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segunda-feira, 10 de junho de 2013

Resumão das férias na Austrália e Nova Zelândia – Parte 1: Sydney, Blue Mountains, Cairns, a Grande Barreira de Corais, Alice Springs e o deserto australiano (outback)

A ursinha coala super fofa do Kuranda Gardens
Alimentando um wallaby

Marcelo e um grupo de pequenos cangurus no Featherdale Wildlife Park

O wombat do Kuranda Gardens, outra coisinha fofa!

Um dos maiores trajetos de teleférico do mundo em Cairns

Marcelo na piscina pública de Cairns

Sobrevoando a Grande Barreira de Corais
Alan, meu parceiro de snorkelling, e eu na Grande Barreira de Corais

O impressionante pôr do sol em Uluru…

… e o fantástico nascer do sol no dia seguinte!

O gigantesco Kings Canyon e a linda coloração avermelhada do deserto
O Jardim do Éden em Kings Canyon

Vista do nosso quarto de hotel ao amanhecer em Sydney, Austrália

Sydney Opera House e Harbour Bridge, os cartões postais de Sydney

Royal Botanic Gardens em Sydney

Government House em Sydney
O famoso relógio do Queen Victoria Building em Sydney

Bom dia, pessoal!!!! Estou de volta depois de um maravilhoso mês de férias! Viajei por três semanas e tirei uma semaninha extra para curtir a visita da minha irmã Flávia, do meu cunhado e sobrinhos que estavam no Brasil, além de resolver algumas pendências e organizar a vida. Hoje volto oficialmente à rotina, ao trabalho e ao blog.

Sobre o concurso PRA ONDE VOU?, a grande maioria dos leitores que deixou um palpite no formulário de comentários acertou meu destino de férias. Estava bem fácil, né? Os dois países colonizados pelos ingleses, que são vizinhos entre si e ficam bem distantes do Brasil em um continente onde nunca estive (Oceania), famosos por suas belezas naturais e esportes radicais são a Austrália e a Nova Zelândia. Como mencionei no último post antes da viagem, eles estavam na minha lista de sonhos há quase 20 anos e fiquei muito feliz por ter a oportunidade de visitá-los em 2013.

Uma das atividades programadas para minha última semana de férias era escrever um relato resumido sobre a viagem. Mas como condensar um passeio que rendeu mais de 4 mil fotos em um só post?  Foi difícil chegar a uma conclusão e decidi dividir o resumão em duas partes. O foco de hoje é a Austrália e o próximo relato será sobre a Nova  Zelândia, mas antes disso, vou preparar um post sobre as comprinhas que fiz nos dois países, mostrar os mimos que trouxe para um dos leitores do blog e divulgar o resultado do sorteio, combinado?

A seguir, vocês poderão conferir a primeira parte da viagem. Estivemos em Sydney, Blue Mountains, Alice Springs (de onde partimos para a excursão ao “outback australiano”) e Cairns (ponto de entrada na Grande Barreira de Corais). Quando o Marcelo encontrou uma promoção de passagens para a Austrália pela metade do preço normal, pensei logo em incluir a Nova Zelândia no roteiro. Ele ficou dividido porque, se três semanas já é pouco tempo para conhecer um só lugar, imaginem dois!

Tanto a Austrália quanto a Nova Zelândia oferecem muitas atrações para turistas de todos os tipos. São países de grande extensão e a distância entre as cidades aliada à escassez de ferrovias faz com que os voos internos sejam longos. Bom, é mais ou menos o que acontece no Brasil. Não sei o que responder quando um estrangeiro me pergunta o que deve conhecer por aqui em 3 semanas. É muito pouco tempo pra tanta beleza e diversidade!

Mas o que mais nos chamou a atenção nos dois países foram as pessoas: nunca convivemos com gente tão simpática, amável, gentil, animada, alegre, de bem com a vida, descontraída, espontânea e… feliz! A revista SUPERINTERESSANTE desse mês publicou uma pesquisa que coloca os australianos (“aussies”) e neozelandeses (“kiwis”) como o 4º e 5º povo mais feliz do mundo. Para comparar, o Brasil aparece em 44º lugar entre 142 países.

Nos 40 países que visitei nos meus quase 40 anos de vida, nunca fui tão bem tratada! E por todo mundo: recepcionistas, comissárias, funcionários do aeroporto, caixas do supermercado, garçons, vendedores, motoristas de ônibus, pessoas aleatórias a quem pedíamos alguma informação e até mesmo agentes da imigração. O pessoal ria, brincava, contava piadas… nada parecido com as caras sérias dos agentes americanos, rsrs! Todas as pessoas que encontramos nessas três semanas, sem nenhuma exceção, foram extremamente atenciosas e lembrei que os aussies e kiwis que conheci durante o tempo em que trabalhei com intercâmbio se destacavam por sua simpatia.

Sydney Opera House e Harbour Bridge, os cartões postais de Sydney, Austrália, vistos de diferentes ângulos

Começamos o passeio por Sydney, que apesar de não ser a capital do país, é a cidade mais antiga, famosa e populosa da Austrália. Também é considerada um dos lugares mais multiculturais do mundo, o que pude constatar pela diversidade étnica que observei nas ruas. Ah, é importante avisar que Sydney é 11ª cidade mais cara do planeta. Antes de pisar na Austrália, é bom preparar o bolso e tentar conseguir alguns descontos, rsrs! 

Como passamos alguns dias por lá e há muitas novidades para contar, hoje vou me limitar a escrever superficialmente sobre os dois cartões postais: a Opera House e a Harbour Bridge.

Interior da Sydney Opera House

Sempre que via as imagens do Réveillon ao redor do mundo pela TV, lá estavam os dois símbolos da cidade iluminados por fogos de artifício! Eu tinha muita vontade de conhecer o interior da Opera House e de ver a curiosa estrutura arquitetônica de pertinho. Foi o que fiz e adorei! O interior do prédio é belíssimo, descobri muitas curiosidades sobre o projeto e, depois que eu concluir os dois resumos da viagem, pretendo fazer um post especial com mais informações e imagens.

Alguns meses antes de viajar, comecei a trocar mensagens com a querida leitora Rosária Lobo, que me indicou um ótimo blog como fonte de pesquisas, o http://mauoscar.com/. Lá encontrei um post sobre uma atração turística curiosa: o Bridge Climb. Uma empresa local oferece a oportunidade de escalar a maior ponte de arco metálica do mundo. Na foto acima, vocês podem reparar que dá pra identificar algumas pessoas vivenciando essa aventura, devidamente protegidas com roupas especiais e equipamentos de segurança. Para saber mais sobre essa atividade, clique AQUI.

Algum dia voltarei a escrever sobre Sydney e suas diversas atividades de lazer, mas hoje é dia de resumão! Depois de dois dias na cidade, partimos para a região de Blue Mountains, que fica a duas horas de trem de Sydney e ostenta lindas paisagens. Para os amantes da natureza que gostam de fazer caminhadas admirando belos cenários, essa escapadinha é uma boa dica.

Mas antes de chegarmos a Katoomba, ponto de partida para os passeios no BLUE MOUNTAINS NATIONAL PARK, fizemos uma escala no FEATHERDALE WILDLIFE PARK, um zoológico interativo a 45 minutos do centro de Sydney.

Foi a primeira vez que vi um ursinho coala na vida e adorei poder tocar no bichinho, interagir e tirar algumas fotos com ele!

Vimos também muitos wallabies e alguns cangurus pequenos. No início, eu achava que os bichinhos saltitantes eram todos cangurus, mas depois descobri que há vários marsupiais com características semelhantes, como vocês podem conferir AQUI.

Além dos dois animais-símbolos do país, encontramos wombats, casuares, emus, pavões, lagartos, cobras e pássaros coloridíssimos como o da foto acima.

Felizmente gostamos de acordar cedo e chegamos no parque assim que ele abriu. Dessa forma, pudemos aproveitar a oportunidade de segurar uma cobra píton e tirar algumas fotos com ela no horário estipulado (9h às 10h). Eu nunca tinha colocado a mão numa cobra, mas achei bem mais tranquilo do que o crocodilo que segurei no Egito, rsrs!

Depois de curtirmos o zoológico, seguimos para Katoomba, fizemos o check-in na pousada e seguimos à pé para o Echo Point, um mirante de onde é possível observar as Three Sisters, uma formação arenítica que é o cartão postal da região.

Percebemos que ainda havia tempo suficiente para visitarmos o SCENIC WORLD no mesmo dia e pegamos um ônibus até a entrada da atração. Chegando lá, optamos por passear primeiro no Skyway, um teleférico com parte do piso feita de vidro que sobrevoa o Jamison Valley.

O objetivo do Scenic World é oferecer aos visitantes diversas maneiras de explorar a bela região montanhosa: em dois tipos de teleférico, em um trenzinho e/ou por meio de trilhas suspensas dentro da floresta. O tal trenzinho, que eu estava esperando na foto acima, trafega pela estrada de ferro mais inclinada do mundo. No passado, esses trilhos com 52 graus de inclinação eram usados para levar carvão mineral extraído das minas para a superfície.

Quando subimos, procuramos os mirantes para registrar algumas imagens dos arredores. Em seguida descemos e circulamos pelas trilhas para depois pegar outro teleférico e um ônibus para Katoomba, a pequena cidade de 8 mil habitantes onde passamos a noite.

No dia seguinte, voltamos a Echo Point, de onde saía uma trilha que percorremos em menos de duas horas, descendo por uma escadaria com quase 900 degraus que oferece a oportunidade de apreciar belíssimas vistas pelo caminho.

Marcelo descendo a escadaria e contemplando o visual

Vista do vale com uma das Three Sisters do lado esquerdo

Panorama das Blue Mountains

As trilhas dentro do Jamison Valley são muito bem sinalizadas e de fácil acesso, mas algumas delas exigem um certo grau de condicionamento físico. Depois de descer os 900 degraus, tivemos que subir uma escada do mesmo tamanho!

Saímos de Katoomba no início da tarde e depois de duas horas chegamos a Sydney, fizemos o check-in em outro hotel e partimos de ônibus para Bondi Beach, a famosa praia de surfistas.

O totem em forma de prancha de surfe sinaliza o que deve ser a conduta ideal entre os praticantes do esporte.

A piscina debruçada sobre o mar faz parte do clube BONDI ICEBERGS e é aberta ao público em geral mediante o pagamento de uma pequena taxa.

De Bondi é possível seguir um caminho pavimentado que leva a outras praias, mas o sol já tinha ido embora e resolvemos abreviar o passeio. Pra falar a verdade, Bondi não me impressionou. É uma praia charmosa com belos imóveis em seu entorno, mas o Brasil possui tantas outras mais bonitas… enfim, deve ser ótima para o surfe!

No dia seguinte, partimos para Alice Springs bem cedo. Pegamos um voo da Tiger, companhia aérea originária de Singapura, e chegamos ao nosso destino 3 horas depois.

Como fica no meio do deserto, eu imaginava que a cidade fosse parecida com San Pedro de Atacama, a porta de entrada para o fabuloso e inesquecível Deserto do Atacama, no Chile. Entretanto, enquanto San Pedro tem um charme rústico e é bem pitoresca, Alice Springs é insossa. Tudo é asfaltado, bem sinalizado e parece novo, mas não é uma cidade bonita nem aconchegante. Apesar disso, oferece atrações turísticas interessantes.

Nosso tour pelo deserto começava às 5 horas da manhã do dia seguinte e então aproveitamos a parte da tarde para conhecer o DESERT PARK, um parque destinado ao turismo e à educação ambiental que possui 1.300 hectares de extensão e apresenta uma variada gama de plantas e animais nativos do deserto australiano.

Essa região também é culturalmente importante para o povo Aranda, um dos clãs aborígenes da Austrália. Lá existem cerca de 500 povos aborígenes diferentes. Cada um tem a sua língua e o seu território, que normalmente é composto por clãs distintos. Os arqueólogos acreditam que eles tenham chegado à Austrália há 45 mil anos.

Na foto acima, vocês podem observar um guia aborígene manipulando um bumerangue, que era usado como arma de caça pelos seus ancestrais. Além do passeio pelo parque em si, há palestras e apresentações agendadas de tempos em tempos que acontecem em diferentes pontos. Na apresentação que registrei acima, aprendemos também sobre a cultura do povo Aranda, seus hábitos alimentares, artesanato, língua e regras sociais.

A palestra educativa que contou com a performance de pássaros diversos foi o ponto alto do passeio! O guia falava sobre os hábitos e características de um tipo de ave e ela surgia do nada, fazia algumas acrobacias e ia embora. Quando ele começava a falar sobre outra espécie, um pássaro novo aparecia e fazia a mesma coisa. Ficamos impressionados!!!! Quando um dos espectadores perguntou como é que o guia controlava as aves, ele explicou que contava com a ajuda de uma moça que ficava atrás do anfiteatro. Ele também jogava comida no ar para os bichinhos durante a apresentação, o que garantia os sobrevoos que testemunhamos.

O parque em si não nos empolgou tanto, mas as apresentações valeram muito a pena! Se alguém aí estiver pensando em fazer uma visita ao local, sugiro dar uma olhada na programação do dia e não perder essas atrações especiais.

Na hora do jantar, resolvemos experimentar algumas carnes exóticas na famosa THE OVERLANDERS STEAKHOUSE. Bom, na verdade, nosso prato principal foi costela de boi e filé com molho de alho, mas pedimos também um prato degustação que continha um vol-au-vent de crocodilo e pequenos pedaços de carne de canguru, emu e camelo. Os dois últimos vieram com um delicioso molho de ameixa. Ao contrário do que se possa imaginar, a carne de canguru é bastante consumida na Austrália e é possível encontrá-la em qualquer açougue. Não é algo que os aussies comam todos os dias, mas é bem comum, segundo nossos amigos locais. Já o camelo, segundo os mesmos, é exótico até para eles. Minha impressão foi a seguinte: o crocodilo parece com o jacaré que comi em uma churrascaria na Barra da Tijuca-RJ há muitos anos e tem gosto semelhante ao de frango, o emu não deixou muitas saudades, o canguru tem um gostinho amargo no final e o camelo estava uma delícia!

No dia seguinte, o carro da EMU RUN TOURS foi nos pegar no hotel bem cedinho (ainda estava escuro) e nossa primeira parada foi no meio da estrada para catar gravetos a fim de usá-los para alimentar uma fogueira à noite. A excursão era composta de 5 australianos, 4 taiwanesas e um grupo de estudantes intercambistas indianos, alemães e canadenses que estava acompanhado de um professor local.

A segunda parada foi próxima ao Monte Conner, uma interessante formação rochosa que é muito confundida com o Uluru/Ayers Rock, o ponto alto do tour. Aproveitamos para fazer alguns registros e seguimos para o acampamento.

Cozinha, banheiro e área para as barracas no camping

O Marcelo teve que me convencer a acampar novamente depois de 16 anos. Vocês que acompanham minhas peripécias sabem que sou uma pessoa simples e sem frescuras no que diz respeito à acomodação em viagens, né? Mas a ideia de caminhar no frio de 5 graus à noite munida de uma lanterna para fazer xixi não me agradava nem um pouco! Antes de partirmos, ele me mandou o link do post de um casal brasileiro que acampou nos arredores e no relato da menina, ela precisou andar muito até o banheiro e disse ter ficado com medo dos barulhos noturnos e da possível aparição de animais exóticos do deserto. Ai, ai, ai, onde é que a gente ia se meter? Como o Marcelo sabia das minhas restrições, procurou uma empresa que oferecesse mais conforto nesse sentido e encontrou a EMU RUN, que dispunha de banheiros bem limpos com chuveiros de água quente todos os dias. OK, topei e lá fomos nós!

Depois de almoçar um sanduíche honesto no refeitório do camping, seguimos para a atração mais visitada do deserto: o Uluru (nome aborígene) ou Ayers Rock (nome dado pelos colonizadores britânicos). Trata-se de uma rocha gigantesca cuja coloração varia de acordo com a iluminação que recebe ao longo do dia. É impressionante, principalmente no pôr do sol! O maior monólito do mundo é constituído de arenito impregnado de metais como o feldspato, que causa a emissão de um brilho vermelho ao amanhecer e ao entardecer. O Uluru é sagrado para os aborígenes, possuindo muitas lendas e mitos, e por isso existem várias regras que devem ser obedecidas pelos visitantes.

Nosso guia nos liberou durante uma hora para contornarmos somente metade da pedra, que possui 10 quilômetros de extensão.

Observamos pinturas rupestres e vimos as crateras de pertinho. Algumas se pareciam com a boca de um tubarão e davam a impressão de formarem desenhos. Muito legal!

Placa sinalizando a proibição de fotografar e Marcelo encantando com as crateras misteriosas

Antes de contornarmos a rocha, passamos no museu aborígene que fica na entrada do parque e lá confirmei o que havia lido no relato do MOCHILÕES E MOCHILINHAS:

“o mais incrível que achei do lugar é que existe um espaço com muitas cartas de pessoas que “roubaram” algo do parque e acabaram sendo “punidas” por isso depois. Elas sabiam, assim como eu e todos os visitantes do parque, que não é permitido retirar nada do parque (pedrinhas, plantas, etc) e também existem lugares que não podem ser fotografados de jeito nenhum. Enfim, acabaram burlando as regras do parque e tragédias enormes aconteceram depois com suas famílias ou cidades. Fiquei um bom tempo lendo as cartas e fiquei horrorizada com os acontecimentos. É muita coincidência, hein… o bacana é que essas pessoas enviaram de volta as fotos e pedrinhas, com pedidos de desculpa e tals. Fica o alerta aí!”

Segundo a Wikipedia:

“Há várias histórias de turistas que levaram para casa um pedaço do Monte Uluru e devolveram a lembrança alegando que traria azar. Eles dizem que foram amaldiçoados por levar uma parte do monumento, considerado sagrado para os aborígenes. O parque nacional australiano, responsável pela administração, diz receber um pacote por dia, enviado de várias partes do mundo, com uma amostra do Uluru e um pedido de desculpas”.

Mesmo com o pedido de respeito às crenças aborígenes, infelizmente muitas pessoas ainda levam “souvenirs” pra casa e sobem na pedra por uma trilha longa e cansativa. Algumas retornam antes de atingir o topo, o que aconteceu com alguns dos estudantes do nosso grupo. Na foto acima, vocês podem ver o contraditório cartaz que alerta sobre a questão do respeito ao mesmo tempo em que informa sobre os horários permitidos para a subida, assim como as regras gerais de segurança e conduta durante o percurso.

Quando completamos a caminhada, o guia nos levou ao local onde vários turistas se encontram para apreciar o mágico pôr do sol. Na minha opinião, esse foi o ponto alto do dia e do tour pelo deserto!

Por causa da posição das nuvens e do sol, a pedra muda de cor várias vezes e oferece um espetáculo deslumbrante!

Enquanto observávamos as mudanças de aspecto do Uluru, nosso guia preparou um lanche com pastinhas, torradas e biscoitos, além de nos servir champanhe para celebrarmos o momento especial, devidamente registrado na sequência de fotos a seguir.

A rocha marrom e a vegetação amarelada

A rocha vermelha, no auge da sua beleza!

E o sol se pôs…

A fogueira do camping, o grupo ajudando a preparar o jantar e o Marcelo acordando em seu swag

Seguimos para o acampamento logo após o pôr do sol. O que eu amei dessa experiência foi a sensação de estar participando de um mini intercãmbio! Apesar de ter trabalhado com isso em meados dos anos 90, eu só fiz um workshop de ilustração em Nova Iorque que durou um mês, mas nunca participei de um intercâmbio de verdade, no qual é possível trocar ideias, dividir experiências e aprender sobre a cultura local na prática. Eu recomendo isso pra todo mundo!!!!

Enfim, foi bem legal sentar ao redor da fogueira comendo marshmallows assados enquanto trocávamos ideias com nossos companheiros de viagem. Descobrimos que acampar é uma atividade muito comum por lá e praticamente toda criança australiana já acampou algumas vezes na vida. Nós havíamos acampado no Brasil, mas já adultos, e a infraestrutura dos campings brasileiros é bem diferente da deles!

Pra falar a verdade, nesse dia eu não me sentei perto da fogueira, o que só aconteceu no dia seguinte. É que eu fiquei surpresa e um pouco mau humorada com a descoberta de que o tal “swag” prometido pela EMU RUN (que eu imaginava ser um tipo de tenda mais confortável), era uma espécie de casulo de lona com um saco de dormir por dentro, conforme vocês podem conferir na montagem de fotos acima.

Depois do delicioso jantar (yakisoba de legumes com frango preparado coletivamente), o guia nos mostrou como montar o nosso swag para dormir ao ar livre. Eu achei que dormiria mal e acordaria várias vezes à noite, mas felizmente não me lembrei de que cobras, lagartos e escorpiões são criaturas comuns no deserto e poderiam aparecer a qualquer momento! No fim das contas, tive um sono pesado e só acordei uma vez para fazer xixi. Enfim, sobrevivi à primeira noite, rsrs!

No dia seguinte, acordamos de madrugada para apreciar o nascer do sol no Uluru. Foi um belíssimo espectáculo que compensou o frio e a espera!!!!

Depois do pôr do sol, seguimos por uma trilha no Valley of the Winds (The Olgas), onde pudemos apreciar outras lindas paisagens desérticas com cores vibrantes.

No início dos dias e das noites, a gente sempre sentia frio, mas quando o sol começava a aparecer, a temperatura subia e a gente tinha vontade de tirar todos os casacos. O deserto é assim mesmo. Ah, preciso falar das mosquinhas irritantes que acompanharam a gente durante o percurso. O Marcelo tinha comentado sobre pessoas incomodadas com os insetos que compravam um chapéu com uma rede acoplada para se proteger dos bichos. Antes de chegar ao deserto, pensei que isso fosse frescura e, pão dura que sou, não quis comprar o tal apetrecho, mas eu subestimei as moscas. É muuuuuuuita mosca e a gente tem que andar se abanando o tempo todo sem parar! É meio chato, mas bem cedinho e à noite, elas somem por causa do frio.

Almoço mexicano e nossa tenda no segundo acampamento

Depois de completar a trilha indicada pelo nosso guia, comemos deliciosos tacos mexicanos preparados na hora com a ajuda dos estudantes de intercâmbio e depois seguimos de van por algumas horas até chegarmos ao local onde acamparíamos naquela noite (Kings Creek).

Fiquei super feliz quando descobri que no novo camping havia tendas e poderíamos ocupá-las durante a noite, oba!!!!! Não ligo tanto para o conforto, mas gosto de uma certa privacidade. Então peguei meu swag e coloquei-o em cima de uma das camas da tenda mais próxima ao banheiro. Pra minha surpresa, dormi super mal. Ventou tanto e a tenda balançou tão freneticamente que teria sido mais agradável dormir ao ar livre como na noite anterior, rsrs!

Foi nessa noite que experimentei o verdadeiro pão australiano, o DAMPER BREAD. É tradicional preparar esse pão em acampamentos e ele deve ser assado no forno à lenha. Achei a casquinha deliciosa e adoraria poder reproduzir a receita em casa. Não tem nada a ver com o chamado “pão australiano” da rede OUTBACK. Apesar de ser um restaurante temático australiano, a rede é americana. O pão que os brasileiros chamam de australiano se chama pumpernickel e não encontrei nenhum desse tipo nas três semanas que passei no país.

O jantar estava delicioso!!!!! Foi um churrasco cheio de acompanhamentos suculentos. Havia uma espécie de batata doce com creme de queijo e cebola, linguiça, espetinho de frango, bife de canguru e cole slaw (uma salada de repolho que eu já tinha comido algumas vezes nos EUA e adoro!).

Tomamos um rápido café da manhã e seguimos para o Kings Canyon, situado no Watarrka National Park, de onde vimos o nascer do sol.

Foi o trekking mais legal da viagem ao deserto! Caminhamos mais do que nos outros dias e vimos paisagens diferentes, a começar pelo impressionante cânion.

Pose na beira do penhasco

As vistas do cânion que tem 270 metros de altura são magníficas e, pra vocês terem uma ideia da imensidão do lugar, basta reparar nos pontinhos brancos à direita da minha cabeça na foto acima. São as vans das excursões estacionadas lá embaixo!

Outro penhasco!

No meio do cânion há um lugar chamado Jardim do Éden, no qual encontramos um lago negro e muitas árvores.

Atravessamos pontes e escadas de madeira para chegar a esse lugar fantástico!

Momento “relax” para admirar a paisagem e devorar uma barrinha de cereais!

Depois de completarmos o percurso indicado pelo guia, almoçamos e seguimos pela estrada por algumas horas até chegarmos à uma fazenda de camelos. Foi meio irônico porque o almoço no camping tinha sido hamburguer de camelo! Bom, talvez tenha sido de propósito… o fato é que o local oferecia passeios de camelo, mas como minha segunda (e provavelmente última) experiência foi assustadora, nem considerei essa possibilidade.

Pra quem se assustou com o swag e as acomodações do acampamento, preciso dizer que existem outras maneiras mais confortáveis de visitar o deserto australiano. Conhecemos uma simpática enfermeira dinamarquesa que estava hospedada no nosso hotel em Alice Springs e esbarrou com a gente algumas vezes na cidade e em Uluru. Ela não gostava da ideia de dormir ao ar livre e contratou uma excursão que durava um dia e voltava para a cidade depois do pôr do sol. São umas três horas de estrada. Cheguei a comentar com o Marcelo que, enquanto a gente tomava champanhe em copos de plástico, o grupo da dinamarquesa tinha taças, vinho à vontade e um farto churrasco! E ele mencionou que estávamos pagando o mesmo preço por 3 dias de viagem com todas as refeições incluídas. Pois é, o conforto tem seu preço, rsrs!

Aliás, se dinheiro não for um problema, há uma maneira luxuosa e bastante aconchegante de conhecer o deserto. Vi a propaganda da empresa LONGITUDE 131 na revista de voo da QANTAS e achei interessantíssima, caso eu tivesse 2.800 dólares australianos (o equivalente a 6 mil reais por pessoa) para desembolsar em 3 dias, claro! Voo panorâmico de helicóptero, quarto de hotel cinco estrelas e cardápio assinado por bons chefs são algumas das regalias incluídas no pacote:

http://www.longitude131.com.au/video/

De volta a Alice Springs, aproveitamos parte do dia para visitar algumas atrações culturais antes de pegar o voo para Cairns. Fomos a um pequeno museu de história natural, a uma galeria de arte, ao Memorial Kookaburra e ao antigo galpão da Connellan Airways. Para ver outras atrações da cidade, clique AQUI.

Chegamos em Cairns à noite, mas demos uma espiadinha nos arredores antes de dormir. Posso dizer que a cidade tem uma atmosfera que lembra o Rio de Janeiro, com gente descolada circulando de bermuda e chinelo nas ruas e bares. O clima também é o mesmo: 20 graus no inverno e 40 no verão. Eu me senti em casa, rsrs!

No dia seguinte, acordamos cedo (como sempre!) e um australiano simpático se ofereceu para tirar a foto acima, enquanto caminhávamos em direção à marina a fim de embarcar para o passeio à Grande Barreira de Corais, um dos lugares mais lindos do mundo para mergulhar!!!!

Já mencionei diversas vezes que São Pedro é nosso amigão, né? Quando chegamos em Alice Springs, o recepcionista nos disse que o sol tinha aparecido depois de três dias chuvosos e só pegamos tempo bom no deserto. No passeio à Grande Barreira de Corais, soubemos que o tempo ficou instável por seis semanas, mas nosso santo protetor nos presenteou com dois dias impecáveis de sol e mar calmo! O barco era pequeno e dormimos na parte de baixo. Fiquei com medo de enjoar e tomei um comprimido, mas foi tranquilo porque o mar não estava agitado. Comemos muito bem e passamos dois dias em alto mar.

As lindas fotos que vemos na internet são tiradas de cima, o que só dá pra fazer sobrevoando o local. Foi o que fizemos no voo que nos levou de Cairns a Auckland, na Nova Zelândia, alguns dias depois.

O Marcelo se tornou mergulhador depois de fazer o curso em Arraial do Cabo-RJ e passar nas provas teórica e prática, recebendo uma carteirinha válida em todo o mundo. Eu amarelei e desisti na última hora, mas não me arrependi. Fiz snorkelling e ameeeeeeeeei demais!!!! Deu pra ver quase tudo que o Marcelo viu com exceção de alguns bichos que só vivem lá no fundo do mar.

Infelizmente, não pensei em comprar uma caixa para a minha máquina nem aluguei uma câmera subaquática e por isso não pude fotografar as maravilhas que vi lá embaixo, mas selecionei algumas fotos que encontrei na internet e foram registradas no mesmo local para vocês terem uma ideia:

Clouds of reef fish and corals, French frigate shoals, NWHI

Imagem retirada DAQUI

A água é clarinha e, com o sol, tudo fica mais vibrante e colorido! Vimos muuuuuitos peixinhos, peixões e corais lindos!

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Imagem retirada DAQUI

Vi várias estrelas do mar azuis e achei fantástica a experiência de nadar em um aquário gigantesco!

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Imagem retirada DAQUI

As enormes conchas da foto acima se fechavam quando passávamos perto. O mar nunca me pareceu tão cheio de vida!!!!

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Imagem retirada DAQUI

Uma dessas tartarugas surgiu lá do fundo e veio nadando tranquilamente na minha direção. Em seguida, ficou parada por algum tempo como se estivesse me examinando e depois partiu. Muito legal!!!!

O barco dispunha de algumas cartilhas com desenhos de criaturas marinhas que habitam o local. Foi ótimo descobrir os nomes dos peixes que encontrávamos pelo caminho e comparar experiências!

Voltamos à Cairns satisfeitos com o trabalho da RUM RUNNER, a empresa que organizou o passeio, e aproveitamos o resto da tarde para circular pela cidade. Vou mostrar só um pouquinho de Cairns aqui hoje porque esse lugar precisa de um post próprio. O que mais me impressionou foi a piscina pública que parecia pertencer a um resort de luxo! A piscina possui uma micropraia, que é um canteiro de areia, e é enorme! Fica aberta até às 22h e em seu entorno há banheiros públicos limpíssimos, armários para guardar bolsas e área gramada com churrasqueiras. É tudo muito organizado e controlado: é proibido consumir bebidas alcoólicas, andar de patins, skate, usar bóias etc. Nós chegamos a ver uma policial confiscando uma caixa de vinho levada por um grupo para uma das churrasqueiras à noite.

Confesso que olhando aqueles gramados impecáveis, fiquei com a maior pena da pracinha que tem aqui do lado de casa cheia de lixo nos seus poucos canteiros verdes. O resto é todo acimentado justamente pra evitar sujeira, mas não tem jeito…

Piscina pública de Cairns à noite

Uma das atrações próximas a Cairns que valem uma visita é Kuranda, um pequeno vilarejo ao qual se pode chegar por meio de um trem especial que atravessa uma rodovia cênica, oferecendo lindas vistas adornadas por uma densa floresta tropical com algumas cachoeiras.

Uma das belas paisagens que encontramos pelo caminho

O vilarejo possui um hotel, bares, restaurantes e lojas de souvenirs e artesanato que adorei conhecer! É um lugar bem agradável para passear. Saí de lá com mais um gaveteiro indiano para a minha coleção e um conjunto de colheres de sobremesa com design criativo, que vou mostrar a vocês no post sobre comprinhas.

O visitante tem a opção de conhecer somente o vilarejo, mas eu queria muito ver um coala novamente e dessa vez poder segurá-lo como se fosse um bebê, o que o KURANDA KOALA GARDENS me proporcionou. O parque oferece a oportunidade de chegar bem pertinho e até alimentar alguns exemplares da rica fauna australiana, como o canguru da foto acima. Também é possível observar wombats, crocodilos, cobras, lagartos e os adoráveis coalas comendo, dormindo e sendo fofos!

Prontos para a foto oficial!

O coala que segurei era fêmea e, segundo sua tratadora, dorme de 14 a 21 horas por dia! O resto do tempo em que passa acordada, aproveita para comer folhas de eucalipto.

A foto com o coala é paga à parte e, além de uma imagem impressa com boa qualidade, ganhei o direito de fotografá-lo com a minha câmera para alguns registros extras.

Além do KOALA GARDENS, o visitante de Kuranda pode conhecer o BIRDWORLD, que conta com 80 espécies de pássaros australianos e o AUSTRALIAN BUTTERFLY SANCTUARY que abriga 1.500 espécies de borboletas.

No retorno a Cairns, preferimos pegar o teleférico para observar a generosa e exuberante floresta tropical de um ângulo privilegiado. No trajeto há dois pontos onde é possível descer e caminhar mata adentro por trilhas suspensas, além de um pequeno museu educativo que apresenta fotos e informações sobre a fauna e flora locais.

O trajeto de teleférico possui 7,5 km e é considerado um dos mais extensos do mundo.

Aproveitamos o finalzinho da tarde em Cairns para passear pela orla e conhecer um pouco mais da cidade. À noite, aproveitamos a farta oferta de comida indiana (minha culinária preferida desde 1995!!!!) e jantamos em um bom restaurante típico.

Vista aérea de parte da Grande Barreira de Corais

No dia seguinte embarcamos em Cairns direto pra Auckland na Nova Zelândia em um voo que durou 4 horas.

Sendo assim, o próximo resumão será dedicado à Ilha Norte da Nova Zelândia, um pedaço do mundo recheado de paisagens sensacionais que amei conhecer! Infelizmente, só nos restava uma semana de férias e não foi possível conhecer a Ilha Sul, considerada a parte mais bonita do país. É por isso que gostaríamos muuuuito de poder voltar algum dia para explorar melhor a terra dos kiwis!!!!

Na semana que vem, vou publicar um post com as comprinhas que fiz nessa viagem, além de mostrar o presente que trouxe para um dos leitores do blog que acertaram meu destino de férias e divulgar o resultado do sorteio! Espero vocês, hein?

Antes de terminar esse post, gostaria de fazer um agradecimento especial à Carol Rubin, a primeira pessoa a quem revelei nosso destino de férias e que me deu várias dicas do que fazer nos dois países. Conversamos na sexta-feira passada sobre várias questões e adorei descobrir o quanto somos parecidas! Também gostaria de agradecer à Karina Machado, leitora do blog que mora em Christchurch na Nova Zelândia, e que muito generosamente nos ofereceu acomodação em sua casa. Muito obrigada, Karina! Dessa vez, não deu, mas quem sabe daqui a alguns anos?

Um grande beijo para todos com votos de uma semana maravilhosa!

*Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Uluru
http://en.wikipedia.org/wiki/Kings_Canyon_(Northern_Territory)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sydney
http://mauoscar.com/2013/03/07/blue-mountains-bate-volta-sydney/
http://en.wikipedia.org/wiki/Alice_Springs_Desert_Park
http://en.wikipedia.org/wiki/Arrernte_people
http://www.clc.org.au/articles/info/aboriginal-kinship
http://www.survivalinternational.org/povos/aborigenes
http://en.wikipedia.org/wiki/Mount_Conner
http://mochiloesemochilinhas.com/2013/01/30/alice-springs-deserto-da-australia-em-5-dias/

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