21/09/2020
05/06/2020
Demolição da ala poente do antigo Convento de Santa Joana - pedido de esclarecimentos ao atelier responsável:
Tal como nos foi exigido por V. Exas., ser este o "procedimento" para vos contactarmos, colocamo-vos por esta via uma série de questões que se prendem com a destruição já verificada de toda a ala poente do antigo Convento de Santa Joana:
Dada a extensão das demolições num imóvel histórico, embora desvirtuado, e considerando a linguagem usada para justificar o que em nossa opinião é uma grosseira destruição do património da cidade que, apesar de privado, importa saber:
a) Qual o destino de todos os painéis de azulejos encontrados?
b) Qual o destino da colunata destruída?
c) Poderão V. Exas. disponibilizar-nos cópia dos pareceres dos serviços pertinentes, CML, DGPC?
d) Como justificam a construção de um corpo de sete andares, ocupando a ala inteiramente destruída pelo vosso projecto?
e) Como justificam a opção por vós feita de contribuírem para o empobrecimento patrimonial da cidade por troca com uma solução imediatista e apenas preocupada com a máxima rentabilização do lote?
f) E, inclusivamente, como justificam o "esmagamento" da própria Igreja do Sagrado Coração de Jesus, Monumento Nacional e ícone nacional da Arquitectura do Movimento Moderno, pelo novo corpo a construir do lado da Rua Camilo Castelo Branco?
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Miguel de Sepúlveda Velloso, Bernardo Ferreira de Carvalho, Beatriz Empis, Virgílio Marques, Ana Celeste Glória, Inês Beleza Barreiros, Rui Martins, Jorge Pinto, Fernando Jorge, José Amador, Maria Teresa Goulão, Henrique Chaves, Pedro Cassiano Neves, Helena Espvall, Pedro de Sousa, Júlio Amorim, Filipe Teixeira, Miguel D. Oliveira, Fátima Castanheira, Sofia Casimiro
Protesto por demolição da ala poente do antigo Convento de Santa Joana
Dr. Fernando Medina
C.C. AML, DGPC, Vereador Urbanismo e media
Vimos dar-lhe conta, senhor Presidente, da demolição de todo o corpo poente do antigo Convento de Santa Joana, sito na Rua de Santa Marta, vendido pelo Estado e inserido pela CML, oportunamente, nos projectos a desenvolver no âmbito da chamada Colina de Sant’Ana.
Juntamos fotos da ala do antigo convento demolida (foto 1), que tem frente para a Rua Camilo Castelo Branco, como está hoje (fotos 2 e 3) e como irá ficar, com fachada contemporânea e 6-7 pisos (foto 4, in Saraiva e Associados).
É confrangedor assistir-se a este tipo de destruição de Património, sob o epíteto de "reabilitação urbana", que para os promotores e para o arquitecto responsável pelo projecto representa “uma transição delicada entre arquitetura histórica e contemporânea” mas que a nosso ver não é mais do que o atrás referido: destruição de Património, promovida pelo próprio Estado, que vendeu em 2014 este edifício imponente e histórico da cidade sem garantir a sua preservação total, mas também pela CML e pela anterior vereação de Urbanismo, que em 2017 apenas se terá preocupado em assegurar a sua desclassificação em termos de afectação de uso no PDM.
Ficam o nosso protesto e o nosso lamento, fazendo votos para que, doravante, a Câmara Municipal de Lisboa recuse liminarmente semelhantes projectos.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Miguel de Sepúlveda Velloso, Bernardo Ferreira de Carvalho, Virgílio Marques, Beatriz Empis, Miguel Oliveira, Júlio Amorim, Miguel Lopes Oliveira, Gustavo da Cunha, Pedro de Souza, Helena Espvall, Rui Pedro Martins, Henrique Chaves, Inês Beleza Barreiros, Ana Celeste Glória, Maria João Pinto, Filipe Teixeira, Miguel Jorge, Miguel Atanásio Carvalho, António Araújo, Irene Santos, Pedro Cassiano Neves, Maria Maia
19/03/2017
Demolições na Rua de Santa Marta
Ana Alves de Sousa
03/10/2014
Estamo vende Convento de Santa Joana por 11,2 milhões
In Público (3.10.2014)
Por Inês Boaventura
«O antigo Convento de Santa Joana, em Lisboa, onde funcionou a PSP, foi vendido pela Estamo por 11,2 milhões de euros, montante quase 2,5 milhões de euros acima do valor de referência definido pela imobiliária de capitais públicos.
Segundo a Estamo, a venda deste imóvel na Rua de Santa Marta foi adjudicada à AM48 Unipessoal Lda conjuntamente com a Hoti Hotéis SGPS, SA e a Lúcio de Azevedo & Filhos, SA, através de um contrato-promessa celebrado no dia 24 de Setembro. Este contrato, acrescenta a imobiliária em esclarecimentos prestados ao PÚBLICO, “foi assinado com a sociedade Residence Convento de St.ª Joana, SA, sociedade anónima constituída pelos proponentes, que já pagaram o sinal de 15% previsto”.
Para o antigo convento existe um Pedido de Informação prévia aprovado pela Câmara de Lisboa, que prevê a instalação de um hotel. Habitação, comércio e serviços são os restantes usos previstos, além de um parque de estacionamento “em dois pisos enterrados”, com uma cobertura “ajardinada”.
A Estamo afirma que a fachada principal do antigo convento, virada para a Rua de Santa Marta, “será recuperada e mantida, admitindo-se a reestruturação dos espaços interiores e o aproveitamento do vão do telhado, salvaguardando, no entanto, os elementos considerados de interesse patrimonial”. Em informação disponível na sua página na Internet, a imobiliária acrescenta que “a fachada interior será redesenhada e acrescida de dois volumes devidamente enquadrados”. »
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O problema não está na venda nem no hotel mas como por cá a "convivência" velho-novo é sempre de fugir, o problema, dizia eu, vai ser aquele corpo para a Rua Camilo Castelo Branco, que é, simplesmente, atroz (fotos).
11/12/2013
Ainda os loteamentos para 3 ex-HCL (2) :
Já sobre Santa Marta, que continuo a achar ser o melhor de todos os projectos, de longe, aquele edifício no topo norte do lote vai ensombrar completamente parte significativa da Travessa de Santa Marta, e o topo sul da Rua da Sociedade Farmacêutica, também. 'Ícone' para ser visto do alto do Parque Eduardo VII? É desnecessário. Diminua-se o edifício em 3 pisos, s.f.f. porque o resto do projecto está bastante bom: os espaços verdes serão muitos, o hotel pode perfeitamente ocupar a zona do convento, desde que continuem como locais sem restrições ao público, a igreja, a sacristia e o claustro, evidentemente. Além disso, arrasam com o edifício das consultas externas que é um mono dos anos 80.