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quarta-feira, abril 28, 2021

SCB relança o livro Inventando a Terra Plana

O livro Inventando a Terra Plana (Sociedade Criacionista Brasileira, 2020), de Jefrey Burton Russel, historiador e pesquisador da Universidade da Califórnia, mostra convincentemente que a ideia da Terra plana foi uma elaboração mais ou menos recente. Embora hoje se saiba que os europeus renascentistas tenham supervalorizado a ideia de que houve um período de mil anos de trevas intelectuais entre o mundo clássico e o moderno, Russel acredita que o erro da Terra plana não havia sido incorporado à ortodoxia moderna antes do século 19. “[Russel] descobriu o fio da meada nos escritos do americano Washington Irving e do francês Antoine-Jean Letronne [responsáveis pela posterior propagação do mito da Terra plana]. Mas sua disseminação no pensamento convencional ocorreu entre 1870 e 1920, como consequência da ‘guerra entre a ciência e a religião”, quando para muitos intelectuais na Europa e nos Estados Unidos toda religião tornou-se sinônimo de superstição e a ciência tornou-se a única fonte legítima da verdade. Foi durante os últimos anos do século 19 e os primeiros anos do século 20 que a viagem de Colombo tornou-se então um símbolo amplamente divulgado da futilidade da imaginação religiosa e do poder libertador do empirismo científico. […] os pensadores medievais, da mesma forma que os clássicos que os antecederam, criam na redondeza da Terra” (p. 10).

Irving (1783-1859) retocou a história para parecer que a oposição à viagem de Colombo se deveu ao pensamento de que a Terra fosse plana. Isso foi provado falso. A oposição se deveu, na verdade, à preocupação com a distância que os navegadores teriam que percorrer. A esfericidade da Terra não foi tema de discussão naquela ocasião.

O fato é que nem Cristóvão Colombo, nem seus contemporâneos pensavam que a Terra fosse plana. Não há uma referência sequer nos diários do navegador (e de outros exploradores) que levante a questão da redondeza da Terra, o que indica que não havia contestação alguma a esse respeito, na época. Assim, segundo Russel, é comum a regra de Edward Grant de que no século 15 não havia pessoas cultas que negassem a redondeza da Terra. No entanto, esse mito permanece até hoje, firmemente estabelecido com a ajuda dos meios de comunicação e dos livros didáticos. Com que interesse?

Para Russel, o mito da Terra plana pode ser rastreado até o século 19, especialmente a partir de 1870, à medida que autores de livros-textos se envolveram na controvérsia em torno do darwinismo. “No início do século [20] a força dominante subjacente ao erro [da Terra plana] foi o anticlericalismo do Iluminismo no seio da classe média na Europa, e o anticatolicismo nos Estados Unidos” (p. 35).

Antes disso, na Divina Comédia, o poeta Dante Alighieri (1265-1321) já apresentava o conceito de uma Terra redonda. Os filósofos escolásticos, incluindo o maior deles, Tomás de Aquino (1225-1275), conhecedores de Aristóteles, igualmente afirmavam a esfericidade da Terra.

No entanto, como os escolásticos e filósofos medievais se baseavam em Aristóteles e este defendia a esfericidade da Terra, os iluministas tiveram que arranjar outros referenciais para dizer que o mito se baseava neles. E os encontraram em Lactâncio (245-325 d.C.) e Cosme Indicopleustes, autor de Topografia Cristã (escrito entre 547 e 549 d.C.). Só que, segundo Russel, Lactâncio tinha ideias muito estranhas sobre Deus e não foi levado em consideração na Idade Média (na verdade, foi considerado herege) – até que os humanistas da Renascença o “ressuscitassem”, apregoando sua suposta influência. Indicopleustes, partindo de escritos de filósofos pagãos e interpretando erroneamente textos bíblicos poéticos, defendeu a ideia da Terra plana. Era ignorado, ao invés de seguido.

Detalhe: a primeira tradução de Cosme para o latim não foi feita senão em 1706. Portanto, como poderia ele ter tido influência sobre o pensamento ocidental medieval?

Russel arremata: “[Lactâncio e Cosme] foram símbolos convenientes a serem usados como armas contra os antidarwinistas. Em torno de 1870, o relacionamento entre a ciência e a teologia estava começando a ser descrito através de metáforas bélicas. Os filósofos (propagandistas do Iluminismo), particularmente [David] Hume, haviam plantado uma semente ao implicar que estavam em conflito os pontos de vista científicos e cristãos. Augusto Comte (1798-1857) havia argumentado que a humanidade estava laboriosamente lutando para ascender em direção ao reinado da ciência; seus seguidores lançaram o corolário de que era retrógrado tudo o que impedisse o advento do reino da ciência. Seu sistema de valores percebia o movimento em direção à ciência como ‘bom’, de tal forma que o que atrapalhasse esse movimento era ‘mau’. (…) O erro [da Terra plana] foi, desta forma, incluído no contexto de uma controvérsia muito maior – a alegada guerra entre ciência e religião” (p. 67, 77).

O próprio Copérnico (1453-1543), no prefácio de seu clássico trabalho De Revolutionibus, usou Lactâncio para ilustrar como a ignorância dos opositores à ideia da Terra esférica era comparável à dos que insistiam no geocentrismo. Curiosamente, Copérnico não diz que Lactâncio era típico do pensamento medieval. Esse prefácio foi enviado para o papa a fim de obter aprovação eclesiástica. Copérnico não atacaria Lactâncio e sua ideia da Terra plana, se a igreja estivesse de acordo com esse pensamento. O problema, como já vimos, teve que ver com o geocentrismo aristotélico versus heliocentrismo, e não com o formato da Terra.

Michelson Borges

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segunda-feira, março 04, 2019

A Caixa Preta de Darwin está de volta!

Vinte anos atrás eu li um livro que causou profundo impacto em minha mente recém-convertida ao criacionismo: A Caixa Preta de Darwin, do bioquímico norte-americano Michael Behe. Dez anos depois, publiquei aqui no blog uma resenha da obra (confira). Depois da primeira edição (1996), sucesso de vendagem e de público, a editora Jorge Zahar não quis produzir uma segunda tiragem, e a obra ficou esgotada desde então. Por isso, a notícia de que a editora Mackenzie estava preparando uma segunda edição ampliada do clássico de Behe me deixou muito feliz. E finalmente o livro voltou! Leia a apresentação que consta no site da editora:

"Em 1996, A Caixa Preta de Darwin lançou ao mundo a Teoria do Design Inteligente: o argumento de que a natureza exibe evidências de design que vão muito além do acaso darwinista. O livro catalisou um debate bastante acalorado sobre a evolução, que continua cada vez mais a se intensificar nos Estados Unidos e no mundo, incluindo o Brasil. Em um amplo espectro científico, a obra se estabeleceu como o texto básico e fundamental do design inteligente (DI), o argumento que precisa ser considerado para determinar se a evolução, segundo propôs Darwin, é mesmo suficiente para explicar a vida da forma que hoje a conhecemos. No posfácio da edição comemorativa do 10º aniversário do livro, Behe explica como a complexidade descoberta por microbiologistas cresceu drasticamente desde a publicação de seu livro e como essa complexidade irredutível tem sido um desafio contínuo ao darwinismo, que, sistematicamente, tem falhado em explicá-la. No posfácio comemorativo desta edição de 2019, Behe reforça o poder crescente de seus argumentos – tão atuais e devastadores em 2019 quanto eram em 1996 – e comemora o crescimento do DI no Brasil e no mundo. A Caixa Preta de Darwin é histórico, indispensável e ainda mais importante hoje do que era em 1996!

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segunda-feira, fevereiro 11, 2019

Livro do ano dos Desbravadores


O que pode acontecer quando um adolescente viaja com o pai até o arquipélago de Galápagos, conhece o “amor de sua vida”, faz amizade com um leão-marinho e visita lugares incríveis como a borda de um vulcão, uma ilha repleta de aves exóticas, uma caverna de lava solidificada e mergulha com tartarugas e tubarões? Escrito pelo jornalista Michelson Borges, o livro Expedição Galápagos traz uma história empolgante, com personagens interessantes, ambientada nas famosas ilhas Galápagos, no Equador. Em 2016, o autor visitou o arquipélago com um grupo de cientistas e pesquisadores e descreve essa experiência no livro que foi escolhido como leitura do ano para os juvenis e os desbravadores de todo o Brasil.

Saiba mais sobre o livro Expedição Galápagos assistindo ao vídeo abaixo.


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quarta-feira, janeiro 30, 2019

Livros que todo cristão deveria ler antes de ir para a universidade

De vez em quando alguém me pergunta que livros eu li para solidificar minha visão de mundo teísta/criacionista e que livros recomendo para quem queira ter contato com esse universo por meio de bons autores. Felizmente, existem ótimos livros em língua portuguesa para aqueles que querem aprofundar seus conhecimentos sobre teísmo, criacionismo, ciência e religião. A lista a seguir é especialmente útil para os universitários e pré-universitários cristãos interessados em se preparar devidamente para enfrentar os desafios intelectuais da vida acadêmica, à luz de 1 Pedro 3:15. Alguns dos títulos são de minha autoria e outros são bem mais recentes do que os que eu li quando ainda estava “migrando” do evolucionismo para o criacionismo (conheça essa história aqui). Faça planos de ir adquirindo um por vez e montando, assim, sua biblioteca de apologética cristã/criacionista. Depois disso, vá à luta! 

[Continue lendo.]

terça-feira, julho 17, 2018

Lançamento da CPB traz criacionismo para crianças e adolescentes


Acaba de ser lançado pela Casa Publicadora Brasileira o livro Expedição Galápagos: Uma aventura no arquipélago das iguanas, das tartarugas gigantes e outras maravilhas da criação. Escrito pelo jornalista, mestre em teologia e divulgador do criacionismo Michelson Borges, o livro se destina ao público infanto-juvenil (mas com certeza será apreciado também por adultos) e apresenta os principais argumentos criacionistas em uma linguagem simples, entrelaçados em uma história bem escrita e interessante, ambientada nas ilhas do arquipélago de Galápagos, visitado pelo autor em 2016, juntamente com uma equipe de pesquisadores sul-americanos. Michelson procura refazer os passos do naturalista inglês Charles Darwin, que também visitou Galápagos, no século 19, mas oferece uma reinterpretação de dados sob a ótica criacionista.

O texto de contracapa diz o seguinte: “O que pode acontecer quando um adolescente viaja com o pai até o arquipélago de Galápagos, conhece o ‘amor de sua vida’, faz amizade com um leão-marinho e visita lugares incríveis como a borda de um vulcão, uma ilha repleta de aves exóticas, uma caverna de lava solidificada e mergulha com tartarugas e tubarões? É só abrir este livro, começar a ler e você vai descobrir!”

Como o autor passou por todos os lugares que descreve, o texto é vívido e foi escrito num formato de diário de viagem. Leitura obrigatória para quem curte aventura, viagens e descobertas científicas!

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domingo, maio 13, 2018

Livro missionário 2018 também fala de criacionismo

O livro missionário O Poder da Esperança (saiba mais sobre ele aqui, aqui e aqui), escrito pelo psicólogo espanhol Dr. Julián Melgosa e pelo pastor e jornalista brasileiro Michelson Borges, será distribuído gratuitamente aos milhões no próximo dia 26 de maio (PDF grátis aqui). O livro, que já foi traduzido para mais de cinco idiomas e ultrapassou a tiragem de 16 milhões só no Brasil, trata de saúde emocional e tem um viés criacionista, abordado especialmente no capítulo 9, cujo título é “Dicas do Fabricante”. São os conhecidos “remédios naturais”, ali extraídos do relato da criação em Gênesis. Aspectos criacionistas e apologéticos são tratados também por meio dos dilemas vividos por uma das personagens que é ateia (sim, o livro conta com recursos literários para tornar a leitura mais atrativa e fluida), por meio da qual são discutidos assuntos como a existência de Deus, a racionalidade da fé e a origem do mal, entre outros.

Leia O Poder da Esperança e ajude a distribuir esse livro que foi escrito com oração, carinho e responsabilidade.

segunda-feira, abril 02, 2018

Dr. Ariel Roth disponibiliza material riquíssimo em língua portuguesa


Conhecido defensor do criacionismo e ex-diretor do Geoscience Research Institute, o zoólogo Dr. Ariel Roth desenvolveu com base em seus livros Origens e A Ciência Descobre Deus (ambos da CPB) uma série de 17 temas disponíveis em PowerPoint prontos para download gratuito. Doutor em Biologia pela Universidade de Michigan, Roth discorre sobre assuntos como origem da vida, complexidade e design inteligente, catastrofismo e dilúvio, fósseis e datação, e vários outros aspectos da controvérsia entre o criacionismo e o evolucionismo. O material é riquíssimo em conteúdo e muito didático. Tive o privilégio de revisar os textos em português e recomendo fortemente aos interessados em aprender mais sobre criacionismo ou que queiram apresentar os temas em forma de aulas, curso ou série de palestras. [MB]

Clique aqui para conhecer esse rico trabalho de um grande cientista criacionista.

quinta-feira, março 29, 2018

Entrevista com o autor do livro recém-lançado Fomos Planejados


Fomos Planejados: a maior descoberta científica de todos os tempos é uma obra imperdível sobre a questão maior: “De onde viemos e para onde vamos?” No livro de 460 páginas, o cientista Dr. Marcos Eberlin avalia - via átomos e moléculas - o que a ciência de fato sabe sobre a “sopa de Miller”, que teria gerado o “micróbio primordial”, e então sua transformação “a la Darwin” em uma microbiologista, entre outros assuntos. Outra hipótese, porém, é debatida: a ciência descobriu que fomos feitos prontos, por um designer inteligentíssimo. Será? Acaso ou design? Leia e decida, pois é a sua origem que está em jogo! Assista à entrevista abaixo, com o autor de Fomos Planejados.


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quinta-feira, março 01, 2018

Nova revista discute origem da vida pela ótica da fé e da ciência


Um novo canal de divulgação de pesquisas realizadas por cientistas criacionistas e do design inteligente

Com o objetivo de divulgar notícias e artigos referentes à origem da vida com uma visão bíblica e científica, surge no mercado a Origem em Revista, um veículo inovador que busca responder ao desafio de oferecer conteúdo aprofundado sobre a origem da vida, unindo fé cristã e ciência. A Origem em Revista se propõe a dialogar com o público ao ponto de compreender suas necessidades e absorver suas principais dúvidas, assim produzindo conteúdos específicos que alcancem, especialmente, os jovens que em tempos atuais apenas têm tido contato monopolizado com a teoria darwiniana na Academia.

“Percebemos uma lacuna existente no Brasil, um espaço que deveria ser ocupado por alguém que trouxesse toda a experiência, paixão, determinação e ideias inovadoras nessa missão de levar a todo o lugar a mensagem da Criação por meio de um sério canal de divulgação em forma de uma revista popular, interativa, isto é, abrindo a possibilidade para que todos os cientistas criacionistas e do design inteligente possam publicar suas reflexões e pesquisas em nossa revista”, afirma o cofundador e editor-chefe da revista, Everton Alves.

O título da publicação está relacionado diretamente com a identidade e missão da publicação. O termo “Origem” se refere diretamente ao foco da revista, que abrange um campo mais amplo para o diálogo, não se limitando apenas ao modelo criacionista e suas ramificações, mas abrindo possibilidades de discussão de outros modelos que estão surgindo, como, por exemplo, o Design Inteligente, que desponta como uma forma de compreender os mecanismos envolvidos na origem do projeto e manutenção da vida na Terra. “Já a segunda expressão, ‘em Revista’, não diz respeito apenas ao formato da publicação, mas é uma mensagem mais profunda. Segundo o dicionário, ‘revista’ significa uma segunda visita, um novo exame mais minucioso, ou seja, é a revisão da história de nossas origens que, até então, tem sido parcialmente contada através dos livros didáticos ofertados nos ensinos fundamental e médio de nossas escolas”, comenta o cofundador e editor associado da revista, Alexandre Kretzschmar.

A revista apresenta o formato digital e está sendo disponibilizada a partir deste mês gratuitamente no endereço www.origememrevista.com.br/edicao1. A revista apresenta periodicidade semestral, mas o site será atualizado constantemente com notícias, vídeos, podcasts e matérias relacionadas à temática”, explica Everton.

quinta-feira, outubro 19, 2017

Uma introdução à história do criacionismo adventista no Brasil

Este livro apresenta os fatos que marcaram a vida daqueles que se dedicaram a defender a ideia de um Criador como sendo intelectualmente relevante para um mundo cada vez mais secularizado e materialista. Sua originalidade reside na tentativa de apresentar um esboço reunindo os principais personagens que defenderam e defendem o criacionismo bíblico dentro da Igreja Adventista do Sétimo Dia, uma das denominações mais importantes na divulgação do criacionismo. Dessa maneira, procuramos destacar a história de vida, conversão, trajetória acadêmica e, principalmente, o engajamento dos primeiros adventistas na defesa do criacionismo. É nosso desejo que ao ler cada história apresentada neste livro o leitor veja, sobretudo, pessoas comuns, de “carne o osso”, e não apenas suas realizações profissionais e acadêmicas.

Os homens e mulheres apresentados neste livro nem sempre tiveram apoio para divulgar esse tema. O criacionismo foi difundido dentro da Igreja por meio de pessoas de visão, inspiradas e apaixonadas pela obra de Deus, que se dispuseram a estudar, pesquisar e disseminar conteúdos em diversas áreas para apresentar evidências de um Criador cuidadoso e intencional. Muitos deles não puderam realizar tudo o que gostariam ou poderiam, mas cada um deixou seu legado, e juntos construíram uma linda história de uma igreja que tem membros que proclamam o Criador.

Salvar do pecado e guiar no serviço não é uma missão apenas para pastores. Essa também é uma responsabilidade de doutores, pesquisadores, professores e mestres. Esse é o papel de todo aquele que crê em Jesus, o único que nos permitirá um dia retornar ao estado da perfeita criação! Essa deve ser nossa real inspiração e motivação, assim como foi para todos os personagens deste livro.

Que a despeito das dificuldades e decepções, nunca percamos de vista o desejo e empenho de apontar a Cristo como Criador de todas as coisas e o único que é capaz de transformar vidas.

Autor: Dr. Wellington dos Santos Silva

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quarta-feira, outubro 18, 2017

Em O Reino da Fala, Tom Wolfe caminha na contramão de Darwin

O que nos separa dos outros animais? A racionalidade, certo. Além de certas peculiaridades, como, por exemplo, saber rir... Ok, as hienas também sabem rir, mas não falam; apenas conversam (ou ladram) entre si, não têm o poder da linguagem, como não o têm papagaios e macacos, que conseguem tão bem nos imitar. “A linguagem é o nosso Rubicão, e nenhuma besta ousará cruzá-lo”, bradou o renomado linguista Max Müller, ao final de uma palestra na Royal Institution de Londres, em 1861. E desde então, só no cinema, primeiro com Walt Disney, as bestas cruzaram o Rubicão. 

Em 1861 fazia apenas dois anos que Charles Darwin publicara seu tratado sobre a evolução das espécies. Mesmo acreditando que o homem foi criado por Deus à sua imagem e semelhança e não por um processo de seleção natural que nos reconheceu descendentes do macaco [sic], os criacionistas não tinham por que se opor à tese de que só os humanos têm o poder da linguagem. Mas como adquirimos tal poder? Os criacionistas não tinham por que se preocupar com essa questão. Os evolucionistas até hoje não chegaram a uma conclusão. Sabe-se que o cérebro humano evoluiu e nossa laringe adquiriu uma forma capaz de produzir sons que nossos primos primatas não conseguem emitir, mas desconhecemos como isso ocorreu [sabe-se, mas não se sabe como...]. Os linguistas também já entregaram os pontos. [Será por que é bem complicado explicar quem surgiu primeiro – se as cordas vocais, se a laringe, ou se os neurônios especializados na fala? De que adiantaria um órgão ou uma função relacionada com a fala sem que os demais órgãos e as demais funções existissem e fossem funcionais? Por que um órgão adaptado a um tipo de função se modificaria para assumir outra função específica?]

Ano passado, o decano do Novo Jornalismo Tom Wolfe esbarrou na internet com um artigo sobre “o mistério da evolução da linguagem”, em que uma plêiade de evolucionistas pesos-pesados, entre os quais o linguista Noam Chomsky, comunicava ter desistido da questão de onde a fala – a linguagem – vem e como funciona. “Jamais ouvira falar de um grupo de especialistas se reunindo para anunciar que eram fracassados abjetos”, pensou Wolfe. Os especialistas só confessaram, honestamente, seu fracasso; o “abjetos” foi uma ilação de Wolfe, que sacou na hora o tema de seu próximo livro. 

Ali estava mais uma controvérsia – a incompetência de naturalistas, linguistas e biólogos – para ele aumentar seu rol de desafetos, chamar atenção da mídia e confeccionar outro best seller. Já comprara briga com os “radicais chiques” da esquerda intelectual nova-iorquina, o Olimpo literário americano, os praticantes e teóricos da arte moderna (A Palavra Pintada) e os arquitetos contemporâneos (De Bauhaus ao Nosso Caos). Com The Kingdom of Speech (aqui editado pela Rocco: O Reino da Fala) chegou a vez do establishment científico. Polemizar é o seu “cheiro de napalm pela manhã”. [...]

Wolfe não duvida que a Terra seja redonda, mas, qual um quinta-coluna do criacionismo, desqualifica a teoria do Big Bang como vagamente ridícula e reduz a Teoria da Evolução à “mera hipótese científica”, desprovida de prova material [quando alguém, por mais genial e inteligente que seja, vai contra a todo-poderosa teoria da evolução, começa a ser desacreditado na mídia]. E os quase cinco anos que Darwin pesquisou a bordo do Beagle? E as evidências (anatomia comparativa, fósseis e distribuição geográfica das espécies, etc.) por ele apresentadas? E as pesquisas hoje feitas em laboratórios com micróbios e insetos? [Nenhuma dessas observações e pesquisas prova a macroevolução. Simples assim. Ponto para Wolfe.]

Para incrementar sua iconoclastia, Wolfe providenciou um Salieri evolucionista para Darwin: Alfred Russell Wallace. Enfurnado numa ilha da Malásia, a coletar plantas e espantar mosquitos, Wallace teria chegado ao princípio da evolução por seleção natural antes de Darwin. É uma história fascinante. Com um desfecho melancólico: Wallace um dia virou espírita, passou a comunicar-se com o além e, zás!, recolheu-se de novo à sua insignificância. 

Se Daniel Everett, o Salieri de Chomsky, mais parece uma versão masculina de Eve Harrington, a malvada de A Malvada, a culpa é do venenoso e perverso Wolfe, embora sua intenção primeira tenha sido sujar a reputação do sumo linguista do MIT, a quem apelidou de “Noam Charisma”. Esse carisma é, no mínimo, uma ironia. Wolfe não consegue olhar para o Chomsky linguista revolucionário sem ver o Chomsky militante de esquerda. O mais janota jornalista à direita de Gay Talese é um conservador tão imaculado quanto os alvos ternos que nunca tira do corpo e já foram motivo de piada até na série dos Simpsons. [Quando alguém, por mais genial e inteligente que seja, vai contra o todo-poderosa marxismo cultural, começa a ser desacreditado na mídia.]

Sobre a origem da fala – fruto da evolução da espécie, para Darwin, e uma qualidade inata dos humanos, para Chomsky – Wolfe tem sua própria tese. Os humanos teriam inventado a linguagem como um processo mnemônico, como um aide-mémoire. "Pedra...pedra...pedra”, ruminava o homem das cavernas para não esquecer de recolher uns cascalhos no meio do caminho. [E aqui até ele escorrega, ao não cogitar que a fala tenha sido um dom inerente dado à humanidade pelo Criador.] [...]


segunda-feira, setembro 11, 2017

Ao encontro das necessidades

Livro que será distribuído pela Igreja Adventista no próximo ano apresenta segredos para o bem-estar emocional e tem até viés criacionista

Os transtornos psicológicos estão entre os principais vilões da atualidade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima, por exemplo, que há mais de 100 milhões de pessoas deprimidas no planeta e que 33% da população mundial sofre de ansiedade. Considerando o impacto das doenças emocionais na sociedade, nas famílias e na saúde pública, a igreja preparou um livro sobre o tema para ser distribuído em grande escala no próximo ano. Intitulada O Poder da Esperança, a obra escrita por Julián Melgosa, psicólogo e autor de artigos e livros na área da saúde emocional, e Michelson Borges, pastor e jornalista que atua como editor da revista Vida e Saúde, mostra como prevenir e superar a ansiedade, a depressão, o estresse, os traumas psíquicos, o sentimento de culpa e os vícios, além de revelar a importância da espiritualidade nesse processo. Nesta entrevista concedida à Revista Adventista, Michelson Borges fala sobre os recursos didáticos que o livro oferece e sugere maneiras de a igreja ampliar o alcance do material.

quarta-feira, agosto 02, 2017

Bate-papo sobre os principais livros de Michelson Borges

Nesta entrevista concedida ao programa CPB Books, da editora Casa Publicadora Brasileira, o pastor e jornalista Michelson Borges fala sobre alguns de seus principais livros, como A História da Vida, Por Que Creio, Terra de Gigantes, Bichos do Mar e do Ar e Nos Bastidores da Mídia. Ele revela à apresentadora Mariane Baroni algumas curiosidades sobre suas obras e resume o conteúdo desses e de outros livros. Assista agora!

terça-feira, julho 25, 2017

Livro oferece ideias práticas para enfrentar problemas de saúde mental

A ansiedade e a depressão são os problemas mais comuns e crescentes no mudo. Diante desse problema, a Igreja Adventista do Sétimo Dia preparou uma nova publicação que será distribuída no próximo ano, na iniciativa Impacto Esperança. O livro intitulado O Poder da Esperança é de autoria do Dr. Julián Melgosa, psicólogo e autor de artigos e livros na área da saúde emocional, e do pastor e jornalista Michelson Borges, autor de livros e editor da Casa Publicadora Brasileira. A Agência Adventista Sul-Americana de Notícias conversou com os autores sobre os temas do livro. Veja o que eles disseram na entrevista:

quinta-feira, julho 06, 2017

Pastor ex-dançarino fala de um ótimo livro da CPB

O livro Novo Ritmo, da Casa Publicadora Brasileira (CPB), conta a história de Ivor Myers, cantor de uma famosa banda norte-americana de hip-hop que, posteriormente, abandonou a carreira musical promissora e tornou-se adventista do sétimo dia. O entrevistado deste episódio do CPB Books é o pastor brasileiro Richard Ogalha, campeão nacional de dança de rua, cuja história em parte se assemelha à de Myers. O testemunho de Ogalha e o livro de Myers com certeza vão enriquecer sua vida espiritual e deixam claro que Deus pode alcançar qualquer pessoa em qualquer lugar. [MB]

sexta-feira, junho 30, 2017

Ele pedalou sozinho as três Américas com uma missão

O militar e superatleta missionário George Silva é mais conhecido como o “Atleta da Fé”, isso porque quem o conhece sabe que não existem obstáculos capazes de parar esse homem que conheceu Jesus em uma corrida pela Floresta Amazônica e recebeu dEle uma missão específica: anunciar o segundo advento (saiba mais aqui). George pedalou sozinho pelas três Américas, colecionando inúmeras experiências missionárias e de livramento miraculoso. Em seu ótimo livro Conquistando o Brasil (CPB), ele conta algumas dessas aventuras e faz um retrato de nosso país, sob o ponto de vista de um ciclista sem recursos financeiros, mas com muita fé, esperança e persistência. [MB]



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terça-feira, junho 06, 2017

Surpreendendo-se com o ato de pensar!

De um tempo para cá, tenho me interessado em aprender o máximo que posso sobre os processos mentais e, especialmente, sua relação com a forma como Deus realiza nossa salvação, ou cura, como prefiro chamar. Seguindo essa motivação, ao estar passeando em sites de livrarias virtuais, pela natureza das buscas que fazia, o site me sugeriu um livro com um título, no mínimo, inusitado: Pense. Para mim, seria até compreensível que esse livro se chamasse Pensar ou O Pensar, pois isso me sugeriria a ideia de se tratar de um estudo sobre o significado do pensar sob a perspectiva acadêmica, científica, filosófica, etc. Mas Pense é um imperativo; um título que ordena que pensemos, escrito por um famoso pastor, conhecido por sua mente sagaz. É claro que isso me chamou a atenção. Além disso, o subtítulo continua a instigar: “A vida da mente e o amor de Deus.” Pronto! Eu tinha que ler esse livro, pois, até então, apenas o livro Simples Demais, de Timoty Jennigns, da Casa Publicadora Brasileira, havia apresentado uma proposta de descrever o amor como um mecanismo racional e não como um sentimento ou desejo incontrolável.

A proposta de Pense é delineada logo no início: “O alvo deste livro é estimular o pensar sério, fiel e humilde que leva ao verdadeiro conhecimento de Deus, que, por sua vez, nos leva a amá-Lo, o que transborda em amor aos outros” (p. 32). Portanto, não se trata de ensinar a pensar, mas de apresentar o exercício da reflexão séria como o caminho para descobrir o amor a Deus e ao próximo. Para mim, que tenho lido alguns textos escritos por especialistas, filósofos, cientistas e educadores sobre a importância do pensar profundo e sólido, é estimulante ler o que um pastor já bem conhecido diz sobre a importância desse processo para o nosso cristianismo. Outro fato que me chamou a atenção foi o autor esclarecer que a proposta do livro não é ser um texto técnico, como alguns já escritos, mas uma reflexão, escrita por um pastor, ancorada na Bíblia sobre a importância do pensar sério para nossa comunhão com Deus. Seguindo essa ideia, o pastor Piper utiliza em toda a sua escrita a Bíblia como fundamentação principal para suas afirmações.

Em uma época na qual a experiência com o transcendental costuma ser traduzida por meio do nível da sensação emocional causada, não deixa de surpreender que um pastor tenha escrito um livro sobre a importância do pensar para sua comunhão com Deus. Entretanto, sendo um pastor com graduação em literatura, especialização em filosofia e doutorado na Alemanha em Teologia, com dezenas de livros publicados, não é de se estranhar que tenha desenvolvido uma visão especial acerca do valor do pensar para sua intimidade com Deus. Mais interessante do que a proposta inicial desse livro é acompanhar o desenvolvimento com o qual suas ideias são apresentadas. Incialmente, o autor resume seu objetivo afirmando que “este livro é um apelo a adotarmos o pensar sério como um meio de amar a Deus e as pessoas. É um apelo a rejeitar o pensar do tipo ‘ou-ou’ no que diz respeito à mente e ao coração, a pensar e a sentir, à razão e à fé, à teologia e à doxologia, ao esforço, ao esforço mental e ao ministério de amor. É um apelo a que vejamos o pensar como um meio que Deus ordenou para O conhecermos. Pensar é um dos meios mais importantes de colocarmos o combustível no fogo da adoração a Deus e do serviço ao mundo” (p. 23). Portanto, não se trata de um livro técnico ou histórico, ou uma análise exegética profunda a respeito do valor do pensar na adoração, mas, antes, trata-se de um livro que nos convida a transformar nossa adoração pela inclusão do exercício da reflexão séria e profunda sobre a verdade divina. Esse é o alvo devocional, de onde se parte do exercício sério da reflexão até a experiência de comunhão ampliada.

Após apresentar sua proposta principal, o autor se preocupa em esclarecer a posição do pensar como um meio para atingir algo maior e mais sublime, e não como o foco principal, a intimidade e o conhecimento de Deus. “Pensar é indispensável no caminho do amor a Deus. Pensar não é um fim em si mesmo. Nada, exceto Deus, é um fim em si mesmo. Pensar não é o alvo da vida. Pensar, como o não pensar, pode ser o alicerce para a vanglória. Pensar sem orar, sem o Espírito Santo, sem obediência e sem amor ensoberbecerá e destruirá (1Co 8:1). Mas o pensar em submissão à poderosa mão de Deus; o pensar saturado de oração; o pensar guiado pelo Espírito Santo; o pensar vinculado à Bíblia; o pensar em busca de mais razões para louvar e proclamar as glórias de Deus; o pensar a serviço do amor – esse pensar é indispensável em uma vida de pleno louvor a Deus.” Portanto, a tese principal é a de que o fim de todo o processo é o conhecimento verdadeiro e profundo de Deus, que não se trata de mera recepção de informações, mas é o resultado de um pensar sério e profundo sobre Suas ações.

É com uma nova proposta do significado do pensar a respeito da verdade divina que o autor se preocupa também em redesenhar a correta postura da leitura. O ato de ler assume então uma posição de atividade e não de passividade. “Ler é pensar!” Essa tese visa a conceituar uma nova abordagem da leitura do texto sagrado. A verdade é como o ouro escondido nas minas: precisa-se de esforço, pensar sério para ser extraído, e de ainda mais reflexão para ser utilizado. Portanto, a verdade, que é revelada por Deus, precisa ser escavada da maneira correta; se não for assim, não obteremos suas riquezas em plenitude.

Outra observação marcante é a de que esse livro não trata de uma defesa do pensar acadêmico. O processo nele apresentado é um pensar sério e acessível a todos, e, portanto, não restrito a uma classe mais capacitada da sociedade. Dessa forma, esclarece Piper, não há qualquer supremacia de uma mente acadêmica sobre outras. Um escritor, cientista ou filósofo não serão melhores ou possuirão melhor relacionamento com Deus por terem o hábito de pensar com profundidade e solidez. O que confere o verdadeiro poder ao exercício de reflexão é a presença do elemento espiritual, o Espírito Santo, argumenta Piper. A ideia é que precisamos desenvolver o ato de pensar para que sejamos capazes de contemplar a Deus.

Seguindo sua proposta de reposicionar o ato de pensar de forma séria no contexto de nossa comunhão com Deus, o pastor Piper analisa um dos conceitos – senão o conceito mais importante: o amor a Deus. Para o escritor, o amor a Deus se expressa mais fundamentalmente na maneira com a qual pensamos. “Nosso pensar deve ser totalmente engajado em fazer tudo o que for possível para despertar e expressar a plenitude de valorizar a Deus acima de todas as coisas” (p. 120). Entretanto, ao longo da leitura desse capítulo, achei um pouco confusa a forma de definir a dinâmica entre as afeições e os pensamentos no processo de amar a Deus. Haveria ainda muito a explorar nessa temática tão fundamental.

O livro segue abordando duas objeções fundamentais à tese defendida pelo autor: o relativismo e o anti-intelectualismo cristão. A primeira é abordada com base nos episódios em que Jesus lidou com relativistas (Mt 21:23-27), demonstrando que Ele nunca aceitou uma visão de mundo que, especialmente por comodidade, se eximisse de assumir uma verdade. O próprio Jesus, explicitamente, apresentava uma compreensão absoluta do conceito de verdade, declarando Ele mesmo ser a verdade (Jo 14:6). Além dessa abordagem, no que diz respeito ao relativismo, o autor expõe diversos problemas morais disfarçados nessa ideologia, como o orgulho e a dissimulação. Uma citação apresentada no livro me chamou a atenção, pois trata do perigo do relativismo:

“Faz pouca diferença muito ou quão pouco dos credos da igreja o pastor modernista afirma... Por exemplo, ele pode afirmar cada título e cada artigo da Confissão de Westminster, mas, apesar disso, estar separado, por um grande abismo, da Fé Reformada. O fato não é que uma é negada e o resto, afirmado; mas tudo é negado, porque tudo é afirmado apenas como útil e simbólico, e não como verdadeiro” (J. Gresham Marchen, What is Faith? Edinburg: Banner of Truth, 1991 p. 34).

Quanto ao problema do anti-intelectualismo cristão, o pastor Piper adverte como compreensões equivocadas do texto sagrado têm afastado os cristãos de um compromisso com Deus mais racional e fundamentado. Em outro momento, ele demonstra a ausência de alternativa para uma plena comunhão com Deus que se abstenha do pensar: “O problema daqueles que menosprezam o dom de pensar como um meio de conhecer a Deus é que eles não definem claramente qual é a alternativa. A razão é que não há uma alternativa. Se abandonamos o pensar, abandonamos a Bíblia. E, se abandonamos a Bíblia, abandonamos a Deus” (p. 175). Dessa forma, os discursos anti-intelectualistas conduzem os cristãos a um relacionamento com Deus insólito e nebuloso, e por isso incerto e inseguro.

Como fim desta breve análise, gostaria de comentar a respeito da parte mais profunda e impactante de todo o livro. Aquela que me ajudou a reposicionar o objetivo e o fundamento de toda a minha pesquisa acadêmica e a recuperar a razão pela qual os grandes pais da ciência iniciaram e desenvolveram esse empreendimento: a glória de Deus. O pastor Piper explica que a tarefa de toda erudição é a glória de Deus, e qualquer desvio desse propósito está corrompido por natureza:

“Portanto, a tarefa de toda erudição cristã – não apenas estudos bíblicos – consiste em estudar a realidade como uma manifestação da glória de Deus, escrever e falar com exatidão sobre a realidade, desfrutar a beleza de Deus nela e torná-la serva do bem do ser humano. Há uma abdicação da erudição quando os cristãos fazem trabalho acadêmico com pouca referência a Deus. Se todo o universo e tudo o que há nele existem pelo desígnio de um Deus infinito e pessoal para tornar conhecida e amada a Sua multiforme glória, portanto, tratar de qualquer assunto sem referência à glória de Deus não é erudição, é insurreição” (p. 239).

Como cientista cristão, ler esse livro me ajudou a resgatar a primitiva – em referência aos fundadores da ciência – razão de fazer ciência. E também me permitiu compreender que a forma – no que diz respeito ao pensar sério – de produzir e pensar a ciência não pode ser diferente daquela forma com a qual construímos nossa comunhão com Deus. O pensar sério e profundo deve ser o fundamento sobre o qual todo cristão, acadêmico ou não, deve construir sua relação com o Criador.

(Rafael Christ Lopes é professor de Física)

sexta-feira, maio 26, 2017

Um livro para causar impacto

Um Busca de Esperança é a versão compacta do best-seller de Ellen White História da Redenção, um livro realmente especial que será distribuído amanhã gratuitamente a milhões de pessoas na América do Sul. Nele, a autora oferece uma visão geral da história do grande conflito entre o mal e o bem, sua origem e seu desfecho, passando pelos grandes temas da Bíblia e as lindas histórias que ilustram essa batalha na qual, quer queiramos ou não, estamos envolvidos. Mas a tônica da obra está no fato de que existe salvação para todo aquele que aceita os planos de Deus e busca nEle a verdadeira esperança. Tive o prazer e o privilégio de ser um dos editores responsáveis pela atualização da linguagem (da tradução em português) desse livro escrito no século 19, mas sempre atual. Essa revisão foi um trabalho muito criterioso. Procuramos substituir termos em desuso e construções arcaicas, sempre consultando o original em inglês e dicionários do tempo da autora, a fim de preservar o sentido dado por ela a cada frase. Você precisa ler esse livro! Se alguém lhe oferecer um, não perca a oportunidade. E se você for convidado para participar da campanha de distribuição, saiba que estará espalhando uma obra das mais relevantes; estará incentivando a leitura e a cultura bíblica; sobretudo, estará espalhando esperança! [MB]




quarta-feira, abril 26, 2017

Livro criacionista da SCB sai em formato digital

A Sociedade Criacionista Brasileira (SCB) acaba de lançar, agora em formato digital, a obra Em Seis dias: Por que 50 cientistas decidiram aceitar a criação. O livro foi organizado pelo australiano John Ashton e consiste em uma coletânea de depoimentos de 50 cientistas influentes a respeito de razões que os levaram a crer na criação do mundo tal como descrito no relato bíblico de Gênesis. A versão impressa já estava disponível no site da SCB. Na coletânea de depoimentos, são apresentados argumentos científicos em várias áreas do conhecimento humano, como biologia, engenharia, física, química, geologia e outras. Todos os autores possuem doutorado obtido em universidades públicas de prestígio na Austrália, EUA, Reino Unido, Canadá, África do Sul e Alemanha. São professores universitários e pesquisadores, geólogos, zoólogos, biólogos, botânicos, físicos, químicos, matemáticos, pesquisadores biomédicos e engenheiros. “A minha experiência ao organizar esse livro é que existe um número crescente de cientistas academicamente bem qualificados, com espírito crítico, que têm sérias dúvidas a respeito das evidências a favor da evolução darwinista, e que escolheram acreditar na versão bíblica da criação”, comenta Ashton no prefácio do livro.


Nota: Em meu livro Por Que Creio: Dozepesquisadores falam sobre ciência e religião, fiz algo parecido com a iniciativa de Ashton, mas com cientistas brasileiros (com exceção de um: Michael Behe). [MB]

terça-feira, abril 18, 2017

Epístolas Católicas do Apóstolo Pedro

Sociedade Criacionista Brasileira tem a satisfação de lançar este livro sobre a vida e os ensinos do apóstolo São Pedro, escrito a partir do texto bíblico dos Evangelhos e do livro de Atos dos Apóstolos, de comentários inspirados da escritora Ellen G. White transcritos como pano de fundo, e do próprio texto das duas epístolas de autoria do apóstolo. Com vistas a um público interessado em maior conhecimento não só sobre a vida, mas também a época em que o discípulo Pedro se torna o grande apóstolo da Igreja primitiva, foram também inseridas informações de caráter histórico sobre usos e costumes, bem como sobre crenças do mundo greco-romano, paralelas ou contrárias às revelações trazidas pelo então nascente Cristianismo. Nesse sentido, é recomendável também a leitura de outra publicação da Sociedade Criacionista Brasileira, intitulada Relato da Criação nas Edições Católicas da Bíblia, agora em segunda edição, com a inclusão de um Apêndice contendo algumas considerações achadas úteis para destacar a relação entre os dias da criação e o “Credo” apostólico, que logo em seu início declara a crença católica no “Deus Pai, todo poderoso, Criador dos céus e da terra”. 

[Clique aqui e saiba mais sobre esse ótimo livro que pode ajudar e muito no estudo da Lição da Escola Sabatina deste trimestre.]