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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Dia de Zumbi e (des)igualdade social




Ontem foi o Dia da Consciência Negra, dia de Zumbi dos Palmares.
Em vez de reforçar o racismo/separação que a data implica, devia ser um dia para todos nós brasileiros celebrarmos nossa ancestralidade e pensarmos a liberdade, sonho pelo qual Zumbi lutou. Não somos livres ainda, estamos presos às correntes das desigualdades sociais. A igualdade deve ser a nova luta.
Cor da pele não é raça!!! Minha raça é a humana. Minha pele é colorida e mesmo isso (ser tatuada) implica em preconceito, mas o que realmente importa é que sou brasileira e sei que descendo de negros africanos escravizados, tanto quanto dos índios que eram donos dessa terra e dos europeus que colonizaram esse país. Chega de preconceito!

Esse trabalho maravilhoso de uma professora para acabar com preconceito em sua comunidade e vale MUITO a pena ver!


Essa entrevista com Helio de La Peña também é muito legal (mais ou menos aos 20min do video) e tem a ver com a declaração do Morgan Freeman e com o que penso também:


terça-feira, 9 de julho de 2013

As manifestações



Tive a oportunidade de estar presente em uma grande manifestação aqui no Rio de Janeiro. Estive na Candelária dia 20 de junho com milhões de brasileiros para cobrar um governo menos corrupto e melhoria dos serviços públicos. Básico.


Fiquei feliz com a quantidade e diversidade de pessoas juntas protestando pacificamente. Pela que o poder público armou uma guerra contra o povo e fomos expulsos do centro da cidade com muitas bombas de gás de pimenta. Embora achasse que não ia precisar, fui prevenida: máscara e vinagre para cortar o efeito do gás.



Enfim, achei a cara do Ciclicca esse cartaz: Seja a mudança que deseja ver no mundo!


 Espero que as coisas mudem para melhor para todos nós.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Muita indignação é pouco: o Brasil não é dos brasileiros!



As ruas do meu bairro são imundas. Não me é concedido o direito a coleta seletiva e o lixo jogado nas esquinas é coletado displicentemente. O que sobra ali se espalha pelas ruas e por lá fica. Essas mesmas ruas são extremamente irregulares e esburacadas dificultando o trânsito de veículos de todos os tipos. As pessoas também circulam pelas ruas, pois as calçadas são ainda mais irregulares. Alguns moradores elevam as calçadas criando rampas p entrada e saída de seus carros das garagens e isso também impede que as pessoas passem por ali.

Não há espaço seguro para sair de bicicleta. Apesar do bairro estar repleto de obras supostamente para melhorar o trânsito, os inúmeros ciclistas da região são solenemente ignorados. Nenhuma ciclovia a vista. Para escapar do trânsito congestionado pelas obras, motoristas, principalmente de caminhões, circulam em ruas compartilhadas em alta velocidade, buzinando e ultrapassando os ciclistas como se fossem os legítimos donos das ruas e únicos detentores do direito de ir e vir. Sequer cogitam a ideia de q podem facilmente extinguir a vida daquele ser humano que pedala. A vida do outro não tem valor.

O transporte público é caro, ineficiente e de péssima qualidade. Sequer encontro abrigo das intempéries enquanto aguardo por um ônibus. Faz-se fila sob a sombra do poste mais próximo ao ponto. Rezo para que não demore muito a chegar (os horários são imprevisíveis) e para que o motorista não passe direto pelo meu ponto, enquanto tento respirar em meio a poeira levantada pelas escavadeiras que trabalham ao redor. Por aqui nem os tapumes se dão ao trabalho de colocar. E quando consigo entrar no ônibus vejo que ele está caindo aos pedaços, acentos soltos, calor de rachar, horas de transito, etc.

Quando preciso de atendimento hospitalar tenho que pagar por um serviço particular porque os hospitais e pronto socorros públicos não prestam atendimento, não tem profissionais suficientes ou faltam equipamentos adequados (meu marido quase morreu tentando ser atendido em 3 unidades e em nenhuma delas foi socorrido).

Preciso pagar pela escola do meu filho porque as escolas públicas, além da qualidade inferior de ensino, são ambientes perigosos: até os professores apanham dos alunos. Embora a grande mídia não fale do assunto, professores ganham cada vez menos e muitas escolas seguem em condições precárias. Sem educação estamos acabando com as chances de um futuro mais digno nesse país.

Pago muitos impostos que são usados em sua maior parte em obras faraônicas, de baixa qualidade, que necessitam de reparos eternos ou de serem demolidas e refeitas. Atualmente, muitas destas estão sendo feitas para receber estrangeiros em grandes eventos e logo serão construções obsoletas, sem uso, elefantes brancos com alto valor de manutenção.

Enfim, estão me tirando o direito de ir e vir, o direito a saúde e educação de qualidade. Sem falar na segurança: policia pacificadora nas favelas é ilusão, vocês sabem. Volto tarde do trabalho, de van, com medo de ser estuprada. Isso não pode ser normal.

Na TV a mídia prega que está tudo bem, que esse governo é bem aceito, que a Copa é tudo de bom. Eu até que queria estar nesse país que a mídia exalta todos os dias, que tem alguns problemas pequenos pra resolver nos bairros pobres, mas que está indo muito bem no geral. Mas afinal, que país é esse?

Vejo o povo se revoltar e ir para as ruas para protestar e a polícia parte para cima com violência para defender o Estado e ninguém mais, porque mesmo quem não estava protestando levou bomba. A mídia noticia que não passam de baderneiros e ocultam muitas verdades. Mas temos a internet. Infelizmente o estrago está feito e muitos ainda acreditam e aceitam esse Estado explorador, opressor, perverso.

Particularmente, queria ir embora daqui para nunca mais voltar, mas ai eu penso que ser estrangeiro também não vai me garantir qualquer direito. Perdemos todos os direitos e agora é preciso lutar ou nada irá mudar.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Preconceito: você sabe o que é?

Preconceito é uma coisa ruim que incomoda a todo mundo. Ele se manifesta das mais diferentes formas, seja por conta da cor da pele, tamanho da conta bancária, profissão, preferência sexual, peso, tatuagens... enfim, qualquer coisa banal pode ser motivo para julgar e hostilizar o outro.
Caso recente na mídia, o preconceito racial é somente uma das suas formas. Aconteceu que o filho adotivo de um casal de clientes da BMW foi expulso da loja e o caso foi tratado pela empresa como um mal entendido. Os pais criaram uma página no Facebook para chamar atenção da sociedade e lutar contra essa injustiça: Preconceito racial não é mal entendido! Mas como será que essa mãe explicou para seu filho de apenas 7 anos de idade o que é preconceito?
Como a gente explica o que é preconceito para uma criança? Minha sugestão é começar tentando nós mesmos entender do que se trata, porque o que tenho visto é que nem os adultos sabem bem seu significado. Recorri à 2 ótimos dicionários para explicar da melhor forma possível.
PRECONCEITO: ideia, opinião ou sentimento desfavorável formado à priori, sem maior conhecimento, ponderação ou razão. Atitude, sentimento ou parecer inexato, especialmente de natureza hostil, assumido em consequência da generalização apressada de uma experiência pessoal ou imposta pelo meio, intolerância. Estereótipo. Sinonimos: cisma, implicância, prejulgamento, prenoção, repulsão... HOUAISS, Antônio e VILLAR, Mauro. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
PRECONCEITO: opinião ou crença admitida sem ser discutida ou examinada, internalizada pelos indivíduos sem se darem conta disso, e influenciando seu modo de agir e de considerar as coisas. O preconceito é constituído assim por uma visão de mundo ingênua que se transmite culturalmente e reflete crenças, valores e interesses de uma sociedade ou grupo social. O termo possui um sentido eminentemente pejorativo, designando o caráter irrefletido e frequentemente dogmático dessas crenças, que se revestem de uma certeza injustificada. Entretanto, é preciso admitir que nosso pensamento inevitavelmente inclui sempre preconceitos, originários de sua própria formação, sendo tarefa de reflexão crítica precisamente desmascarar os preconceitos e revelar sua falcidade. JAPIASSU, Hilton e MARCONDES, Danilo. Dicionário básico de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1996. 3a ed.
Então, antes de julgar alguém com base apenas em um estereótipo, pense! Respeito e dignidade são para todos.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Santa Maria

Não conheço ninguém de Santa Maria pessoalmente, mas nem é preciso. Quando uma coisa dessas acontece não há como ficar alheio. É natural se contagiar com a tristeza das famílias e se colocar no lugar das mães que nunca vão se curar dessa dor.
Fico aqui na minha cabecinha tentando entender. Como pode uma pessoa adulta não ser capaz de imaginar que “brincar” com fogo dentro de um local fechado e coberto de material inflamável não pudesse causar algum estrago? Porque as autoridades permitem que se faça um show pirotécnico dentro de um lugar fechado, sem brigada de incêndio, por pessoas sem qualquer treinamento de combate a incêndios? Uma porta apenas para garantir o pagamento é mais importante do que garantir uma rota de fuga que salve vidas? Ganancia desenfreada? Burrice? Irresponsabilidade? O que que é isso??? Tragédia anunciada, crime!!!
O que é pior em toda essa história é confirmar que o lucro financeiro vem antes de tudo, antes mesmo da vida humana e isso não é exclusividade dos proprietários da boate Kiss. Nossa sociedade/civilização é assim: o dinheiro vale mais que tudo. Particularmente é muito difícil pra mim aceitar isso, não me adapto.
Enfim, desejo que essas famílias tenham algum conforto e calor humano para suportar suas perdas trágicas. Espero que os culpados sejam julgados e punidos. E acima de tudo, desejo que possamos mudar não só as leis e faze-las cumprir para evitar que tragédias como essa se repitam, mas principalmente, que no coração das pessoas o respeito ao próximo venha antes do dinheiro.
Termino essa postagem com as palavras da escritora Márcia Frazão, porque provavelmente me sinto tão “estranha em um mundo óbvio” quanto ela:
“A tragédia em Santa Maria é emblemática da perversidade de uma sociedade somente comprometida com o lucro e o consumo, uma sociedade que drena sem dó o sangue e a alma do ser humano, principalmente dos jovens, sem se importar com a qualidade de vida e segurança dele. Acho que já é tempo de pararmos de alimentar esse monstro e nos repensarmos enquanto seres humanos dignos de respeito e cuidados...” Márcia Frazão

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

A praia da Reserva

Queria muito ter ido à mobilização contra a destruição da praia da reserva, mas estava trabalhando (em reunião). Não fosse isso, teria ido lá defender a Reserva. Estou indignada e profundamente triste de ver que o Estado está detonando com as áreas verdes do Rio de Janeiro. Assusta. Agora estão transformando APAS (áreas de proteção ambiental) em CONDOMÍNIOS DE LUXO e CAMPOS DE GOLFE!!! Pode isso? Sei que o progresso é inevitável, mas também acho que a coisa podia ser feita de maneira menos agressiva.
Dia 24 agora vai acontecer uma nova mobilização e desejo participar. Mais informações aqui: https://www.facebook.com/events/251305608328974/
As fotos foram tiradas da página do evento no Facebook.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Que será dos Guarani Kaiowá?

Acho macabro a "grande mídia" não estar mencionando nada sobre a expulsão dos índios Kaiowá-Guarani de suas terras e das mortes por conta disso. Será que o suicídio coletivo de uma tribo nativa dessa terra que chamamos Brasil não merece destaque na mídia? Além disso, cadê a Funai? Como esse tipo de coisa pode acontecer? Isso sem falar no impacto negativo da construção da usina de Belo Monte sobre diversas culturas indígenas da região. Com tantas vozes indo contra, vozes de brasileiros e até mesmo estrangeiros, o governo segue com essa empreitada numa decisão nada democrática. Essa situação me incomoda muito. Até quando seremos reféns de um Estado corrupto e fascista disfarçado de democracia? Desculpem, mas é de amargar.
[Na foto: flauta que comprei de um índio guarani amigo meu]
Compartilho com vocês a matéria publicada pela Gazeta:
Publicado em 22/10/2012 por Jornal da Gazeta:
A justiça federal decretou a expulsão de 170 índios na terra em que vivem atualmente. Isso no município de Iguatemi, no Mato Grosso do Sul, à margem do Rio Hovy. Isso diante de silêncio quase absoluto da chamada Grande Mídia. Há duas semanas, numa dramática carta-testamento, os Kaiowá-Guarani informaram:
-Não temos e nem teremos perspectiva de vida digna e justa tanto aqui, na margem do rio, quanto longe daqui. Concluímos que vamos morrer todos. Estamos sem assistência, isolados, cercados de pistoleiros, e resistimos até hoje. Comemos uma vez por dia.
Em sua carta-testamento os Kaiowá/Guarani rogam:
- Pedimos ao Governo e à Justiça Federal para não decretar a ordem de despejo/expulsão, mas decretar nossa morte coletiva e enterrar nós todos aqui. Pedimos para decretar nossa extinção/dizimação total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar nossos corpos. Este é o nosso pedido aos juízes federais.
Diante dessa história dantesca, a vice-procuradora Geral da República, Déborah Duprat, disse: "A reserva de Dourados é talvez a maior tragédia conhecida da questão indígena em todo o mundo".
Em setembro de 1999 estive por uma semana na reserva Kaiowá/Guarani, em Dourados. Estive porque ali já acontecia a tragédia. Tragédia diante do silêncio quase absoluto. Tragédia que se ampliou, assim como o silêncio. Entre 1986 e setembro de 1999, 308 índios haviam se suicidado. Índios com idade variando dos 12 aos 24 anos.
Suicídios por viverem confinados em reservas cada vez menores, cercados por pistoleiros ou fazendeiros que agiam, e agem, como se pistoleiros fossem.

domingo, 29 de julho de 2012

MARCHA PELA HUMANIZAÇÃO DO PARTO



Divulgando:

Junte-se à nós, no dia 05 de agosto, às 14h, em frente ao Posto 9 em Ipanema!!!

> Carta Oficial de Convocação à MARCHA PELA HUMANIZAÇÃO DO PARTO
>
> Prezados(as),
>
> Como mulher, cidadã, mãe e gestante, a favor da Humanização da
> assistência ao parto no Brasil, me sinto indignada com as resoluções
> do Cremerj publicadas no dia 19 de julho de 2012: a resolução de nº
> 265/12, que visa punir os médicos cariocas que prestarem assistência a
> partos domiciliares assim como aqueles que fizerem parte de equipes de
> retaguarda caso a mulher que opte por um parto domiciliar necessite de
> remoção a um hospital; e a resolução nº 266/12 que proíbe a
> participação de ?doulas, obstetrizes, parteiras etc? (conforme o texto
> original) em partos hospitalares.
>
> As resoluções supracitadas, além de ferir o nosso direito de escolha
> sobre quem nos acompanhará e o local de nascimento de nossos filhos,
> são opostas ao que recomenda a OMS, o Ministério da Saúde e as mais
> atualizadas evidências científicas. Assim, estamos organizando uma
> manifestação em repúdio a essas resoluções, a favor da Humanização do
> Parto e Nascimento e pela soberania da mulher sobre seus direitos
> sexuais e reprodutivos.
>
> Convido aos cidadãos e cidadãs e instituições a participarem e
> apoiarem a MARCHA PELA HUMANIZAÇÃO DO PARTO.
>
> A MARCHA PELA HUMANIZAÇÃO DO PARTO acontecerá no dia 05/08/2012,com concentração às 14 horas na Praia de Ipanema, altura do posto 9.
>
> Mulheres, homens de outros estados Sintam-se à vontade para juntar-se
> à nós, organizando mobilizações locais, nos moldes da Marcha do Parto
> em Casa, esse é o nosso momento, nossa voz está sendo ouvida! Vamos
> cultivar as Sementes da Humanização por todo o Brasil!
>
> As bandeiras da MARCHA PELA HUMANIZAÇÃO DO PARTO são:
>
> Que a Mulher tenha o direito de escolher como, com quem e onde parir;
> Pelo cumprimento da Lei 11.108 de abril de 2005. Que a mulher tenha
> preservado o direito ao acompanhante que ela desejar na sala de Parto;
> Que a mulher possa ter o direito de acompanhamento de uma Doula em seu
> trabalho de parto e parto;
> Que a mulher, sendo gestante de baixo risco, tenha o direito de optar
> por um parto domiciliar planejado e seguro, com equipe médica em
> retaguarda caso necessite ou deseje assistência hospitalar durante o
> Trabalho de Parto;
> Que a mulher tenha o direito de se movimentar livremente para
> encontrar as posições mais apropriadas e confortáveis durante seu
> trabalho de parto e parto;
> Que a mulher possa ter acesso a métodos naturais de alívio de dor
> durante o trabalho de parto, que consistem em: massagens, banho
> quente, compressa, etc;
> Contra a Violência Obstétrica e intervenções desnecessárias que
> consistem em: comentários agressivos, direcionamento de puxos, exames
> de toque, episiotomia, litotomia, etc;
> Pela fiscalização das altas taxas de cesáreas nas maternidades
> brasileiras e que as ações cabíveis sejam tomadas no sentido de
> reduzir essas taxas;
> Pela Humanização da Assistência aos Recém-Nascidos, contra as
> intervenções de rotina;
> Que a mulher que optar pelo parto domiciliar tenha direito ao
> acompanhamento pediátrico caso deseje ou seja necessário.
>
> Todas as nossas bandeiras são respaldadas por evidências científicas e
> recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), Federação
> Internacional de Ginecologia e Obstetricia (FIGO), Ministério da Saúde
> entre outras.
>
> Chegou a hora de darmos um basta à mercantilização do parto e
> nascimento, não somos rebanho, não somos mercadoria, somos Humanos e
> temos o direito de receber nossos filhos cercados de amor, paz e,
> primordialmente, RESPEITO!
>
> Contamos com seu apoio, divulgação e presença!
>
> Organizadoras:
> Maria Antonieta Oliveira: 21-8416-2787/ antonieta.oliv@gmail.com
> Ana Kacurin Contato: (21) 8817-3993
> Assessoria de Imprensa: Ellen Paes (21) 8724-3139
> Apoiadoras na promoção e organização:
> Paula Ceci Villaça: (21)8603-1925 / paulaceci78@yahoo.com.br
> Renata Souto Deprá: (21) 81351139 e 22326569/ renata@espacomamifera.com.br
> Roberta Calábria / 22 9705-8813 (vivo) / contato@eccomama.com.br
> Isabele Assemen: (21)75376556 / belefisioterapia@gmail.com
> Thalita Dol Essinger / 21 94917104 / thalitadol@gmail.com

segunda-feira, 4 de junho de 2012

A cidade cresce e a floresta morre





Isso muito me preocupa e assusta. A maior beleza do Rio está morrendo. Estamos deixando cortarem todas as árvores e não se vê mais verde como antes. Vira e mexe falo disso por aqui. É uma coisa que muito me incomoda.

Minha avó mora em São Conrado há muitos anos (já nem lembro quanto tempo). E lá eu cresci vendo a favela da rocinha “comer” a floresta sem limites. Parece que para os moradores da favela não há lei que proíba a derrubada de árvores. Por outro lado, vemos os órgãos públicos concedendo espaço para grandes empreiteiras em locais antes protegidos e que agora viraram grandes empreendimentos imobiliários.

Essa postagem é para recomendar essa matéria que saiu na revista Exame:
http://exame.abril.com.br/economia/meio-ambiente-e-energia/noticias/area-verde-por-habitante-cai-26-no-rio-com-avanco-de-favelas

Veja esse trecho da matéria com comentário da diretora do SOS Mata Atlântica:

Como consequência disso, Márcia Hirota aponta as tragédias ambientais, que acometem milhares de famílias todos os anos, atingidas por enchentes e deslizamentos a cada período de chuva. “As ocupações e invasões ocorrem em áreas inadequadas, não só em capitais, mas em qualquer cidade. Aí quando acontecem deslizamentos e inundações, com perdas de vidas, a gente fica lamentando. Mas a culpa é do Poder Público, que não faz esse planejamento e não retira as pessoas em áreas impróprias, que a legislação não permite. Aí quando acontece uma tragédia, todos ficam indignados”, ressaltou.

Para a ambientalista, a saída é a participação da sociedade, pressionando as autoridades e apontando desrespeitos ao meio ambiente. “É preciso o cidadão denunciar casos de agressão à natureza, em um esforço coletivo. É mais barato evitar que as pessoas ocupem áreas inadequadas do que fazer um trabalho posterior para recuperar a natureza”, alertou.

Aqui tem outras postagens sobre o assunto:
http://ciclicca.blogspot.com.br/2012/03/cidade-nao-para-cidade-so-cresce.html
http://ciclicca.blogspot.com.br/2012/05/mais-verde-perto-de-casa.html

E você, tem notado que isso acontece na sua cidade? Isso te incomoda?

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Dia do Índio

Hoje foi dia do Índio. Primeiros donos dessa terra brasilis, são povos culturalmente ricos, mas menosprezados pela nossa civilização de consumo e desperdício. O texto seguinte foi escrito especialmente pra gente pela designer Carla Romano que tem um contato mais próximo com nossos irmãos. Pra fazer pensar...



Feliz dia de quem?
por Carla Romano

Hoje foi dia do Índio. Primeiros donos dessa terra brasilis, são povos culturalmente ricos, mas menosprezados pela nossa civilização de consumo e desperdício. O texto seguinte foi escrito especialmente pra gente pela designer Carla Romano que tem um contato mais próximo com nossos irmãos. Pra fazer pensar...

Quantos de nós sabemos do que se tratam tais civilizações? Sim, por que o que aprendemos nas aulas de estudos sociais de outrora, pouco informa sobre tais culturas, e o que é pior, o pouco que passado, é feito de maneira equivocada.
Descobrimento do Brasil, índios colocados sempre no passado pouco retratam a realidade atual de mais de 220 povos com culturas e línguas distintas. O tupi Guarani em pouco abrange as mais de 180 línguas, sem falar nos troncos lingüísticos, famílias e línguas isoladas faladas hoje no Brasil por essas ricas civilizações. O mais interessante é que mesmo conhecendo pouco ou nada sobre essas etnias é freqüente encontrar pessoas que se acham no direito de rotulá-los de aculturado e dizer quem “parece”ou não índio, julgando pela aparência um conceito que vai muito além da genética.

Por isso, antes de sair por aí comemorando o dia do índio vestido de ameríndio Norte Americano, procure saber primeiro o que é ser índio, quem eles são e toda a riqueza sócio-ambiental do qual são detentores. Assim você não cometerá certas gafes como utilizar indumentárias indígenas frequentemente vendidas que são inspiradas nas etnias dos Estados Unidos em pouco lembram nossos índios brasileiros. Além de pensar duas vezes antes de emitir sons achando ser uma saudação que nada mais são um sinal para chamar o inimigo pra guerra.

Nesse dia mostre que você é uma pessoa inteligente e não se deixa manipular pela mídia e pelo sistema. Mostre que você sabe que cultura é mais do que rebolar a bunda no baile funk ou simplesmente apreciar obras de arte européia. Cultura é conhecer quem você é, do que feito e por quem é formado.

Não se pode apreciar o outro sem conhecer a si mesmo. Um cidadão capaz de respeitar e valorizar toda nossa diversidade cultural. Aproveite o dia de hoje e toda a mídia entorno do tema com filmes como Hotxhua, Xingu, Hiper Mulheres, empreendimentos como Belo Monte para conhecer um pouco mais do seu país.

Somente assim poderemos comemorar de verdade o dia do Índio!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Os Simpsons e Banksy

Gosto muito da série Os Simpsons por sua crítica ácida à nossa sociedade. Essa abertura foi feita com a colaboração do artista e ativista Banksy. Exploração de trabalho infantil e escravo, ambientes de trabalho insalubres, exploração cruel dos animais e recursos naturais... tudo para manter a nossa sociedade DE CONSUMO e mega empresas preocupadas apenas com lucro. Será que vamos acreditar e manter essa mecânica insustentável até ela entrar em colapso?



Banksy é o pseudônimo de um grafiteiro, pintor, ativista político e diretor de cinema inglês. Sua arte de rua satírica e subversiva combina humor negro e graffiti feito com uma distinta técnica de estêncil. Seus trabalhos de comentários sociais e políticos podem ser encontrados em ruas, muros e pontes de cidades por todo o mundo.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Banksy

Alguns grafites do Banksy:






http://www.banksy.co.uk/

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Rio: cidade impraticável

 
Estou passada com o sistema de transporte público do Rio de Janeiro. Quem depende sabe o quanto ele é ineficiente. Hoje sai de casa às 14:30 para ir à fisioterapia que era às 16h, mas cheguei lá às 16:30 e voltei para casa sem fazer. Não tinha trânsito na ida, nem estava chovendo, nenhum acidente no caminho, nada de anormal, mas esperei horrores pelo ônibus que não vinha nunca e acabei perdendo a terapia e o meu precioso tempo. Se tivesse ido de carro, teria levado 20 minutos no máximo. Se fosse seguro, dava para ir de bicicleta em cerca de uma hora. 
É ou não é para ficar revoltada com a incompetência e corrupção do nosso governo que só sabe cobrar, mas não resolve nada na nossa cidade?
A foto tirei na volta na hora do trânsito de verdade.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Juventude, educação, O Senhor das Moscas e o futuro do Brasil





Recebi um e-mail com o depoimento dos pais do menino agredido no Colégio São Bento.
Para quem não sabe o que aconteceu: o menino de 6 anos foi violentamente agredido por outro aluno de 14. Os responsáveis argumentam que a direção da escola não puniu de forma exemplar o adolescente agressor, assim como falharam na vigilância dos alunos da instituição.

Sei que isso tem acontecido muito por ai, está generalizado. Mas o que mais me intriga é a postura dos educadores em colocar panos quentes. Que a juventude é uma fase bem complicada, as crianças podem agir com crueldade e insensatez eu entendo. Não é de hoje, veja:

"A nossa juventude adora o luxo, é mal-educada, despreza a autoridade e não tem o menor respeito pelos mais velhos. Os nossos filhos hoje são verdadeiros tiranos. Eles não se levantam quando uma pessoa idosa entra, respondem aos pais e são simplesmente maus." Sócrates (470-399 a.C.)

"Não tenho mais nenhuma esperança no futuro do nosso país se a juventude de hoje tomar o poder amanhã, porque esta juventude é insuportável, desenfreada, simplesmente horrível." Hesíodo (720 a.C.)

"O nosso mundo atingiu o seu ponto crítico. Os filhos não ouvem mais os pais. O fim do mundo não pode estar muito longe." sacerdote do ano 2000 a.C.

"Esta juventude está estragada até ao fundo do coração. Os jovens são maus e preguiçosos. Eles nunca serão como a juventude de antigamente...A juventude de hoje não será capaz de manter a nossa cultura." (escrita em um vaso de argila descoberto nas ruínas da Babilônia de mais de 4000 anos de existência)


Ai é que devia entrar a correção da família e dos educadores e, em ultimo caso, a justiça. O que vejo aqui no caso ocorrido no Colégio São Bento no Rio de Janeiro é mais um caso onde o aluno agressor aprende que não há limites que o impeça de realizar crueldade contra outro, não há punição.

Em nota, o colégio diz que não expulsou o aluno porque seu dever é de educa-lo. A meu ver, seus métodos educacionais parecem não estar funcionando:

“Crianças, adolescentes e jovens devem receber de nós adultos o exemplo de uma ação explicitada com amor, mas firmeza, com coerência e justiça, para que se consolide a educação ampla que desejamos.
Portanto, qual seria a motivação de um Colégio, que está comprometido com a educação há 153 anos, em acobertar um ato violento e intencional de um aluno sabendo que ele teria causado um sério dano a outro? Com que autoridade prosseguiríamos a vida escolar diante de tamanha injustiça?” Nota oficial do colégio

Mas o ato foi acobertado sim (primeiro disseram aos pais que o menino tropeçou sozinho no pátio).
Depois de ler a nota e outras notícias a respeito fico me perguntando: quem são os pais desse menino agressor? Provavelmente um político ou empresário podre de rico que deve ensinar ao filho que ele é o dono do mundo, que é melhor que todos e não haverá punição à altura de seus atos. No Brasil é assim, né?

Vocês já leram ou viram o filme O Senhor das Moscas? Após a queda de seu avião, meninos tentam sobreviver em uma ilha deserta sem a supervisão de adultos. Acabam regredindo a selvageria.