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quarta-feira, julho 22, 2015

E se o aquecimento global não for causado pelo CO2?

Causa não antropogênica
“Os clorofluorocarbonos (CFCs) são os grandes culpados pelo aquecimento global desde os anos 1970, e não o dióxido de carbono (CO2). E como a concentração de CFCs na atmosfera terrestre caiu desde o Protocolo de Montreal, o aquecimento global é coisa do passado, ainda que o CO2 continue a aumentar.” Estas alegações surpreendentes estão sendo feitas por uma equipe da Universidade de Waterloo, no Canadá. “O pensamento convencional diz que a emissão de gases não-CFC produzidos pelo homem, como o dióxido de carbono, tem sido a maior indutora do aquecimento global. Mas analisamos dados desde a Revolução Industrial que mostram de forma convincente que o entendimento convencional está errado”, afirmou Qing-bin Lu em uma nota anterior emitida pela universidade de Waterloo. “De fato, os dados mostram que os CFCs atuando em conjunto com os raios cósmicos causaram tanto o buraco de ozônio polar como o aquecimento global.”

O professor Qing-Bin Lu, coordenador do trabalho, conseguiu agora lançar um livro com a descrição de sua teoria e com todos os dados que a fundamentam. Qing-Bin Lu e seus colegas propõem, com base em dados reais, que os elétrons decorrentes dos raios cósmicos desempenham um papel fundamental no disparo de reações que destroem a camada de ozônio. Eles chamam o processo de “Mecanismo das Reações Induzidas por Elétrons Derivados dos Raios Cósmicos”, simplificado na sigla CRE, para a expressão em inglês cosmic ray electrons.

A equipe desenvolveu então, com base nessas reações, um modelo de previsão muito mais simples do que os modelos usados pelos cientistas do IPCC, por exemplo - e o modelo simplificado apresentou uma capacidade preditiva impressionante.

A teoria CRE estabelece que existem variações cíclicas de 11 anos - o mesmo período dos ciclos solares - na perda de ozônio polar e no resfriamento estratosférico associado com essa perda, ambos confirmados por dados recolhidos sobre a Antártida nas últimas décadas. Surpreendentemente, também foi observada uma correlação linear quase perfeita, com um coeficiente de até 0,98, entre os CFCs e a temperatura média da superfície da Terra.

Apesar de usar zero ou poucos parâmetros, o modelo desenvolvido pela equipe tem mostrado excelentes concordâncias com os dados observacionais da camada de ozônio e da temperatura da superfície, com uma precisão próxima aos 90%. Por exemplo, com respeito ao aumento da temperatura média global do período 1950-1975, o aumento previsto pelo modelo para o ano de 2014 era de 0,620 ºC, e o acréscimo real observado foi de 0,623º C.

“Meus cálculos do efeito estufa induzido pelos CFCs mostram que houve um aquecimento global de cerca de 0,6 ºC de 1950 a 2002, mas a Terra tem de fato esfriado desde 2002. A tendência de resfriamento deverá continuar nos próximos 50 a 70 anos conforme a quantidade de CFCs na atmosfera continua a cair”, disse Lu.

Os dados se mantêm mesmo com a tendência de aumento da quantidade de CO2 na atmosfera. Por outro lado, recentemente foram identificados novos gases que ameaçam a camada de ozônio.

A queda na temperatura média global da Terra - o chamado hiato do aquecimento global - tem sido uma pedra no sapato do IPCC e tem dificultado o trabalho de convencimento que os climatologistas tentam fazer com os políticos em busca de ações para tentar reverter as mudanças climáticas.

Recentemente, um trabalho publicado na revista Science por pesquisadores da Universidade de Washington defendeu que o aquecimento global só voltará em 15 ou 20 anos - se os cálculos de Lu estiverem corretos, talvez ele nem mesmo volte.


Nota: Em 2011 eu já havia postado sobre a influência dos raios cósmicos no aquecimento global (confira aqui). Infelizmente (à semelhança do que ocorre na controvérsia entre o criacionismo e o evolucionismo), os cientistas do consenso se recusam a levar a sério dados discrepantes ou mesmo outros modelos. Os interesses relacionados com a bandeira ecológica são tantos e tão fortes, que pesquisas como essa da Universidade de Waterloo (não se trata de negacionistas malucos) são deliberadamente ignoradas. E o motivo é claro: se o aquecimento global não estiver sendo causado pelo ser humano, não haverá nada que possamos fazer para detê-lo e esse argumento típico de “instinto de manada” não mais poderá ser usada para mudar a vida das pessoas. Alguém pode avisar o papa, por favor? [MB]

sexta-feira, janeiro 23, 2015

“Relógio do Apocalipse”: três minutos para o fim do mundo

Cientistas do BAS
O fim do mundo está próximo! A depender do alerta emitido nesta quinta-feira pelo Boletim de Cientistas Atômicos (BAS, na sigla em inglês), ao adiantar em dois minutos o “Relógio do Apocalipse”, que agora marca três para meia-noite, vivemos uma situação tão perigosa quanto a da Guerra Fria. A última vez em que a situação esteve tão crítica foi em 1984, num momento em que o recrudescimento das hostilidades entre os EUA e a então União Soviética ameaçavam a humanidade com uma guerra nuclear. Desta vez, a principal ameaça vem do clima. “Isto é sobre o fim da civilização como nós a conhecemos”, disse Kennette Benedict, diretora-executiva do BAS. “A probabilidade de uma catástrofe global é muito alta, e as ações necessárias para reduzir os riscos são urgentes. As condições são tão ameaçadoras que estamos adiantando o relógio em dois minutos. Agora faltam três para a meia-noite.”

A emissão de dióxido de carbono e outros gases está transformando o clima do planeta de forma perigosa, alertou Kennette, o que deixa milhões de pessoas vulneráveis ao aumento do nível do mar e a tragédias climáticas. Em comunicado, o BAS faz duras críticas aos líderes globais, que “falharam em agir na velocidade ou escala requerida para proteger os cidadãos de uma potencial catástrofe”.

O consultor e ambientalista Fabio Feldmann considera o alerta “bastante razoável” e destaca a falta de mobilização de governos e sociedades como o principal entrave.
“Se há um ano eu falasse sobre os riscos da crise hídrica em São Paulo, seria tachado de apocalíptico, mas veja a situação agora”, disse Feldmann. “A realidade está superando as previsões científicas, mas não está colocando o tema na agenda. Esse é o drama.”

Além da questão climática, o BAS alerta sobre a modernização dos arsenais nucleares, principalmente nos EUA e na Rússia, quando o movimento ideal seria o de redução no número de ogivas. Estimativas mostram a existência de 16.300 armas atômicas no mundo, sendo que apenas cem seriam suficientes para causar danos de longo prazo na atmosfera do planeta.

“O processo de desarmamento chegou a um impasse, com os EUA e a Rússia aplicando programas de modernização das ogivas – minando os tratados de armas nucleares – e outros detentores se unindo nessa loucura cara e perigosa”, informou o BAS.

A organização pede que lideranças globais assumam o compromisso de limitar o aquecimento global a dois graus Celsius acima dos níveis pré-industriais e de reduzir os gastos com armamentos nucleares. “Não estamos dizendo que é muito tarde, mas a janela para ações está se fechando rapidamente”, alertou Kennette. “O mundo precisa acordar da atual letargia. acreditamos que adiantar o relógio pode inspirar mudanças que ajudem nesse processo.”

O BAS foi fundado em 1945 por cientistas da Universidade de Chicago (EUA) que participaram no desenvolvimento da primeira arma atômica, dentro do Projeto Manhattan. Dois anos depois, eles decidiram criar a iniciativa do relógio, para “prever” quão perto a humanidade estaria da aniquilação. Na época, a principal preocupação era com o holocausto nuclear, mas, a partir de 2007, a questão climática passou a ser considerada pelo grupo. As decisões de ajustar ou não o relógio são tomadas com base em consultas a especialistas, incluindo 18 vencedores do Prêmio Nobel.

Desde a criação, o “Relógio do Apocalipse” foi ajustado apenas 22 vezes. O momento mais crítico aconteceu em 1953, com o horário marcando 23h58, por causa dos testes soviéticos e americanos com a bomba de hidrogênio. A assinatura do Tratado de Redução de Armas Estratégicas, em 1991, fez o relógio marcar 17 minutos para a meia-noite, a situação mais confortável até hoje.

O último ajuste do relógio aconteceu em 2012, para 23h55, com o BAS alertando sobre os riscos do uso de armas nucleares nos conflitos do Oriente Médio e o aumento na incidência de tragédias naturais.


Nota: Nada como o medo para motivar ações drásticas no planeta. De qualquer forma, é bom ver que há mais pessoas percebendo que este mundo é um barril de pólvora prestes a explodir. [MB]

terça-feira, julho 22, 2014

Carne bovina é 10 vezes mais custosa ao meio ambiente

Gosto que custa caro
O gado bovino demanda 28 vezes mais terra e 11 vezes mais irrigação que os suínos e as aves, e uma dieta com sua carne é dez vezes mais custosa para o meio ambiente, segundo um estudo [Land, irrigation water, greenhouse gas, and reactive nitrogen burdens of meat, eggs, and dairy production in the United States] publicado nesta segunda-feira pela revista Proceedings da National Academy of Sciences. Matéria da EFE, no Yahoo Notícias, com informações adicionais do EcoDebate. O estudo foi conduzido por Ron Milo do Instituto Weizmann de Ciência, em Rehovot (Israel), com a colaboração de pesquisadores do Centro Canadense de Pesquisa de Energias Alternativas, do Conselho Europeu de Pesquisa, e Charles Rotschild e Selmo Nissenbaum, do Brasil. A equipe observou as cinco fontes principais de proteínas na dieta dos americanos: produtos lácteos, carne bovina, carne de aves, carne de suínos e ovos. O propósito era calcular os custos ambientais por unidade nutritiva, isto é, uma caloria ou grama de proteína.

A composição do índice encontrou dificuldades dada à complexidade e às variações na produção dos alimentos derivados de animais. Por exemplo, o gado pastoreado na metade ocidental dos Estados Unidos emprega enormes superfícies de terra, mas muito menos água de irrigação que em outras regiões, enquanto o gado em currais e alimentado com ração consome, principalmente, milho, que requer menos terra, mas muito mais água e adubos nitrogenados.

A informação que os pesquisadores usaram como base para seu estudo proveio, majoritariamente, dos bancos de dados do Departamento de Agricultura. Os insumos agropecuários levados em consideração incluíram o uso da terra, da água de irrigação, das emissões dos gases que contribuem para o aquecimento atmosférico, e do uso de adubos nitrogenados. Os cálculos mostraram que o alimento humano de origem animal com o custo ambiental mais elevado é a carne bovina: dez vezes mais alto que todos os outros produtos alimentícios de origem animal, inclusive carne suína e de aves.

“O gado requer, na média, 28 vezes mais terra e 11 vezes mais água de irrigação, emite cinco vezes mais gases e consome seis vezes mais nitrogênio que a produção de ovos ou carne de aves”, indica o estudo. Por seu lado, a produção de carne suína ou de aves, os ovos e os lácteos mostraram custos ambientais similares.


Os autores se mostraram surpreendidos pelo custo ambiental da produção de lácteos, considerada em geral menos onerosa para o ambiente. Se for levado em conta o preço de irrigação e os adubos que se aplicam na produção da ração que alimenta o gado bovino para ordenha, assim como a ineficiência relativa das vacas comparadas com outros bovinos, o custo ambiental dos lácteos sobe substancialmente.


Nota: Em lugar de propor que o domingo seja reservado como “dia para salvar a Terra” (confira), se todos se tornassem vegetarianos, os benefícios para o meio ambiente seriam bem maiores. Mas suspeito que isso nunca vá acontecer... Muitas pessoas consideram seu paladar mais importante do que tudo o mais. [MB]

domingo, março 23, 2014

Nasa prevê colapso da humanidade nas próximas décadas

Quanto tempo mais?
A humanidade está na iminência de um colapso por conta da instabilidade econômica e do esgotamento dos recursos naturais. Essa foi a conclusão de um estudo financiado pela Nasa, a agência espacial norte-americana. Com o uso de modelos matemáticos a agência norte-americana previu o colapso do planeta Terra mesmo quando eram feitas estimativas otimistas, segundo o jornal britânico Independent. Usando como modelo o colapso de antigas civilizações, como Roma, Gupta (indiana) e Han (chinesa), a Nasa concluiu que a elite da atual sociedade elevou o padrão de consumo a níveis preocupantes, disparando um alerta de colapso da nossa civilização baseada em cidades e na industrialização. “Esse ciclo de crescimento-colapso é recorrente na história da humanidade”, explica o matemático Safa Motesharri.

Motesharri e sua equipe exploraram diversos fatores capazes de causar a extinção da sociedade, como as mudanças climáticas, o crescimento populacional, por exemplo. Os pesquisadores descobriram que a junção desses fatores, aliada à escassez de recursos e a divisão da sociedade entre elite e massas termina por destruir esse arranjo social. Assim aconteceu em todos os impérios da Antiguidade, explica o cientista.

Entretanto, o cientista não considera o fenômeno irreversível. Para evitar o colapso da sociedade, o cientista diz que será necessária uma ação das verdadeiras elites para restaurar o equilíbrio econômico e do uso dos recursos naturais - essa é a única maneira de deter o impacto da ação humana sobre o meio ambiente.

terça-feira, abril 17, 2012

Quer salvar o planeta? Pare de comer carne

Quer ajudar o clima? Que tal reduzir seu consumo de carne? [Melhor ainda: parar de comer carne.] Pelo menos no mundo desenvolvido, esse passo pode ser necessário a fim de estabilizar os níveis atmosféricos de um gás do efeito estufa, o óxido nitroso. O óxido nitroso é o maior contribuinte do homem à destruição do ozônio estratosférico (o “buraco de ozônio”), e o terceiro gás que mais contribui para o efeito estufa, depois do dióxido de carbono e do metano. Cerca de 80% das emissões humanas de óxido nitroso são provenientes da agricultura. Bactérias convertem o nitrogênio encontrado no esterco bovino ou o excesso deixado no solo em gás óxido nitroso. Cada quilo de carne que comemos requer múltiplos quilos de grãos, e cada grão, por sua vez, requer a utilização de fertilizantes contendo azoto, de modo que a quantidade de óxido nitroso liberado por caloria da carne (e laticínios) é muito maior do que simplesmente comer as culturas (verduras, frutas) diretamente.

Pesquisadores analisaram várias trajetórias possíveis para as futuras emissões de óxido nitroso, inclusive estabilizar os níveis atmosféricos de óxido nitroso deste século. Eles consideraram que alterações às emissões seriam necessárias para atingir essa meta.

Uma abordagem para reduzir a quantidade de óxido nitroso emitida é a utilização de azoto de maneira mais eficiente para cada quilo de grãos ou carne produzido. Mas reduzir a demanda por carne também é eficaz.

“Se quisermos chegar à redução mais agressiva – o que realmente estabiliza o óxido nitroso – temos que usar todos os itens acima, incluindo mudanças na dieta”, disse o pesquisador Eric Davidson. Ele mostrou que seria necessário reduzir o consumo de carne no mundo desenvolvido em 50% para gerir o azoto duas vezes mais eficientemente.

Essa análise é consistente com outros estudos, como um relatório de 2006 da ONU, que afirmou que a pecuária contribui mais para a mudança climática do que o transporte. Se incluirmos o metano – liberado em grandes quantidades por ruminantes como o gado – e as emissões de dióxido de carbono da produção de fertilizantes, as emissões de gases de efeito estufa provenientes da agricultura e pecuária são ainda maiores.

O óxido nitroso é liberado em quantidades muito menores do que o dióxido de carbono e o metano, mas é cerca de 300 vezes melhor em capturar calor, e dura na atmosfera por cerca de 100 anos, de modo que cada uma de suas moléculas contribui muito para o aquecimento climático.

Então, a solução é a redução do consumo de carne. Mas isso tem chances de acontecer? Davidson ressalta que, 30 anos atrás, ninguém acharia possível que o tabagismo fosse proibido em bares, ou que o consumo de cigarro diminuísse. Tudo pode acontecer.

De acordo com o estudo de Davidson, o consumo anual médio per capita de carne no mundo desenvolvido foi de 78 quilos em 2002 e está projetado para crescer para 89 quilos em 2030. Enquanto isso, no mundo em desenvolvimento foi de 28 quilos em 2002, projetado para crescer para 37 em 2030.

“Temos vivido de uma forma muito luxuosa. Ir de 82 kg de carne por ano a 40 não deveria ser pedir muito”, disse a cientista Christine Costello.


Nota: O fato é que existem muitas boas razões defendidas pelos adventistas do sétimo dia há mais de cem anos no sentido de que se reduza e mesmo se abandone a dieta cárnea: (1) saúde – está provado que a dieta vegetariana é a que mais promove a saúde e a longevidade; (2) crueldade com os animais – todo consumidor de carne deveria, alguma vez, visitar um matadouro para ter noção do sofrimento que é infligido aos animais criados para abate; além disso, os adventistas anseiam a volta de Jesus e o estabelecimento do Reino de Deus; lá não mais haverá morte, portanto, adeus churrasco!; (3) cuidado com o meio ambiente – as vastas pastagens destinadas à criação de gado poderiam ser mais bem aproveitadas com o cultivo de sementes e hortaliças que seriam mais do que suficientes para alimentar a população mundial, com um custo muito menor e um impacto ambiental bem mais reduzido. Qualquer um dos motivos acima (e muitos outros) é justificativa mais do que suficiente para uma equilibrada e sábia reforma em nosso estilo de vida e em nossa dieta. O planeta, nosso corpo e nossa mente agradecem.[MB]


Leia também: "Quando e por que me tornei vegetariano"

segunda-feira, novembro 28, 2011

Efeito do CO2 no clima é “superestimado”

Um novo estudo sugere que as temperaturas globais podem ser menos sensitivas à concentração atmosférica de dióxido de carbono (CO2) do que pensamos. Os pesquisadores dizem que as pessoas ainda devem esperar “mudanças drásticas” no clima mundial, mas que o risco é um pouco menos iminente. Modelos climáticos antigos usaram medições meteorológicas dos últimos 150 anos para estimar o efeito do aumento do CO2. Desses modelos, os cientistas têm dificuldades em estreitar suas projeções, e ao invés de conseguir um dado único, projetam um campo de temperaturas esperadas, baseado nos níveis de CO2 dos tempos pré-industriais. A nova análise, que incorpora dados paleolíticos, tenta projetar as temperaturas futuras com um pouco mais de certeza.

O líder do estudo, Andreas Schmittner, da Universidade Estadual de Oregon, explica que ao analisar as temperaturas da era glacial mais recente – 21 mil anos atrás, quando os humanos não provocavam impacto nas temperaturas globais –, o grupo descobriu que esse período não era tão gelado quanto se estimava. “Isso implica que o efeito do CO2 no clima é menor do que pensávamos”, explica. Ao incorporar essa nova descoberta, eles foram capazes de reduzir a incerteza das projeções climáticas futuras.

Os novos modelos predizem que, em comparação com os níveis de dióxido de carbono pré-industriais, a temperatura da superfície terrestre vai subir entre 1,7 °C a 2,6 °C. Isso é muito menor do que o sugerido pelo Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas em 2007, que seria de 2 °C a 4,5 °C.

Os autores não afirmam que a influência humana nas mudanças climáticas deveria ser tratada com menos seriedade. Mas sim que para acontecer uma catástrofe gigantesca no planeta, nós teríamos que aumentar o CO2 muito mais do que o previsto no futuro próximo.

“Mas nós não queremos que isso aconteça nunca, certo?”, comenta o membro do grupo, Antoni Rosell-Mele. “Pelo menos, já que ninguém está fazendo muito para diminuir as emissões de CO2, temos um pouco mais de tempo.”

(Hypescience)

Nota: A Igreja Católica (clique aqui) e o pessoal que defende o ECOmenismo (clique aqui) têm suas motivações próprias para alardear o risco do aquecimento global antropogênico. O fato é que esse aquecimento provavelmente tenha outra causa, independente das motivações político/religiosas por trás da discussão.[MB]

Leia também: “5.000 novos e-mails revelam o lado podre, mafioso e político dos cientistas do IPCC”

quarta-feira, novembro 02, 2011

Mudanças climáticas e o aumento das catástrofes

Seca, inundações, ciclones e incêndios: os desastres climáticos estão mais frequentes e intensos com o aquecimento global provocado por atividades humanas [sic]. A tendência é que esta situação se agrave, alerta um relatório da ONU sobre o clima. Claro que o impacto do aquecimento climático sobre os eventos depende de sua natureza e de sua distribuição, muito desigual, entre as diferentes regiões do mundo. Além disso, o nível de certeza das previsões formuladas por especialistas varia com a quantidade e a qualidade dos dados disponíveis. Mas os centenas de cientistas que redigiram este relatório para o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) são contundentes: os eventos climáticos extremos serão, no geral, mais graves e mais frequentes nas próximas décadas, um risco a mais para a maior parte dos habitantes de nosso planeta.

“Este é o maior esforço já realizado para avaliar o modo como as catástrofes estão mudando”, afirmou Neville Nicholls, professor da Universidade Monash de Melbourne e coordenador de um dos capítulos desse relatório, que deve ser revisado pela ONU durante a reunião em Kampala, antes da publicação, programada para o dia 18 de novembro. Essa publicação coincide com uma série de catástrofes naturais devastadoras que suscitaram muitas interrogações e inquietações.

Em 2010, temperaturas recordes favoreceram incêndios que destruíram florestas da Sibéria, enquanto o Paquistão e a Índia sofreram com inundações sem precedentes. Neste ano, os Estados Unidos registraram um número recorde de desastres, desde o transbordamento do Mississippi e do Missouri até o furacão Irene, passando pela seca terrível que afeta atualmente o Texas. Na China, regiões inteiras sofrem com secas intensas, enquanto chuvas devastam a América Central e a Tailândia.

Trata-se apenas de anormalidades climáticas momentâneas ou são consequências, profundas e duráveis, do aquecimento global? A maior parte desses eventos é consequência do aquecimento climático produzido por ação humana [sic]: aumento das temperaturas, do teor de água na atmosfera e da temperatura dos oceanos, segundo o relatório. Todos eles são fatores propícios para agravar e provocar eventos climáticos extremos.

De acordo com o relatório, apoiado em centenas de estudos publicados nos últimos anos, é quase certo que, de 99% a 100%, a frequência e a magnitude dos recordes diários de calor vai aumentar em escala planetária neste século 21. E é também muito provável (90% a 100%) que a duração, a frequência e a intensidade das ondas de calor continuarão a aumentar em quase todas as regiões. Os picos de temperatura vão provavelmente (66% a 100% de certeza) aumentar em relação ao fim do século 20, até 3°C em 2050 e 5°C até 2100.

Muitas áreas, particularmente os trópicos e as latitudes elevadas, vão enfrentar chuvas e neves mais intensas. Paralelamente as secas vão se agravar em outros pontos do globo, em especial no Mediterrâneo, na Europa Central, na América do Norte, no nordeste do Brasil e na África austral.

O aumento do nível dos mares e da temperatura das águas vai provocar ciclones mais destrutivos, enquanto o derretimento das geleiras e do permafrost, combinada com mais precipitações, poderá provocar mais deslizamentos, diz o IPCC.

(Veja)

Nota: Ninguém nega que as catástrofes climáticas e geológicas estejam aumentado em anos recentes. O fator discutível é o papel humano nisso tudo. Sem dúvida que as atividades poluidoras do ser humano podem contribuir (e provavelmente estejam contribuindo) para o aquecimento, mas certamente não constituem o maior problema. Segundo pesquisas de astrônomos, a atividade solar se constitui no maior fator de aquecimento da Terra. A quem interessa colocar toda a culpa no ser humano? Que interesses estão por trás dessa engenharia social? Pesquise sobre ECOmenismo aqui no blog. De qualquer forma, independentemente de qual ou quais sejam as causas diretas dessas catástrofes, uma coisa é certa: elas cumprem as profecias. Confira: [MB]

“Antes que o Filho do homem apareça nas nuvens do céu, tudo na natureza estará em convulsão. Raios do céu unindo-se ao fogo na Terra farão com que as montanhas queimem como uma fornalha e lancem suas torrentes de lava sobre aldeias e cidades. Massas derretidas de rochas lançadas na água pela sublevação das coisas ocultas na Terra farão ferver a água e arremessarão pedras e terra. Haverá fortes terremotos e grande destruição de vidas humanas” (Ellen White, Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 7, p. 946).

“Quão frequentemente ouvimos de terremotos e furacões, de destruição pelo fogo e inundações, com grandes perdas de vidas e propriedades! Aparentemente essas calamidades são caprichosos desencadeamentos de forças da natureza, desorganizadas e desgovernadas, inteiramente fora do controle do homem; mas em todas elas pode ler-se o propósito de Deus. Elas estão entre os instrumentos pelos quais Ele busca despertar a homens e mulheres para que sintam o perigo” (Ellen White, Profetas e Reis, p. 277).

Leia também: "México faz apelo a EUA e China sobre acordo climático"

sexta-feira, outubro 07, 2011

Doutora denuncia farsa do aquecimento global

A pesquisa “A Ideologia do Aquecimento Global”, da doutora Daniela de Souza Onça, procura reunir provas e evidências científicas contrárias à hipótese do aquecimento global antropogênico e elucidar seu significado na atualidade. Ela argumenta que o clima está em permanente transformação, não podendo ser reduzido a um produto de variações das concentrações atmosféricas de dióxido de carbono e que a preocupação com mudanças climáticas não é uma novidade histórica, mas, apesar disso, nosso desconhecimento sobre o funcionamento do sistema climático é ainda desafiador. Daniela conclui que a hipótese do aquecimento global antropogênico não é consensual e exerce hoje a função de ideologia legitimadora do capitalismo tardio, perpetuando a exclusão social travestindo-se de compromisso com as gerações futuras.

Daniela defendeu sua tese neste ano, pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.

Clique aqui para baixar a tese.

Leia também: “Estudo afunda mito do aquecimento global de origem humana” e “Não existe aquecimento global” (clique aqui para ler o artigo de Molion)

Para compreender as implicações proféticas deste assunto, clique no marcador ECOmenismo, abaixo.

sexta-feira, setembro 09, 2011

Príncipe diz que teme pela extinção da humanidade

O príncipe Charles alertou nessa quinta-feira para a perspectiva “aterrorizante” sobre a liberação de gelo no Oceano Ártico dentro de poucos anos, e advertiu que o homem enfrenta a possibilidade de extinção caso não acorde para a “voraz” perda de recursos naturais, de acordo com o jornal The Sun. O príncipe britânico deu as declarações no papel de presidente da ONG ambiental World Wildlife Fund (WWF) no Reino Unido, posição ocupada originalmente pelo seu pai, o príncipe Philip. Durante um discurso no Palácio de St. James, em Londres, Charles afirmou que pretende chamar “grande atenção” para a sua função. Para uma plateia de ambientalistas, o herdeiro da coroa britânica disse que o mundo está mais perto que nunca de perder o gelo no planeta. Charles acrescentou que o mundo enfrenta a “sexta grande extinção”, a menos que a poluição seja interrompida. “Sem a biodiversidade, que é tão ameaçada, não seremos capazes de sobreviver”, finalizou o príncipe.

(Terra)

Nota: Pena que Charles seja apenas herdeiro da coroa e não do espírito protestante mantido por muitos reformadores em seu país. Se o príncipe conhecesse a Bíblia e as promessas do Príncipe da Paz, saberia que, antes de ser extinta, a humanidade (ou pelo menos parte dela que exercer sabiamente a liberdade de escolha e aceitar o plano de salvação) será resgatada por Jesus em Sua vinda. Apocalipse 11:18 afirma que está chegando o tempo de Deus destruir “os que destroem a terra”. Portanto, não falta muito.[MB]

quarta-feira, junho 23, 2010

Indústria do tabaco criou modelo de desinformação

Merchants of Doubt: How a Handful of Scientists Obscured the Truth on Issues from Tobacco Smoke to Global Warming, de Naomi Oreskes e Eric Conway mostra como táticas de desinformação usadas inicialmente pela indústria do tabaco passaram a ser utilizadas na defesa de questões controversas como a devastação do meio ambiente. Em 1953, preocupados com as pesquisas científicas que ligavam o fumo ao câncer, os donos das principais companhias norte-americanas de tabaco se reuniram com John Hill, dono de uma empresa de relações públicas, a Hill and Knowlton, que afirmou que as companhias deveriam pôr em dúvida a validade das pesquisas. Em pouco tempo, cientistas contratados pela indústria corroboravam os resultados das pesquisas da saúde pública, mas isso era mantido em segredo.

Quando a indústria do tabaco e os fabricantes de clorofluorcarbonetos se viram lutando contra regulações preocupadas com fumantes passivos e a camada de ozônio, seus esforços se combinaram num ataque geral ao movimento ambientalista e às organizações regulatórias. As técnicas empregadas incluíam várias formas de desinformação combinadas com uma ferrenha tendência de se ater a argumentos desacreditados.

O livro realça a política envolvida nos debates e apresenta contradições interessantes. Pessoas que insistiam que era essencial sempre considerar a pior hipótese possível na tensão com a União Soviética, evitavam a todo custo se posicionar da mesma forma com relação ao meio ambiente. Nos debates, grupos de cientistas – reunidos em organizações criadas com o único propósito de combater as pesquisas científicas – questionavam resultados que pudessem ser perigosos para os interesses do capital e da segurança nacionais.

Os autores atacam o grau de exagero e manipulação de informações com os quais os cientistas tentaram criar incertezas ambientais. No entanto, não conseguem explicar inteiramente como, apesar desses e de outros fatores, a ação ambiental conseguiu prevalecer.

(Opinião e Notícia)

Nota: Se esse tipo de manipulação e essa tática de desinformação funcionaram com a indústria do tabaco e na defesa dos interesses econômicos relacionados com o meio ambiente, será que também não surtem efeito quando o assunto são os “pseudocientíficos” criacionistas? Graças a uma eficiente orquestração naturalista da mídia que deveria ser mais cética e perguntar mais, criacionistas hoje são vistos pelos menos informados como dogmáticos, pseudo-intelectuais, fanáticos, fundamentalistas e até mesmo bobos, esquizofrênicos e criminosos (não é, Gleiser?). Uma pena.[MB]

Leia também: “Controle da opinião pública”

quarta-feira, fevereiro 17, 2010

Falhas de medição invalidam tese do aquecimento global

Um cientista entre os chamados "céticos do aquecimento global" defende que boa parte dos dados que apontam o aumento da temperatura do planeta devem ser ignorados porque milhares de estações de medição espalhadas pelo mundo estão sendo afetadas por condições que distorcem seus resultados. Mas outros pesquisadores apoiam a análise de Watts, incluindo o professor de ciências atmosféricas John Christy, da Universidade do Alabama, que já esteve entre os principais autores do IPCC - o painel da ONU sobre mudanças climáticas. O meteorologista Anthony Watts afirma em um novo relatório que "os dados sobre a temperatura global estão seriamente comprometidos porque mais de três quartos das seis mil estações de medição que existiam no passado não estão mais em funcionamento". Watts acrescenta que existe uma "grave propensão a remover estações rurais e de altitudes e latitudes mais altas (que tendem a ser mais frias), levando a um exagero ainda maior e mais sério do aquecimento".

O relatório intitulado Surface Temperature Records: Policy Driven Deception? (algo como "Os Registros das Temperaturas da Superfície: Mentira com Motivação Política?", em tradução livre) foi publicado de forma independente, e não em revistas científicas - nas quais os artigos de um autor passam pelo crivo da análise de colegas.

Entre as evidências citadas por Watts para defender sua tese está uma foto que mostra como a estação de medição no aeroporto de Fiumicino, em Roma, está posicionada atrás da pista de decolagem, recebendo os gases aquecidos emitidos pelas aeronaves.

Outra estação de medição está instalada dentro de um estacionamento de concreto na cidade de Tucson, no Arizona.

Essas são situações que, segundo o cientista, afetam o uso dos solos e a paisagem urbana ao redor da estação, refletindo muito mais as mudanças nas condições locais do que na tendência global da Terra.

Na América do Sul, o pesquisador afirma que as estações que medem a temperatura nas altas altitudes deixaram de ser consideradas, levando os cientistas a avaliar a mudança climática nos Andes por meio de uma leitura dos dados na costa do Peru e do Chile e da Selva Amazônica.

Para o pesquisador, essas falhas tornam "inútil" a leitura dessas medições colhidas em solo. Watts sustenta que o monitoramento via satélite é mais exato e deveria ser o único adotado.

O debate provocado pelo professor é lenha no fogo da discussão que opõe cientistas para quem o aquecimento global, se existe, é um fenômeno natural - e tem precedentes na história da humanidade - e cientistas para quem o efeito é causado pelo homem e acentuado pelas emissões de gases que causam o efeito estufa.

Nos últimos anos, os cientistas que alertam para as causas humanas por trás do aquecimento conseguiram fazer prevalecer sua visão, sobretudo no Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês) da ONU, que recebeu inclusive um prêmio Nobel da Paz.

O órgão da ONU foi obrigado no início deste ano a admitir que se equivocou em um dado que apontaria para a possibilidade de as geleiras do Himalaia derreterem até 2035.

No fim de semana, o cientista por trás desse equívoco, Phil Jones, disse à BBC que seus dados estavam mal organizados, mas que nunca teve intenção de induzir ninguém ao erro.

Jones, que é diretor da Unidade de Pesquisa Climática da Universidade de East Anglia, disse estar "100% confiante" de que o planeta está se aquecendo e de que esse fenômeno é causado pelo homem. O relatório do IPCC estima essa probabilidade em 90%.

O cientista afirmou ainda que as disputas entre os pesquisadores - a "mentalidade de trincheiras", como ele se referiu - só prejudicam a discussão objetiva da questão.

(Inovação Tecnológica)

Nota: Ninguém (em são juízo e minimamente informado) nega que as tragédias climáticas têm aumentado. Elas são um sinal do fim prenuncioado nas profecias bíblicas (o número crescente de terremotos é ainda mais evidente como sinal, já que esses eventos catastróficos independem da ação humana). O que deveria ficar claro é que há pessoas e grupos se utilizando da bandeira do aquecimento global para levar avante planos políticos e religiosos. Para isso, exageram o papel antropogênico (culpa humana) e se valem da engenharia social para manipular medos e aprovar leis que vão tolhendo as liberdades individuais e a soberania das nações. Para saber mais sobre esse assunto, clique no marcador "ECOmenismo", abaixo.[MB]

Assista: "Aquecimento Global e ECOmenismo"

sexta-feira, janeiro 29, 2010

EUA adotam acordo climático de Copenhague

Os Estados Unidos notificaram oficialmente a Organização das Nações Unidas (ONU) na quinta-feira de que adotaram o Acordo de Copenhague, estabelecendo objetivos não obrigatórios para reduzir as emissões de gases-estufa que foram negociados no mês passado. Todd Stern, o principal negociador de clima do governo de Barack Obama, também destacou que, como era esperado, o país vai almejar uma redução de 17 por cento nas emissões de dióxido de carbono e outros gases responsáveis pelo aquecimento global até 2020, com 2015 como o ano base. Um objetivo final de redução de emissões será submetido, disseram os EUA, assim que o Congresso promulgar a legislação interna exigindo as reduções de poluição de carbono. Mas essa legislação tem destino incerto no Senado.

O Acordo de Copenhague pede que os países enviem até o dia 31 de janeiro dados relativos ao quanto cada um vai cortar nas emissões de gases de efeito estufa. No último dia 21, contudo, o secretário-executivo da Convenção da ONU para o clima, Yvo de Boer, disse que o prazo é "flexível".

(G1 Notícias)

Nota: Para quem duvidava que o governo de Barack Obama, diferentemente do de Bush, era ECOmênico, esta aí a resposta. Obama vai cumprindo uma de suas promessas de campanha, que é a de combater o aquecimento global. A questão é: Como reduzir as emissões de gases fósseis na atmosfera sem frear o desenvolvimento econômico, beneficiando ao mesmo tempo a população? Parar um dia na semana para dedicar-se inteiramente a família e deixar a Terra "descansar" seria uma boa solução... E ela já foi proposta.[MB]

segunda-feira, dezembro 14, 2009

“Não existe aquecimento global”

Com 40 anos de experiência em estudos do clima no planeta, o meteorologista da Universidade Federal de Alagoas Luiz Carlos Molion apresenta ao mundo o discurso inverso ao apresentado pela maioria dos climatologistas. Representante dos países da América do Sul na Comissão de Climatologia da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Molion assegura que o homem e suas emissões na atmosfera são incapazes de causar um aquecimento global. Ele também diz que há manipulação dos dados da temperatura terrestre e garante: a Terra vai esfriar nos próximos 22 anos.

Em entrevista ao UOL, Molion foi irônico ao ser questionado sobre uma possível ida a Copenhague: “Perder meu tempo?” Segundo ele, somente o Brasil, dentre os países emergentes, dá importância à conferência da ONU. O metereologista defende que a discussão deixou de ser científica para se tornar política e econômica [só faltou dizer religiosa], e que as potências mundiais estariam preocupadas em frear a evolução dos países em desenvolvimento.

Enquanto todos os países discutem formas de reduzir a emissão de gases na atmosfera para conter o aquecimento global, o senhor afirma que a Terra está esfriando. Por quê?

Essas variações não são cíclicas, mas são repetitivas. O certo é que quem comanda o clima global não é o CO2. Pelo contrário! Ele é uma resposta. Isso já foi mostrado por vários experimentos. Se não é o CO2, o que controla o clima? O Sol, que é a fonte principal de energia para todo sistema climático. E há um período de 90 anos, aproximadamente, em que ele passa de atividade máxima para mínima. Registros de atividade solar, da época de Galileu, mostram que, por exemplo, o Sol esteve em baixa atividade em 1820, no final do século 19 e no inicio do século 20. Agora o Sol deve repetir esse pico, passando os próximos 22, 24 anos, com baixa atividade.

Isso vai diminuir a temperatura da Terra?

Vai diminuir a radiação que chega e isso vai contribuir para diminuir a temperatura global. Mas tem outro fator interno que vai reduzir o clima global: os oceanos e a grande quantidade de calor armazenada neles. Hoje em dia, existem boias que têm a capacidade de mergulhar até 2.000 metros de profundidade e se deslocar com as correntes. Elas vão registrando temperatura, salinidade, e fazem uma amostragem. Essas boias indicam que os oceanos estão perdendo calor. Como eles constituem 71% da superfície terrestre, claro que têm um papel importante no clima da Terra. O [oceano] Pacífico representa 35% da superfície, e ele tem dado mostras de que está se resfriando desde 1999, 2000. Da última vez que ele ficou frio na região tropical foi entre 1947 e 1976. Portanto, permaneceu 30 anos resfriado.

Esse resfriamento vai se repetir, então, nos próximos anos?

Naquela época houve redução de temperatura, e houve a coincidência da segunda Guerra Mundial, quando a globalização começou pra valer. Para produzir, os países tinham que consumir mais petróleo e carvão, e as emissões de carbono se intensificaram. Mas durante 30 anos houve resfriamento e se falava até em uma nova era glacial. Depois, por coincidência, na metade de 1976 o oceano ficou quente e houve um aquecimento da temperatura global. Surgiram então umas pessoas – algumas das que falavam da nova era glacial – que disseram que estava ocorrendo um aquecimento e que o homem era responsável por isso.

O senhor diz que o Pacífico esfriou, mas as temperaturas médias da Terra estão maiores, segundo a maioria dos estudos apresentados.

Depende de como se mede.

Mede-se errado hoje?

Não é um problema de medir, em si, mas as estações estão sendo utilizadas, infelizmente, com um viés de que há aquecimento.

O senhor está afirmando que há direcionamento?

Há. Há umas seis semanas, hackers entraram nos computadores da East Anglia, na Inglaterra, que é um braço direto do IPCC [Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática], e eles baixaram mais de mil e-mails. Alguns deles são comprometedores. Manipularam uma série para que, ao invés de mostrar um resfriamento, mostrassem um aquecimento.

Então o senhor garante existir uma manipulação?

Se você não quiser usar um termo tão forte, digamos que eles são ajustados para mostrar um aquecimento, que não é verdadeiro.

Se há tantos dados técnicos, por que essa discussão de aquecimento global? Os governos têm conhecimento disso ou eles também são enganados?

Essa é a grande dúvida. Na verdade, o aquecimento não é mais um assunto científico, embora alguns cientistas se engajem nisso. Ele passou a ser uma plataforma política e econômica. Da maneira como vejo, reduzir as emissões é reduzir a geração da energia elétrica, que é a base do desenvolvimento em qualquer lugar do mundo. Como existem países que têm a sua matriz calcada nos combustíveis fósseis, não há como diminuir a geração de energia elétrica sem reduzir a produção.

Isso traria um reflexo maior aos países ricos ou pobres?

O efeito maior seria aos países em desenvolvimento, certamente. Os desenvolvidos já têm uma estabilidade e podem reduzir marginalmente, por exemplo, melhorando o consumo dos aparelhos elétricos. Mas o aumento populacional vai exigir maior consumo. Se minha visão estiver correta, os países fora dos trópicos vão sofrer um resfriamento global. E vão ter que consumir mais energia para não morrer de frio. E isso atinge todos os países desenvolvidos.

O senhor, então, contesta qualquer influência do homem na mudança de temperatura da Terra?

Os fluxos naturais dos oceanos, pólos, vulcões e vegetação somam 200 bilhões de emissões por ano. A incerteza que temos desse número é de 40 bilhões para cima ou para baixo. O homem coloca apenas 6 bilhões, portanto as emissões humanas representam 3%. Se nessa conferência conseguirem reduzir a emissão pela metade, o que são 3 bilhões de toneladas em meio a 200 bilhões? Não vai mudar absolutamente nada no clima.

O senhor defende, então, que o Brasil não deveria assinar esse novo protocolo?

Dos quatro do bloco do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), o Brasil é o único que aceita as coisas, que “abana o rabo” para essas questões. A Rússia não está nem aí, a China vai assinar por aparência. No Brasil, a maior parte das nossas emissões vem das queimadas, que significa a destruição das florestas. Tomara que nessa conferência saia alguma coisa boa para reduzir a destruição das florestas.

Mas a redução de emissões não traria nenhum benefício à humanidade?

A mídia coloca o CO2 como vilão, como um poluente, e não é. Ele é o gás da vida. Está provado que quando você dobra o CO2, a produção das plantas aumenta. Eu concordo que combustíveis fósseis sejam poluentes. Mas não por conta do CO2, e sim por causa dos outros constituintes, como o enxofre, por exemplo. Quando liberado, ele se combina com a umidade do ar e se transforma em gotícula de ácido sulfúrico e as pessoas inalam isso. Aí vêm os problemas pulmonares.

Se não há mecanismos capazes de medir a temperatura média da Terra, como o senhor prova que a temperatura está baixando?

A gente vê o resfriamento com invernos mais frios, geadas mais fortes, tardias e antecipadas. Veja o que aconteceu este ano no Canadá. Eles plantaram em abril, como sempre, e em 10 de junho houve uma geada severa que matou tudo e eles tiveram que replantar. Mas era fim da primavera, início de verão, e deveria ser quente. O Brasil sofre a mesma coisa. Em 1947, última vez que passamos por uma situação dessas, a frequência de geadas foi tão grande que acabou com a plantação de café no Paraná.

E quanto ao derretimento das geleiras?

Essa afirmação é fantasiosa. Na realidade, o que derrete é o gelo flutuante. E ele não aumenta o nível do mar.

Mas o mar não está avançando?

Não está. Há uma foto feita por desbravadores da Austrália em 1841 de uma marca onde estava o nível do mar, e hoje ela está no mesmo nível. Existem os lugares onde o mar avança e outros onde ele retrocede, mas não tem relação com a temperatura global.

O senhor viu algum avanço com o Protoclo de Kyoto?

Nenhum. Entre 2002 e 2008, se propunham a reduzir em 5,2% as emissões e até agora as emissões continuam aumentando. Na Europa não houve redução nenhuma. Virou discursos de políticos que querem ser amigos do ambiente e ao mesmo tempo fazer crer que países subdesenvolvidos ou emergentes vão contribuir com um aquecimento. Considero como uma atitude neocolonialista.

O que a convenção de Copenhague poderia discutir de útil para o meio ambiente?

Certamente não seriam as emissões. Carbono não controla o clima. O que poderia ser discutido seria: melhorar as condições de prever os eventos, como grandes tempestades, furacões, secas; e buscar produzir adaptações do ser humano a isso, como produções de plantas que se adaptassem ao sertão nordestino, com menor necessidade de água. E com isso, reduzir as desigualdades sociais do mundo.

O senhor se sente uma voz solitária nesse discurso contra o aquecimento global?

Aqui no Brasil há algumas, e é crescente o número de pessoas contra o aquecimento global. O que posso dizer é que sou pioneiro. Um problema é que quem não é a favor do aquecimento global sofre retaliações, têm seus projetos reprovados e seus artigos não são aceitos para publicação. E eles [governos] estão prejudicando a Nação, a sociedade, e não a minha pessoa. [Interessante: quando há consenso científico numa direção, ainda que a opinião não seja consensual e os fatos mostrem outra coisa, os discordantes sempre são hostilizados. Ocorre o mesmo com os teóricos do design inteligente e os criacionistas. – MB]

(UOL)

Nota: Pode ser realmente que não exista aquecimento global (ou pode ser que o papel antropogênico esteja sendo bem exagerado), mas uma coisa é certa: existe interesse global político/religioso nessa bandeira. Clique no marcador “ECOmenismo”, abaixo, e saiba mais sobre isso.[MB]

quinta-feira, novembro 12, 2009

Terra absorve mais gás carbônico do se pensava

Novos dados indicam que os ecossistemas e oceanos da Terra têm capacidade muito maior de absorver gás carbônico do que demonstravam os estudos científicos feitos até então. A pesquisa, feita na Universidade de Bristol, na Inglaterra, mostra que o equilíbrio entre a quantidade do gás em suspensão na atmosfera e a que é absorvida se manteve praticamente constante desde 1850, apesar das emissões causadas pelo homem. No mesmo período, as chamadas emissões antropogênicas saltaram de 2 bilhões de toneladas anuais em 1850, para 35 bilhões de toneladas anuais atualmente. Ou seja, a natureza teria absorvido virtualmente todo o excesso de gás carbônico emitido pelo homem.

Ao contrário da maioria dos estudos climáticos sobre o tema, sobretudo os que balizam as decisões do IPCC, este não se baseou em modelos de clima computadorizados [que dependem da correta alimentação de dados], mas em dados de medições históricos reais, coletados diretamente, e em estatísticas.

O estudo não é o primeiro a desafiar as conclusões do IPCC – veja, por exemplo, Métodos de monitoramento do CO2 são inadequados para um tratado internacional do clima e Novos dados exigirão alterações nos modelos climáticos do IPCC.

Até agora, os cientistas consideravam que a capacidade dos ecossistemas e oceanos em absorver o dióxido de carbono cairia conforme as emissões aumentassem, fazendo disparar o nível de gases causadores do efeito estufa na atmosfera. O novo estudo contesta esta teoria, mostrando que a Terra, até o momento, absorveu quase a totalidade dos gases de efeito estufa emitidos pelo homem.

Os pesquisadores descobriram que a taxa de aumento dos gases em suspensão na atmosfera tem oscilado entre 0,7% e 1,4% a cada década, desde 1850. Segundo o Dr. Wolfgang Knorr, coordenador do estudo, “isso é essencialmente zero”.

Para os cientistas, o trabalho é extremamente importante no debate de políticas para o controle das mudanças climáticas, já que as metas de emissão que devem ser negociadas em Copenhague, em dezembro, baseiam-se em projeções que consideram que a capacidade de absorção da Terra já se teria esgotado.

Seria então esta uma boa notícia para os líderes mundiais que deverão se reunir em Copenhague? “Não necessariamente”, responde o Dr. Knorr. “Como em todos os estudos desse tipo, há incertezas nos dados”, admitiu. “Portanto, em vez de confiar que a natureza vai nos oferecer o serviço de graça, absorvendo nosso gás carbônico, precisamos nos certificar dos motivos pelos quais a parcela absorvida não mudou”, defende ele.

Outro resultado do estudo é que as emissões resultantes do desmatamento florestal podem ter sido superestimadas em valores que variam de 18% a 75%. Esse resultado coincide com as conclusões de outro estudo que está sendo publicado na revista Nature Geoscience, no qual a equipe do Dr. Guido van der Werf, da Universidade de Amsterdam, na Holanda, concluiu que as emissões geradas pelas queimadas estão superestimadas, em alguns casos sendo calculadas como se fossem o dobro do que os dados indicam.

Recentemente, o professor Gilberto Câmara, diretor do INPE, chamou a atenção para um problema relacionado, afirmando que os dados sobre emissão de CO2 pelo desmatamento são chutados.

(Inovação Tecnológica)

Nota: Esse estudo tem aparentemente duas implicações interessantes: (1) mostra que os dados da ONU com respeito às emissões antropogênicas estão sendo usados com fins políticos, sem unanimidade científica (leia sobre ECOmenismo aqui); e que (2) a grande capacidade de absorção de carbono pela Terra e pelos oceanos poderia tornar a datação pelo método do carbono 14 um tanto falha, uma vez que as amostras podem conter muito mais carbono 12, conferindo-lhes “aparência de antiga”.[MB]

terça-feira, outubro 20, 2009

Aquecimento global: nem o Mainardi acredita

Em sua coluna, na revista Veja desta semana, Diogo Mainardi escreveu: "O aquecimento global nem existe. O pico do calor foi em 1998. De lá para cá, a Terra está esfriando. E deve permanecer assim por mais duas décadas." O colunista não é o único a duvidar do que se fala sobre o aquecimento. Cientistas de peso engrossam esse coro. Um pouco desse ceticismo sadio seria útil para o Marcelo Leite, da Folha. Clique aqui e saiba por quê.

domingo, outubro 04, 2009

Seca pode atingir 70% do planeta em 2025

O alerta foi feito nesta sexta-feira, 2, pelo secretário da Convenção da ONU de Combate à Desertificação. Segundo Luc Gnacadja, isso pode acontecer caso não sejam aplicadas políticas de combate à desertificação. “Se não conseguirmos solucionar este problema da Terra, em 2025 quase 70% dela estará muito afetada”, afirmou o secretário. Atualmente, pelo menos 41% do planeta sofre com a seca, e o ritmo do avanço da desertificação vem aumentando. No encerramento da 9ª Conferência das Partes da Convenção da ONU de Combate à Desertificação, em Buenos Aires, Luc Gnacadja deu destaque à gravidade do panorama a longo prazo.

(Opinião e Notícia)

quarta-feira, agosto 19, 2009

Ásia à beira de crise alimentar sem precedentes

ONU prevê grande turbulência social em um continente cuja população deve ganhar mais 1,5 bilhão de pessoas nos próximos 40 anos. Isso fará com que a demanda por alimentos no continente asiático duplique até 2050. As Nações Unidas dizem que a região requer investimentos de centenas de bilhões de dólares para a implantação de melhores sistemas de irrigação. De acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação e do Banco Mundial, só uma melhor gestão dos recursos hídricos poderá fazer frente a uma combinação de pouca terra para o cultivo, clima cada vez mais imprevisível e escassez de água.

(Opinião e Notícia)

quinta-feira, agosto 13, 2009

Rio Eufrates pode desaparecer no Iraque

Por todos os pântanos, os coletores de junco, pisando em terra por onde antes flutuavam, gritavam para os visitantes em um barco de passagem. “Maaku mai!”, eles gritavam, erguendo suas foices enferrujadas. “Não há água!” O Eufrates está secando. Estrangulado pelas políticas de água dos vizinhos do Iraque, a Turquia e a Síria; dois anos de seca e anos de uso inadequado pelo Iraque e seus agricultores, o rio está significativamente menor do que há apenas poucos anos. Algumas autoridades temem que em breve poderá ser a metade do que era.

O encolhimento do Eufrates, um rio tão crucial para o nascimento da civilização que o Livro do Apocalipse [Ap 16:12] profetizou sua seca como um sinal do final dos tempos, tem dizimado as fazendas ao longo de suas margens, tem deixado pescadores empobrecidos e esvaziado as cidades à beira do rio, à medida que os agricultores fogem para cidades maiores à procura de trabalho.

Os pobres sofrem mais agudamente, mas todos os estratos sociais estão sentindo os efeitos: xeques, diplomatas e até membros do Parlamento que se retiram para suas fazendas após semanas em Bagdá.

Ao longo do rio, os campos de arroz e trigo se transformaram em terra árida. Os canais encolheram para ribeirões rasos e os barcos de pesca ficam encalhados na terra seca. Bombas que visavam alimentar as usinas de tratamento de água balançam inutilmente sobre poças marrons. “Os velhos dizem que é o pior de que se recordam”, disse Sayd Diyia, um pescador de 34 anos de Hindiya, sentado em um café à beira do rio cheio de colegas ociosos. “Eu estou dependendo das graças de Deus.”

A seca é grande por todo o Iraque. A área cultivada com trigo e cevada no norte alimentado pela chuva caiu cerca de 95% do habitual, e os pomares de tâmaras e laranjas do leste estão ressecados. Por dois anos as chuvas estão muito abaixo do normal, deixando reservatórios secos. As autoridades americanas preveem que a produção de trigo e cevada será pouco mais da metade daquela de dois anos atrás.

É uma crise que ameaça as raízes da identidade do Iraque, não apenas como a terra entre dois rios, mas como uma nação que já foi a maior exportadora de tâmaras do mundo, que antes fornecia cevada para a cerveja alemã e que tem orgulho patriótico de seu caro arroz âmbar. Agora o Iraque está importando mais e mais grãos. Os produtores rurais ao longo do Eufrates dizem, com raiva e desespero, que terão que abandonar o arroz âmbar por variedades mais baratas. (...)

“Costumava haver água por toda a parte”, disse Abduredha Joda, 40 anos, sentando em sua choupana de junco em um terreno seco e rochoso fora de Karbala. Joda, que descreve sua situação difícil com um sorriso cansado, cresceu perto de Basra, mas fugiu para Bagdá quando Saddam Hussein drenou os grandes pântanos do sul do Iraque em retaliação pelo levante xiita de 1991. Ele chegou a Karbala em 2004 para pescar e criar búfalos d’água nos ricos alagadiços que o lembravam de seu lar. “Neste ano é apenas um deserto”, ele disse.

(UOL Notícias)

sexta-feira, julho 17, 2009

Previsões sobre aquecimento global são questionadas

Ninguém sabe exatamente quanto a temperatura da Terra irá se elevar devido às emissões de carbono. Todas as conclusões do IPCC sobre o clima futuro e o aquecimento global utilizam o termo provável de acontecer (likely). Mas, agora, um novo estudo, publicado na Nature Geoscience, afirma que as melhores previsões feitas pelos cientistas sobre o aquecimento estão provavelmente incorretas. Segundo a equipe da Universidade Rice, nos Estados Unidos, os modelos climáticos utilizados atualmente explicam apenas metade do aquecimento que ocorreu durante um período bem documentado de rápido aquecimento global no passado remoto da Terra. O estudo contém uma análise de registros publicados de um período de aquecimento rápido ocorrido há 55 milhões de anos [sic], conhecido como máximo termal do Paleoceno-Eoceno (PETM - Palaeocene-Eocene Thermal Maximum).

"De forma resumida, os modelos teóricos não conseguem explicar o que nós observamos nos registros geológicos", disse o oceanógrafo Gerald Dickens, coordenador da pesquisa. "Parece haver algo fundamentalmente errado com a forma como a temperatura e o carbono estão conectados nos modelos climáticos."

Para interpretar a realidade, os cientistas levantam hipóteses. Quando são devidamente fundamentadas por evidências, essas hipóteses passam a ser chamadas de teorias, porque se demonstra que elas têm poder explicativo sobre a realidade. A partir de teorias bem fundamentadas, os cientistas constroem modelos teóricos - geralmente na forma de programas de computador - que permitem fazer raciocínios do tipo "O que acontece se...". Os modelos climáticos usados para a previsão do tempo e para todas as conclusões relacionadas ao aquecimento global são programas desse tipo.

O que aconteceu agora foi que as evidências que embasam a teoria e, portanto, sustentam o modelo teórico, foram questionadas. Se as evidências - muitas vezes erroneamente chamadas de "provas" - forem derrubadas, então todas as conclusões dos modelos deixam de ser válidas ou, no mínimo, precisam ser adequadamente ajustadas.

A negação de evidências anteriormente obtidas e consideradas válidas é um evento diário e corriqueiro nas ciências e pode acontecer por inúmeras razões, entre as quais a obtenção de maior quantidade de dados, de melhores dados, pelo desenvolvimento de instrumentos de medição mais precisos e até pela reinterpretação dos dados anteriores, apenas para citar algumas.

Por outro lado, muitas teorias se estabelecem mesmo na ausência de evidências práticas, como aconteceu com a Teoria da Relatividade de Einstein [e, é bom lembrar, com a Teoria Geral da Evolução], que foi negada por seguidos experimentos no início do século 20. Essa foi a razão pela qual Einstein nunca recebeu o Prêmio Nobel pela Teoria da Relatividade - ele recebeu o prêmio pela descoberta do efeito fotoelétrico. Mais tarde, experimentos mais aprimorados finalmente deram razão à teoria.

Todo esse processo - num sentido e noutro, da negação e da validação - está acontecendo agora com a teoria do aquecimento global. Durante o período PETM, por razões ainda desconhecidas, a quantidade de carbono na atmosfera da Terra subiu rapidamente. Por esta razão, o PETM, que foi identificado em centenas de amostras de sedimentos recolhidos ao redor de todo o mundo, é provavelmente a melhor analogia com o que está acontecendo atualmente na Terra. A maioria dessas conclusões vêm de amostras recolhidas em perfurações feitas no leito oceânico ao longo dos últimos 20 anos. [Apenas para pensar: Esse aumento de carbono na atmosfera não poderia ter sido resultado de uma intensa atividade vulcânica decorrente de uma catástrofe pontual no passado? Isso é previsto no modelo diluvianista descrito pelo geólogo Nahor Naves de Souza Jr., em seu livro Uma Breve História da Terra.]

Além da elevação dos níveis do carbono atmosférico, as temperaturas globais subiram dramaticamente durante o PETM. As temperaturas médias subiram cerca de 7 graus Celsius em um curto período, geologicamente falando, de 10.000 anos.

Dickens e seus colegas Richard Zeebe e James Zachos calcularam que o nível de carbono na atmosfera elevou-se em 70% nesse período. E aí começam os problemas dos modelos em uso atualmente. Uma elevação de 70% não significa dobrar o volume de carbono na atmosfera. Desde o início da Revolução Industrial, os níveis de carbono se elevaram em um terço, em grande parte - mas não totalmente - pela queima de combustíveis fósseis. Se as emissões continuarem, atingiremos um nível equivalente ao dobro do período pré-Revolução Industrial dentro de um século ou dois.

Quando usaram seus novos dados, os pesquisadores descobriram que os modelos do clima podem explicar apenas metade do aquecimento que a Terra sofreu naquele período, 55 milhões de anos atrás [mas que não precisa ser assim tão antigo].

A conclusão, afirma Dickens, é que alguma outra coisa que não o dióxido de carbono causou a maior parte do aquecimento durante o PETM. Logo, não é válido concluir, a partir das emissões de carbono, as daquele período ou as atuais, que essas emissões causarão tal ou qual aumento de temperatura.

"Algum efeito de retroalimentação, ou outros processos que não estão sendo levados em conta nesses modelos - os mesmos usados pelo IPCC para as melhores previsões atuais para o aquecimento global ao longo do século 21 - causaram uma porção substancial daquele aquecimento que ocorreu durante o PETM", diz Dickens.

Para fazer melhores previsões sobre o aquecimento global atual, os cientistas deverão então revisar seus modelos. Para isso, contudo, eles terão antes que descobrir esses processos que levaram ao aquecimento e que poderão estar ou não presentes na atualidade.

Esta não é a primeira vez que as conclusões do IPCC sobre o aquecimento global são questionadas. Uma pesquisa demonstrou que, sozinho, o Sol é responsável por um quarto de todo o aquecimento global. Também se demonstrou que os modelos do aquecimento global estão errados na interpretação do papel das nuvens no clima. Outro estudo sobre as nuvens demonstrou uma incorreção nos cálculos que reduziria em 75% as previsões do aquecimento global.

Outras pesquisas sobre fatores naturais demonstraram que o aquecimento do Oceano Atlântico deve-se a causas naturais, e não foi causado pelo homem, assim como fenômenos naturais equilibram a influência do homem no aquecimento global.

Há ainda os cientistas que veem interesses políticos no atual movimento climático, além daqueles que alertam para os efeitos danosos do catastrofismo que tomou conta do debate ambiental.

(Inovação Tecnológica)

Nota: É interessante notar que existem pessoas que, a despeito do desconhecimento de tendências que só são percebidas à luz dos eventos proféticos, estão contestando os dados da ONU/IPCC (e da turma do Al Gore, com sua verdade conveniente), dos ambientalistas do neopaganismo (Mãe Natureza/Gaia) e do Vaticano (que abraçou de vez a causa ambiental). Está mais do que claro que as técnicas de engenharia social e manipulação de medos artificialmente exagerados estão sendo utilizadas com fins político-religiosos. O descanso dominical já foi proposto como parte da solução para o fim do mundo: se os seres humanos cessarem suas atividades por um dia, a Terra poderá se recuperar - essa é a proposta já aceita por vários segmentos da sociedade, por isso mesmo considerada como item essencial da agenda do ECOmenismo, dado o seu poder de coalizão. Independentemente das pesquisas que questionam os dados alardeados quase toda semana pelo IPCC, os ECOmêmicos profetas do aquecimento global continuarão atribuindo à humanidade toda a culpa pelo problema e aproveitarão cada vez mais esse medo catástrófico insuflado pela mídia para levar avante suas pretensões de poder. Quem viver, verá...[MB]

domingo, junho 28, 2009

Vida na Terra está em risco (e o coletivismo vem aí)

Quem ainda não acredita que a vida no planeta corre perigo é melhor ficar atento. A emissão de gás carbônico nunca esteve tão alta e está levando a mudanças climáticas severas que afetam a autossustentabilidade da Terra. Foi com essa preocupação na cabeça que Kofi Annan, ex-secretário geral da ONU, e Bob Geldof, músico realizador do Live Aid, concerto que reuniu grandes nomes da música no combate à fome na Etiópia, vieram ao Festival Internacional de Publicidade, em Cannes. Os dois, ao lado de David Jones, CEO da agência Euro RSCG, e de Hervé de Clerck, líder da Act Responsible, estão na Riviera francesa para fazer o lançamento mundial da campanha “TCK TCK TCK”, cujo objetivo é sensibilizar os líderes mundiais, que vão se reunir em dezembro, na Conferência Mundial sobre Mudanças Climáticas das ONU, para decidir quais diretrizes irão substituir o Protocolo de Kyoto. “Nossa meta é criar o maior abaixo-assinado online que já foi feito e enviá-lo aos líderes mundiais que estarão na Dinamarca, exigindo que tomem decisões justas e de peso que resultem em um acordo climático justo”, explicou Annan. [Quando falam em acordos "justos", os líderes têm em mente o coletivismo, segundo o qual o bem da maioria se impõe até mesmo sobre os direitos das minorias.]

“TCK TCK TCK” une a linguagem da internet ao tic tac do relógio. “Não há tempo a perder”, declarou ao falar da proximidade da Conferência de Copenhague e dos efeitos das mudanças climáticas, destacando que a poluição tem um preço e que os poluidores precisam assumir essa responsabilidade. O Prêmio Nobel de 2001 fez questão de ressaltar que a criatividade e as agências têm papel importante na sensibilização dos consumidores para a questão. [A publicidade é um tremendo recurso para promover a engenharia social e estimular o medo nas pessoas; num clima assim, é mais fácil aprovar leis restritivas ou que visem ao bem da maioria.] “As escolhas que fazemos no momento da compra também são uma forma de pressão e a pressão leva a mudanças mais rápidas na agenda dos líderes”, ressaltou.

Mas a fala mais apaixonada sobre o tema foi a de Bob Geldof. Notabilizado pela sua atuação no filme The Wall, do Pink Floyd, o músico e ator irlandês não deixou passar em branco a morte do cantor Michael Jackson, e lembrou sua importante participação no Live AID, era uma das principais vozes no clipe da música “We are the World”. Depois de lamentar a perda, Geldof foi taxativo ao falar do quanto as mudanças climáticas afetam e vão afetar as pessoas. “Estamos falando sobre a morte da humanidade, e eu adoro o ser humano”, disse.

Os números apresentados pelo músico não são nada animadores. A cada ano, mais de 300 mil pessoas morrem em consequência direta das alterações no clima. No continente africano, há um movimento migratório que está levando 16 milhões de pessoas para fora de seus países por conta da inviabilidade de viver em ambiente tão seco. Lugares no sul, que há 20 anos tinham água, não têm mais, e isso leva ao deslocamento para o norte; a incidência de chuva no deserto do Saara caiu 25% nos últimos 30 anos.

“Precisamos reduzir em 50% a emissão de carbono até 2020 e em 80% até 2050, se isso não acontecer estamos caminhando para a morte. As emissões hoje excedem as dos últimos seis mil anos e a Terra não tem capacidade para processá-las”, disse. Entre a plateia de publicitários e profissionais da comunicação que lotaram o auditório Debussy, a campanha e os dados apresentados parecem ter provocado algum sentimento. O quarteto foi aplaudido de pé.

(Terra)

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