras ligas metálicas com essa estrutura, tem potencial para melhorar a segurança de todas as estruturas metálicas - de máquinas e veículos a edifícios - que devem suportar cargas cíclicas. A questão chave é que o aço se torna suscetível a trincas e rachaduras quando é submetido repetidamente a cargas - pense em uma ponte metálica, por onde passam veículos e caminhões; após a passagem de cada veículo, o aço da ponte retorna ao estado de “repouso”, sem carga. Isso resulta na chamada “fadiga” do material.

Motomichi Koyama e seus colegas da Universidade Kyushu, no Japão, foram buscar inspiração nos ossos, que também são submetidos a essa ciclagem constante, mas possuem uma resistência superior à do aço devido à sua subestrutura hierárquica e laminada.

Para começar a trabalhar, a equipe procurou por tipos de aço cujas estruturas já são naturalmente comparáveis à do tecido ósseo. Eles identificaram dois: o aço perlítico ferrita-cementita e o aço de plasticidade induzida de martensita-austenita. Partindo da estrutura original, os pesquisadores fizeram melhorias adicionais em ambos os tipos de aço, de modo que eles passassem a apresentar características as mais próximas possíveis daquelas dos ossos, que tipicamente resistem muito bem à propagação de rachaduras.

As melhorias deram resultado, com os dois aços otimizados mostrando-se significativamente mais resistentes à fadiga do que qualquer tipo de aço industrial. A equipe submeteu seu aço nanolaminado a ciclos repetidos de estresse, verificando que o desenvolvimento das fissuras microscópicas foi adiado em 107 ciclos em relação aos dois tipos de aço originais.

A equipe agora pretende otimizar ainda mais as melhorias, para que o aço se torne resistente a amplitudes maiores de estresse. Em seu artigo, eles já propõem vários mecanismos que pretendem testar para obter essa melhoria adicional. Também será necessário estudar como passar o método usado em laboratório para a escala industrial.


Nota: Os pesquisadores merecem palmas por conseguir tornar o aço mais resistente. Mas e o Criador dos ossos, dos quais os seres humanos copiaram a estrutura? Não merece reconhecimento e palmas, também? Os ossos são muito mais leves e resistentes à fadiga do que o aço e funcionam bem praticamente a vida toda. Além disso, contam com sistema de autorreparo, quando quebram, e não são “tecnologia de ponta”, pois já existem há mais de seis mil anos. Ossos podem ser reajustados e crescem, quando necessário. Que tipo de aço, por mais avançado que seja, faz tudo isso? O ser humano utilizou muito tempo, recursos e inteligência para desenvolver o aço. E os ossos, surgiram do nada? Seriam fruto de mutações casuais filtradas pela seleção natural? Repito: ainda bem que Deus não cobra royalties de Suas criações, senão estaríamos falidos. [MB]

Leia também: Vigas vivas

terça-feira, janeiro 10, 2017

Cientistas reproduzem teia de aranha em laboratório

Design inteligente só na cópia?
Flexível, leve e biodegradável, mas mais forte do que o aço: pesquisadores disseram na segunda-feira (9) que conseguiram produzir com sucesso teia de aranha sintética, um dos materiais mais fortes da natureza. Refinados através do longo processo de evolução [sic], os fios de seda tecidos por aranhas são 30 vezes mais finos do que um cabelo humano e mais fortes do que Kevlar, uma fibra sintética utilizada na fabricação de coletes à prova de bala. Os cientistas se esforçam há muito tempo para copiar as propriedades únicas desses fios, que são basicamente longas cadeias de moléculas de proteínas ligadas. Ao tecer, a aranha secreta uma solução proteica através de um canal estreito, ao longo do qual a acidez muda e a pressão aumenta, fazendo com que as moléculas se liguem e formem cadeias. Mas as aranhas são particularmente difíceis de se criar – produzem pequenas quantidades de seda e têm uma propensão para comer umas às outras.

Agora uma equipe de pesquisadores da Suécia disse que conseguiu copiar o feito das aranhas usando proteínas em bactérias E. coli e um “aparelho de fiação” que imita as mudanças de pH que as aranhas usam para fazer seda, segundo um estudo publicado na revista Nature Chemical Biology. “Isso nos permitiu pela primeira vez tecer seda de aranha artificial sem usar produtos químicos agressivos”, disse à AFP o coautor do estudo Jan Johansson, da Universidade Sueca de Ciências Agrárias, em Uppsala. “As altas quantidades de proteínas produzidas em bactérias nos permitem tecer um quilômetro das fibras biomiméticas com apenas um litro de cultura de E. coli”, acrescentou.

Os fios são biocompatíveis e podem ser úteis na medicina regenerativa, disse a equipe. Eles podem ser usados, disse Johansson, para a reparação da medula espinhal ou em células-tronco em crescimento para reparar corações danificados. A invenção também pode ser útil na indústria têxtil – para tornar ainda mais leve e mais forte a proteção do corpo, por exemplo.


Nota: Os evolucionistas continuam querendo nos convencer de que os cientistas gastaram tempo, dinheiro e precisaram usar muita inteligência para copiar um processo que, na natureza, surgiu por mero acaso e mutações fortuitas selecionadas pela todo-poderosa seleção natural. Você acha mesmo que um laboratório químico e de engenharia ultra avançada teria simplesmente surgido? “Ao tecer, a aranha secreta uma solução proteica através de um canal estreito, ao longo do qual a acidez muda e a pressão aumenta, fazendo com que as moléculas se liguem e formem cadeias.” Qual dessas etapas e substâncias teriam surgido primeiro? E se surgissem, que utilidade teriam, até que pudessem trabalhar em cadeia com as demais substâncias e etapas? Isso se chama complexidade irredutível, meu amigo. [MB]

domingo, setembro 25, 2016

A triste geração que tudo idealiza e nada realiza

Futuro comprometido?
Demorei sete anos (desde que saí da casa dos meus pais) para ler o saquinho do arroz que diz quanto tempo ele deve ficar na panela. Comi muito arroz duro fingindo estar “al dente”, muito arroz empapado dizendo que “foi de propósito”. Na minha panela esteve por todos esses anos a prova de que somos uma geração que compartilha sem ler, defende sem conhecer, idolatra sem porquê. Sou da geração que sabe o que fazer, mas erra por preguiça de ler o manual de instruções ou simplesmente não faz. Sabemos como tornar o mundo mais justo, o planeta mais sustentável, as mulheres mais representativas, o corpo mais saudável. Fazemos cada vez menos política na vida (e mais no Facebook), lotamos a internet de selfies em academias e esquecemos de comentar que na última festa todos os nossos amigos tomaram bala para curtir mais a noite. Ao contrário do que defendemos compartilhando o post da cerveja artesanal do momento, bebemos mais e bebemos pior.

Entendemos que as BICICLETAS podem salvar o mundo da poluição e a nossa rotina do estresse. Mas vamos de carro ao trabalho porque sua, porque chove, porque sim. Vimos todos os vídeos que mostram que os fast-foods acabam com a nossa saúde – dizem até que tem minhoca na receita de uns. E mesmo assim lotamos as filas do drive-thru porque temos preguiça de ir até a esquina comprar pão. Somos a geração que tem preguiça até de tirar a margarina da geladeira.

Preferimos escrever no computador, mesmo com a letra que lembra a velha Olivetti, porque aqui é fácil de apagar. Somos uma geração que erra sem medo porque conta com a tecla apagar, com o botão excluir. Postar é tão fácil (e apagar também) que opinamos sobre tudo sem o peso de gastar papel, borracha, tinta ou credibilidade.

Somos aqueles que acham que empreender é simples, que todo mundo pode viver do que ama fazer. Acreditamos que o sucesso é fruto das ideias, não do suor. Somos craques em planejamento Canvas e medíocres em perder uma noite de sono trabalhando para realizar.

Acreditamos piamente na co-criação, no crowdfunding e no CouchSurfing. Sabemos que existe gente bem intencionada querendo nos ajudar a crescer no mundo todo, mas ignoramos os conselhos dos nossos pais, fechamos a janela do carro na cara do mendigo e nunca oferecemos o nosso sofá que compramos pela internet para os filhos dos nossos amigos pularem.

Nos dedicamos a escrever declarações de amor públicas para amigos no seu aniversário que nem lembraríamos não fosse o aviso da rede social. Não nos ligamos mais, não nos vemos mais, não nos abraçamos mais. Não conhecemos mais a casa um do outro, o colo um do outro, temos vergonha de chorar.

Somos a geração que se mostra feliz no Instagram e soma pageviews em sites sobre as frustrações e expectativas de não saber lidar com o tempo, de não ter certeza sobre nada. Somos aqueles que escondem os aplicativos de meditação numa pasta do celular porque o chefe quer mesmo é saber de produtividade.

Sou de uma geração cheia de ideais e de ideias que vai deixar para o mundo o plano perfeito de como ele deve funcionar. Mas não vai ter feito muita coisa porque estava com fome e não sabia como fazer arroz.

(Marina Melz, revista Pazes)

domingo, agosto 07, 2016

Father.io: muito além do Pokemon Go

Caçadores de pessoas
É interessante ver que, a despeito dos muitos aspectos negativos do jogo Pokémon Go, há gente que consiga aproveitar o aplicativo para fazer o bem, como o hospital infantil que usa o jogo para tirar pacientes do leito (confira) ou mesmo igrejas que descobriram ter sido escolhidas como pokestops e que estão aproveitando isso para fazer contato com os jogadores que vão até lá em busca dos monstrinhos. Há também o caso do garoto autista que começou a perder o medo de sair de casa graças ao aplicativo (confira). A novidade é estrondosa e, como tudo o que é novo, gera receios, críticas, discussão e até debates acalorados. Ocorre que uma porta foi aberta e dificilmente será fechada. Outras novidades surgirão, aproveitando a tremenda conectividade fornecida pela internet, pelas redes telefônicas e pelos modernos smartphones.

Uma dessas novidades se chama Father.io, concebida inicialmente para dispositivos que utilizam o sistema Android. Nesse caso, o objetivo não é caçar monstrinhos virtuais, mas seres humanos de verdade. E “matá-los”. Isso ainda vai dar muito o que falar e serão escritas e publicadas análises dos pontos de vista sociológico, psicológico, teológico, comportamental... Veja o vídeo abaixo para ter uma ideia de como funciona o Father.io:


Aplicativos como esse vão banalizar ainda mais a violência? Vão promover mais acidentes como resultado da distração? De que forma as igrejas devem se posicionar em relação a essas novas tendências? Será que podem ser desenvolvidos aplicativos semelhantes para conectar as pessoas e levá-las ao conhecimento de Deus? São novas perguntas de um novo mundo que nos propõem desafios, mas também oportunidades.

Ninguém disse que seria fácil ser sal da terra numa Terra em constante mudança. O sal deve continuar sendo o mesmo, mas as maneiras de salgar poderão ser diferentes. Deus nos ajude! [MB]

sexta-feira, agosto 05, 2016

Pokémon Go é um espião da CIA?

Teoria da conspiração ou fatos?
É espantoso como uma mania, um comportamento, uma moda, uma tendência, quando alimentados pela mídia, podem tomar conta do mundo! A última novidade trata-se do aclamado jogo, que alguns têm chamado de realidade aumentada, Pokémon Go. O aplicativo tem levado milhares de pessoas para as ruas em busca dos monstrinhos e, para isso, elas usam seus smartphones equipados com câmeras e GPS, que apontam no ambiente em volta onde há pokémons que devem ser caçados. Situações absurdas têm sido relatadas, como acidentes de carro, uma jornalista que interrompeu um programa ao passar em frente à câmera caçando pokémons, mulheres caminhando sozinhas em becos perigosos, jovens ficando até alta madrugada nas ruas e praças caçando monstrinhos. É simplesmente inacreditável! Mas tem mais.

Uma nova teoria conspiratória vem afirmando que o Pokémon Go teria sido criado com fins de espionagem. Uma mensagem tem circulado nas redes sociais com milhares de visualizações, likes e compartilhamentos. Em resumo, ela diz o seguinte: Pokémon Go foi criado por John Hanke, que fundou a empresa Keyhole, um projeto de mapeamento de superfícies, comprado pelo Google e usado para fazer o Google Maps, o Google Earth e o Street View. A Keyhole foi patrocinada pela empresa In-Q-tel, que foi fundada pela CIA em 1999. A mensagem diz ainda que a CIA, indiretamente, poderia ter acesso a todos os mapas do planeta, só que eles ainda não conseguiam entrar nas casas. Com o Pokémon Go isso seria possível, já que o jogador precisa autorizar o uso da câmera, do GPS, do microfone e até dos dispositivos USB que estiverem conectados ao seu smartphone. Sempre que a permissão é dada, o celular já encontra três pokémons por perto. Se a pessoa estiver em casa, imagens do interior da residência e coordenadas serão automaticamente fornecidas por ela.

Os termos de aceitação para usar o jogo dizem o seguinte: “Nós cooperamos com agências do governo e companhias privadas. Podemos revelar qualquer informação a seu respeito ou dos seus filhos. [...] Nosso programa não permite a opção ‘Do not track’ (‘Não me espie’) do seu navegador.”

Parece um tanto bizarro isso tudo, não é mesmo? O comportamento das marionetes, digo, pokemongamers já se revela um tanto estranho. Mas essa teoria da conspiração extrapola! Haveria algum fundo de verdade nisso tudo? Sim, mas é preciso ter muita calma numa hora dessas.

A mensagem em questão é uma versão da publicação original feita em inglês no site sensacionalista Infowars, cujo autor é aficionado por teorias conspiratórias. O site tirou a ideia da hipótese levantada por um usuário do Reddit de que o Pokémon Go seria um jogo espião. O fato é que outros aplicativos e mesmo o Facebook e o Twitter avisam em seus termos de adesão – que, convenhamos, ninguém lê ­– que os dados dos usuários podem ser entregues ao governo, caso sejam solicitados. A privacidade já está ameaçada faz tempo; não é de hoje.

Por exemplo, se sua conta no Instagram for aberta, a CIA só teria o trabalho de dar uma pesquisada em seu perfil para conhecer detalhes de sua residência. E que dizer do Facebook, que tem acesso a nossos gostos, às pessoas com quem trocamos mensagens, aos lugares que frequentamos, ao local de trabalho e de estudo, aos amigos, namorados e família? Assim, fica claro que, na era da informática, a espionagem já é possível há algum tempo, mas que o Pokémon Go e aplicativos semelhantes que certamente virão podem ampliar esse recurso que, se as autoridades governamentais quiserem, está nas mãos delas.

O que vem sendo dito sobre John Hanke e sua relação com a CIA é uma meia-verdade, já que ele vendeu sua empresa para o Google em 2004 e, anos depois, fundou a Niantic, que, quanto se saiba, nada tem a ver com a CIA.

Em matéria publicada no site da revista Época, Paula Soprana propõe: “É uma boa hora de discutir se a relação que temos com os aplicativos e as redes sociais é saudável. Se vale a pena escancarar nossa privacidade a serviços que usam nossas informações para ganhar dinheiro com anunciantes e que, eventualmente, as repassam a serviços de inteligência. [...] Não custa lembrar: a internet foi criada no fim da década de 1960 para interligar laboratórios de pesquisa. Sabe de onde eles eram? Do Departamento de Defesa dos Estados Unidos.”

Já falei em meu canal no YouTube sobre o uso de drones para espionar equipamentos eletrônicos e pessoas, e sobre a origem ocultista do Pokemón que serve de base para o jogo. Dá uma olhadinha lá.

Bem, no dia em que eu vir terroristas usando celulares e caçando pokémons por aí, acho que vou desencanar...

Michelson Borges

segunda-feira, agosto 01, 2016

Sete dicas para acabar com o vício em smartphones

Usar com critérios
Os smartphones são realmente incríveis. Mas quando sua avó te pede para guardar o celular na mesa de jantar, talvez você deva ouvi-la. O vício em smartphone é algo real! Checamos obsessivamente nossos smartphones quando estamos falando, trabalhando, andando e dirigindo, mesmo quando sabemos que não devemos fazer isso. Apenas não conseguimos evitar! Mas você sabe o que dizem por aí: reconhecer que você tem um problema é o primeiro passo para resolvê-lo. Por isso, parabéns por ler a matéria aqui. Abaixo selecionamos oito dicas que você pode usas para ajudá-lo a acabar com seu vício em smartphones, resgatar seu lugar no mundo real e até sair por aí sem um celular grudado na mão (obrigado, Pokémon Go!).

1. Não use o smartphone na cama. Estudos mostram que usar o smartphone na cama não é uma boa ideia, pra começar porque a luz azul da tela mexe com seus hormônios do sono. Então, o primeiro passo é tornar sua cama um lugar livre de smartphones. De verdade, pela sua saúde.

2. Arranje um despertador de verdade. É tentador pegar o smartphone logo no começo do dia, especialmente se é ele que te faz acordar. Acabe com essa tentação e diminua o risco de acidentes caros com smartphones ao gastar um pouco em um despertador de verdade.

3. Refeições sem smartphone. Desafie a si mesmo para manter conversas com amigos e familiares sem o auxílio do smartphone por uma hora ou mais. Sem trapacear! Se alguém mencionar uma imagem engraçada do Reddit, faça com que a pessoa a descreva com gestos/palavras e/ou papel e caneta.

4. Desabilite as notificações. Sem notificações = sem razão para ficar checando o seu smartphone. Na teoria, pelo menos.

5. Apague aplicativos desnecessários. A maioria dos aplicativos do seu smartphone está lá apenas para ocupar espaço. Além disso, imagine como você seria mais produtivo se não ficasse checando Facebook, Twitter, Instagram, LinkedIn, seis contas de e-mail e o Reddit o tempo todo.

6. Dê atenção para a pessoa que está falando com você. Faça um esforço consciente para manter o smartphone fora das suas mãos durante as conversas na vida real. Foque na pessoa que está com você. De verdade.

7. Tenha um dia livre do smartphone na semana. Uma vez por semana (talvez no final de semana [melhor ainda: no sábado]), faça uma loucura e deixe o smartphone em casa. Por um dia inteiro - ou talvez metade de um dia, se estiver começando. Saia! Leia mapas de papel! Dirija sem GPS! O céu é o limite!

Lembre-se: o objetivo é combater seu vício em smartphones, não voltar completamente para a Idade da Pedra. Largar mão totalmente do seu smartphone e da Internet não vai te ajudar, mas provavelmente te deixará perdido e te fará ser demitido. Existe um meio-termo entre checar seu celular 3.165 vezes por dia e não ter um smartphone.


Nota: “Todas as energias de Satanás são postas em operação para prender a atenção em frívolas diversões, e está conseguindo seu objetivo. Está interpondo seus artifícios entre Deus e a alma. Ele forjará divertimentos a fim de impedir os homens de pensar a respeito de Deus. O mundo, cheio de esporte e do amor do prazer, está de contínuo sedento de alguma novidade; quão pouco tempo, no entanto, e pensamento, se dedicam ao Criador dos céus e da Terra!” (Ellen G. White, Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, p. 456).

quinta-feira, julho 28, 2016

Pokémon Go e a “sociedade zumbi”

Mentes dominadas
O primeiro desenho animado da história a mandar crianças para o hospital – Pokémon – estreou no Brasil em uma segunda-feira de 1999, pela Rede Record. Criada no Japão, a série é cheia de efeitos especiais, e foi por causa de um deles que se deu o curioso evento. No capítulo 38, exibido no Japão no dia 16 de dezembro de 1997, o personagem Pikachu, um dos principais da série, emitiu a certa altura raios de luz colorida. Depois de assistir à cena de apenas cinco segundos, 12 mil crianças passaram mal. Pelo menos 600 foram internadas com convulsões. Mais tarde, quando trechos do programa foram exibidos nos telejornais noturnos, muitos adultos também foram afetados. O episódio foi estudado por médicos e técnicos de animação, que concluíram que as luzes intensas poderiam causar reações em crianças com olhos sensíveis ou em pessoas com predisposição à epilepsia.

A série se passa em um mundo habitado por crianças e pelos monstrinhos “pokémons” (uma abreviatura de pocket monsters, ou monstros de bolso). Como em um jogo eletrônico, o protagonista do desenho, o garoto Ash, tem que capturar a cada episódio o maior número possível de pokémons. Para isso, conta com a ajuda de Pikachu.

No livro Pokémon & Harry Potter: A Fatal Attraction, Phil Arms afirma que, “atualmente, o Pokémon é o instrutor mais popular das crianças, que ensina como entrar no campo sombrio dos poderes e práticas ocultistas. O objetivo do Pokémon é ensinar as crianças a como usar poderes para capturar e conquistar vários monstros. Depois, com seus monstros capturados em seus bolsos, eles aumentam seus próprios poderes. Basicamente, eles estão treinando nossos filhos a como entrar e participar do mundo de atividades demoníacas”.

Uma rápida investigação nas regras, termos e fraseologia do universo Pokémon mostra de modo claro que a preocupação de Arms tem seu lugar (embora possa parecer um tanto exagerada), e que o Pokémon tem mesmo raízes ocultistas. Um dos primeiros passos que uma criança que joga Pokémon deve tomar é ir em busca de um Pokémon médium chamado Kadabra. O termo “abracadabra” se originou no mundo da magia negra e era parte do seu linguajar usado para lançar encantamentos e feitiços.

O Pokémon Kadabra pertence a uma treinadora telepática muito poderosa chamada Sabrina. Ela possui grandes poderes à sua disposição, e as crianças são instruídas a também confiar em forças sobrenaturais para poder capturar Kadabra. Às crianças que se preparam para essa busca é ensinado que seus esforços contarão com a ajuda de um amigo secreto, outro Pokémon, um fantasma chamado Haunter.

O jogo continua, e a cada nova fase as crianças são levadas ainda mais fundo na aplicação prática de habilidades do ocultismo e no conhecimento de estratégias psicológicas que as conduzem a um mundo de experiências espíritas.

Arms conclui que “há uma ênfase inegável em ensinar as crianças a lutar, matar, envenenar e usar poderes ocultistas e psíquicos para atingir suas metas. Além disso, o mundo Pokémon está ensinando às crianças que a evolução, os poderes sobrenaturais e a violência são conceitos perfeitamente aceitáveis”. Evolução e espiritualismo. Essa é a essência do conteúdo ideológico de Pokémon. Ainda bem que a febre ficou no passado. Será?

Lançado para smartphones no começo deste mês, Pokémon Go se tornou rapidamente um fenômeno, e trouxe de volta o universo dos monstrinhos de bolso. Trata-se de um game gratuito de realidade aumentada para Android e iOS. O jogo utiliza o sistema de GPS dos aparelhos para fazer com que os jogadores se desloquem fisicamente para conseguir capturar os monstrinhos da franquia da Nintendo. Realidade aumentada é um tipo de mídia que mistura o mundo real com elementos criados virtualmente. No caso de Pokémon Go, o jogador visualiza seus arredores na tela do celular capturados pela câmera, e o aplicativo insere os pokémons nesses lugares.

Além de abrir a possibilidade de que a empresa tenha acesso a contas inteiras no Google, desde e-mail ao editor de textos e outros aplicativos, o aplicativo da Nintendo registra as localizações do jogador ao longo do tempo, além verificar qual o último site que ele visitou, ajudando, com isso, a diluir ainda mais o conceito de privacidade. Ao utilizar a realidade aumentada, Pokémon Go obriga os jogadores a sair de casa para capturar novos monstros, atingir objetivos e conseguir certos itens. E pode ser difícil prestar atenção no que acontece ao redor enquanto se concentra na tela do celular. Diversos jogadores relataram que se machucaram ao tropeçar enquanto estavam distraídos.

Assim, além de trazer de volta todo o universo Pokémon, esse novo aplicativo vem dando sua contribuição para criar uma “sociedade zumbi”, colada na tela de seus smartphones, alheia à vida real. Foi-se o tempo em que o jogador controlava o jogo e os personagens. Hoje o jogador é controlado. Além disso, as linhas que dividem a realidade da fantasia estão sendo apagadas.

Mikel Cid, editor do blog especializado em tecnologia Xataka, disse que a realidade aumentada “vai ganhar mais adeptos devido ao grande trampolim que deve causar um jogo com tantos seguidores como Pokémon. Passar do mundo virtual para o mundo real é um sucesso por parte de Pokémon porque os jogadores precisam mergulhar ainda mais no jogo por causa da realidade aumentada”.

“Infelizmente, acho que não vamos demorar muito para ver casos de pessoas com problemas de roubos, atropelamentos e quedas, por estarem mais focados em olhar para a tela do que realmente ao seu redor”, previu Cid. E a previsão se concretizou. Um homem bateu o carro em uma árvore na região de Nova York, nos Estados Unidos, no dia 12. A vítima estava tão concentrada na captura do pokémon que desviou a atenção e o carro saiu da estrada, colidindo com a árvore. Um dia antes do acidente, a jornalista Allison Kropff, da emissora 10 News WTSP, nos Estados Unidos, estava tão viciada no jogo que interrompeu a transmissão do programa, que estava na hora da previsão do tempo, para tentar capturar um pokémon.

Esse tipo de fenômeno mostra como as pessoas estão cada vez mais envolvidas e absorvidas pela tecnologia, com os olhos pregados nas telas e misturando o real com o imaginário. O que esse comportamento poderá fazer com a mente delas? Mais e mais envolvidas com a realidade aumentada não terão diminuída a capacidade de discernir a realidade? Só o tempo dirá, mas parece que as respostas não serão muito boas.

Michelson Borges



domingo, junho 12, 2016

Músculos para robôs inspirados no bíceps humano

Inteligência para fazer uma cópia
Se a robótica industrial quiser ir além dos braços automatizados usados atualmente, será necessário garantir uma convivência pacífica dos robôs com os operários humanos. A principal abordagem nesse caminho considera que, para tornar os robôs mais cooperativos e menos arriscados para os trabalhadores, será necessário que eles sejam mais macios e operem de forma mais suave. Essa é a proposta da equipe do professor George Whitesides, da Universidade de Harvard, que vem criando mão robóticas e até tentáculos robóticos flexíveis, capazes de agir com delicadeza sem perder a força. Agora a equipe criou um novo tipo de músculo artificial de borracha que gera movimento de forma similar aos músculos biológicos. “Já foram desenvolvidos outros atuadores macios, mas este é mais similar aos músculos em termos de tempo de resposta e eficiência. Em termos de funcionalidade, nosso atuador modela o músculo bíceps humano”, disse Whitesides.

Ao contrário de sistemas similares pneumáticos, que usam o ar-comprimido para se expandir, o novo músculo artificial se contrai quando o ar é retirado do sistema, ou seja, ele é operado por “vácuo” - o nome completo do mecanismo é “Estrutura Pneumática Inspirada em Músculos Acionada por Vácuo”, ou VAMPS, na sigla em inglês. A vantagem óbvia é que a coisa não explode se algo der errado na linha pneumática ou se a força a que for submetida superar sua capacidade.

O atuador é um elastômero com câmaras ocas que lembram favos de mel. Quando o ar é retirado, as câmaras colapsam e o atuador inteiro se contrai, gerando o movimento. A estrutura das câmaras pode ser ajustada para gerar um movimento linear, rotativo, de curvatura ou movimentos combinados.


Nota: Os músculos robóticos foram inspirados no músculo humano e exigiram dinheiro, tecnologia e inteligência para serem criados. E os músculos humanos que inspiraram a cópia inteligente? [MB]

quinta-feira, junho 09, 2016

O perigo de olhar para o celular na frente dos filhos

Cuidado com esse muro!
Indiscutivelmente, um dos novos vícios dos pais da atualidade é ficar olhando o tempo todo para a tela do celular. Estamos tão acostumados a verificar e-mails e redes sociais o tempo todo, que acabamos fazendo isso quase sempre na frente de nossos filhos, não dando a eles a devida atenção. Encontrei alguns textos bem interessantes falando sobre esse assunto em sites internacionais e decidi traduzi-los e resumi-los para postar aqui no blog. Veja que interessante:
  
De acordo com um novo estudo realizado por psicólogos da Universidade de Indiana, os pais que ficam olhando o telefone enquanto estão nas horas livres com seus filhos podem criar os filhos com déficit de atenção. A pesquisa mostra que a atenção é totalmente afetada pela interação social. “Os cuidadores que se mostram distraídos, ou cujos olhos não focam nos filhos enquanto brincam, parecem ter um impacto negativo enorme na atenção dos bebês num estágio-chave do desenvolvimento”, disse o líder do estudo, Chen Yu. “Eles aprendem observando-nos a como ter uma conversa, como ler expressões faciais de outras pessoas. E se isso não está acontecendo, as crianças estão perdendo marcos importantes de desenvolvimento.”

Além disso, estudos mostram que as crianças estão desenvolvendo obsessão por tecnologia, por meio dos exemplos das mães e dos pais, e isso está começando a afetar a saúde mental e o desempenho escolar.

“Há uma tendência alarmante de pais ignorando seus filhos de todas as idades, dando mais atenção a seus telefones e tablets do que aos seus arredores imediatos.”

Consequentemente, as crianças podem sentir que não estão recebendo a atenção de que precisam. “As crianças que necessitam de capacidade de resposta dos pais quando estão com raiva, tristes, frustradas ou animadas, agora acham que devem competir por isso, é quase como lidar com a rivalidade entre irmãos. Só que o rival é um novo dispositivo eletrônico. Essa tendência, se não for controlada, pode levar a problemas psicológicos.”

O assunto está tão em alta que na China fizeram uma campanha chamada “Phone Wall” (Telefone Parede) para conscientizar as pessoas sobre a gravidade dessa barreira que os telefones geram entre pais e filhos.

Abaixo veja quatro razões básicas para deixar o telefone bem longe enquanto você está com seus filhos:

1. Autoestima positiva. Dando atenção quando as crianças estão fazendo coisas positivas, constrói-se a autoconfiança. Se respondermos com entusiasmo às suas tentativas de aprender e descobrir coisas novas, garantimos que as crianças vão continuar tentando. As crianças precisam de nosso “olho no olho”, de nossa aprovação e encorajamento.

2. Segurança emocional. Dar às crianças a atenção positiva também impacta em sua segurança emocional. Quando as crianças sabem que seus pais estão prestando atenção no que estão fazendo, elas desenvolvem confiança.

3. Desenvolvimento das crianças. Bebês se desenvolvem quando as pessoas fazem contato visual e falam diretamente com eles. Estão aprendendo as palavras e comportamentos a partir do exemplo. A conversa constrói.

4. Prioridade. Os filhos precisam ser nossa prioridade e não nossos telefones. Para a criança crescer, ela precisa de nós.

segunda-feira, maio 23, 2016

“Sexto sentido” é desativado quando dirigimos ao celular

Atrás do volante, dirija
Quando nos sentados atrás do volante e nos preparamos para sair com o carro, nosso cérebro aciona involuntariamente uma espécie de “sexto sentido” que, de forma inconsciente, nos faz evitar erros na estrada. No entanto, segundo um estudo recente, esse mecanismo importante deixa de funcionar quando mexemos no celular enquanto dirigimos. Para a pesquisa, 59 voluntários permaneceram sentados diante de simuladores de direção de alta-fidelidade com quatro cenários de condução. No primeiro, eles guiavam o volante em condições normais, sem distrações. No segundo, eram feitas perguntas difíceis que tentavam tirar o foco dos voluntários. A terceira parte consistia em responder questões emotivas para deixar os participantes emocionalmente perturbados e, na última parte do teste, os motoristas precisavam mandar mensagens de texto no celular enquanto dirigiam. Em todas as condições adversas as pessoas testadas se atrapalhavam na direção, mas no único momento em que elas não conseguiam permanecer em linhas retas e desviam da pista era quando utilizavam o celular para digitar textos. A pesquisa apenas reitera dados revelados em diversos estudos que confirmam que usar o celular no volante aumenta as chances de acidentes por desvio de foco e atenção. Portanto, se você insiste em encarar o hábito como algo inocente, saiba que está colocando em risco a sua vida e de seus familiares.

segunda-feira, maio 09, 2016

Drones espiões e descanso dominical na Europa

Snowden: liberdade vigiada
Na semana passada, Edward Snowden, ex-funcionário da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos que hoje vive exilado na Rússia, fez uma nova denúncia à mídia. Segundo ele, drones alimentados por energia solar ficarão no ar por semanas rastreando os movimentos não apenas de indivíduos, mas de populações inteiras. Em artigo publicado no The Intercept, ele escreveu que esses drones poderão rastrear equipamentos como laptops, smartphones e iPads, de modo que será possível saber onde as pessoas estão e para onde vão.

Snowden disse o seguinte: “No contexto de hoje, a justificativa é o terrorismo, mas não necessariamente porque nossos líderes estão particularmente preocupados com o terrorismo em si, ou porque eles achem que exista uma ameaça à sociedade. Eles reconhecem que mesmo se nós tivéssemos um 11 de Setembro todo ano, ainda estaríamos perdendo mais pessoas por acidades de carro e doenças do coração, e não vemos o mesmo gasto de recursos para responder a essas ameaças mais significativas.”

Então por que todo esse interesse em vigilância antiterrorismo? De acordo com Snowden, o maior medo da liderança dos Estados Unidos é ser acusada de ser fraca em face dos desafios modernos. “Nossos políticos estão mais temerosos das políticas do terrorismo – da acusação de que eles não levam o terrorismo a sério – do que do crime em si mesmo”, ele escreveu.

Já na Europa, a preocupação de alguns políticos tem sido outra, além do terrorismo, é claro. Num artigo publicado na revista The Parliament, Thomas Mann, do Partido Europeu do Povo, menciona que, seis anos atrás, 72 organizações iniciaram a primeira conferência europeia sobre o domingo sem trabalho. Juntamente com mais de 400 participantes, foi feito um apelo oficial ao Conselho Europeu, ao Parlamento e à Comissão. Mann escreveu o seguinte: “Nossa mensagem para as instituições foi esta: defendemos um domingo livre de trabalho para todos os cidadãos europeus, estabelecendo o domingo como um dia livre de trabalho dentro das diretivas de regulação do trabalho. A conferência foi um alicerce para a criação da Aliança Europeia do Domingo, em 2011. Subsequentemente, decidimos estabelecer um grupo de interesse no Parlamento Europeu, o qual eu tenho a honra de co-liderar. Meu colega dinamarquês Ole Christensen lançou um rascunho de relatório sobre o contexto estratégico da União Europeia sobre saúde e segurança no trabalho, no período de 2014-2020. Em minha opinião, o número que chama mais a atenção é que, a cada ano, mais de quatro mil trabalhadores morrem por acidentes de trabalho e são contraídas 150 mil doenças fatais relacionadas ao trabalho.”

Saúde e segurança no trabalho, além dos já conhecidos argumentos em favor da família e da natureza, são temas mobilizadores. Mann garante que dados de pesquisas da União Europeia sobre condições de vida e trabalho e entrevistas com mais de 43 mil trabalhadores em 35 países demonstram que o trabalho aos domingos está associado com um risco muito maior de acidentes, doenças, problemas de saúde e efeitos negativos em participação social e interação.

“Isso se deve mais provavelmente ao fato de que o domingo é, tradicionalmente, um dia de descanso, lazer e atividades com participação social”, escreveu o político. E disse mais: “Existe uma diferença decisiva entre o domingo e qualquer outro dia livre na semana. Nos domingos, temos a possibilidade única de relaxar e gastar tempo com a família e os amigos. Então o domingo é um equilíbrio [na relação] trabalho-vida, e são ambos fatores cruciais no debate sobre saúde e segurança no trabalho.”

E ele finaliza o artigo fazendo uma conclamação: “Precisamos defender os trabalhadores contra a filosofia do empregado-sempre-disponível. Parlamentares e a União Europeia devem defender lado a lado conosco a guarda do domingo como dia de descanso, recreação e serviço religioso.”

Só não vê quem não quer que o cenário profético descrito na Bíblia e em livros como O Grande Conflito está perfeitamente montado. Por um lado, vemos o dragão do Apocalipse afiando as garras e incrementando sua capacidade de vigilância sobre o mundo, usando como justificativa o conhecido argumento do combate aos terroristas e fundamentalistas. Por outro lado, vemos avançar as propostas simpáticas em favor do descanso dominical, uma ideia que está conquistando o planeta, o que tornará fácil sua aprovação em forma de lei, num futuro próximo. Todos concordarão com essa lei, exceto um pequeno grupo que se manterá fiel à lei de Deus na Bíblia e que, por isso, será visto como teimoso, fanático e fundamentalista, e certamente poderá ser um dos alvos principais dos drones caçadores.

Teoria da conspiração? Quem viver, verá.

Michelson Borges

(Com informações da revista The Parliament e do site RT Question More; colaborou: Alexsander Silva)