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terça-feira, agosto 31, 2010

As origens da cidade



Em fevereiro deste ano, quando viajei para a Argentina, conheci em Oberá o Parque das Nações (que mostrei aqui ), onde é realizada a cada ano a Fiesta Nacional del Inmigrante (começa neste fim de semana a 31ª edição). Ao voltar para Ijuí, minha irmã sugeriu que fôssemos também no parque do próprio município, onde é realizada festa semelhante do mês de outubro. Acabamos não indo, mas na viagem que fiz a Ijuí com a família para o aniversário da minha mãe, neste mês de agosto, pudemos todos ver as casas típicas das etnias que formaram a cidade. Um pouco diferente do argentino, aqui o parque abriga também vários pavilhões de empresas para a Expoijuí-Fenadi . É mais um parque de exposições combinado com parque das etnias. (Veja o mapa.)

Tanto o da Argentina como o daqui estavam um pouco sujos, e precisando de manutenção - o que deve acontecer quando o evento principal de cada um se aproxima. Mas pra quem vai conhecê-los fora do período da festa, eles não se apresentam em suas melhores condições. Estranho, porque no de Ijuí, durante todo o ano são realizados eventos nas diversas casas das etnias. Eu fui a várias festas na casa dos italianos em épocas diferentes (a família gosta de comemorar aniversários de vida ou de casamento usando as instalações de lá). Mas, geralmente de noite, não pude ver em que condições estava o parque.

Pra ser bem honesta, o parque de Oberá é mais bonito, parece mais rico, mais espaçoso, mais fiel a cada região representada. Ainda assim, as casas daqui têm as características das casas que os imigrantes fizeram quando chegaram ao Estado. Por exemplo, na casa dos italianos, as tábuas não recebem pintura e vão ficando com cor acinzentada com o tempo. Assim como as casas originais do final do século XIX. Do mesmo jeito que lembro da casa dos meus nonnos.

Pedras presas para esticar os arames das parreiras

Em casa de italiano, o lustre é de garrafão de vinho cortado!

E o porão de pedra virou cantina


Cachorrinho morador do parque pedindo atenção

Mas aqui, as casas também são interessantes, apesar de algumas estarem sendo descaracterizadas por extensões para ampliar a área interna e comportar mais pessoas. Na casa dos alemães, por exemplo, foi construída uma imensa estrutura de ferro para acomodar um toldo. Pode ser prático, mas deixou a linda casa em estilo enxaimel praticamente escondida. Uma pena! Alemães, portugueses, austríacos, árabes, letos, italianos, suecos, afros, espanhois, holandeses e poloneses são as etnias representadas no parque, que tem 15 hectares.

Gostei especialmente da casa dos letos, construída com tábuas horizontais no meio de um bosque. Também gostei das placas com os nomes das ruas - em forma de folha e com nomes de árvores. E, claro, do moinho de vento na casa dos holandeses.



Aqui você pode saber o que é a Fenadi. E aqui, a Expoijuí.

domingo, agosto 29, 2010

Na Usina Velha


Nosso segundo passeio em Ijuí foi para conhecer duas das três usinas que produzem energia elétrica no município. E, de certa forma, ficamos surpresos com a infraestrutura turística. Placas com informações em três línguas- português, espanhol e inglês -, sanitários, recantos com bancos e muitas flores. Aqui eram as azaléias que coloriam o caminho. Tinha até um livro para os visitantes assinarem, mas só ficamos sabendo dele por uma placa, porque não havia nenhum funcionário no local. Talvez o responsável não acreditou que, na manhã de um dos dias mais frios do ano, a usina receberia visitantes! Mas não fomos só nós. Quando chegamos, um carro com placas da Argentina já deixava o local.

Algumas coisas mostravam certo abandono, como as torneiras com água potável. E como não havia ninguém pra dar informações, não ficamos sabendo se tem algum serviço de atendimento ao turista, com folhetos, postais e lembranças do local.

Mas na internet sempre é possível encontrar as informações. E no site do Departamento Municipal de Energia de Ijuí -Demei, dá pra saber que as visitas são estimuladas, para que, entendendo como a energia é produzida, o consumidor a use de maneira mais racional.

Também no site ficamos sabendo que o locomóvel, recuperado e exposto na entrada do parque da usina, foi a primeira forma de produzir energia na cidade. Mas como havia grande crescimento, com instalação de indústrias, foi necessária a construção de uma usina hidroelétrica, aproveitando as águas do rio Potiribu. Isso foi em 1923, e depois várias ampliações foram feitas, com a instação de novos grupos geradores, para acompanhar o crescimento da cidade. A Usina Velha não foi a primeira a ser construída no Estado mas, segundo o Demei, é a mais antiga ainda em funcionamento.

E, pelo jeito, não foi fácil chegar até hoje. Além de uma luta com o governo federal para impedir a encampação e continuar municipal, a usina também teve suas instalações cobertas pelas águas do rio em algumas enchentes. As principais ficaram registradas em placas, mostradas nas fotos abaixo. Na última delas, o risco horizontal mostra a altura a que a água chegou.

Além da cascata natural do rio, esta da foto abaixo é a que foi desviada . A pontezinha de metal vazado (por onde não achei que teria coragem de passar) está sobre a água que vai para os geradores. Depois, canalizada, a água segue ao lado do leito natural do rio, até se encontrar com ele mais abaixo.

Foi um belo passeio. Embora o colégio de freiras onde estudei costumava levar as alunas para conhecer os pontos históricos da região, eu nunca havia estado antes na Usina Velha. Talvez ela nem estivesse aberta para visitas naquele tempo. Então, compensei nesse domingo. E foi apenas o aquecimento para os outros passeios que viriam. Vou revivê-los em postagens a seguir.






sexta-feira, agosto 27, 2010

Todos à festa!


Quando minha irmã sugeriu uma festa de aniversário para nossa mãe, especialmente com a presença dos netos, achei uma excelente ideia. Fazer 85 anos não é pra qualquer um, e minha mãe, absolutamente festeira, já comemorou seu aniversário de muitas formas. Um bolo em casa, para a família, com os colegas de trabalho, festão na Casa dos Italianos para muita gente, chá com docinhos só para mulheres... Dá pra imaginar, né, 85 festas! E sempre com muita comida, como convém a uma família italiana!

Juntar os 12 netos com suas famílias não foi possível, mas os os que compareceram fizeram a festa. Foi divertido e deixou a aniversariante muito contente. E não era pra deixar? Numa família que vive trocando os nomes das pessoas, às vezes foi difícil para ela chamar cada um pelo nome certo. Eram nove netos mais cinco "agregados" - namorados, maridos, namoradas, mulheres, além das filhas e genros. Muita gente! E muito frio! O termômetro chegou perto do zero grau nesta noite.

Meus filhos, que nasceram todos em Porto Alegre, não iam para Ijuí, todos juntos, há mais de dez anos. E esta foi a oportunidade para os novos integrantes da família conhecerem a cidade. E para fazermos turismo! Saímos de manhã bem cedinho de Porto Alegre e fomos aproveitando o passeio. Os campos cobertos de canola deixaram a paisagem muito linda! No ano passado, nesta mesma época, eu já tinha fotografado e mostrado aqui. Na minha infância eram os campos de trigo que compunham a paisagem de inverno. Agora a canola toma conta dos campos como cultura de inverno. E o colorido é fantástico! O amarelo das flores combina que é uma beleza com verde e o céu azul. Juntei as fotos que a Rita e eu fizemos do caminho de ida até a chegada na casa da minha irmã, com a proteção da Santa Lucia na porta e a gata Maga fugindo do povo que chegava. Estão aqui:



Com tantas flores pelo caminho, ainda tinha mais, quando chegamos em Ijuí. Apesar de ser inverno, os lugares públicos e os jardins das casas estavam cobertos de flores, principalmente amor-perfeito, que floresce exatamente nesta estação. Depois da chegada, o turismo continuou pela cidade.


Um dos lugares a visitar era a estação férrea, porque um dos meus filhos desenvolveu um especial interesse por trens. A estação está em condições tristes, comparada com a vivacidade que tinha o local no tempo em que os trens de passageiros ainda existiam. (Por que mesmo que eles acabaram?) E apesar de não sabermos o horário (ou dia) em que passa o trem, tivemos sorte de estar no local exatamente quando passou uma locomotiva puxando vagões-tanque. Melhor que a encomenda!



Foi recém o primeiro dia da viagem. Depois da festa, levantamos cedo no domingo para fazermos turismo pela zona rural. Apesar de ter nascido e vivido quase 20 anos lá, e voltado várias vezes, ainda não conhecia os lugares do passeio do dia seguinte. Mas isto já é assunto pra outro post.


sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Direto do passado

Mais encontros no fim de semana em Ijuí.

Este com meu passado beeeem distante.

Estava eu aí com recém feitos três aninhos quando fui aia, junto com minhas três irmãs mais velhas, do casamento do meu tio Sady, irmão da minha mãe, com a linda Maria.


Vestidos, chapéus de croché, sapatos e meias - todos iguais - uma perfeita escadinha, como gostavam de nos chamar. Todos feitos sob medida (como todas as roupas da época) e especialmente para a ocasião.

Da esquerda para a direita, a Lena, a Lucia, a Carmen e eu. Interessante notar os traços das fisionomias dos filhos, hoje todos adultos , nas então meninas. Principalmente a Andréia na carinha da Lena e o Tiago, da Carmen. Muito parecidos mesmo.