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20/11/2019

Finalmente, a Casa da Pesca tem a cobertura que o MAMAOT prometeu em 2012 e nunca cumpriu. Obrigado à CMO e à DGTF.


E agora É PRECISO AVANÇAREM COM AS OBRAS DE RESTAURO!
Devidamente acompanhadas pela DGPC, claro.

Foto in site da Câmara Municipal de Oeiras

20/05/2019

Roubo de Azulejos na Casa da Pesca em Oeiras


Exmos. Senhores

Serve o presente para apresentarmos uma queixa junto de V. Exas. sobre o roubo de azulejos ocorrido há dias na Casa da Pesca, imóvel classificado, que é propriedade do Estado e está à guarda do INIAV, ex-Estação Agronómica e organismo sob a tutela Ministério da Agricultura, conforme fotos em anexo documentam.

Solicitamos a v/melhor ajuda para este caso de roubo ao Património nacional, fruto da irresponsabilidade de quem de direito.

Foto 1: Jornal Público
Foto 2: CM Oeiras
Foto 3: Ana Celeste Glória (2016)

Colocando-nos à v/disposição para o que acharem necessário, apresentamos os nossos melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Ana Celeste Glória, Bernardo Ferreira de Carvalho

C.C. Gab. MAgricultura, Gab.MCultura e CMO

18/01/2019

Promessas há muitas, mas a Casa da Pesca continua ao abandono


Depois de tentativas de assinaturas de protocolos falhadas em 2007 e 2016, este poderá ser o ano em que a Casa da Pesca ganha uma nova vida. Ministério da Agricultura e câmara de Oeiras garantem que elaboração do documento que efectiva a cedência do espaço se encontra "em fase final de execução". Município quer reabilitar o espaço.

Sebastião Almeida (Texto) e Daniel Rocha (fotos), in Público 18.1.2018

«Na parte norte da Quinta do Marquês de Pombal, em Oeiras, a vegetação cobre o tanque frontal da Casa da Pesca. O conjunto arquitectónico pombalino, datado do século XVIII, integra os vastos terrenos da quinta mas continua ao abandono, apesar de a classificação de monumento nacional obtida em 1940. O Ministério da Agricultura, proprietário do espaço, diz que há um protocolo de cooperação com a câmara de Oeiras, que está “em fase final de elaboração”. Contudo, a autarquia reitera que cabe ao ministério “ultimar os detalhes do referido protocolo” para que as obras de reabilitação avancem.

O receio do grupo de cidadãos que, em 2018, lançou a petição Salvar a Casa da Pesca é que tudo fique na mesma, apesar das garantias dadas pelo Ministério: já em 2016 tinham sido iniciados trabalhos para a criação de um protocolo que definiria “os termos de cooperação e co-gestão” do património, protocolo esse que previa “a reabilitação do conjunto monumental” e para cuja data de definição dos termos ficara "estabelecido o mês de Junho”, lê-se numa troca de correspondência entre o Fórum Cidadania Lx e o gabinete do Ministério da Agricultura, datada de 14 de Junho de 2016.

O Ministério da Agricultura, contudo, nega que “teria sido estabelecido o mês de Junho de 2016 como data limite para a definição de um protocolo para a recuperação da Casa da Pesca”. Para o ministério, essas informações “não correspondem à verdade”. No entanto, o documento a que o PÚBLICO teve acesso, diz o contrário.

Quando questionado sobre quais os motivos para que em 2016 o protocolo não tenha avançado, o Ministério da Agricultura não responde e sublinha apenas que “o protocolo com vista à recuperação do espaço está em fase final de elaboração”.

Mas a história do abandono já vai longa. Em 2012, o PÚBLICO escrevia que o projecto de reabilitação da Casa da Pesca, da Cascata do Taveira e do tanque frontal seria levado a cabo através de um protocolo entre o Ministério da Agricultura e a câmara de Oeiras, que transformaria os terrenos num parque temático agro-pastoril.

O projecto acabou por não sair do papel devido a divergências entre o executivo da câmara de Oeiras e o Ministério da Agricultura, argumentou à época o presidente da câmara, Isaltino Morais. Os termos do acordo passavam pela cedência da quinta ao município, que, em contrapartida, pagaria 15 milhões de euros para a construção de um laboratório de Medicina Veterinária. Na recuperação da quinta teriam ainda de gastar outros 25 milhões de euros.

A câmara de Oeiras chegou a acordo para pagar metade do valor exigido, pedindo em troca a cedência do espaço por 90 anos, mas o ministério não aceitou. No final de contas, a Casa da Pesca continuou ao abandono, até hoje.

A Casa da Pesca, uma propriedade de recreio para o repouso das elites, que dava também apoio às actividades de pesca que ali se desenrolavam no tanque fronteiro, pertenceu a Sebastião José de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal, antes de ser adquirida, já no século XX, pelo jornalista e empresário Artur Brandão. O senhorio vendeu posteriormente a quinta, repartindo-a por vários proprietários.

Para o grupo de cidadãos que lança agora a petição, o interesse histórico e artístico do local deveria sobrepor-se a qualquer entrave burocrático. Os autores do documento chamam à atenção para os estuques que retratam cenas marítimas, no interior da Casa da Pesca, “e cuja autoria tem vindo a ser associada a Giovanni Grossi, famoso estucador da época”. Os azulejos presentes na escadaria do jardim e espaços circundantes apresentam-se com fissuras, devido à falta de manutenção.

A última intervenção conhecida remonta a 1961, ano em que terão sido efectuadas obras ao telhado da casa e uma limpeza aos terrenos circundantes, a cargo da então designada Direcção Geral de Monumentos Nacionais.

Numa nota publicada na página da missiva, reitera-se o “processo acelerado de ruína” a que todo o conjunto está sujeito. Perante o “cenário dramático”, lê-se no documento, “é inaceitável que o Ministério da Agricultura continue a protelar as indispensáveis obras e que a Direcção-Geral do Património Cultural continue sem impor o cumprimento das obrigações inerentes à salvaguarda de um bem classificado".

A autarquia, questionada sobre o estado das negociações com o Ministério da Agricultura, expressou a “boa-fé” que tem demonstrado no desenrolar do processo e que “está disponível para receber o importante património arquitectónico, recuperá-lo, mantê-lo e colocá-lo disponível ao público”.

Além da Casa da Pesca, também o Paço Real de Caxias, pertencente ao Ministério da Defesa, e a Quinta da Cartuxa, propriedade do Ministério das finanças, estão ao abandono. A autarquia de Oeiras diz ter “projectos de reabilitação em estudo” para todos os edifícios, desde que o Governo decida “transferir as competências para o município”, sublinha.

No caso específico da casa pombalina, a câmara de Oeiras assegura que têm sido realizadas negociações para a cedência do complexo, “a pedido da autarquia”, sublinha.

O Ministério da Agricultura, em resposta às questões endereçadas pelo PÚBLICO, esclarece que, o grupo de trabalho constituído em 2018 para dar resposta à situação de abandono e de reabilitação do espaço elaborou um protocolo de cooperação com a câmara de Oeiras, que se encontra em “fase final de execução”.

Esse protocolo define “os termos em que, em parceria com a autarquia de Oeiras, se processará o modelo de gestão do património histórico de forma a promover a reabilitação de um importante complexo edificado”.

Em respostas enviadas por email, fonte do Ministério da Agricultura detalha que o novo protocolo irá abranger todo o complexo, “designadamente a Abegoaria (ou Casal da Manteiga), a Casa dos Bichos da Seda, a Casa do Fresco, a Pombal, a Mina, a Cascata do Taveira, a Cascata da Fonte do Ouro, o lago e jardins adjacentes, o aqueduto e a rede pedonal de caminhos pombalinos envolventes”. Resta, contudo, esperar que seja devolvida à Casa da Pesca uma nova vida.

O PÚBLICO questionou a Direcção Geral do Património Cultural sobre quais as diligências que têm sido empreendidas no sentido de avançar com as obras de reabilitação, mas não obteve resposta até à data da publicação do artigo.»

27/09/2018

Petição Salvar a Casa da Pesca: património classificado em ruína iminente.


ASSINE E DIVULGUE, POR FAVOR:

Exmo. Sr. Presidente da Assembleia da República,


A Casa da Pesca, situada na Quinta de Recreio dos Marqueses de Pombal, em Oeiras constitui um dos conjuntos mais interessantes da arquitectura de veraneio do século XVIII. Constituída por Jardim, Casa, Cascata, e Tanque este conjunto localiza-se na parte mais a norte da referida Quinta, actualmente propriedade da Estação Agronómica Nacional (Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, Ministério da Agricultura).

O interesse histórico e artístico deste conjunto designado Casa da Pesca, reside no imaginário barroco da época que ainda hoje pode ser observado: a Cascata do Taveira, imponente anfiteatro desdobrado em painéis revestidos de azulejo, em tons de azul intenso e branco, com cenas mitológicas de temática marítima, testemunho raro entre nós; o Tanque fronteiro, no qual D. Maria I chegou a pescar, acompanhada do seu séquito (dando nome ao conjunto); e finalmente a Casa da Pesca, na qual eram guardados os instrumentos de pesca, e que esconde no seu interior uma série de estuques em relevo, com cenas marítima, alusivas à própria “pesca”, e cuja autoria tem vindo a ser associada a Giovanni Grossi, famoso estucador da época.

Face a este espólio artístico, o conjunto integrou a classificação de Monumento Nacional que, em 1940, foi atribuído ao Palácio e Jardim a ele anexo. No entanto, setenta e oito anos passados sobre essa classificação, a Casa da Pesca encontra-se em processo acelerado de ruína que, se não for rapidamente estancado, será irreversível, com partes do teto estucado já caídas. Perante este cenário dramático, é inaceitável que o Ministério da Agricultura continue a protelar as indispensáveis obras e que a Direcção-Geral do Património Cultural continue sem impor o cumprimento das obrigações inerentes à salvaguarda de um Bem classificado, sobretudo tratando-se de um “Monumento Nacional”!

Registe-se o facto de já terem sido criadas outras petições para o mesmo efeito, desde 2010 até ao ano presente, além de diversas iniciativas, tais como comunicações de âmbito académico, palestras públicas, debates, notícias e reportagens televisivas.

Assim, os subscritores desta Petição apelam à Assembleia da República para instar o Ministério da Agricultura a:

1. Proceder a obras urgentes de conservação e restauro da Casa da Pesca.
2. Garantir a preservação, divulgação e abertura ao público deste conjunto patrimonial classificado de Monumento Nacional.

CONTAMOS COM TODOS OS CIDADÃOS QUE AMAM O NOSSO PATRIMÓNIO COLECTIVO!

Oeiras, 18 de Setembro de 2018

28/09/2017

Lá vem mais um hotel ...


Prédio-quarteirãodo Largo de São Paulo na calha ... pombalino, ainda com mansardas de Mardel, e onde aliás todos os inquilinos, gelataria Davvero incluída, têm, ao que parece, ordem de despejo... (fotos em www.essentia.pt/projetos/sao-paulo/35/)

23/12/2015

S.O.S. Casa da Pesca - A/C. Ministério da Agricultura

Exmo. Senhor Ministro da Agricultura
Dr. Luís Capoulas Santos


Serve o presente para alertarmos Vossa Excelência, Senhor Ministro, para o estado de abandono e incúria a que está votada a Casa da Pesca, edifício que faz parte do conjunto da Quinta de Recreio dos Marqueses de Pombal, em Oeiras, de que ainda fazem parte Jardim, Tanque e Cascata, todos eles também ao abandono e sem utilização digna, sendo todos eles propriedade do Ministério da Agricultura (Estação Agronómica Nacional).

É na Casa da Pesca, contudo, no edifício de pequena dimensão atribuído a Carlos Mardel, de que se destacam azulejos da Fábrica do Rato e estuques atribuídos ao estucador italiano Giovanni Grossi (1818-1781), ambos de temática mitológica e piscatória, que o panorama é mais revoltante, tal o mau estado de conservação do seu interior, e, tão grave quanto isso, a incúria como foi tratado por quem de direito desde que os primeiros alertas se fizeram sentir.

Com efeito, este edifício histórico do século XVIII e que está englobado no conjunto classificado Monumento Nacional desde 1953, apesar da sua comprovada valia patrimonial, continua não só a degradar-se profundamente por força do mau estado da cobertura, como a não ter qualquer projecto de conservação e restauro no horizonte, muito menos de utilização compatível com a sua importância.

De realçar que no período 2010-2012, depois de muita insistência feita pelos cidadãos junto do Governo, e do envolvimento solidário de algumas entidades de relevo, desde logo a DGPC/IGESPAR/SEC, a Câmara Municipal de Oeiras, a Associação Portuguesa de Jardins e Sítios, foram feitas promessas pelo então MAMAOT de que as obras na cobertura avançariam até 2013, o que nunca se verificou, tendo o assunto morrido desde então, o que consideramos profundamente lamentável.

Nesse sentido, solicitamos esclarecimento da Vossa Excelência, sobre quais os procedimentos urgentes que o Ministério da Agricultura pode encetar de modo a, numa primeira fase, proceder à reparação da cobertura e, e, num segundo tempo, lançar um programa de restauro e utilização apropriada do edifício.

Chamamos a atenção de Vossa Excelência, Senhor Ministro, para o facto deste edifício ser indissociável da restante Quinta do Marquês, pelo que a sua futura exploração só terá a beneficiar de uma solução abrangente.

Juntamos fotos elucidativas do estado da Casa Pesca em 2012 (interior) e 2014 (exterior).

Com os melhores cumprimentos,


Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Ana Celeste Glória, João Leitão, Inês Beleza Barreiros, Jorge Santos Silva, Fernando Jorge, Gonçalo Cornélio da Silva, Maria Morais, Virgílio Marques, Júlio Amorim, Luís Marques da Silva, Jorge Pinto, Pedro Henrique Aparício, Pedro Fonseca, Pedro Janarra, Beatriz Empis, Miguel de Sepúlveda Velloso, Maria do Rosário Reiche, José Arnaud e Nuno Vasco Franco