




Nosso segundo passeio em Ijuí foi para conhecer duas das três usinas que produzem energia elétrica no município. E, de certa forma, ficamos surpresos com a infraestrutura turística. Placas com informações em três línguas- português, espanhol e inglês -, sanitários, recantos com bancos e muitas flores. Aqui eram as azaléias que coloriam o caminho. Tinha até um livro para os visitantes assinarem, mas só ficamos sabendo dele por uma placa, porque não havia nenhum funcionário no local. Talvez o responsável não acreditou que, na manhã de um dos dias mais frios do ano, a usina receberia visitantes! Mas não fomos só nós. Quando chegamos, um carro com placas da Argentina já deixava o local.





Algumas coisas mostravam certo abandono, como as torneiras com água potável. E como não havia ninguém pra dar informações, não ficamos sabendo se tem algum serviço de atendimento ao turista, com folhetos, postais e lembranças do local.

Mas na internet sempre é possível encontrar as informações. E no site do Departamento Municipal de Energia de Ijuí -
Demei, dá pra saber que as visitas são estimuladas, para que, entendendo como a energia é produzida, o consumidor a use de maneira mais racional.

Também no site ficamos sabendo que o
locomóvel, recuperado e exposto na entrada do parque da usina, foi a primeira forma de produzir energia na cidade. Mas como havia grande crescimento, com instalação de indústrias, foi necessária a construção de uma usina hidroelétrica, aproveitando as águas do rio Potiribu. Isso foi em 1923, e depois várias ampliações foram feitas, com a instação de novos grupos geradores, para acompanhar o crescimento da cidade. A Usina Velha não foi a primeira a ser construída no Estado mas, segundo o Demei, é a mais antiga ainda em funcionamento.
E, pelo jeito, não foi fácil chegar até hoje. Além de uma luta com o governo federal para impedir a encampação e continuar municipal, a usina também teve suas instalações cobertas pelas águas do rio em algumas enchentes. As principais ficaram registradas em placas, mostradas nas fotos abaixo. Na última delas, o risco horizontal mostra a altura a que a água chegou.



Além da cascata natural do rio, esta da foto abaixo é a que foi desviada . A pontezinha de metal vazado (por onde não achei que teria coragem de passar) está sobre a água que vai para os geradores. Depois, canalizada, a água segue ao lado do leito natural do rio, até se encontrar com ele mais abaixo.





Foi um belo passeio. Embora o colégio de freiras onde estudei costumava levar as alunas para conhecer os pontos históricos da região, eu nunca havia estado antes na Usina Velha. Talvez ela nem estivesse aberta para visitas naquele tempo. Então, compensei nesse domingo. E foi apenas o aquecimento para os outros passeios que viriam. Vou revivê-los em postagens a seguir.


