"Orgulho dos cachos": o livro para as cacheadas

Quando bem pequena, eu tinha os cabelos cacheados. Mas cachos, mesmo! Todo mundo achava fofo, adorava dizer que minhas "molinhas" eram lindas, faziam mil brincadeiras quando me viam com os cabelos soltos. Difícil era eu acreditar e entrar na farra. Simplesmente de.tes.ta.va não ter cabelos lisos. E não era porque estava na moda, não. Eu não gostava e ponto.
Porque minha mãe tinha cabelos lisos escorridos, e eu, tinha que puxar meu pai? Poxa, pelo menos o cabelo tinha que ser liso, né? Não via graça! Vai entender bobeiras de crianças?!?! Hummm, bobeira essa que me acompanhou por um longo tempo (se é que ainda não me acompanha, hehehe).

Minha mãe tentava de toda forma me fazer entender que cada um tinha o cabelo que tinha, e cada um com a sua beleza. E que não era porque meus cabelos eram cacheados que eram menos bonitos, muito pelo contrário. Ela dizia que daria tudo para tê-los (e nada disso me convencia). Até que veio com uma historinha que comeu muito macarrão parafuso, quando estava me esperando, talvez por isso eles saíram enrolados. Só piorou a situação, pois fiquei indignada por não comer somente "espaguete", pra me "facilitar" a vida.

Daí que o tempo passou, e aprendi que se tem uma coisa igual remar contra a maré, é tentar mudar a natureza dos cabelos. Não tem jeito, é lutar contra o invencível=(

Cuidar dos cabelos, mudar de formas e penteados, até aí, normal. Mulher não gosta de cabelo igual todos os dias mesmo, né? O problema, é quando os cabelos escravizam a gente, a tal ponto de ter que ir dormir super tarde, ou acordar muuito cedo, só pra dar um jeito nas madeixas . Aí é fogo! E que atire a primeira pedra quem nunca passou (ou passa) por isso?

Até que sempre me virei bem pra cuidar dos cabelos. O problema é que tenho muito cabelo, hoje até que menos. Mas a situação já foi bem pior. Como lidar com um tipo de cabelo que você quer mudar a todo tempo?

Tudo isso, só pra dizer por quê não lançaram esse livros há algumas décadas atrás? Será porque naquelas épocas, a escravidão por cabelos lisos não era, assim, tão evidente. Sim, porque como até permenente já foi moda, talvez isso não fosse problema da maioria na década de 80.

Hoje em dia desencanei, só não posso dizer que estou contente. Os fios mudaram, muita química já passou por essa cabelera, e a estrutura já não é a mesma. Quem dera hoje em dia eu tivesse cabelos cacheados. O máximo que tenho são ondas, e daquelas bem indefinidas, para meu pavor.

Aí, não dá. Pra mim tem que ser uma coisa, ou outra. Essa indefinição me mata.

Esse livro chegou em boa hora e até que me animou a tentar recuperar os cachos. Vamos ver se consigo?! Só acho difícil, já que meu cabelo tem vontade própria!

E vocês, estão de bem com as madeixas ou estão precisando de um help também?

Serviço:

Editora Duetto
Preço sugerido: R$ 19,90
Disponível em todas as livrarias no Brasil

100.000 Anos de Beleza

A Fundação L'Oréal acaba de lançar a coleção de livros "100.000 Anos de Beleza", com cinco livros que retratam a beleza em diferentes épocas, e abordam uma investigação sobre a busca humana da beleza através dos tempos.

Convencida de que a beleza tem sido uma busca universal e uma preocupação essencial desde a origem da humanidade, a Fundação L'Oréal decidiu reunir conhecimentos e estimular o surgimento de novas perspectivas para a beleza através das ciências sociais, desmitificando a idéia de que o tema está relacionado à futilidade. Hummmm, quero ler esses livros de cabo a rabo... Hehehehe.

A coleção está dividida em cinco volumes: Pré-história, Antiguidade, Idade Clássica, Modernidade e Futuro. "100.000 Anos de Beleza" é o primeiro trabalho a explorar o assunto com uma abordagem tão ampla de tempo e espaço.

Não vejo a hora de colocar a mãos nessas belezinhas. Conhecer a história, e a visão sobre a beleza, em diferentes épocas, por diferentes aspectos (como modelo do corpo, o uso de cores, penteados e adereços, a nudez e como as roupas definem a identidade cultural das sociedades e o seu status social) deve ser muito interessante.

Publicado pela editora francesa Gallimard, o livro reúne 300 autores de 35 nacionalidades diferentes, que oferecem uma abordagem multidisciplinar e internacional sob a ótica da Antropologia, Arqueologia, Etnologia, Sociologia, Arte, Filosofia, Museologia e Psiquiatria.

Publicação:

Cada volume da coleção 100.000 Years of Beauty contém de 60 a 100 artigos e foi editado sob a direção científica de um especialista francês no período: o paleoantropólogo Pascal Picq (Pré-historia), o historiador e sociólogo Georges Vigarello (Antiguidade e Idade Clássica), o historiador Marc Nouschi (Modernidade), a etnóloga Elisabeth Azoulay, que também é responsável pela direção editorial da publicação, e a filósofa Françoise Gaillard (O Futuro). A obra, prefaciada por um ensaio do filósofo francês Michel Serres, foi editada em inglês e francês e está à venda na Amazon.com.

Sniff, sniff... Quando será que a obra vai ser traduzida em português, hein? Quero ver à venda no Submarino e Livraria Cultura, já!