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22/03/2019

Demolição anunciada de prédio pré-pombalino (Lapa) - pedido de chumbo do projecto por omissões graves e pedido de reformulação do PPRUM


Exmo. Senhor
Vereador Manuel Salgado


Cc. PCML, AML, JF Estrela, DGPC

Serve o presente para alertarmos V. Exa. para alguns detalhes significativos referentes à demolição pré-anunciada para o edifício pré-pombalino da Rua do Meio à Lapa, nº 12-14, a saber:

* O Plano de Pormenor e Reabilitação Urbana da Madragoa é claro quanto à não permissão de demolição deste imóvel (conforme indicado no cadastro, foto1);
* Na memória descritiva do projecto, o prédio é apresentado como sendo pós-pombalino, o que é ao contrário do que está escrito no PPRUM, que o regista como pré-pombalino (foto2);
* No parecer de engenharia que sustenta a demolição preconizada, o seu autor admite não ter entrado no edifício (!), até porque no local verifica-se que não há sinais de terem aberto o tamponamento que já está desde há uns anos no edifício. Não há assim nenhuma certeza quanto à veracidade da foto apresentada de uma divisão no interior (foto3) uma vez que no levantamento fotográfico feito em 2005 dos interiores quando ainda era habitado, não existe nenhum compartimento igual ao da foto que está agora nos documentos do projecto.

(Em 2005, foi feita uma vistoria a fim de ser realizado um projecto de alterações, sem demolição, e em 2007 novo projecto de alterações no w.c., nunca a demolição do edifício)

Face ao exposto, solicitamos a V. Exa. a reprovação do projecto do atelier Tardoz!

E tendo em conta as recentes demolições e alterações profundas já ocorridas na Lapa (ex. Rua da Lapa, nº 69, Rua das Trinas, nº 125, Rua da Lapa, nº 79, Rua das Praças, nº 84-90), e as que se vislumbram no curto e médio-prazo (Rua do Meio à Lapa, nº 50-58, Rua do Meio à Lapa, nº 16, Rua do Quelhas, nº 21-23, etc.), aproveitamos a oportunidade para solicitar a V. Exa.:

A reformulação urgente do Plano de Pormenor e Reabilitação Urbana da Madragoa, pois este só serviu até agora para viabilizar um sem-número de demolições e alterações irreversíveis, e outros tantos alinhamentos de cércea assustadores, desvirtuando por completo a Madragoa, a Lapa, a Estrela.

Além de que, por via desse instrumento de planeamento e gestão urbanística, a questão do património cultural passou a ser de somenos, uma vez que a DGPC passou a ser apenas consultada para efeitos de licenciamento em zonas especiais de protecção e imóveis classificados, que são raros, como é do conhecimento de V. Exa., e no restante apenas se pronuncia em matérias de arqueologia, o que a nosso ver é caricato, pela importância histórica de toda aquela zona e pela inconsequência de facto do Inventário Municipal do Património enquanto seu substituto na salvaguarda do património em questão.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Pedro Cassiano Neves, Júlio Amorim, Nuno Castelo-Branco, Beatriz Empis, Fernando Silva Grade, Jorge Pinto, Mafalda Magalhães Barros, Helena Espvall, Virgílio Marques, Pedro Jordão, João Mineiro, Filipe Teixeira, Pedro de Souza, Miguel Atanázio Carvalho, Fernando Jorge, Rui Pedro Martins, Maria do Rosário Reiche, António Araújo, Henrique Chaves

23/08/2018

Projecto de alterações em edificado pombalino da Rua da Conceição - alerta à CML


Exmo. Senhor
Vereador Manuel Salgado


C.C. PCML, AML, DGPC, JF Santa Maria Maior e media

No seguimento da recente entrada nos serviços de urbanismo da CML do proc. nº 1322/EDI/2018, referente a projecto de ampliação e alterações (profundas) no edifício da Rua da Conceição, nº79-91, que é um dos últimos blocos do “Cartulário Pombalino” da Baixa;

Considerando que o bloco em causa mantém tectos de madeira originais, escadas e portas de acesso aos fogos, também muito originais, e possui 4 lojas históricas da cidade de Lisboa, a saber Retrosaria Arqui Chique, Perfumaria Alceste, Retrosaria Nardo e Retrosaria Bijou, estando 3 delas já classificadas pelo “Lojas com História”;

E considerando que este edificado, com excepção das lojas referidas, que se mantêm abertas ao público resistindo às mais variadas contrariedades, se mantém deliberadamente ao abandono desde há muitos anos sem que tenha havido obras mínimas de conservação, ou intimação de facto por parte da CML para que tal acontecesse,

Solicitamos a melhor atenção de V. Exa. para a necessidade de os v/serviços reprovarem todo o projecto de alterações que consubstancie, como o presente, a não preservação dos elementos patrimoniais referidos, a alteração da morfologia e das coberturas existentes ou a não manutenção das 4 lojas históricas referidas, e que seja assim dado bom seguimento à apreciação já produzida pela estrutura consultiva do PDM no sentido da sua liminar reprovação.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Luís Mascarenhas Gaivão, António Araújo, Miguel Atanásio Carvalho, Júlio Amorim, Helena Espvall, João Oliveira Leonardo, Jorge Pinto, Rui Martins, Fátima Castanheira, Maria do Rosário Reiche, Henrique Chaves, Fernando Jorge, José Maria Amador e Guilherme Pereira

16/04/2018

Adeus a este pombalino da Lapa


E pronto, vai mesmo abaixo este pombalino da Rua do Meio à Lapa, fica a fachadita para fazer de conta :-)

07/03/2018

Demolição iminente de prédio pombalino nas Trinas - Apelo ao Presidente da CML


Exmo. Senhor Presidente
Dr. Fernando Medina


Cc. Vereador Manuel Salgado, AML, JF Lapa e media

Tivemos conhecimento de que está na iminência de ser aprovada pela CML - se é que não foi já aprovada - a demolição do prédio sito na Rua do Meio à Lapa, nºs 50-58, edifício bastante importante no Bairro das Trinas, pois é um dos originais do aforamento setecentista que ocorreu no interior da cerca do convento das Trinas do Mocambo, logo a partir de 1756, seguindo um esquema modular que ainda hoje todos reconhecemos no bairro.

Este edifício tem valor histórico, técnico e valor material. Embora degradado, a sua reabilitação com intervenção mínima e espírito de conservação é perfeitamente possível e, ao contrário do alegado, não é economicamente inviável. Tem ainda o sistema construtivo e a tipologia arquitectónica originais. Não entendemos, aliás, como este prédio não consta do Inventário Municipal do Património, anexo ao PDM, situação em tudo confrangedora e que é esclarecedora quanto estado do resto da cidade.

Apresentamos, por isso, o nosso protesto à CML, e apelamos a si, Senhor Presidente, para que evite mais esta destruição de património na nossa Lisboa e assegure a salvaguarda do edifício como último exemplar da habitação multi-familiar tradicional da segunda metade do século XVII, que tanto caracteriza não só o Bairro das Trinas como Lisboa, e intime o proprietário a fazer as obras de conservação necessárias para o efeito, ou proceda à posse administrativa do edifício.

No caso da aprovação da demolição já estar consumada, solicitamos a V. Exa. para dar indicações aos serviços para negociarem com o proprietário os direitos entretanto adquiridos, por via da atribuição de compensações com direito a construção noutro local, conforme previsto no Plano Director Municipal e assim resgatar para Lisboa este precioso edifício.

Reiteramos que este edifício é ele próprio um documento histórico e técnico ao nível da construção civil e da arquitectura habitacional que merece um tratamento especial.

Daí a urgência desta nossa solicitação.

Na expectativa, apresentamos os nossos melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Júlio Amorim, Fernando Jorge, Miguel de Sepúlveda Velloso, Miguel Atanásio Carvalho, António Araújo, Inês Beleza Barreiros, Pedro de Souza, Gonçalo Cornélio da Silva, Fernando Silva Grade, Miguel Lopes Oliveira, Beatriz Empis, Jorge Santos Silva, Pedro Henrique Aparício, Pedro Ribeiro, Virgílio Marques, Alexandra de Carvalho Antunes, Bárbara e Filipe Lopes

06/03/2018

Mais um no "adeus à Lapa"


Mais um na calha, na Rua do Meio à Lapa, 50, só que este é pombalino e bastante importante no bairro das Trinas, pois é um dos originais do aforamento setecentista que ocorreu no interior da cerca do convento das Trinas do Mocambo, logo a partir de 1756, seguindo um esquema modular que ainda hoje se reconhecem no bairro. Este edifício tem valor histórico, técnico e valor material. Embora degradado, a sua reabilitação com intervenção mínima e espírito de conservação é perfeitamente possível e, ao contrário do alegado, não é economicamente inviável. Tem ainda o sistema construtivo e a tipologia arquitectónica originais e merece tudo menos o que a CML já lhe aprovou, a sua demolição! (fonte: JM)

28/09/2017

Lá vem mais um hotel ...


Prédio-quarteirãodo Largo de São Paulo na calha ... pombalino, ainda com mansardas de Mardel, e onde aliás todos os inquilinos, gelataria Davvero incluída, têm, ao que parece, ordem de despejo... (fotos em www.essentia.pt/projetos/sao-paulo/35/)

08/03/2016

Calçada do Desterro 11-13: Imóvel de Interesse Público em risco


Att. DGPC
C.C. Gab MC, Gab. PCML, Gab. Vereador MS, AMl


Lisboa, 12.1.2016

Exmos. Senhores

​Somos a solicitar a esses Serviços esclarecimento sobre se terá sido submetido à DGPC ​para sua apreciação, algum projecto de alterações/demolição do imóvel sito na Calçada do Desterro, nº 11-13, IIP.

O edifício encontra-se com os vãos fechados com tijolo, o que vai contra as boas regras de conservação tanto da estrutura do edifício como dos acabamentos dos seus interiores. Lembramos que este edifício é um raro e interessante exemplar da Arquitectura pombalina fora da área da Baixa e que os seus níveis de autenticidade são elevados (vide as caixilharias dos vãos, as coberturas e os interiores) e que, por isso mesmo, devia ser objecto de obra exemplar de restauro e reabilitação, assim o queiram e saibam promover a CML e a tutela da Cultura.

Melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Fernando Jorge e Bernardo Ferreira de Carvalho

...

Resposta do Sr. Vereador Manuel Salgado, em 8.3.2016:

21/01/2016

Demolindo Lisboa: Rua da Madalena 135-137


















"Luxo Barato à moda Lusitana", a quanto obrigas. "Reabilitação à moda de Lisboa" a quanto obrigas... Fotos: verão de 2015

15/12/2014

A "Casa de Mouzinho de Albuquerque" (Rua das Trinas, 70-80), pombalina, vai ser de Interesse Municipal


Por proposta conjunta dos Vereadores Catarina Vaz Pinto e Manuel Salgado, que será votada nesta 4ª Feira em reunião de CML e acho bem :-)

24/09/2014

Lisboa, Capital Europeia da Demolição: Rua Vale do Pereiro 7 e 9

antes (foto LAJB)



Na Rua Vale do Pereiro 7 e 9 (perpendicular à Rua Braamcamp) existia um imóvel pombalino tardio conforme se vê nestas imagen s do antes. Foi demolido e agora já está lá uma nova construção - que talvez venha a integrar as estatística de "reabilitação urbana". Na verdade, em linguagem corrente do urbanismo lisboeta a isto de se chama «alinhar cerceas e «reabilitação urbanística». E como se chama a empresa promotora da demolição do imóvel do séc. XVIII e da nova construção de 5 pisos? O nome é «Legado de Memórias» (!!!). Escusado será dizer que o logradouro com jardim está 100% impermeabilizado para as caves de estacionamento. Lisboa, a fazer mal.

19/07/2012

Rua Garrett 48 (prédio da Ourivesaria Aliança)‏






Para onde foram todas as portas e portadas, com suas ferragens originais dos finais do séc. XVIII, inícios do séc. XIX, deste prédio pombalino em plena Rua Garrett? Sabendo como Lisboa, e a sua CML, desprezam cada vez mais os interiores de época, é muito provável que tenha tudo ido parar a uma lixeira qualquer nos arredores da capital... Lisboa tem cada vez menos interesse nos seus interiores. Vale cada vez mais a lógica pobre do "fachadismo". 

09/04/2012

FRAUDE NA CIDADE: Rua dos Correeiros

Infelizmente cada vez mais verificamos que os critérios que a CML tem para a reabilitação da BAIXA são - um pouco como acontece no resto da cidade histórica - superficiais. Como se constata aqui nas obras a decorrer neste imóvel (antiga Lanalgo) o que interessa é que o aspecto exterior se pareça com um edifício pombalino. Os interiores podem ser como na Alta de Lisboa ou no Parque das Nações. Sabemos que no caso deste imóvel os interiores já não eram pombalinos pois tinham sido destruídos/adulterados nos meados do séc. XX. Mas, e se ainda alimentamos a ambição de ver a Baixa-Chiado reconhecidas como Monumento Nacional (processo em curso) e seguidamente como Património da Humanidade (UNESCO), então este tipo de "reconstrução" em betão armado não deviam acontecer. Porque a Baixa Pombalina é importante e notável não tanto pelo seu desenho urbano e de fachadas normalizadas mas especialmente pelo seu sistema construtivo anti-sismíco, a conhecida Gaiola Pombalina. Na Holanda, França, Itália, Reino Unido, zonas urbanas com este valor têm outras regras - e um edifício destes teria de ser reconstruído numa tecnologia tradicional. Atenção não confundir isto com fazer pastiche, uma mentira. A Gaiola Pombalina está bem estudada, funciona, e pode ser melhorada. Ou seja, pode ser interpretada de forma contemporânea nos casos em que já desapareceu de um edifício. Que a cidade não tenha exigido ao proprietário deste imóvel a reconstrução estrutural em madeira é, na nossa opinião, uma grande falha do Plano de Pormenor de Salvaguarda da Baixa. São oportunidades perdidas para qualificar, autenticamente, o perfil patrimonial da Baixa Pombalina.